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GERAIS
Novos leitos no Hospital de Caridade

Será reinaugurada na próxima segunda-feira a Ala Doutor Antônio da Silva Gomes, no Imperial Hospital de Caridade (HC) de Florianópolis. Isso significa 11 leitos reformados para atendimento à população. O objetivo da reforma foi melhorar o atendimento ao cidadão e atender às exigências da vigilância sanitária. A inauguração está marcada para as 10h, na Irmandade do Senhor Jesus dos Passos. A cerimônia será presidida pelo provedor da Irmandade, sr. José Carlos Pacheco.

 

 

ANTIAIDS
Combinação de drogas é a nova arma
Estudo aponta caminho para redução da chance de infecção do bebê por mães soropositivas

Estudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que uma nova combinação de drogas reduz o risco de uma mãe soropositiva transmitir o vírus para seu bebê. O resultado modifica o padrão mundial de tratamento para prevenção da chamada transmissão vertical do HIV, segundo a Fiocruz.

A pesquisa foi feita com 1.684 crianças tratadas em 17 hospitais da África do Sul, Argentina, Estados Unidos e Brasil e é aplicável apenas nos casos de bebês considerados de alto risco, em que as mães não receberam o coquetel antiaids durante a gravidez. Com a primeira dose aplicada à criança em até 48 horas após o parto, o resultado é duas vezes mais eficaz que a terapia com o AZT.

Das crianças que participaram, 70% eram vinculadas a instituições brasileiras. A responsável pela coordenação no país foi a infectologista e diretora do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Valdilea Veloso. Ela disse que o trabalho foi planejado a partir de uma necessidade da população brasileira.

– O foco era a população mais vulnerável, com menos acesso ao sistema de saúde – afirma.

Valdilea lembra que a chance de infecção quando a mãe recebe corretamente o tratamento durante a gestação é de menos de 1%, dispensando a necessidade de combinar drogas. O problema é quando se descobre que a mãe tem o vírus já perto do parto.

Segundo Karin Nielsen-Saines, coordenadora-geral do estudo, crianças nascidas de mães que não receberam terapias antirretrovirais têm 25% de chance de serem infectadas durante a gravidez ou o parto. Essa possibilidade aumenta para cerca de 40% quando os bebês são amamentados.

 

Rio de Janeiro

 

 

ANTIAIDS
Eficácia maior que a do AZT

A orientação considerada mais eficaz de prevenção da transmissão para recém-nascidos até a conclusão do estudo era usar o antirretroviral Zidovudina (AZT). No entanto, os resultados mostraram que combinações de dois ou três antirretrovirais (Nevirapina, Nelfinavir e Lamivudina) são duas vezes mais eficazes para o corte da transmissão do HIV.

Valdilea relatou que houve uma preocupação de que o tratamento fosse simples e rápido. Em um dos casos analisados, são necessárias apenas três doses.

– O custo (adicional) é desprezível quando se pensa na proteção da criança – avalia a infectologista.

Para o estudo, foram selecionados recém-nascidos de mães soropositivas que descobriram ter a doença pouco antes do parto e, por isso, não foram tratadas com AZT durante a gestação. As crianças foram divididas em três grupos e receberam diferentes combinações dos medicamentos: o primeiro grupo, com 566 crianças, somente AZT; o segundo, com 562, AZT e Nevirapina; e o terceiro, com 556, AZT, Nelfinavir e Lamivudina.