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HOSPITAL REGIONAL
Ala psiquiátrica continuará tendo de internar menores

O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt deve continuar aceitando menores de idade em sua ala psiquiátrica na falta de estrutura específica na região de Joinville, decidiu o Tribunal de Justiça de SC. O Estado tentou reverter decisão de 2011 a favor da Vara da Infância, defendendo que o foro deveria ser estadual. O desembargador João Henrique Blasi descartou o argumento e salientou que o Estado deve ala adequada desde 2009, quando foi criado o Hospital Infantil

 

CAMPANHA DE VACINAÇÃO
Saúde de Joinville fará Dia D no sábado

Para chamar a atenção dos pais sobre a necessidade de atualizar a carteira de saúde das crianças, a Saúde de Joinville contratou até carro de som para divulgar nas ruas o Dia D de vacinação, no sábado, que marca campanha nacional. As unidades com sala de vacinação estarão abertas das 8 horas às 17 horas. A orientação é que pais de crianças com até cinco anos procurem os postos para verificar a necessidade de reforço na imunização.

 

 

 

 

 

 

VACINAÇÃO
Aproveite para pôr as doses em dia

Pais terão a chance de colocar em dia a caderneta de vacinação de crianças até cinco anos na próxima semana.

O Ministério da Saúde lançou ontem a campanha e anunciou a inclusão de duas novas vacinas no calendário básico de imunização infantil: pentavalente e poliomie- lite inativada.

A mobilização nacional vai de 18 a 24 de agost o. Estarão disponíveis em 34 mil pontos do país todas as vacinas do calendário básico de vacinação infantil (veja o quadro).

Mesmo que os pais achem que o esquema está completo, é importante ir ao posto de saúde para avaliação da caderneta. Quem perdeu o documento também deve procurar o serviço.

Foram investidos R$ 18,6 milhões na campanha, que contempla também suplemento de vitamina A para crianças que residem nas regiões Norte, Nordeste e nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais.

A medida integra o Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio desde ano com a meta de superar a extrema pobreza na primeira infância.

 

 


SAÚDE EM SÃO JOSÉ
Ação quer adequação no atendimento

Uma fila de espera de 63 mil pessoas para atendimento de saúde na rede pública de São José e a constatação de condições irregulares em 21 unidades de Saúde e na Policlínica do Bairro Campinas, levou o Ministério Público a exigir a adequação dos serviços prestados à população.

Uma Ação Civil Pública (ACP), da 11ª Promotoria de Justiça da Comarca de São José, produzida com base dados de Relatórios de Inspeções emitidos pela Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, retrataram a falta de recursos técnicos e humanos, carências estruturais, higiênico-sanitárias e operacionais. A prefeitura tem 60 dias para resolver os problemas, sob pena de interdição das unidades.

Outra questão é a pendência no atendimento de 63 mil pessoas, que aguardam por consultas e exames, desde 2009. A ação ainda não foi apreciada pelo Judiciário. O promotor de Justiça Jádel da Silva Júnior informou que, por não ter uma resposta nos últimos dois anos, entrou com a ACP esta semana.

O secretário de Comunicação Social de São José, Bruno César Faria, afirma que o Executivo vai analisar os pontos da ação e providenciar as melhorias solicitadas. Ele diz que a cidade já vem trabalhando na melhoria do atendimento.

 

São José

 

 

GRIPE A
Causa é remédio tardio

O Ministério da Saúde confirmou ontem o que SC já sabia: metade das primeiras 28 mortes por gripe A registradas no Estado estava diretamente ligada ao tratamento tardio.

Os pacientes, 85% de grupos de risco, receberam o antiviral Tamiflu 48 horas após os sintomas o que interfere na eficácia do medicamento. O relatório completo não foi divulgado à imprensa como se esperava, mas deve estar no site da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) até o fim desta semana.

Os números divulgados ontem já tinham sido anunciados há um mês, mas eram dados preliminares. Agora, segundo o diretor da Dive, Fábio Gaudenzi, são confirmações de um documento oficial que ajudará nas estratégias de combate ao vírus H1N1 no próximo inverno.

O estudo foi realizado entre 15 de junho a 9 de julho focando as primeiras 28 mortes de gripe A em SC comparados com 56 casos dos quais os pacientes conseguiram se curar. A conclusão do Ministério da Saúde é que as mortes poderiam ter sido evitadas se a população de risco tivesse tomado a vacina, procurado o médico assim que surgiram os sintomas e se o médico seguisse o protocolo, ou seja, receitar Tamiflu.

– Das 28 mortes, 85% se referem às pessoas cobertas pela campanha de vacinação, como idosos e doentes crônicos, e apenas uma tinha tomado a vacina. Além disso, elas não receberam o Tamiflu dentro do prazo – diz Gaudenzi.

 

 

 

Gripe A: 50% das mortes no estado tiveram erros dos pacientes e dos profissionais de saúde
Atendimento tardio, erros na prescrição e atraso na vacinação foram as principais causas dos óbitos
 Florianópolis 


Profissionais da Dive e do Ministério da Saúde admitem falha médicaDepois de 30 dias de investigação, a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) e o Ministério da Saúde concluíram que metade dos óbitos por Gripe A (H1N1) em Santa Catarina aconteceu por erro dos pacientes e dos profissionais da saúde. O Estado lidera o ranking nacional de mortes por Influenza A este ano: 73 casos.

O governo federal enviou para Santa Catarina 250 mil doses de oseltamivir, conhecido comercialmente como Tamiflu, a única medicação usada no Brasil para combate do vírus da influenza. Blumenau, que lidera o número de mortes, com 11 casos, recebeu 30 mil doses. Em Florianópolis, sete postos estão munidos com a medicação.

Mas em 50% dos casos os remédios não são prescritos há tempo. Para chegar a essa conclusão, os órgãos competentes examinaram os 28 primeiros óbitos, entre 15 de junho e 9 de julho. Márcia Carvalho, coordenadora do setor de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, expôs que será elaborado um treinamento médico online, curto e objetivo, porém não obrigatório. “Nosso trabalho está sendo melhorar o comportamento médico em relação ao diagnóstico das gripes”, disse.

Outro motivo de morte é a demora na procura por atendimento médico. Algumas publicidades do Ministério da Saúde divulgam como sintoma da H1N1 “febre por mais de três dias”. No entanto, o diretor da Dive, médico Fábio Gaudenzi, informa que o correto é procurar tratamento especializado imediatamente. O Tamiflu tem maior eficácia nas primeiras 48 horas de contágio.

Outra razão para os óbitos é a fragilidade do organismo de pacientes portadores de doenças crônicas (as principais são diabetes, hepatite e hipertensão). Márcia admitiu falhas na campanha nacional de vacinação contra gripe, esse ano. “Tivemos, inclusive, problemas com a matéria-prima para fabricação na vacina que gerou atraso. Ao invés de abril, a campanha foi em maio”. E reforçou que em 2013 a campanha será mais eficiente.

GRIPE A
Números de Santa Catarina

- Este ano, foram registrados 752 casos de Influenza A H1N1, com 73 óbitos

- Outras influenzas registraram 211 casos, com 7 mortes

- Em Florianópolis foram 2 óbitos. Em Joinville, 1

- 52,8% são do sexo feminino e 47,2% do sexo masculino

- Os principais sintomas apresentados entre os casos confirmados de Influenza A (H1N1) foram tosse (98,1%), febre (94,6%), dispnéia (83,4%), mialgia (61,0%), calafrio (60,1%), coriza (48,9%) e dor de garganta (43%).

 

 

 

CENTRAL DE DIÁRIOS


Tratamento tardio é a principal causa de óbito para Gripe A

Em 2012,  a Gripe A já matou 73 pessoas em Santa Catarina

 Investigação levada a cabo pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e pelo Ministério da Saúde (MS), no período entre 15 de junho a 9 de julho, concluiu que o atraso no uso de antivirais foi o fator preponderante nos 73 óbitos causados pela Gripe A no estado em 2012. “Ou o profissional médico não prescreveu o antiviral, ou o doente procurou atendimento tarde demais”, resumiu o diretor de Vigilância Epidemiológico, Fábio Gaudenzi.
 
Ele recomendou aos catarinenses que procurem o médico sempre que apresentarem febre alta e tosse. “O diagnóstico no tempo certo salva vidas”, declarou. Segundo o diretor, todos os municípios possuem o antiviral e no caso de um paciente apresentar os sintomas, o médico deve prescrever que o medicamento está disponível.
 
Já para a coordenadora de Doenças Transmissíveis do MS, Márcia Carvalho, uma série de fatores exacerbou a circulação do vírus no Sul do Brasil, “inclusive o início da vacinação em 5 de maio, quando deveria ter começado em meados de abril”.
 
Falha médica
 
Segundo o relatório divulgado pela SES/MS, cerca de 50% dos pacientes que morreram estiveram frente a frente com um profissional da medicina. “Os médicos sabem que precisam prescrever o antiviral, mas julgam desnecessário. Falta visão”, afirmou Gaudenzi, que criticou a falta de uma gerência específica na SES para “trabalhar com recomendações aos médicos”.
 
Para Márcia Carvalho, a solução é treinar os profissionais, que não estão habituados a tratar gripe com antivirais. “Estamos estruturando uma atividade on line para médicos, enfermeiros e técnicos”, informou.
 
Gripe A em números
 
Em 2012 a Gripe A foi a causa de 73 óbitos em Santa Catarina. Outros sete foram causados por variantes do vírus H1N1. Apenas duas crianças menores de seis meses e um adulto maior de 60 morreram.
 
Os pacientes com Gripe A que recebem antiviral na segunda ou na terceira vez que procuram ajuda médica têm cinco vezes mais chances de óbito do que o paciente tratado com antiviral desde a primeira consulta