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MORTES POR GRIPE A
Tratamento veio tarde demais

Dos primeiros 28 pacientes que morreram este ano em Santa Catarina após contrair a gripe A, 14 tiveram acesso tardio ao medicamento antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu. Eles tomaram o remédio mais de cinco dias após o início dos sintomas. A conclusão faz parte de um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde. Os técnicos do órgão analisaram as primeiras 28 das 52 mortes causadas pela doença no Estado.

“A eficácia do antiviral é maior nas primeiras 48 horas desde o surgimentos dos sintomas”, disse o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. “Se antes tínhamos indícios, agora temos informações concretas de que o tratamento, no momento adequado, ainda não está sendo adotado em todos os serviços. Consideramos de fundamental importância que os profissionais prescrevam e forneçam, o mais rápidamente possível, o antiviral.”

Uma equipe do ministério foi enviada a SC em 15 de junho, a pedido da Secretaria Estadual de Saúde. Os técnicos revisaram prontuários de atendimento e fizeram visitas domiciliares para completar as informações. O Tamiflu foi retirado esta semana da lista de substâncias sujeitas a controle especial e pode ser vendido com receita simples.

 

 

 


GRIPE A EM SC
Vítimas tiveram tratamento tardio
Pacientes tomaram antiviral mais de cinco dias após primeiros sintomas

Dados preliminares do inquérito realizado pelo Ministério da Saúde e pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina apontam que, entre 28 vítimas de gripe A no Estado, metade teve tratamento tardio.

O resultado faz parte da pesquisa, iniciada em 18 de junho, que pretende fornecer um perfil dos primeiros mortos pela gripe A neste ano e detalhar as condições de tratamento. SC lidera o ranking de mortes pela doença no país. Das 148 mortes registradas pelo Ministério da Saúde até o último dia 10, 52 foram no Estado.

O levantamento sinalizou que 50% dos pacientes em questão tomaram o antiviral Oseltamivir (Tamiflu) mais de cinco dias após o início dos sintomas. O acesso rápido ao remédio pode evitar agravamento dos casos. O diretor da Dive, Fábio Gaudenzi de Faria, atribui o tratamento tardio a dois fatores: demora na busca por atendimento pelos pacientes e a não-prescrição de medicamento pelos profissionais da saúde:

– Ou essas pessoas não chegaram ao tratamento em tempo hábil, por acharem que não era grave, ou já tinham sido avaliadas e quem as atendeu não prescreveu medicação por achar que não fosse necessário.

Fábio reforça que, desde maio há o alerta às equipes de saúde para que esses profissionais estejam atentos e apliquem o tratamento adequado. Mas ainda há dificuldades em colocar essas orientações em prática. Ele ressalta que a falsa crença de que a gripe não é uma doença de gravidade também faz com que as pessoas não tomem as precauções. Na última sexta-feira, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, também admitiu as deficiências de tratamento.

A conclusão dos dados deve ser feita em cerca de 25 dias. A análise preliminar apontou ainda que, entre os mortos, 85% tinham doenças crônicas, como obesidade e diabetes, e não foram vacinados. As principais doenças foram cardiopatias, pneumopatias, obesidade e diabetes, principalmente entre homens de 40 a 59 anos.

gabrielle.bittelbrun@diario.com.br

GABRIELLE BITTELBRUN

 

 


EMERGÊNCIA
Hospital fica sem médico plantonista
Pacientes de Santo Amaro da Imperatriz foram levados para o Hospital Regional de São José

O Hospital São Francisco de Assis, em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, ficou sem atendimento de emergência na tarde de ontem. O motivo seria a falta de médico plantonista na instituição.

De acordo com o sargento Sérgio Luiz da Silva, operador da central de emergências da Polícia Militar na cidade, o problema estaria acontecendo semanalmente. O policial disse que, com isso, as vítimas de acidentes ou lesionadas por outras razões estão sendo encaminhadas para o Hospital Regional de São José, em São José.

– Fomos avisados pelo hospital para não levarmos com a viatura ninguém para lá. Não é bom porque pegamos trânsito da 282 e da 101 e esse deslocamento pode demorar.

O DC ligou para o hospital e foi informado que o fechamento da emergência seria momentâneo porque o médico de plantão teve um problema. A funcionária informou que a médica de sobreaviso levaria três minutos para chegar caso fosse acionada e que o restante do hospital está funcionando normalmente com os pacientes sendo atendidos. Ninguém da direção foi encontrado pela reportagem.

Em seu site na internet, o hospital informa que realiza mais de mil atendimentos de urgência por ano.

 

Santo Amaro da Imperatriz