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OS NO REGIONAL
Dalmo sabatinado por funcionários
Secretário confirmou repasse de gestão. Servidores querem audiência pública

Calmo, apesar de alvo de fogo cruzado por duas horas, o secretário do Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, confirmou ontem aos servidores do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, que a unidade deve ter a administração entregue a uma organização social ainda neste ano.

O Estado está convencido do plano de repassar a gestão do hospital – cujos déficit de funcionários e problemas estruturais têm impedido total funcionamento – desde que uma consultoria deu aval em relatório entregue em abril. A Saúde não divulgou o documento.

Mas a decisão não tem apoio dos cerca de 860 servidores efetivos do hospital. Dalmo garantiu ontem que ainda não foi “batido martelo” para a mudança (o edital de licitação não tem data), mas ela deve ocorrer ao longo do ano.

Dalmo disse que os servidores concursados não precisam ficar temerosos. “Permanecem os direitos de estatuário, de carreira, de aposentadoria. Não muda nada”, garante. O secretário reafirmou que o hospital continuará “100% SUS”. “A gestão será privatizada, mas o hospital continua sendo público.”

Segundo ele, a única alteração será a otimização dos serviços. “Como não será mais necessária licitação, compra e conserto de equipamentos serão mais rápidos”. Entre os problemas do hospital, está a falta de 41 funcionários – houve concurso em março. Com dez clínicos, a unidade precisaria de 12 para manter um por plantão. Problemas de infraestrutura impedem ainda o funcionamento de quatro das oitos salas de cirurgia, e de três alas de internação.

No fim da reunião, a diretora do Sindicato da Saúde (SindSaúde/SC), Mari Estela Eger, entregou moção aprovada na quinta-feira por vereadores de Joinville que se opõem à mudança. “Vamos solicitar audiência pública. A população precisa estar por dentro do que significa esta mudança e se manifestar também”, afirmou ela.

Em Joinville, o Estado tem um hospital gerido por OS, o Infantil Jeser Amarante Faria. A instituição foi aberta em 2009 já com contratado firmado com a organização Hospital Nossa Senhora das Graças; não houve transição como haverá no Regional, que tem 28 anos. O contrato entre Estado e OS determina que a administração pode contar com estatutários cedidos, mas tem autonomia sobre o quadro. Em fevereiro, por exemplo, a gestão do Infantil devolveu ao Estado cinco médicos, alegando inconvenientes administrativos.

Saiba mais
O Hospital Regional de Joinville atende, em média, a 83,6 pacientes por dia no pronto-socorro, segundo dados de janeiro. É referência na região nas áreas de cardiologia, gastroenterologia, nefrologia, pneumologia e infectologia

 

 

 

OPÇÃO - O secretário Dalmo de Oliveira reuniu-se ontem com funcionários do Hospital Regional e sindicalistas para avaliar a viabilidade da adoção da gestão por Organização Social.

 

 

 

GRIPE A
Blumenau registra segundo caso
Homem de 50 anos está no Hospital Santa Isabel e existem mais quatro pessoas no mesmo local com suspeita de contaminação

A confirmação do segundo caso de gripe A, na manhã de ontem, em Blumenau veio ressaltar a importância da vacinação para se proteger contra o vírus H1N1. Além do homem de 50 anos, que está internado no Hospital Santa Isabel, existem outras quatro pessoas internadas, entre elas um adolescente e uma gestante. Os resultados do exames devem ser divulgados ainda hoje.

No Estado, já são 23 casos, contra apenas cinco do ano passado. Três pessoas morreram. Em alerta desde a morte da primeira pessoa contaminada na sexta-feira, um caminhoneiro de 52 anos, a Vigilância Epidemiológica informa que a população não precisa se preocupar, mas que deve tomar certos cuidados de higiene, como lavar as mãos, não ficar em ambientes fechados e com grande quantidade de pessoas, usar álcool gel para limpar as mãos e procurar postos de vacinação até sexta-feira para se imunizar contra três tipos de gripe: comum, H1N1 e Influenza B. A vacina é trivalente e estimula a produção de anticorpos.

Automedição pode mascarar sintomas

De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica de Blumenau, Lizandra Junges, este segundo caso não tem relação alguma com o primeiro caso confirmado na semana passada. Mas a Vigilância está fazendo uma investigação e mapeando os possíveis locais onde ele possa ter contraído a doença.

Todas as pessoas que tiveram contato com o doente e apresentarem sintomas da gripe serão medicados.

– É importante que as pessoas não se automediquem quando apresentarem febre alta, tosse e falta de ar, pois remédios podem mascarar os sintomas da doença e atrasar o diagnóstico. O ideal é procurar um médico, pois a doença evolui rapidamente – explica Lizandra.

Desde o começo do ano, 11 casos na cidade foram notificados para a Vigilância. Do total, dois casos foram confirmados, quatro estão em observação e em cinco o exame deu resultado negativo e as pessoas já tiveram alta. Todos os casos de suspeita de gripe A são notificados quando o paciente dá entrada no hospital.

Durante todo o ano de 2011, foram diagnosticados apenas cinco casos de pacientes contaminados pela Gripe A em Santa Catarina. Até agora, duas pessoas morreram em decorrência da gripe A no Estado. A primeira morte foi no início do mês. Uma criança de dois anos, moradora de Itajaí, morreu dois dias depois de ter sido diagnosticada com o vírus.

Até sexta-feira, ocorre a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. Cerca de 22 mil pessoas já foram imunizadas em Blumenau.

 

Blumenau

 

 

GRIPE A
Pouca adesão em Chapecó

Em Chapecó, apenas 58% da meta da campanha nacional de vacinação contra a influenza foi atingida até a manhã de ontem.

A meta é chegar a 80%, mas será difícil alcançar, pois faltam apenas três dias para o encerramento da primeira etapa.

A meta da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar 25 mil pessoas, entre crianças de seis meses a dois anos, gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, indígenas e população carcerária.

Deste número, apenas 14.460 pessoas procuraram os postos de saúde. A campanha, que começou no dia 5, termina na sexta-feira, dia 25.

Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Paula Senna da Silva, muita gente não está procurando os postos de saúde da cidade e região por medo de possíveis reações ao tomar a vacina.

– As pessoas não precisam temer. Até o momento não foi registrada nenhuma reação – disse.

Todos os postos de saúde do município estão abertos das 7h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h. Os postos da Efapi, Cristo Rei, Leste e Santo Antônio estão com atendendo a noite das 18h às 22h.

juliano.zanotelli@rbsonline.com.br

JULIANO ZANOTELLI | Chapecó

 

 

PLANO DE SAÚDE
Saída de credenciado será avisada

Os planos de saúde devem avisar seus clientes, individualmente, sobre o descredenciamento de hospitais e médicos.

Foi o que decidiu, por unanimidade, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao analisar o caso de um paciente de São Paulo. Os ministros do STJ reverteram decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que havia absolvido a Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas do pagamento de indenização à família de um de seus conveniados.

Apesar de valer só para este caso, a decisão representa a posição do tribunal sobre o tema. Quando teve uma crise cardíaca, o paciente foi ao Hospital Nove de Julho, em São Paulo, onde já havia sido atendido anteriormente por seu plano de saúde. Apenas ao chegar no hospital, a família descobriu que a instituição não era mais credenciada a seu plano de saúde. Foi preciso arcar com as despesas, que chegaram a R$ 14.342,87.

 

Brasília

 

 


Saúde Cardiologia de alta complexidade defendida por lideranças regionais 

 
O secretário municipal de Saúde Paulo Duarte garante, não é difícil implantar em Lages, o serviço de cardiologia de alta complexidade. Ao reiterar a declaração para prefeitos, médicos e vereadores, na sessão especial da Câmara de Vereadores na noite de segunda-feira (21), Duarte lança no colo do governo do Estado, a determinação de transferir de Rio do Sul para Lages o serviço.

 Para ele, em três a quatro meses poderia ser implementado o serviço, desde que o secretário de Estado da Saúde, tomasse algumas providências. “Já conversei com o governador e disse que tem interesse de trazer para Lages a cardiologia de alta complexidade. Antes, um dos fatores impeditivos era a população regional de 500 mil habitantes. Como baixou para 300 mil, temos todas as condições legais e técnicas”, afirmou.

 A discussão da cardiologia de alta complexidade foi motivada pelos vereadores Adilson Appolinário (PSD) e Toni Duarte (PPS). Há meses os vereadores acompanham o drama de quem precisa se deslocar para Rio do Sul e outros centros do Estado, para fazer tratamento cardiológico. “Sofre o paciente e sofre o acompanhante. Infelizmente a embulancioterapia ainda continua porque a cardiologia de alta complexidade não está referenciada para Lages”, lamentou Appolinário.

 A discussão lotou o plenário da câmara e segundo o presidente da Amures, Amarildo Gaio, o drama de Lages é vivido também pelos municípios do interior. “A situação só não é pior, porque o Consórcio de Saúde consegue minimizar o impacto de quem precisa de atendimento. Hoje, mais de 20 mil pessoas são atendidas por mês, no consórcio e grande parte com diagnósticos cardiológicos”, frisou.

 
Para que a cardiologia de alta complexidade seja implantada na cidade, terá de ser credenciado o serviço através da Cardiolages. Esta proposta é defendida pelos vereadores e pelo secretário municipal de Saúde. Isso evitaria que centenas de pessoas precisassem ser levadas para Rio do Sul, que é a referência para procedimento mais complexos.

 A sessão contou também com a coordenadora regional de Saúde, Beatriz Montemezzo que reconhece a necessidade de implantação do serviço, além do médico diretor da Cardiolages, Eriton Abreu. O que destacou o vereador Toni Duarte é que as complicações cardiológicas respondem por mais de 30% das causas de mortes e a alta complexidade ajudaria a diminuir este índice.

 

 

 

 

Terceira morte por Gripe A
Doença. Mulher, de 49 anos, de Rio do Campo, é a nova vítima

Florianópolis – Mais uma morte por Gripe A (H1N1) foi confirmada pela Vigilância Epidemiológica do Estado na tarde de ontem. Uma mulher de 49 anos foi vítima da doença, em Rio do Campo. É a terceira morte pela H1N1 neste ano. Antes, em Itajaí, uma criança de dois anos e, em Blumenau, um homem de 52 anos, morreram após contrair a doença.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado já confirmou mais oito casos da doença em Santa Catarina desde o fim de semana. Até agora, foram mais de cem casos suspeitos e 23 catarinenses contraíram o vírus. O caso mais recente foi na Maternidade e Hospital Evangélico de Brusque. Um homem de 47 anos teve o diagnóstico confirmado ontem e segue internado em observação.

O número deste ano é assustador, já que em todo o ano de 2011, Santa Catarina não teve mortes por Gripe A e só cinco casos registrados. Luciana Amorim, gerente de imunizações da Vigilância Epidemiológica do Estado, afirmou que o vírus já está circulando por mais regiões do Estado.

A Secretaria Municipal de Saúde faz campanha de vacinação e orienta a população para procurar o serviço de saúde se houver suspeita ou sintomas da gripe. Todos os postos da Capital oferecem vacinas para crianças de seis meses a dois anos, idosos acima de 60 anos, e gestantes. A vacinação segue até sexta-feira, das 8h às 17h.

No Estado
Casos por cidade

Blumenau: 2 (uma morte)
Brusque: 2
Criciúma: 1
Florianópolis: 1
Indaial: 1
Itajaí: 5 (uma morte)
Joinville: 1
Navegantes: 1
Nova Trento: 1
Palhoça: 1
Rio do Campo: 1 (morte)
São José: 1
Tijucas: 1
Timbó: 1
Tubarão: 3

Transmissão: pela tosse ou espirro e contato com secreções respiratórias de infectados
Sintomas: tosse, coriza, mal-estar, febre, dor de cabeça, calafrios, dor de garganta, dores musculares e ardor nos olhos
Prevenção: lavar as mãos com sabonete, usar álcool gel e se proteger do frio com roupa ideal

 

 


Geral
Infantil precisa o dobro de médicos
Hospital. Governo confirma contratações para reforçar equipe de 15 pediatras na emergência

Mais de 200 crianças passam, diariamente, pela emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Para atendê-las, especialmente à noite, é comum ter apenas um médico de plantão. O quadro de profissionais na emergência é de 15 pediatras – o número ideal seria 30, para dar conta dos mais de 6 mil pacientes todos os meses.

O governo do estado confirmou que, para reduzir o problema, serão contratados 95 novos médicos para o Hospital Infantil nos próximos 30 dias. Apesar da sinalização positiva do estado, o Simesc afirmou que o último concurso público não beneficiou o Joana de Gusmão com novos funcionários.

“O que poderá acontecer é que profissionais contratados para hospitais da região demonstrem interesse de fazer a troca” exemplificou o presidente do Simesc, Cyro Soncini. Na última semana, o sindicato reuniu-se com médicos que atuam no hospital para avaliar as condições de trabalho. “Vamos elaborar um documento com dados para levarmos ao governo”, disse Soncine.

Atualmente, os médicos do estado são contratados por 20 horas semanais, mas ainda são remunerados por horas extras. “O que acontece é que o desgaste do trabalho e o estresse não permitem que esses profissionais façam muito mais horas”, explicou.

A situação do Hospital Infantil vem se degradando com o tempo. Em entrevista concedida no mês de março, o diretor do hospital, Roberto Morais, alertou que dos 850 funcionários, 100 estariam prestes a se aposentar. Para resolver o problema, haverá contratação de profissionais a partir da homologação do concurso público no Diário Oficial do Estado.

Semana começa tranqüila na emergência

O clima era tranqüilo na emergência do Hospital Infantil ontem pela manhã. O espaço não estava lotado e muitos pais admitem que o atendimento dos médicos e enfermeiros é eficiente e de qualidade. Acostumada a esperar mais de cinco horas por atendimento, a diarista Jamaique de Moraes Branco, 20 anos, tentava acalmar a filha Djully de Moraes, de três meses, gripada desde o fim de semana. “Crianças pequenas deveriam ter prioridade. Minha filha já teve coqueluche e tenho receio que a situação dela piore”, disse.

Com taxa de infecção hospitalar de 3,5% e índice de mortalidade geral de 1,52%, o Hospital Infantil fez 5.635 cirurgias, dos 83.745 atendimentos de emergência realizados  no último ano. Sem vagas para internação, já que 80 leitos estão desativados por falta de profissionais, os médicos do Hospital Infantil são obrigados a manter os pacientes na emergência.

A pediatra Maria Cristina de Souza Neto, que há seis anos trabalha no Infantil, relatou que a falta de profissionais e a estrutura deficiente são os fatores que mais prejudicam. “Essas crianças têm que ser atendidas pelos profissionais da emergência, que já estão sobrecarregados”, explicou.