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SAÚDE PÚBLICA
Alerta contra as hepatites

Fato a ser lembrado hoje, Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais: em Joinville, o Programa de Combate a DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais registrou 299 casos novos casos das hepatites virais (B e C) na cidade em 2011. A faixa etária em que surgiram mais casos é a de 35 a 49 anos.

Por demorar a apresentar sintomas, até o diagnóstico de uma possível cirrose ou câncer de fígado, a doença exige prevenção em hábitos e na realização de exames específicos, oferecidos pelo SUS.

“O vírus da hepatite só foi descoberto em 1989. Por isso, todos que realizaram transfusões de sangue e como cirurgias antes da década de 90 fazem parte do grupo de risco”, ressalta a hepatologista do Programa Municipal de Controle de Hepatites Virais, Raquel Garcia. Segundo o Datasus, sete moradores de Joinville morreram em 2011 vítimas de hepatites virais.

Transmissíveis através de secreções corporais contaminadas (de sangue a saliva), estes tipos da doença têm porta de contágio durante relações sexuais e compartilhamento de objetos, situações que ocorrem em lugares muitas vezes esquecidos, como salões de beleza, o consultório do dentista e lojas de tatuagem (veja quadro).

Um levantamento feito por estudantes do curso técnico de enfermagem do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) em Joinville mostra dados que geram alerta sobre uma das formas de contágio. Em 2011, o grupo constatou que a maioria dos 49 salões consultados possuía estufa ou autoclave para esterilizar utensílios de manicure.

Mas, em visitas aos estabelecimentos feitas neste ano, foi possível perceber que apenas dez de 30 utilizam os equipamentos corretamente. O cuidado deve ser estendido aos vidros de esmalte, que também devem ser individuais: o vírus da hepatite B pode sobreviver até 15 dias fora do organismo.

 


VACINAÇÃO CONTRA GRIPE
Nove postos abertos hoje

Perto de encerrar-se o prazo da campanha contra a gripe e sem atingir a meta estipulada, a Secretaria Municipal de Saúde vai fazer um mutirão hoje em nove postos de Joinville. As unidades vão ficar abertas das 8 às 17 horas. Nos locais também será possível fazer o cartão do SUS.

Os postos Bucarein, Floresta, Jarivatuba, Fátima, Comasa, Aventureiro 1, Costa e Silva, Vila Nova e Pirabeiraba vão ficar abertos para a população. Segundo a secretaria, há baixa adesão na vacinação principalmente das gestantes. Das 5,6 mil, apenas 1,6 foram imunizadas, o que não chega a 30% da meta. Até quarta-feira, 28 mil pessoas receberam a dose, quando a estimativa é chegar a 62,4 mil pessoas.

Quem não comparecer aos postos para fazer o cartão do SUS poderá fazer o documento até o dia 31 no Centreventos Cau Hansen. Para fazer o cartão, basta levar um documento de identidade e um comprovante de residência.

Também é possível se cadastrar pelo site www.saudejoinville.sc.gov.br ou pelo www.joinville.sc.gov.br. Há ainda a opção de se fazer o cadastro na sede da Secretaria de Saúde, na rua Araranguá, no bairro América, próximo ao Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria.

 


GERAIS
Estado registra 48% mais casos em 2012

Com as cheias nos rios e as fortes chuvas no Amazonas, os casos de malária cresceram 48% de janeiro a abril deste ano em relação ao mesmo período de 2011. Dados do Ministério da Saúde mostram que, neste ano, foram registrados 21.566 casos no Amazonas – no ano passado, foram 14.576. Não há registro de mortes.


 

 


Dilma veta venda fora da farmácia
Supermercados e lojas não podem oferecer medicamentos que não exigem receita

A presidente Dilma Rousseff proibiu a venda de remédios que não precisam de prescrição médica em supermercados, armazéns, lojas de conveniência e similares. O veto consta no “Diário Oficial da União” de ontem.

De acordo com o texto, a liberação dificultaria o controle sobre a comercialização, assim como poderia estimular a automedicação e o uso indiscriminado, prejudicando a saúde pública. A decisão considerou a análise dos ministérios da Saúde e da Justiça.

Após aprovação pelo Senado em 25 de abril, o projeto recebeu críticas da base aliada do governo e também da oposição. A possível liberação da venda de medicamentos sem prescrição em supermercados preocupou o setor farmacêutico. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e o Conselho Federal de Farmácia também se posicionaram contra a medida provisória (MP).

A liberação foi incluída em um texto originalmente encaminhado pelo governo ao Congresso, que previa a desoneração das contribuições sociais sobre produtos destinados a portadores de deficiência e do IPI nas operações de compra de veículos automotivos para os portadores de deficiência.

O presidente do Sindicato das Farmácias do Distrito Federal, Felipe de Faria, disse que a decisão da presidente dará mais segurança para o consumidor na hora de comprar o medicamento, porque ele poderá ter a orientação de um farmacêutico.

“O supermercado vende alimento, a farmácia vende remédio”, define Faria.

 


SAÚDE
Prevenção à hepatite

Uma pesquisa realizada por estudantes do curso técnico de Enfermagem do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) em Joinville mostra dados capazes de gerar mais alerta às campanhas pensadas para a semana do Dia Nacional de Combate às Hepatites Virais. Transmissíveis por secreções corporais contaminadas (de sangue a saliva) e durante relações sexuais, estes tipos da doença têm porta de contágio em lugares muitas vezes esquecidos, como o salão de beleza e o consultório do dentista.

 


GERAIS
Gripe A faz mais uma vítima no Estado

Um homem de 52 anos, de Blumenau, morreu na tarde de ontem por complicações da gripe A. Ele estava internado no Hospital Santa Isabel. Até ontem, chegavam a 15 o número de casos confirmados de contaminação do vírus H1N1 em Santa Catarina. Foram diagnosticados pacientes em Itajaí, Blumenau e Tubarão.

Foram notificados 102 casos com suspeita de gripe A pela Diretoria da Vigilância Epidemiológica. Destes, quatro foram diagnosticados como gripe comum. O maior número de confirmações foi em Itajaí, com cinco casos e a morte de uma menina.

 

GERAIS
Proibida a venda em supermercados

A presidente da República, Dilma Rousseff, proibiu a venda de remédios que não precisam de prescrição médica em supermercados, armazéns e empórios. O veto consta no Diário Oficial da União de ontem.

Após aprovação pelo plenário do Senado em 25 de abril, o projeto recebeu críticas da base aliada do governo e da oposição. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e o Conselho Federal de Farmácia também se posicionaram contra a medida provisória (MP) que foi editada pelo Palácio do Planalto.

 

Colunista Cacau Menezes


Campanha
Assembleia Mundial da Saúde se reúne na Suíça, no dia 21, para decidir se a erradicação mundial da pólio deve ser considerada caso de emergência. Se votarem não, há o risco de que a terrível doença retorne a todos os países, inclusive ao Brasil. Já foram gastos US$ 9 bilhões desde 1988. Falta “apenas” US$ 1 bilhão. O Rotary de Santa Catarina lidera, no país, a campanha mundial End Polio Now (Acabe com a pólio agora!), que tem recebido apoio de diversas personalidades, como Bill Gates, Desmond Tutu e Jackie Chan, e já pediu ao ministro da Saúde do Brasil que vote sim.


 

Vida e Saúde


AMAMENTAÇÃO
Uma fonte de vida

Fundamental para o desenvolvimento dos bebês, o leite materno é lembrado com o dia internacional de doação de leite humanoCompleto, natural e gratuito. O leite materno é o melhor alimento para os bebês, especialmente os prematuros, pois reúne todos os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento da criança até os dois anos de vida. Um dos principais estímulos para a produção do leite é o contato do bebê com o seio da mãe. Quando isso acontece o cérebro libera um hormônio chamado ocitocina, responsável por dar início ao fluxo de leite. No caso das mães de prematuros, a amamentação é interrompida durante o período em que os bebês precisam ficar na incubadora, por isso os bancos de leite têm papel fundamental nos primeiros dias de vida dos pequenos.

– Coletamos o leite das mães que estão na maternidade e de mães que já saíram, mas produzem leite de sobra para doar, e fornecemos aos bebês – conta a enfermeira Márcia Rovaris, do banco de leite da maternidade Darcy Vargas, em Joinville.

No mês de março, a equipe de Márcia ficou preocupada. Havia apenas 55 litros para fornecer aos cerca de 30 prematuros internados.

– Fizemos campanha nos meios de comunicação pedindo que as mães doassem leite. A resposta foi impressionante. Apareceram muitas doadoras, conseguimos triplicar a quantidade de leite disponível – diz a enfermeira.

A dificuldade para manter um bom número de doadoras é enfrentada pelos outros 11 bancos de leite em Santa Catarina. Na maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, dos quatro freezers para armazenamento de leite, apenas um está cheio.

– Quando chega o inverno as mães se sentem menos estimuladas a fazer a doação, então, é comum ter uma baixa no estoque – afirma Jaqueline Locks, enfermeira do banco de leite da Carmela Dutra.

Para facilitar a doação muitos bancos de leite possuem um veículo especial que vai até a casa da doadora buscar o alimento materno. Todo o esforço para incentivar a doação é válido, tanto em termos de saúde, quanto de economia, já que fórmulas lácteas industrializadas são caras.

Para se tornar uma doadora é preciso estar saudável e procurar o banco de leite mais próximo. Lá, serão feitos exames para avaliar a qualidade do leite, que depois será pasteurizado e utilizado em até seis meses. O leite cru, isento de qualquer processo para eliminar bactérias, dura até 15 dias no congelador.

O pediatra Cecim El Achkar dá algumas dicas para aumentar e melhorar a qualidade do leite:

– Durante a gravidez e a amamentação é recomendável evitar o consumo de leite e derivados, pois são de difícil digestão e prejudicam a absorção dos nutrientes de outros alimentos. Farinhas brancas também devem ser evitadas por serem indutoras do desenvolvimento de alergia ao glúten. Bebês que tomam leite de mães consumidoras de açúcar em excesso podem ficar muito agitados, irritados e com predisposição ao diabetes. É importante beber bastante água, chá de capim limão e funcho, eles ajudam na produção do leite – diz o médico.

 

SANSARA BURITI

 


NOTAS
Caminhada contra a dor em Florianópolis

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 30% da população mundial sofrem com dor crônica. Mas sentir dor não é normal. Neste domingo, Florianópolis recebe pela primeira vez a Caminhada Pare a Dor, evento que vai reunir médicos, fisioterapeutas, outros profissionais da saúde e a população interessada em ter uma vida mais ativa e com melhor qualidade de vida.

O evento é promovido pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) e já percorreu diversas capitais brasileiras. Para participar, basta chegar ao local, cerca de 10 minutos antes da caminhada. O percurso terá aproximadamente quatro quilômetros e o acompanhamento de profissionais da área, como personal trainer e fisioterapeuta.

A caminhada teve início em parques públicos de São Paulo, o objetivo é fazer com que as pessoas pratiquem atividades físicas, proporcionando a melhora da respiração, força, flexibilidade, conscientização da postura adequada, além de auxiliar na reintegração profissional e social.

– Estudos mostram o benefício da prática de atividade física no organismo, com resultados muito positivos - explica a médica Fabiola Minson, diretora da SBED e coordenadora da caminhada.

Agende-se

O quê: Caminhada Pare a Dor, em Florianópolis

Quando: Amanhã, às 9h

Onde: Avenida Beira-Mar Norte, em frente à estação de tratamento de água da Casan, Florianópolis


NOTAS
Maconha para tratar esclerose

Um estudo publicado pela revista da Associação Médica Canadense mostrou que fumar maconha é um tratamento eficaz contra um dos sintomas mais comuns e debilitantes da esclerose múltipla, doença que afeta o cérebro e a medula espinhal. O sintoma abordado na pesquisa, que é aliviado pelo consumo da erva, é a espasticidade. Os músculos passam a funcionar mais que o normal, o que provoca muitas dores e limita os movimentos.

No estudo, 30 pacientes foram separados em dois grupos, sendo que um fumou maconha e o outro fumou cigarros com outra planta, sem o mesmo efeito. A experiência foi feita durante três dias seguidos, com um cigarro por dia. Depois de 11 dias, a experiência de três dias foi repetida com os grupos invertidos.

O resultado mostrou que a maconha foi superior na redução dos sintomas e da dor dos pacientes. No entanto, o estudo constatou também que a droga teve efeitos sobre a atenção e a concentração dos participantes. Os autores apontaram que é preciso fazer novos estudos..


CAMPANHA
Um longo caminho
Conheça melhor uma doença genética de difícil diagnóstico, a mucopolissacaridose

O que é? Sintomas TratamentoImagine que seu filho apresenta infecções recorrentes de ouvido, respiração ruidosa, que os lábios e a língua dele comecem aumentar de tamanho e que o crânio comece a crescer de maneira desproporcional. Ao sinal dos primeiros problemas, você o leva a pediatras, cardiologistas, ortopedistas, sem contudo conseguir diagnosticar a causa dos problemas. Esse drama é vivido por pais e mães de crianças portadoras de uma doença inata do metabolismo, a mucopolissacaridose (MPS). Trata-se de um problema genético que resulta em deficiência da enzima responsável pela quebra de moléculas de glicosaminoglicanos (GAG) no interior do lisossomo, uma organela da célula.

O acúmulo dessas substâncias traz aos portadores complicações respiratórias, articulares e respiratórias, entre outras.

Considerada rara, a doença é de difícil diagnóstico. Uma pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Aliança Nacional Brasil de Mucopolissacaridose (Abramps) demonstrou que, do universo de pais pesquisados, quase 50% passaram por mais de seis médicos até conseguir diagnosticar a doença, sendo que a metade desse percentual visitou mais de 10 especialistas antes de descobrir do que se trata a enfermidade. Em função da dificuldade, inclusive dos médicos para identificar o problema, foi lançada na terça-feira passada a campanha Crescer como Iguais, com a participação de artistas como Xuxa e Bianca Rinaldi e do jogador e deputado Romário.

Doenças órfãs

Segundo cálculos da Abramps, existem entre 6 mil e 8 mil doenças consideradas raras. Elas também são consideradas “órfãs” em função do desconhecimento, inclusive entre os profissionais da medicina, o que pode causar diagnósticos tardios, diz a geneticista Carmem Mendes.

A MPS – a exemplo da maior parte destas doenças – não tem cura, mas com tratamento por meio de reposição enzimática é possível aumentar a expectativa de vida do doente com mais bem-estar.

A fim de conseguir tratamento, as famílias precisam acionar a Justiça, que determina aos governos (em diferentes instâncias) o fornecimento dos medicamentos, que são caros. Em média, são gastos R$ 50 mil por mês para o tratamento da MPS, mas, para alguns pacientes, como é o caso de Eduardo, podem ser necessários R$ 100 mil mensais.

 

Mais sobre a doença
Conjunto de doenças inatas

do metabolismo. Podem ser do tipo 1 (síndrome de Hurler, Hurler-Scheie e Scheie), 2 (síndrome de Hunter), 3 (síndrome de Sanfilippo),
4 (síndrome de Mórquio), 6 (síndrome de
Maoteaux-Lamy) e 7 (síndrome de Sly).
> Os sintomas iniciais surgem nos primeiros meses de vida, como saliência na coluna, hérnias inguinal e/ou umbilical, infecções recorrentes de ouvido, respiração ruidosa, ronco durante o sono e opacidade de córnea (pontos brancos visíveis).
> Com o passar do tempo, as crianças apresentam mudanças faciais, como se a face fosse ficando inchada, aumento no tamanho da língua e dos lábios, rigidez das articulações, tamanho da cabeça aumentado (macrocefalia), acúmulo de secreções em vias aéreas, abdome aumentado, perda auditiva, obstrução das vias respiratórias, ronco com apneia do sono, diminuição na velocidade do crescimento.
> Transplante de medula óssea: só pode ser
realizado em crianças com menos de 2 anos
e portadoras da MPS tipo 1.
> Terapia de reposição enzimática:
para os tipos 1, 2 e 6.
> Acompanhamento de diversos especialistas (clínico, cardiologista, pneumologista, ortopedista, fisioterapeuta, entre outros que se façam necessários).

PERFIL DOS PACIENTES
88% das crianças são cuidadas pelas mães.
4% dos pacientes são das classes A e B, outros 44% são da classe C e 12%, das classes D e E.
Os primeiros sintomas
são notados em média quando a criança tem
2 anos e meio.
Dois anos é o tempo médio para a realização do diagnóstico.
Em 50% dos casos, as mães tiveram a vida profissional muito afetada pela doença dos filhos (39% não trabalham, 35% trabalham em casa e somente 28% trabalham fora).
78% das mães dedicam 12 ou mais horas por dia ao cuidado do paciente.
39% repensaram
a decisão de
ter outro filho.

 

 


Hepatite C atinge 75% de adultos entre 47 e 67 anos, estimam pesquisas
 

Entre as pessoas com idade entre 47 e 67 anos se encontram 75% dos infectados com a hepatite C, estiman os estudos mais recentes sobre a doença. A maioria desses infectados não se inclui nos fatores de risco que, até agora, haviam sido usados como base para recomendar a realização do teste. Esses fatores de risco incluem o uso de drogas injetáveis, recepção de transfusão de sangue ou transplantes de órgãos antes do teste HCV tornou-se rotina, exposições conhecidas para HCV, presença de sintomas de hepatite, e todos os pacientes com HIV.

Na faixa de idade entre 47 e 67 anos, 1 de cada 30 indivíduos está infectado com hepatite C e não sabe da sua doença. O hemograma não detecta a infecção, somente com um teste especifico (o anti-HCV) é possível o diagnostico. O teste só existe desde 1992, ano em que os bancos de sangue passaram a testar o sangue utilizado em transfusões.

A maioria dos infectados com hepatite C foi contaminado antes de 1992, permanecendo o vírus atacando e destruindo o fígado de forma silenciosa e sem sintomas por duas ou três décadas, chegando finalmente a levar o paciente à cirrose ou ao câncer de fígado. Em cada quatro pessoas não diagnosticadas e devidamente tratadas, uma delas estará perdendo 17 anos de vida, morrendo a uma idade média de 56 anos.

A hepatite C é transmitida por contato com sangue, não sendo considerada uma doença sexualmente  transmissível devido a pouca probabilidade de acontecer o contagio por via sexual.

Por ser a hepatite C o maior desafio de saúde pública, as autoridades da saúde dos Estados Unidos, para enfrentar a epidemia que atinge cinco vezes mais indivíduos que a Aids e hoje mata mais que a Aids, está convocando todas as pessoas com idade entre 47 e 67 anos para realizar quanto antes o teste de detecção da hepatite C.

Nos Estados Unidos o dia 19 de maio foi declarado dia nacional de testagem e toda a nação está mobilizada para tentar encontrar pelo menos 600.000 infectados.  Ao mesmo tempo o mês de maio foi declarado o mês de conscientização nas hepatites no país. Um exemplo que deveria ser seguido por todos os países.

No Brasil, organizações da sociedade civil estão realizando na segunda quinzena de maio ações de conscientização e em alguns casos testagem das hepatites, como forma de tentar que o governo federal desperte para enfrentar o principal problema de saúde pública que aflige o Brasil, onde é estimado que até 3,5 milhões de brasileiros estejam infectados.

Segundo dados de organizações de pacientes que lutam pelas hepatites, 95% dos infectados com hepatites B ou C ainda não foram diagnosticados. Além disso, somente 1 de cada 300 infectados recebe tratamento a cada ano.

 

 


Estado já registrou 15 casos de Gripe A em 2012, com duas mortes
Uma criança de dois anos e um homem de 52 morreram em consequência da doença, a campanha de vacinação vai até 25 de maio
 

contra a Gripe A
 

Desde o início do ano já foram registrados 15 casos de Gripe A (H1N1) em Santa Catarina, com dois óbitos: uma criança de dois anos em Itajaí e um homem de 52 anos em Blumenau. Em Florianópolis foram confirmados dois casos até agora. Este número já é maior do que o registrado em 2011, quando cinco pessoas contraíram a doença. Em 2011 não houve morte pela Gripe A.

De acordo com Luciana Amorim, gerente de imunização da Vigilância Epidemiológica do Estado, com a chegada do frio é necessário redobrar os cuidados, pois há probabilidade do aumento de problemas respiratórios e resfriados. Ela garante que uma das maneiras mais eficazes de prevenir é tomando a vacina. “Vacinando, idosos, gestantes e crianças acabamos fazendo proteção indireta para outros, pois derrota um pouco da circulação do vírus. Se o vírus esbarra em uma criança vacinada, por exemplo, já não passa para os pais”, explicou.

Em Florianópolis, a Secretaria de Saúde oferece vacinação em todos os postos de saúde até dia 25 de maio para crianças de seis meses até dois anos, idosos acima de 60 anos e gestantes.

Luiz Alberto Barbosa, 25, não perdeu tempo e levou o filho Anderson Simão de sete meses até o posto de saúde do Mont Serrat. Ele soube da campanha pela creche que o menino frequenta e disse que entendeu a importância da prevenção.

Segundo Monich Cardoso, coordenadora da Campanha de Vacinação e da Vigilância Epidemiológica da Capital, além da vacinação o trabalho é feito principalmente na orientação da população. Ela garante que todos os profissionais estão capacitados e orientados para lidar com a doença.

“Em alguns casos o vírus passa como uma gripe comum, em outros a evolução da doença pode levar à morte. Cada organismo reage de um jeito, por isso é importante que as pessoas deem importância para qualquer suspeita de sintoma. Quem tiver febre, tosse, coriza ou mal estar deve procurar o serviço de saúde mais rápido possível”, alertou.

Sobre a Influenza A - doença respiratória aguda

As diferenças de sintomas iniciais da gripe comum e da Gripe A (H1N1) são poucas, é possível distinguir melhor quando o quadro evolui. Por isso os cuidados são os mesmos, mas é preciso ficar atento se houver piora. Monich explica que o diagnóstico é feito por meio de um exame específico da secreção nos casos de gripe que tem sintomas agravantes.

Marco Otílio, médico da comissão de controle de infecção do Hospital Universitário Pequeno Anjo de Itajaí, onde uma criança morreu em virtude da gripe, afirma que o vírus tem se demonstrado mais agressivo e geralmente evolui acompanhado de um quadro de inflamação como pneumonia, por exemplo.

 “O vírus da Influenza causa vários tipos de gripe, por isso é necessário ficar atento à evolução ou piora do quadro clínico. O ideal é que o paciente seja orientado para voltar ao médico caso não haja melhora espontânea e a partir daí fique em observação”, indicou.

Casos de Gripe A (H1N1) confirmados em Santa Catarina este ano

Blumenau – 1 (morte)

Brusque: 1

Florianópolis: 2

Itajaí: 5 (uma morte)

Joinville: 1

Nova Trento - 1

Tijucas: 1

Tubarão: 3

Saiba mais

Como o vírus é transmitido: Por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas

Principais Sintomas: Tosse, coriza, mal estar, febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço, dor de garganta, dores musculares e ardor nos olhos

Cuidados de prevenção: Lavar sempre as mãos com sabonete, Utilizar álcool gel; Evitar locais fechados com grande aglomeração de pessoas; Se proteger do frio com roupas adequadas; Cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar

Vacinação

Todos os Centros de Saúde da Capital estarão abertos para vacinação até 25/5 no período das 8h às 17h. A vacina está disponível gratuitamente para idosos com mais de 60 anos de idade, crianças de seis meses à menos de dois anos, gestantes e trabalhadores de saúde das unidades que fazem atendimento para a Influenza.