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FALTA DE REMÉDIOS
Saúde culpa laboratórios e estuda punição

Dos 28 remédios que estavam em falta nos postos de saúde de Joinville, oito ainda não tiveram o estoque regularizado devido a problemas que a Secretaria Municipal de Saúde vem enfrentando com fornecedores. Para acabar com esses impasses, que impediram a secretaria de cumprir a promessa feita em março de normalizar a maioria dos estoques, a pasta criará uma comissão permanente para punir os que considera como maus fornecedores.

O comitê deve ser formalizado hoje. O foco da comissão será julgar empresas que descumprem os contratos de licitação, principalmente de medicamentos (com base na lei federal 8.666), mas também em casos de atraso no fornecimento de insumos e de obras. Entre os remédios ainda em falta, há um de uso controlado.

“Não vamos mais aceitar fornecedores que não cumprem com suas obrigações”, afirma a secretária municipal de saúde, Antonia Grigol.


 

 

DIRETOR DO HOSPITAL SÃO JOSÉ PEDE DEMISSÃO

O diretor do Hospital Municipal São José, Tomio Tomita, pediu demissão do cargo ontem. Embora a saída seja praticamente inevitável, o pedido ainda está em análise pelo prefeito Carlito Merss – que chegou ontem de viagem a Brasília. Tomio alega que solicitou a exoneração depois de assembleia de sociedade de anestesiologistas, da qual faz parte. Como cresceu a demanda na cidade pela especialidade, Tomio foi requisitado. O médico diz que não era seu plano deixar o hospital, mas vai atender ao pedido dos colegas, embora ainda não considere o pedido de demissão totalmente irreversível .“A não ser que meus colegas mudem de ideia, vou deixar o hospital, sim”, afirma Tomio.

Diretor-clínico do São José entre 2007 e 2008 e no comando do hospital desde o início do governo Carlito, Tomio considera o trabalho satisfatório. “Do meu ponto de vista, saio realizado.Foram feitas várias obras, houve pagamento de dívidas, climatização de quase todo hospital, a informatização. Claro que há outras ações a serem feitas, o tempo de uma gestão é curto, precisa haver continuidade”, diz o médico. Tomio considera o apoio de Carlito fundamental. “Nada teria sido feito se não fosse o apoio do prefeito”, diz o diretor demissionário.

No mês passado, o secretário Tarcísio Crócomo pediu demissão, sendo sucedido por Antônia Grigol. O cargo de diretor do São José não é ligado à secretaria, e sim ao gabinete do prefeito pelo fato de o hospital ser uma autarquia.

 

FETO ANENCÉFALO
Prazo de diário judicial impede mulher de abortar

Grávida de quatro meses de um bebê sem cérebro, uma mulher de 30 anos entrou na Justiça para interromper a gestação, uma vez que a decisão do Supremo Tribunal Federal liberando o procedimento, no dia 12, ainda não foi publicada no “Diário Oficial da União”. O STF informou que não há data para isso.

 

 

 

LEGADO - A Associação Catarinense de Medicina comemora 75 anos no dia 27. Na sua trajetória, a ACM destacou-se por movimentos que resultaram na criação da primeira faculdade de medicina do Estado, participação na criação do Conselho Regional de Medicina, do Sindicato dos Médicos e do Conselho Superior das Entidades Médicas de SC.

 

Visor


A PROPÓSITO
Lembram da ameaça de paralisação dos serviços como Samu e outras estruturas da prefeitura de Florianópolis, caso os convênios com a Associação Florianopolitana de Voluntários (Aflov) fossem encerrados na virada do ano, conforme determinação do Ministério Público, gerando o desemprego de até 800 pessoas no município?

Estamos em abril e, até agora, tudo segue na mesma.

 

Geral

ENDOSCOPIAS
Médico de Joaçaba foi suspenso 30 dias
Família de uma das vítimas está revoltada com a decisão do Cremesc


Trinta dias de suspensão do exercício profissional. Esta foi a sentença administrativa do gastroenterologista Denis Conci Braga, médico responsável pela clínica onde três pacientes mor reram após exames de endoscopia em Joaçaba, no Meio-Oeste, em maio de 2010.

A pena, que podia variar de advertência até cassação do registro profissional, foi imposta pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (Cremesc), depois do julgamento no no órgão em 17 de agosto do ano passado.

Ela teria sido cumprida pelo médico entre os dias 1º e 30 de dezembro de 2011, informou ontem a assessoria do órgão em Florianópolis. A divulgação da punição foi publicada no Diário Oficial e no Diário Catarinense.

Até ontem, a família de Iara Penteado, de 15 anos, que morreu 15 dias após o exame, desconhecia a punição do Cremesc. O pai da adolescente, Emerson Penteado, foi pego de surpresa pela decisão. Ele ficou bastante revoltado com a sentença, que alegou ser branda diante de um caso grave, onde três pacientes morreram e outros cinco tiveram complicações após as endoscopias.

– É uma brincadeira com as famílias. Três vidas se foram e o médico pode continuar atendendo normalmente. E se ele fizer isso com outros pacientes? – questiona.

Hoje, Emerson pretende se reunir com o advogado da família para tentar uma maneira de recorrer à decisão do Cremesc.

Em agosto, quando ocorreu o julgamento na sede do órgão em Florianópolis, ele e a esposa foram impedidos de acompanhar os trabalhos.

A decisão administrativa do Cremesc não tem relação com as possíveis punições criminais, já que os processos são paralelos.

O delegado Maurício Pretto, que cuida do caso, deve encaminhar novamente o inquérito ao Ministério Público (MP) nesta semana. Segundo ele, a promotoria teria encontrado sete pontos inconclusos na investigação e solicitou mais informações.

Assim que o documento chegar novamente ao MP, o promotor poderá oferecer denúncia contra o médico à Justiça ou devolver mais uma vez o inquérito à Polícia Civil, solicitando novas diligências. Braga deve ser indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) e lesão corporal culposa.

O advogado de defesa do gastroenterologista, Germano Bess, não foi encontrado na noite de ontem para comentar a punição.