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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Obras do quarto andar

Mesmo que o tema seja recorrente em “AN”, inclusive neste espaço, a demora para a conclusão do quarto andar do Hospital São José sempre espanta. As promessas de entrega se acumulam desde meados da década passada, e em 2008 e 2009 as inaugurações chegaram a ser marcadas. Com aditivo no contrato, o prazo para a conclusão passou a ser o fim de maio. Como a compra de equipamentos deve ser concluída depois, somente em junho será possível receber os pacientes. Isso se tudo der certo. As obras do quarto andar do São José não deixam de ser um alerta para quem sonha com grandes obras na saúde pública: obras de menor porte também são difíceis.

Como é sabido, os leitos do quarto andar são fundamentais para ampliar a capacidade de realização de cirurgias eletivas, aquelas marcadas com antecedência. É comum a suspensão dos procedimentos porque os leitos para as eletivas acabam sendo usados por pacientes em observação após passagem pelo pronto-socorro, seguidamente superlotado. O atraso não tem mais como recuperar, o importante agora é assegurar que o espaço entre em operação com todas as melhores condições possíveis, desde disponibilidade de recursos humanos até oferta de equipamentos. O quarto andar pode contribuir para amenizar um dos gargalos do São José.

 

 

SAÚDE
R$ 500 milhões em cinco anos
Governo vai investir na ampliação dos serviços de radioterapia no País

O Ministério da Saúde anunciou ontem que irá investir R$ 500 milhões nos próximos cinco anos para ampliação da oferta de serviços de radioterapia no País. O plano prevê a criação de 48 serviços nas regiões Norte e Nordeste e a modernização de outros 32 que já estão em funcionamento. Pelos cálculos do governo, o investimento vai permitir o acesso de mais 28,8 mil pacientes ao tratamento, todos os anos.

A licitação para contratação da empresa deverá ser aberta em julho. Uma das cláusulas do contrato prevê que a ganhadora da disputa terá de construir no País uma fábrica de aceleradores lineares, usados no tratamento de pacientes com câncer. A proposta do ministério é de que a empresa tenha compromisso de iniciar a construção da fábrica em 2013. Serão comprados 80 aparelhos.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que a construção dos novos centros vai reduzir a desigualdade do acesso nas regiões Norte e Nordeste. Ele avalia ainda que a construção da fábrica ajudará a criar empregos, facilitará a manutenção das máquinas – atualmente, elas têm de ser enviadas ao exterior –, além de ajudar a reduzir o déficit na balança comercial da saúde, atualmente de US$ 10 milhões.

Padilha informou que a empresa ganhadora ficará responsável por fazer o projeto do novo centro, além de fornecer o equipamento. “Essa centralização dará maior agilidade a todo processo”, justifica. Ainda não está estabelecido onde os novos centros serão construídos.

O ministro anunciou também que os laboratórios públicos Farmanguinhos e Instituto Vital Brazil passarão a produzir mesilato de imatinibe, medicamento usado para leucemia mieloide crônica. A expectativa é de que a autossuficiência na produção seja alcançada em quatro anos. Atualmente, seis mil pacientes com a doença recebem tratamento pelo SUS. O governo estima que a produção no País, quando ocorrer, deve gerar uma economia de R$ 70 milhões anuais.

 

 

Visor


NO OSSO
Colega Renato Igor repassa a informação de que o Hospital Infantil Joana de Gusmão não tem alvará sanitário. Por isso, não consegue firmar convênios como o banco nacional de ossos e fazer implantes nos pacientes.


 


TRATAMENTO DE CÂNCER
R$ 505 milhões para o SUS

O Ministério da Saúde anunciou ontem o investimento de R$ 505 milhões no tratamento de câncer no país. Nos próximos cinco anos, o governo deve priorizar a compra de 32 novos equipamentos de radioterapia e a modernização de outros 48 equipamentos, com a mesma finalidade, que já funcionam no país.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, os estados do Norte e Nordeste serão priorizados no recebimento da tecnologia, além do interior do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que segundo Padilha, são os menos equipados atualmente. A medida pretende reduzir o deslocamento dos pacientes em tratamento e aumentar o acesso da população.

Parte da verba liberada também será destinada ao desenvolvimento da droga Mesilato de Imatinibe, usada no tratamento de leucemia crônica.

– Vamos reforçar as parcerias entre dois laboratórios públicos e cinco privados. Em dois anos estaremos produzindo o medicamento e em quatro anos a oferta será sustentável – afirmou o ministro.

A medida prevê que metade das drogas para combater a doença, oferecidas de graça pelo governo, serão produzidas em solo nacional.

 

Brasília

 


ENDOSCOPIAS FATAIS
Inquérito de volta à polícia
Dois anos após as mortes, médico ainda não foi denunciado e punição do CRM segue desconhecida

O inquérito que investiga as mortes de três pacientes após exames de endoscopia numa clínica particular de Joaçaba, em 2010, foi devolvido pelo Ministério Público à Polícia Civil.

Por causa de sete pontos que estariam inconclusos na investigação, o documento, de mais de 400 páginas, voltou para o delegado Maurício Pretto. Pretto promete finalizar novamente o documento nesta semana.

A promotoria quer saber, por exemplo, a relação de todos os medicamentos que eram fornecidos por uma farmácia de manipulação de Itajaí à Conci Clínica Médica, onde os exames foram feitos.

Segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), a causa das mortes está relacionada ao uso indevido da lidocaína. A substância utilizada nos pacientes era manipulada e estava em forma de pomada, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manda usar spray.

A promotoria também quer que a polícia ouça um médico legista com quem o médico Denis Conci Braga, responsável pela clínica, teria conversado no dia das mortes. Além disso, o delegado deverá fazer um estudo de caso de cada uma das vítimas.

Outra pergunta que os policiais devem responder ao MP está relacionada ao tempo de metabolização da lidocaína no corpo dos pacientes. Para isso, deverão ser ouvidos médicos especialistas na área.

O delegado também solicitou às vigilâncias sanitárias municipal e estadual os documentos que liberavam o funcionamento da clínica. Na época das mortes, os órgãos constataram que o médico não tinha licença para realizar exames de endoscopias e o local foi interditado.

Assim que os pontos forem esclarecidos, o inquérito deverá ser encaminhado ao promotor Diego Barbiero, de Catanduvas, também no Meio-Oeste, que vai analisar o caso. Ele poderá denunciar o médico – indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, ou mandar o documento de volta à polícia, para novas diligências.

A sentença do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Florianópolis, que julgou a conduta administrativa do médico em agosto passado, ainda não foi divulgada pela entidade.

daisy.trombetta@diario.com.br

DAISY TROMBETTA | Joaçaba
Três mortes
- Três pessoas morreram e cinco foram internadas – sendo duas em estado grave – após passarem por exames de endoscopia no dia 14 de maio de 2010, na Conci Clínica Médica, em Joaçaba. Os exames foram feitos pelo gastroenterologista Denis Conci Braga.
- Morreram após o exame a dona de casa Maria Rosa dos Santos, 57 anos, e a agricultura Santa Aparecida Sipp, 62. A estudante Iara Penteado, 15 anos, foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba. Ela morreu 15 dias após o exame.
DEU NO DC
Em agosto passado, reportagem contou que o Conselho Regional de Medicina julgou Conci, mas ocultou a decisão.

 

 

Colunista Cacau Menezes

Toques

ATUALIZAÇÃO – A Sociedade de Dermatologia Regional Santa Catarina (SBD-SC), presidida pela médica Sílvia Maria Schmidt, realiza a 20ª Jornada Sul-Brasileira de Dermatologia, de hoje, 19, a 21 de abril, no Costão do Santinho Resort & SPA

 

 

 

 

 

Hospital recebe R$100 mil

Anítapolis- O Hospital de Assistência Sócia  São Sebastião, do município  de Anitápolis  , na Grande Florianópolis, vai receber recursos de R$ 100 mil.

O convênio foi assinado, nesta terça-feira, pelo secretário Regional Renato Hinning da SDR ( Secretaria de Desenvolvimento Regional) da Grande Florianópolis  em audiência com o diretor do hospital, padre Leandro Francisco Schwinden, o prefeito de Anitápolis municipal de administração Marcos Medeiros.

Os recursos liberados serão aplicados no custeio e na manuntenção dos serviços de saúde do Hospital de Assistência Social São Sebastião. O Hospital oferece atendimento de emergência incluindo partos, além de clinica  geral. O atendimento pode ser feito por meio de convênio, consulta particular ou pelo SUS ( Sistema Único de Saúde).