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SAÚDE

Viver mais e melhor
Avanços da medicina e cuidados com o estilo de vida podem levar homens e mulheres à quinta idade, batendo recordes de 150 anos

Pensar em viver até os 100 anos, com qualidade de vida, pode estar na mente de muitas pessoas que se sentem ativas e saudáveis depois da terceira idade. Para a medicina, no entanto, a barreira centenária já está ultrapassada e a atenção se volta a quem está disposto a bater recordes de longevidade, chegando aos 150 anos.

Os segredos para viver são conhecidos: ter uma vida saudável, praticar exercícios, alimentar-se adequadamente e manter-se ocupado. Mas da simplicidade aparente desses macetes, revelam-se minúcias que podem ser determinantes para uma vida curta, longa ou muito longa.

Estudiosos da longevidade há 30 anos, profissionais do Kurotel – Centro de Longevidade e Spa apontam o equilíbrio emocional, escolhas positivas de vida, atenção a detalhes da medicina e foco em nutrientes específicos para se viver mais e melhor.

“Nos próximos anos, vai haver uma mudança significativa na sociedade. Há condições de termos idosos muito mais ativos”, explica a nutróloga Mariela de Oliveira Silveira.

A perspectiva é de que, em 2050, 25% da população mundial seja de idosos. No Brasil, de acordo com o Censo 2010, os idosos ocupam uma fatia de 7,4% dos 194 milhões de pessoas, e as que estão com mais de 100 anos chegam a 24 mil.

O avanço da medicina, aliado às melhores condições sanitárias em que vivemos e mais conhecimento sobre o que é benéfico à saúde, é a chave para a longevidade. Mas fundamental, de acordo com o psicólogo Michael Zanchet, é saber fazer as escolhas certas e aproveitar o momento presente.

“Uma vida com qualidade vai se dar no equilíbrio entre as escolhas positivas, os exercícios, o relacionamento social e familiar, a individualidade preservada, a espiritualidade, uma condição econômica confortável e a vivência de momentos de descontração”, amplia o psicólogo.

Atualmente, as doenças que mais causam mortes são as cardíacas e os cânceres, que podem ser prevenidos com exames e uma escolha de vida saudável. Em 1930, o que mais matava a população, que vivia menos, eram as doenças infectocontagiosas, que foram sendo eliminadas com o surgimento de antibióticos e melhores condições sanitárias.

“A gente vive as doenças provocadas pelo nosso estilo de vida”, entende Mariela.

Uma vida regrada, que dure mais e com mais qualidade, deve ser observada desde a gestação, com atenção especial a cada fase de forma diferente, entendendo as novas necessidades e deficiências, explicam os profissionais do Kurotel. É importante também pensar em como ocupar as pessoas que ultrapassam a barreira da quarta e quinta idade, após os 80 anos.

“Essas pessoas terão que dar um novo significado à sua vida. Há uma necessidade de envolvimento, de se sentir útil. O trabalho voluntário deverá ser estimulado entre os que têm mais de 80 anos, já que a terceira idade deverá estar ainda mais ativa, com melhores condições físicas”, indica Zanchet.

O tema é tão relevante que, neste ano, quando foi comemorado o Dia Mundial da Saúde (7 de abril), a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu o tema “A boa saúde adiciona vida à idade”, que destaca não só a longevidade, mas também a qualidade de vida. Segundo a agência da ONU, os bons hábitos alimentares contribuem para uma terceira idade saudável e produtiva.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, ressaltou a terceira idade em mensagem ao Dia Mundial da Saúde. Ele lembrou que “no meio do século passado, havia apenas 14 milhões de pessoas com 80 ou mais anos de idade. Até 2050, haverá quase 400 milhões nesta faixa etária, 100 milhões delas na China.”

Em entrevista à Rádio ONU, do Rio de Janeiro a nutricionista Inês Rugane, falou sobre os desafios de uma vida longa, ressaltando que as práticas alimentares fazem parte de uma herança cultural que, às vezes, é difícil de adaptar a costumes mais saudáveis.

 


NOTAS
Soja melhora sintoma de menopausa

Duas porções diárias de soja podem reduzir a frequência e intensidade de ondas de calor vivenciadas por mulheres durante a menopausa, concluiu o mais abrangente estudo já feito sobre o assunto. Os resultados da pesquisa apontam para uma redução de até 26% no sintoma.

Pesquisadores da Universidade de Delaware, em Newark, Nova Jersey, Estados Unidos, analisaram 19 investigações prévias sobre o tema envolvendo um total de 1.200 mulheres. Os resultados do trabalho foram publicados na revista científica “Menopause: the Journal of the North American Menopause Association”.

Até agora pesquisas sobre o assunto tinham apresentado resultados contraditórios – algumas confirmando, outras negando os benefícios da soja para mulheres na menopausa. Porém, segundo a equipe americana, a discrepância se deve ao número pequeno de participantes em alguns dos estudos e também a problemas de metodologia.

“Quando combinamos todos (os estudos), concluímos que o efeito geral (da soja) ainda é positivo”, afirma Melissa Melby, professora de antropologia médica na Universidade de Delaware, autora do estudo.

 


NOTAS
Viagra natural inalado melhora desempenho sexual

A oxitocina, mais conhecida como o “hormônio do amor”, pode melhorar de maneira significativa o desempenho sexual masculino, segundo uma pesquisa realizada na Califórnia, que comparou o efeito do hormônio inalado ao proporcionado por remédios contra disfunção erétil. O hormônio oxitocina é produzido naturalmente pelo corpo humano tanto em homens quanto mulheres e tem relação com a atração sexual e o sentimento de confiança e autoconfiança.

Doses extras desse hormônio são liberados no sangue da mãe durante o parto, desencadeando a produção de leite materno e a manutenção do vínculo da mãe com o bebê. Recentemente, uma pesquisa mostrou que o hormônio seria uma forma de tornar os homens mais sensíveis, mas não se sabia que ele podia ter efeito no físico. Pesquisadores da Califórnia publicaram um artigo sobre os efeitos do hormônio depois de usá-lo em um homem casado e pai de três filhos que sofria de transtorno de déficit de atenção e tinha dificuldade em manter relações sociais. As informações são do “Daily Mail”.

A pesquisa constatou que o homem casado, ao usar duas vezes por dia uma espécie de remédio em spray contendo o hormônio, viu uma melhora considerável em seu desempenho sexual. Seu relacionamento com sua esposa também estava em dificuldades, e as drogas convencionais não surtiram efeito ou causaram efeitos colaterais indesejados.

A pulverização do hormônio no nariz duas vezes ao dia foi pouco para ajudar a sua fobia social, mas garantiram excelentes resultados na vida amorosa, afirma o estudo publicado na revista científica “Journal of Sexual Medicine”.

 

TERCEIRA IDADE
Sedentarismo afeta equilíbrio das mulheres

A falta de exercícios físicos afeta o equilíbrio, a agilidade e o reflexo das mulheres com mais de 70 anos. Isso é o que apontou um estudo inédito da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, feito em parceria com o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).

Segundo Sandra Matsudo, coordenadora da pesquisa, o resultado do estudo demonstrou que as mulheres sedentárias apresentam mais dificuldades de executarem atividades simples e correm mais risco de adquirir doenças. A prática de atividades físicas, tais como caminhada diária de 30 minutos, aumenta a qualidade de vida, reforçou a pesquisadora.

O estudo acompanhou 300 mulheres, que foram divididas em dois grupos: um que reunia as entre 50 e 59 anos e outro, com 70 anos ou mais. Elas foram submetidas a vários testes físicos, que demonstraram, por exemplo, que a falta de exercícios afeta principalmente o equilíbrio.

Ao serem submetidas a um teste de equilíbrio com duração de 30 segundos, as participantes que tinham entre 50 e 59 anos conseguiram manter-se equilibradas por 24 segundos. As entrevistadas com mais de 70 anos mantiveram o equilíbrio por cerca de 13,40 segundos, uma queda de 78,8%.

Falta de exercício compromete a agilidade e o reflexo

O estudo mostrou que o sedentarismo compromete a agilidade. Ao participarem de um exercício de locomoção, que exigia caminhar por um curto trajeto, as entrevistadas entre 50 e 59 anos fizeram o percurso em 2,5 segundos. As mulheres com mais de 70 anos fizeram o mesmo percurso em 3,11 segundos, o que apontou mais dificuldade no ato de caminhar.

Outro aspecto que fica comprometido é o reflexo. Quando expostas a um exercício que previa levantar e sentar numa cadeira repetidamente, durante 30 segundos, as mulheres entre 50 e 59 anos fizeram uma média de 19,35 repetições. As com mais de 70 anos fizeram 17,36 repetições, em média.

Ao comparar o desempenho dos dois grupos, o estudo também apontou perda de força e de massa muscular. O índice de massa corpórea (IMC), por exemplo, apresentou queda de 5,47%. Já um teste de impulsão para constatar a força dos membros inferiores apontou queda de 28,43%.

 

São Paulo

 


QUALIDADE AVALIADA
Silicones passarão por análise

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) publicou portaria permitindo aos laboratórios que fazem certificação de preservativos masculinos e luvas cirúrgicas que atestem também a qualidade das próteses de silicone disponíveis no mercado.

Segundo o texto, o processo de verificação dos produtos é semelhante e, por isso, as empresas interessadas em realizar o procedimento poderão preencher um cadastro e dar início à análise dos implantes mamários. A permissão para estas companhias deve durar por até seis meses. Depois deste prazo, elas deverão se submeter à acreditação do Inmetro para seguir com as inspeções.

Ao realizarem os primeiros testes, as empresas deverão ser acompanhadas por um auditor do órgão. O próprio Inmetro explica que a medida foi tomada como alternativa para evitar o desabastecimento do mercado de implantes mamários, uma vez que é necessário tempo para acreditar os organismos de certificação de produtos.

Desde o dia 21 de março, a comercialização de novos modelos de próteses mamárias de silicone nacionais e importadas no país estavam suspensas, aguardando justamente a publicação do Inmetro, com os critérios para verificação dos produtos.

 

Brasília

  


ARTIGOS

Erro médico?, por Luciano de Lima*


Os hospitais enfrentam uma situação delicada perante os tribunais. Conforme a jurisprudência que aos poucos vai se consolidando, em caso de dano causado a um paciente internado em suas dependências, é considerado culpado solidariamente com o médico que prestou o serviço. Esta é a posição mais comum dos juízes e desembargadores confrontados por ações de pacientes lesados. A consequência é o prejuízo direto do hospital que, muitas vezes, ao final da ação, acaba pagando a conta sozinho, uma vez que seu patrimônio é, normalmente, muito mais visível e sujeito à apreensão judicial do que o do médico.

Mas será que a situação pode ser considerada de forma tão linear? Não há dúvidas de que o hospital é um prestador de serviços e, como tal, sujeito ao controle do Código de Defesa do Consumidor. Mas será que o médico que atende em suas dependências pode ser sempre considerado seu preposto, e nessa condição atrair a responsabilidade do hospital em caso de dano a paciente?

Primeiramente, há que se distinguir a situação funcional do médico. Se for empregado do hospital, não há dúvida da responsabilidade do estabelecimento. Mas se for apenas um profissional liberal que aluga as dependências para atendimento ou que lá realiza cirurgia sem qualquer vínculo funcional, a situação deverá ser tratada de forma distinta.

A autonomia de um médico cirurgião durante o ato cirúrgico é total. Não há interferência por parte da instituição. Muitas vezes o hospital sequer tem controle quanto à escolha dos médicos que operam em suas dependências. Solução diversa caberá se o dano ao paciente for decorrente de defeitos relacionados com o estabelecimento, ligados à estada do paciente, instalações, equipamentos e serviços, sobre os quais o hospital tem gerência. Uma vez provada a relação de causa e efeito entre esses serviços e o dano alegado pelo paciente, caberá ao hospital a responsabilidade da reparação.

Erro médico ou erro hospitalar? Como se vê, não são a mesma coisa.

*Advogado

 

 

Problemas

Com o fechamento do Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, complicou de vez a situação do hospital Ruth Cardoso, que passou a acumular o atendimento de pacientes não apenas do município, mas da região. Outro problema e a provável ação trabalhista que será encaminhada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde para garantir o direito e salários de 150 funcionários que foram demitidos do Santa Inês. A saúde como prioridade, pelo visto, não esta valendo para Balneário Camboriú.

 

 

Atribunanet

 
Reforço para hospitais da região

 Ampliar Imagem Com uma meta clara de retirar ambulâncias das estradas transportando pacientes rumo a Florianópolis, a Secretaria de Saúde do Estado vai investir na ampliação da complexidade de hospitais na região sul. A informação foi prestada pelo secretário-adjunto Acélio Casagrande, que nesta sexta-feira visitou o jornal A Tribuna acompanhado pelo vice-governador Eduardo Moreira.

"Vamos investir na aquisição de equipamentos para que as pessoas não tenham que se deslocar", informa Casagrande. O secretário reforçou compromissos com o Hospital Regional de Araranguá, o Hospital São José e o Materno Infantil Santa Catarina de Criciúma.

"Para mudar essa realidade (déficit nas consultas de especialidades pelo SUS) vamos lançar em maio o programa A Saúde mais Perto de Você e estimular os municípios a contratar. O Estado repassa recursos para a região", acentua. Confira mais detalhes na página 6 do jornal A Tribuna deste sábado.

 

 

 
Cepon precisa de R$ 12 mi
Obras. Para o complexo ficar pronto, falta concluir o centro cirúrgico e a UTI

A primeira etapa das obras da área hospitalar do Complexo Oncológico do Cepon, centro de referência na prevenção e no tratamento de pacientes com câncer em SC, deve ser entregue em operação até o fim deste mês.

Com o novo espaço concluído, os pacientes poderão contar com um centro cirúrgico ambulatorial, pronto atendimento 24 horas e um setor de internação clínica, o hospital dia, com 36 leitos. Todos os equipamentos já foram adquiridos e as salas estão prontas e sendo organizadas, Faltam apenas alguns ajustes e a contratação de pessoal.

Para o complexo ficar 100% ativo é necessário concluir o centro cirúrgico e a UTI. Esta última etapa deve custar mais R$ 12 milhões. A expectativa do diretor geral do Cepon, Rafael Vasconcellos, é que estes recursos venham ainda neste ano. Segundo ele, o governo está empenhado na questão. Após a captação de recursos, o complexo deve ficar 100% ativo em até dois anos.

“É uma grande conquista ter este local com tratamento especializado. O pronto atendimento irá refletir diretamente no cotidiano de todos, pois desafoga a emergência dos hospitais da cidade. Agora progredimos e estamos avançando mais ainda a caminho do centro cirúrgico”, disse Vasconcellos.

Já foram investidos R$ 30 milhões

As obras do complexo iniciaram em 2000 com o objetivo de atender pacientes com câncer de todo o estado. Até agora, já foram investidos cerca de R$ 30 milhões. O complexo é dividido em duas torres e três áreas: a ambulatorial, que funciona desde 2005 com atendimento clínico e tratamento de quimioterapia; a área de radioterapia e o setor de imagem para a realização de exames, inaugurada em 2006 e 2007; e a hospitalar.

Quando a área de internação cirúrgica estiver pronta, também deverá desafogar o prédio do Cepon do centro, que funcionará como unidade específica de procedimentos paliativos, com atendimento a pacientes que não estão mais tratando a doença, mas com os sintomas da doença.

Elogios à estrutura e ao atendimento

O motorista Claudio Ferreira, 40 anos, é um dos pacientes que usa o Cepon desde o ano passado para tratar um câncer linfático. A doença foi descoberta há um ano e meio. Ele precisa se deslocar pelo menos uma vez por mês de São Ludgero, no Sul do estado, para Florianópolis para o tratamento e fica, em média, três horas no Cepon. Ferreira elogiou as instalações, o conforto e a atenção e ficou feliz em saber que  o espaço e o atendimento serão ampliados.

Todas vez que aplica a medicação, ele tem que fazer um exame de sangue. Quando não faz na sua cidade, precisa fazer no Hemosc. Após a coleta, ele se desloca para o Cepon, onde aguarda o resultado. Depois do atendimento médico, ele faz a aplicação do medicamento necessário. Com o novo centro ambulatorial, este procedimento de coleta será realizado também no Cepon e facilitará o processo.

“Com tudo centralziado aqui ficará bem melhor”, relatou Ferreira. A mãe dele, Francisca Cerni ferreira, ficou admirada com o atendimento e a estrutura do hospital. “Estamos acostumados com hospitais menos equipados e mais antigos. Aqui, além do conforto, o atendimento é muito cuidadoso”.