ANVISA PERGUNTA
Remédios nas gôndolas?
Desde sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está em consulta pública para saber se remédios que não precisam de receita médica podem ser vendidos em prateleiras, ao alcance de todos.
Apopulação tem 30 dias para opinar sobre o assunto. Desde 2010, a Anvisa determinou que mesmo os medicamentos mais simples e que não requerem receitas médicas, como alguns analgésicos e pastilhas, só podem ser vendidos atrás do balcão das farmácias e drogarias.
Assim, os remédios deixaram de ficar em gôndolas e prateleiras de fácil acesso ao consumidor, sem necessidade da intermediação do atendente.
Na época, a agência reguladora alegou que o remédio, mesmo isento de receita, pode apresentar risco à saúde e, por isso, o cidadão deve ter orientação de um farmacêutico. A agência reguladora, no entanto, decidiu retomar o debate depois de um estudo mostrar que a proibição diminuiu o poder de escolha do consumidor. Em 2007, 4,6% dos remédios isentos de prescrição foram indicados por atendente, balconista ou farmacêutico. Já em 2010, a interferência afetou 9,3% das vendas. O estudo apontou ainda concentração de mercado. Ou seja, os atendentes, por vezes, indicavam apenas determinadas marcas.
GERAIS
Novas regras para tratar derrame no SUS
O Ministério da Saúde alterou o protocolo de tratamento de acidente vascular cerebral (AVC) no SUS.
O AVC é a principal causa de morte no país. A decisão, publicada sexta-feira, prevê a criação de Centros de Atendimento de Urgência para três casos: aplicação de medicação após o derrame, internação e a reabilitação dos pacientes. Os hospitais públicos precisam ser habilitados para prestar esses atendimentos e ainda levarão um tempo para abrir leitos e treinar seus profissionais.
Com a decisão, o governo coloca o Alteplase na lista de medicamentos oferecidos de graça pelo SUS. Ele é o único remédio aprovado no Brasil para AVC isquêmico, que representa 85% dos casos de derrame.