MEDICAMENTOS
Será preciso esperar 15 dias
Secretaria promete normalizar estoque de 25 dos 28 remédios que faltam nos postos
Muitos pacientes que dependem de medicamentos de uso contínuo distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão sofrendo com a falta de remédios nos postos de saúde de Joinville. Pelo menos 28 produtos estão em falta. Somente na Unidade Básica de Saúde do Saguaçu, uma lista fixada na porta da farmácia informa a falta de 16 deles.
Alguns estão em falta desde novembro do ano passado. Mas a boa notícia para os pacientes, que muitas vezes não têm condições de comprar os remédios nas farmácias e tiveram que interromper o tratamento de doenças como hipertensão e depressão, é que a Secretaria de Saúde assinou já assinou o empenho para a compra de medicamentos em falta no estoque. A previsão, de acordo com a secretaria, é de que o fornecimento dos medicamentos seja normalizado dentro de 15 dias.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, apenas três remédios continuarão na lista dos medicamentos em falta na rede pública. São eles: os estrógenos conjugados (que teve a produção encerrada pelo laboratório que fornecia a substância), a carbamazepina cp (distribuidora de medicamento solicitou realinhamento de preço e o pedido está em análise) e a diosmina + hesperidina cp (abertura de pregão para compra está prevista para o dia 20) – este medicamento não consta na lista do SUS e é disponibilizado por decisão judicial.
Segundo a secretaria, o processo licitatório para a compra de medicamentos foi feito com antecedência e a causa da falta de medicamentos seria a burocracia. No caso de dez medicamentos (clorpomazina, enalapril, fluoxetina, atenolol, carbonato de cálcio, levodopa, losartana, propatilnitrato, sinvastatina 20 mg e varfarina), por exemplo, dois pregões foram realizados e nenhum laboratório participou. Assim, a secretaria teve que dispensar a licitação para realizar a compra emergencial. Além disso, em outros casos, empresas que participaram do processo questionaram o resultado e entraram com recurso, o que atrasou todo o processo.
Comparação
Uma das táticas a serem usadas pela Secretaria de Estado da Saúde para defender a adoção de organização social no Hospital Regional de Joinville, caso a ideia seja considera viável, será a comparação: os números do Hospital Infantil, administrado por OS, serão colocados ao lado de outras unidades.
Vão abrir
O Hospital Bethesda, ajudado pelas sobras da Câmara de Joinville (coisa de R$ 1,1 milhão), quer ativar mais 42 leitos ainda em abril. Os leitos já podem ser usados pelo SUS. Só que como estão mais bem equipados, há a chance de mudança de status e, com isso, melhor remuneração pelo sistema de saúde.
CANAL ABERTO | Cláudio Prisco
A SAÚDE EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ
Em contraponto às afirmações do prefeito Edson Piriquito na Comissão de Saúde da Assembleia, registrada ontem pela coluna, o secretário Dalmo Claro de Oliveira (Saúde) afirma que, em reunião no dia 7 de dezembro de 2011, participou, a convite dos deputados Dado Cherem e Volnei Morostoni, de uma reunião com o prefeito para tratar da reabertura do Hospital Santa Inês, fechado pelo município.
“Na oportunidade, ficou acertado que a Secretaria de Estado da Saúde faria um repasse de R$ 1 milhão à administração, a qual aplicaria no Hospital Santa Inês, sob sua gestão, e que atenderia à demanda por três meses. Com o encerramento das atividades de 2011, e os trâmites burocráticos da Secretaria da Saúde e da Administração Municipal, houve atraso no repasse do recurso, entretanto, o mesmo está assegurado e ocorrerá nos próximos dias”, destacou o secretário em nota.
“No atendimento à Saúde da população da região, até o Hospital Santa Inês ser reaberto, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, repassou, no dia 16 de dezembro de 2011, R$ 2,5 milhões para o Hospital Ruth Cardoso, valor destinado para aquisição de equipamentos e materiais hospitalares permanentes, bem como adequação do espaço físico”, acrescentou Dalmo de Oliveira.
SDR desmente falta de repasse de verbas para emergência HNSP
Uma carta, assinada pelo diretor clínico do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), Paulo Cesar da Costa Duarte, e publicada no blog da jornalista Olivete Salmória, tornou público o fato de que o hospital estaria passando por problemas financeiros, devido à falta de compromisso do Governo do Estado, que não teria repassado as verbas prometidas, em acordo firmado no final do ano passado.
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria do Desenvolvimento Regional (SDR) de Lages desmentiu o fato e garantiu que o Governo está respeitando todos os prazos de pagamento. Procurado, o diretor administrativo do HNSP, Canísio Isidoro Winkelmann, preferiu não se manifestar sobre o assunto, destacando não ser o responsável pelas afirmações publicadas pelo blog.
Na carta, publicada na última quarta-feira (14), Paulo Duarte afirmava que “passados quase três meses da assinatura do termo de compromisso [entre Governo do Estado e o HNSP], nenhum contrato foi definitivamente efetuado e nenhum dinheiro do Estado foi para a emergência”, escreveu.
Na oportunidade, ele ainda destacou que em fevereiro, o HNSP havia feito um empréstimo bancário, a altos juros, no valor de R$ 300 mil, para não deixar de cumprir compromisso firmado com os médicos. “Estou extremamente preocupado porque em cinco dias expira o prazo para o pagamento dos serviços prestados no mês de fevereiro e a administração do Hospital falou que não recebeu nenhum recurso do Estado, e que não sabem como vão fazer para honrar o compromisso”, completou Paulo.
Secretaria rebate carta de diretor clínico
Em nota a SDR Lages mostrou surpresa com a carta divulgada, afirmando que, ficou acordado entre as partes (Governo e direção da instituição) que o primeiro repasse seria feito na segunda quinzena de março de 2012, com os valores retroativos referentes aos meses de janeiro e fevereiro já incluídos”, desmentindo, portanto, o atraso no repasse de recursos.
Ainda de acordo com a nota, o prazo havia sido estabelecido em função das questões burocráticas que envolvem o processo. “Foi explicitado que no mês de janeiro de 2012 a maioria dos conselheiros (prefeitos, presidentes das câmaras de vereadores e representantes da sociedade civil) estaria de férias, e a primeira reunião do ano seria em fevereiro. A direção mostrou-se compreensiva, não levantando objeções”, divulgou a SDR.
Em 13 de fevereiro, o tema foi debatido durante reunião do Conselho do Desenvolvimento Regional (CDR), que aconteceu em Correia Pinto. Na ocasião, não houve qualquer contrariedade e a aprovação foi unânime. “Passada essa etapa, a ata foi encaminhada para a Secretaria de Estado da Saúde, que programou o pagamento para a segunda quinzena de março”, conclui a SDR.
O diretor clínico do HNSP, Paulo Cesar da Costa Duarte, esteve em cirurgia durante a tarde de ontem e não pôde conversar com a reportagem do Correio Lageano sobre os fatos