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JUSTIÇA DETERMINA FIMDA FILA DA ORTOPEDIA
Depois do ultrassom, agora é a vez da fila da ortopedia. No mês passado, a Justiça deu liminar ao MP determinando à Prefeitura de Joinville e ao governo do Estado a montagem de plano para acabar com a fila de 14 mil exames de ultrassonografia. Agora, o mesmo terá de ser feito com a demanda de 3,3 mil consultas na especialidade de ortopedia. Em 45 dias, terá de ser apresentado plano para atender à fila em 12 meses. Como a decisão foi tomada em primeira instância, o município pode recorrer. Uma série de outros pedidos não foram aceitos. Curiosamente, são as demandas que motivaram visita do MP ao Hospital São José, na terça. Naquele momento, a decisão judicial já havia sido tomada. Na mesma ação das consultas de ortopedia, o MP queria cronograma para conclusão do complexo de emergência e dos 3º e 4º andares do São José e reabertura de leitos no Regional. A Justiça entendeu que mandar apressar as obras seria interferência na autonomia do Executivo

 

 

 

ARTIGOS

Avaliação do SUS, por Dado Cherem*


Santa Catarina recebeu a melhor nota na avaliação do desempenho do Sistema Único de Saúde (SUS). Como explicar que o corpo técnico do Ministério da Saúde tem uma percepção, e a população, outra?

Quando você consegue adentrar na porta do SUS, você tem acesso a ressonância, tomografia, tratamento de câncer, cirurgia cardíaca... Tudo de graça. Então, por que a percepção da população não é essa? Por que é negativa?

É porque existe, ainda, o desafio da acessibilidade, o acesso às especialidades e ao atendimento hospitalar.

O baixo valor repassado ao prestador de serviço, que oferta a ressonância e a tomografia, somado à baixa remuneração salarial paga aos profissionais médicos, faz com que haja um desestímulo desse prestador para o SUS, fazendo, com isso, que tenhamos poucos profissionais que se disponham a atender pelo sistema. Isso acaba provocando gargalos em várias especialidades e reduz a oferta de muitos serviços pela rede hospitalar conveniada com o Sistema.

Essa realidade – baixo valor pago para exames e cirurgias – dificulta o atendimento do bom prestador desses serviços.

O baixo valor nos próprios estados e municípios é sinônimo de sucateamento da rede pública que, aliado ao baixo salário da classe médica, aumenta a demanda reprimida na procura desses serviços essenciais.

E por que os técnicos do Ministério da Saúde avaliaram tão bem o atendimento do SUS em Santa Catarina?

Porque fizemos uma grande parceria com os municípios, ampliamos o Programa de Saúde da Família, construímos postos de saúde, compramos equipamentos, abrimos novos leitos de UTI, descentralizamos serviços de alta complexidade, enfim, criamos condições para que os municípios e os prestadores de serviço pudessem ofertar saúde.

Hoje, os municípios e o Estado fazem a sua parte. E a palavra-chave é a prevenção.

Não podemos comemorar, diante dos problemas que ainda persistem, o fato de Santa Catarina estar em primeiro na avaliação nacional do desempenho do Sistema Único de Saúde, mas podemos afirmar que este é o caminho.

*Deputado estadual

 

 


DENGUE
Confirmados três casos da doença
Pessoas vieram do Mato Grosso para morar em São Miguel do Oeste

Três casos de dengue importada, ou seja, a doença foi contraída em outro estado, foram confirmados em São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste Catarinense.

Segundo a secretária de Saúde do município, Beatriz Soares, as três pessoas da mesma família se mudaram no mês de fevereiro para a cidade, que tem 38 mil habitantes.

Eles moravam em Guarantã do Norte, Mato Grosso. Dois dias depois que chegaram a São Miguel do Oeste procuraram o posto de saúde. Silvio, Tatiane e Géssica da Silva apresentavam sintomas típicos da doença e após a realização de exame de sangue os casos foram confirmados. O pai, mãe e filha receberam tratamento e passam bem. Silvio disse que essa foi a terceira vez que contraiu a doença.

– Já fiquei 20 dias internado, dessa vez foi mais leve – disse o marceneiro.

O monitoramento e eliminação de focos e criadouros de mosquitos serão intensificados na cidade. Foram instaladas 153 armadilhas pelo município e 11 agentes realizam visitas.

– A preocupação maior é com as pessoas que armazenam água da chuva, devido a estiagem – disse Célio Silva, supervisor do programa de combate a dengue.

São Miguel do Oeste é terceiro município do Estado em número de focos, com 31 registros até o início de março. Joinville está em segundo com 36 e Chapecó em primeiro lugar com 106 focos, no mesmo período.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), foram registrados este ano 21 casos de dengue em Santa Catarina. Todos são importados. Segundo a Dive a procedência desses casos são estados como Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Desses casos, 10 foram adquiridos por homens e 11 e por mulheres.

sirli.freitas@diario.com.br

SIRLI FREITAS | São Miguel do Oeste