SUPERBACTÉRIA
Alerta no Hospital Celso Ramos
O Hospital Celso Ramos, o maior de Florianópolis, está enfrentando, desde janeiro, a superbactéria resistente a antibióticos, a KPC, num caso que chegou a ser classificado como um surto. Agora, a situação é considerada controlada pela Coordenadoria Estadual de Combate a Infecção. A afirmação é feita com base em exames em todos os pacientes da unidade de saúde e o não surgimento de contaminações desde quinta-feira da semana passada.
Instituição de saúde de Florianópolis admite que sofreu um surto – com 11 pessoas infectadas –, mas afirma que a situação agora está controlada, já que não surgiram novos casos nos últimos dias. Mesmo assim, as visitas foram limitadas a uma por dia por uma hora e as cirurgias eletivas (sem urgência) foram canceladas. Além disso, houve um reforço nas orientações sobre higienização das mãos entre os profissionais de saúde que atuam no local e o centro cirúrgico por onde passaram os infectados será submetido a uma desinfecção.
Até o momento, a superbactéria foi encontrada no organismo de 11 pessoas. Em cinco pacientes, a doença se manifestou. No restante, houve a chamada colonização, quando a KPC está no corpo, mas o indivíduo não se encontra infectado.
O conceito de surto é para quando dois ou mais casos de um agente não comum no hospital são confirmados. Existe uma tabela com as datas de manifestação da infecção, mas o material é de uso exclusivo dos técnicos, declara a coordenadora estadual de Combate a Infecção, Ida Zoz.
Na tentativa de conter o avanço da superbactéria, foi decretado o cancelamento das cirurgias eletivas e a redução no número de visitas (veja no aviso ao lado). A primeira medida, tomada na última sexta-feira, ocorreu porque a maioria das pessoas contaminadas passou pelo centro cirúrgico, explica Fábio de Faria, médico infectologista da Vigilância Epidemiológica, que ajuda no controle da situação do Celso Ramos.
As salas vão passar por uma desinfecção e as operações de casos graves que chegarem ao hospital serão realizadas no centro cirúrgico da emergência. O ambiente onde foram feitas as cirurgias é o foco do problema, confirma o diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde), Wallace Fernando Cordeiro.
A restrição às visitas existe para evitar que a superbactéria se espalhe. O médico infectologista explica que ao tocar em doentes com KPC, ou mesmo na cama, coberta, talher ou copo deles, a mão se contamina.
Caso não seja lavada e a pessoa tocar a boca, a superbactéria entra no organismo e se instala no intestino, colonizando a pessoa a partir dali.
Se este indivíduo vier a sofrer, por exemplo, um acidente que exija uma cirurgia, a infecção pode se manifestar. O período de risco não é conhecido porque não se sabe o período em que a superbactéria fica no corpo. Ele varia de acordo com a imunidade e a flora intestinal de cada pessoa.
SUPERBACTÉRIA
Mortalidade chega a 50% dos infectados
A coordenadora estadual de Combate a Infecção conta que há três semanas são feitos exames em pessoas internadas. Na primeira, foram limitados aos de áreas sensíveis, como Unidade de Terapia Intensiva e semi-intensiva.
Em seguida, foram estendidas para o restante do hospital. Toda a força médica da institiuição está mobilizada. Ela disse que toda a semana é feita uma reunião para avaliação das medidas. Além disso, foi intensificado o treinamento de funcionários e a higienização da unidade de saúde.
O diretor do Sindsaúde atribui a situação a consequências da terceirização do serviço de limpeza. Wallace conta que os funcionários não têm o conhecimento necessário para trabalhar numa área sensível como a saúde.
Ele acrescenta que o número de trabalhadores é pequeno e a área que precisam cuidar é maior que antes da terceirização, sendo responsáveis pela higiene de laboratórios e centros cirúrgicos, mais o restante do andar.
A notícia de uma superbactéria preocupa que têm familiares ou amigos no Celso Ramos. E há motivos. Fábio revelou que em casos de pessoas infectadas o índice de mortalidade é de 50%. O tratamento é feito com uma combinação de antibióticos, mas nem sempre a alternativa dá resultado.
SUPERBACTÉRIA
Não há motivo para pânico, diz governo
Mesmo com o alto índice de mortalidade que a superbactéria provoca entre os afetados – matando metade das pessoas em que a doença se manifesta – os especialistas afirmam que não existem motivos para pânico.
O principal argumento da coordenadora estadual de Combate a Infecção, Ida Zoz, é que testes não detectaram novos casos e o surto está controlado dentro da instituição de saúde pública.
Mesmo assim, ainda há seis casos dentro do Celso Ramos. Estas pessoas estão num local chamado de precaução de contato, conhecido antes como área de isolamento.
Eles são atendidos por um corpo técnico especializado e todo o tratamento segue normas internacionais. Apesar da melhora na situação, a coordenadora estadual de Combate a Infecção declarou que não há prazo para o estado de alerta ser retirado.
Ela explica que o surgimento da superbactéria é consequência do uso excessivo de antibióticos. Os pacientes crônicos e pessoas submetidas a grandes cirurgias estão sujeitos porque tomam diversos remédios.
Isto gera um mecanismo de pressão seletiva e a bactéria adquire resistência. Como estas pessoas são sujeitas a várias intervenções, a KPC, que se aloja no intestino, vai para outras partes do corpo, causando problemas.
O mais comum são infecções no aparelho urinário, por causa de sondas. Outra origem para a doença é a automedicação de antibióticos, que desencadeia o mesmo mecanismo.
Por causa disso desde dezembro de 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece o o controle rigoroso de antibióticos a venda nas farmácias. A partir desta data, compra deste tipo de medicamento ficou muito mais controlada no país.
Outra medida para conter a disseminação da superbactéria foi a proibição da esterilização de instrumentos cirúrgicos por submersão. O método era bastante empregado no meio hospitalar brasileiro, mas causava riscos aos pacientes.
Diagnóstico é difícil porque organismo é pouco conhecido
Há ainda mais um problema para a KPC. O organismo é pouco conhecido e isto dificulta o diagnóstico durante os exames. Se houver tratamento inadequado do paciente, o risco de morte da pessoa infectada aumenta porque a duplicação da bactéria é bastante rápida. O número de organismos pode dobrar, em média, a cada 20 minutos.
Mas a Secretaria de Saúde informou que é raro a KPC ser a causa da morte. Na maioria dos casos, ela se manifesta em pacientes que já estão bastante debilitados por causa de outras doenças.
A baixa imunidade e a medicação com antibióticos permite a manifestação da superbactéria. Mas a infecção acelera o processo de morte, sem ser considerado a causa.
GRIPE B
Anvisa faz nova vistoria no navio
Passageiros que apresentam algum sintoma estão sendo medicados dentro da embarcação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inspecionou ontem o navio de cruzeiros MSC Armonia, da empresa MSC Cruzeiros. O transatlântico, que está ancorado no Porto de Santos, com cerca de 2 mil passageiros a bordo, teve um caso confirmado de gripe tipo B.
Segundo a Anvisa, os passageiros que apresentam algum sintoma da doença estão sendo medicados dentro do navio. Os que não demonstram nenhum sinal de infecção são liberados para desembarque.
Segundo o Ministério da Saúde, desde as 8h da manhã de ontem a embarcação está sendo submetida a uma avaliação da situação de saúde e aplicação de questionário com passageiros que apresentam sintomas de gripe para a realização de investigação epidemiológica. A ação está sendo coordenada pela Anvisa, que atua em conjunto com a Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo e Vigilância Epidemiológica de Santos.
No dia 17, a tripulante do navio Fabiana dos Santos, de 30 anos, morreu. Ela estava internada no Hospital Ana Costa, em Santos, desde o dia 15, quando desembarcou do MSC Armonia com sintomas de gripe e suspeita de pneumonia, mas ainda não foi confirmada a causa de sua morte. No mesmo dia em que Fabiana morreu, mais cinco tripulantes deram entrada no mesmo hospital, com sintomas semelhantes. No dia 18, mais dois tripulantes e três passageiros foram internados. Segundo o hospital, todos os 10 pacientes tiveram alta até o dia 20.
Os exames dos pacientes detectaram a presença do vírus influenza B e estão sendo realizados exames para diagnosticar a causa da morte de Fabiana. Segundo a MSC Cruzeiros, a embarcação já havia passado por uma inspeção no dia 18, quando não foi constatado nenhum risco aos hóspedes e tripulantes. A empresa informou ainda que inspeções também foram feitas em São Francisco do Sul, onde o navio estava no final de semana.
SÃO PAULO
ARTIGOS
Saúde e fraternidade, por Áureo dos Santos *
É muito bem-vinda a Campanha da Fraternidade de 2012, que traz na sua essência a temática da saúde pública, oferecida pelo poder público, nas três esferas de governo, cuja política nacional norteadora se denomina Sistema Único de Saúde (SUS), um dos melhores, senão o melhor sistema público de saúde do mundo na teoria.
Que a campanha lançada na Quarta-feira de Cinzas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) possa ser conduzida num clima de bem-aventurança entre todos os que estão envolvidos e comprometidos com a causa e a coisa pública no âmbito do setor saúde.
Então, bem-aventurado todo aquele disposto a construir consensos e fortalecer vínculos em prol da diminuição da larga distância ainda existente entre a teoria e a prática no contexto da Saúde Pública, e assim possa promover, proteger e recuperar a saúde de indivíduos, famílias e comunidades, da vacina ao transplante, com acesso digno, universal, equânime e longitudinal.
Bem-aventurado todo aquele detentor da capacidade de mobilizar vontades – política, técnica, financeira e social –, a ponto de evitar que decisões como a que cortou R$ 5 bilhões do Orçamento da União para a área da saúde em 2012 sejam tomadas.
Bem-aventurado todo aquele que ratifica em suas ações pessoais, profissionais, políticas e institucionais toda essência que faz constar e bradar em seus discursos.
Bem-aventurado seja todo aquele que, com responsabilidade sanitária e solidária, é capaz de inovar, oferecendo novas tecnologias que contribuam para garantir a operacionalidade da saúde pública e do SUS em todas as suas dimensões: política, humana, gerencial e financeira.
Bem-aventurado todo aquele que vê, pensa e pratica o SUS como sendo uma solução com problemas e não um problema sem solução.
Bem-aventurado todo aquele que pratica a Saúde Pública para a saúde do público, bem-aventurado!
* PROFESSOR DA UNISUL
MAIS EQUIPES DA SAÚDE DA FAMÍLIA
O secretário de Estado de Saúde, Dalmo Claro, quer a ampliação do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) em Joinville como forma de prevenção e fazer com as equipes atendam aos pacientes sem necessidade de procurar hospitais. O programa é tarefa da Prefeitura. “A cobertura do programa é de 32% em Joinville. Tem de ser mais. Evita a sobrecarga nos hospitais”, diz Dalmo. Em contas aproximadas, uma equipe de ESF custa entre R$ 32 mil e R$ 35 mil, com subsídio de R$ 7,5 mil do governo federal. O governo estadual tem uma linha para ajudar no ESF. Dalmo está tentando uma forma de operacionalizar a oferta de cessão de médicos, feita pela Prefeitura de Joinville – os salários seriam pagos pelo Estado. O modelo seria diferente do usado na década 90, que gerou demandas judiciais. “Agora, o modelo de relação é outro e pode ser realizado”, afirma o secretário, sem fixar prazos para a assinatura do convênio.
SAÚDE MUNICIPAL
Enfermeira petista assume secretaria
Apesar de próxima da gestão, Antônia Grigol não tinha cargo na Prefeitura
A enfermeira e professora Antônia Grigol fechou ontem com o prefeito Carlito Merss para assumir a Secretaria da Saúde de Joinville após o afastamento do médico Tarcisio Crócomo na última sexta-feira, que alegou problemas de saúde. Coordenadora pedagógica do curso de enfermagem do Associação Educacional Luterana Bom Jesus/Ielusc, Antônia foi anunciada por meio do perfil da Prefeitura no microblog Twitter.
Filiada ao PT, Antônia ainda não tinha cargo da atual gestão. Ela será empossada amanhã e afirmou a intenção de dar continuidade às ações iniciadas por Crócomo. “O pedido é para que eu consiga dar continuidade àquilo que estava encaminhado e é isso que pretendo fazer. Além disso, quero priorizar a atenção nas demandas represadas de exames”, comenta a professora, que se afastará da sua função no Ielusc para assumir o cargo público.
Especialista em Saúde Pública, mestre em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade da Região de Joinville (Univille), Antônia foi coordenadora do Programa Saúde da Família durante dois anos, na época em que Tânia Eberhardt (PMDB) era secretária. Ela também trabalhou por 15 anos na administração municipal, que deixou em 2004, quando se dedicou a estudar e lecionar.
Atualmente, ela vinha acompanhando as ações da administração no núcleo de discussão sobre o setor da saúde do PT. “Conheço as demandas e sei o que me espera. Vinha assessorando nas políticas públicas dessa gestão e sei que as coisas estão encaminhadas.”
Com 47 anos, Antônia recebe o comando de uma pasta com orçamento de R$ 279,4 milhões para 2012, sem contar o Hospital Municipal São José (autarquia). Entre os pontos de continuidade, se destacam a construção de oito Unidade de Pronto-atendimento, com dinheiro do governo federal. Além disso, também estão liberados recursos para a construção do PA da zona Oeste, que será erguido no Vila Nova, e o Centro de Controle de Zoonoses.
A nomeação é bem vista pela diretora-executiva Michele Andrade de Souza, que vinha comandando a secretaria interinamente. “Apesar de estar afastada (da Prefeitura), Antônia tem experiência em gestão e é a primeira enfermeira a ocupar o posto na cidade. Isso é um ganho.”
PARANAGUAMIRIM
Posto de saúde é interditado
Vigilância aponta problemas no prédio. Consultas serão no Jardim Edilene
Os moradores do loteamento Estevão de Matos, no bairro Paranaguamirim, em Joinville, terão que andar um pouco mais para conseguir atendimento médico a partir de hoje. Ontem à tarde, a Vigilância Sanitária e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) interditaram o prédio que fica na rua Paulo Roberto Anastácio. A alegação dos órgãos é que o prédio tem vários problemas estruturais, principalmente infiltrações, oferecendo risco para os pacientes e para os trabalhadores da unidade. A interdição é por tempo indeterminado.
Agora, os cerca de 50 atendimentos diários que aconteciam na unidade serão transferidos para o loteamento Jardim Edilene, também no Paranaguamirim, a cerca de dois quilômetros. A Secretaria de Saúde admite que o atendimento pode ficar comprometido, já que a unidade tem apenas duas salas de consultório e as duas já são ocupadas pelos médicos que trabalham no local. A intenção é dividir os profissionais em dois períodos.
Sobre a situação do prédio, a assessoria de imprensa afirmou que a secretaria sabia dos problemas que a unidade enfrentava e já tem um novo local para transferir o atendimento. Só que este novo prédio também precisa de adequações para poder receber um posto de saúde. A secretaria informa que, atualmente, está aguardando o projeto para iniciar as reformas. A previsão inicial era fazer a mudança em setembro, mas agora a intenção é dar urgência na finalização do projeto para antecipar a alteração e fazer com que o atendimento volte ao normal.
Estado | SUPERBACTÉRIA
Medidas para conter avanço
Hospital Celso Ramos cancela cirurgias eletivas e reduz número de visitas
O Hospital Celso Ramos, o maior de Florianópolis, está enfrentando, desde janeiro, a superbactéria resistente a antibióticos, a KPC, em um caso que chegou a ser classificado como um surto.
Agora, a situação é considerada controlada pela Coordenadoria Estadual de Combate a Infecção. A afirmação é feita com base em exames em todos os pacientes da unidade de saúde e no não surgimento de contaminações desde quinta-feira da semana passada.
Até o momento, a superbactéria foi encontrada em 11 pessoas. Em cinco pacientes, a doença se manifestou. No restante, a bactéria estava no corpo, mas a pessoas não se encontrava infectada. O conceito de surto é quando dois ou mais casos de um agente não comum no hospital são confirmados. Existe uma tabela com as datas de manifestação da infecção, mas o material é de uso exclusivo dos técnicos, diz a coordenadora estadual de Combate a Infecções, Ida Zoz.
Na tentativa de conter o avanço da superbactéria, foi decretado o cancelamento das cirurgias eletivas e a redução no número de visitas. A primeira medida, tomada na última sexta-feira, ocorreu porque a maioria das pessoas contaminadas passou pelo centro cirúrgico, explica Fábio de Faria, médico infectologista da Vigilância Epidemiológica, que ajuda no controle da situação do Hospital Celso Ramos.
Jaraguá | SAÚDE DA MULHER
Postos vão fazer mutirão de exames de prevenção ao câncer
Agentes comunitários de saúde de Jaraguá do Sul estão visitando as famílias para informar sobre mutirão do exame preventivo de câncer de colo de útero, em todos os postos, no dia 10 de março. Os exames serão feitos das 8 às 17 horas, sem interrupção, e as interessadas em fazer o preventivo devem agendar por telefone, no posto de saúde mais próximo, um horário para ser atendidas.
GUARAMIRIM
Hospital vai ficar sem energia
Unidade passa por manutenção e casos serão transferidos para Jaraguá
A substituição de um transformador e a ligação dele em um gerador deixará o Hospital Padre Mathias Maria Stein, em Guaramirim, sem energia elétrica hoje, das 13 às 19 horas. Os casos de urgência e emergência devem ser encaminhados para os hospitais de Jaraguá do Sul, que fica há seis quilômetros de Guaramirim.
A substituição do equipamento é necessária para finalizar a instalação elétrica do Centro Cirúrgico Ana Maria de Souza Nicocelli e atender a demanda de energia que o setor trará à unidade hospitalar.
O diretor administrativo do hospital, Claudio Marmentini, alerta que a população não procure o hospital à tarde, pois máquinas de raio X, ultrassonografia e outros equipamentos estarão desligados. Já as pessoas internadas na unidade, pelo menos sete até ontem à tarde, continuam em tratamento. “Essas pessoas não precisam de equipamentos elétricos como respirador. Se precisarem de exames serão feitos na parte da manhã”, explica o diretor.
Marmentini diz que os hospitais de Jaraguá, os bombeiros de Guaramirim e o Samu receberam ofício avisando da situação. No caso dos bombeiros, ocorrências graves, como acidentes, já são levadas ao Hospital São José. Apenas casos clínicos e acidentes pequenos são encaminhados para o Padre Mathias Maria Stein. Hoje à tarde, esses casos menores também serão encaminhados para os hospitais de Jaraguá do Sul.
Segundo o diretor, o transformador substituído opera com uma capacidade de 100 kva e o novo aparelho terá 300 kva. Por envolver também o gerador, que tem capacidade de 240 kva, a energia elétrica terá de ser totalmente desligada. “Com a ampliação do hospital e, em breve, o funcionamento do centro cirúrgico, a carga do transformador atual não era suficiente. Depois disso, teremos até sobra de energia para futuras ampliações”, avisa.
O centro cirúrgico, que começou a ser reformado em abril de 2010, não tem data para ficar pronto. No entanto, Marmentini explica que as obras na unidade estão em fase final.
“Precisamos concluir a parte elétrica, que deve acabar ainda essa semana. Ainda falta a instalação e o teste dos equipamentos e a contratação da equipe de trabalho. Queremos concluir tudo até o fim de março”, garante.
O dinheiro gasto com a reforma chega perto de R$ 1 milhão, contando com os R$ 550 mil que foram destinados aos equipamentos comprados em convênio com o governo do Estado.
SAIBA MAIS
Emergência é quando há uma situação crítica com ocorrência de perigo, como acidente, paradas cardíacas e respiratórias. Urgência é quando há uma situação que não pode ser adiada, mas possuem um caráter menos imediatista, como luxações, torções e fraturas.
Índice de mortalidade materna de 2011 pode ser o menor dos últimos dez anos
Meta do Milênio das Nações Unidas estabelece taxa de 35 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos até 2015
No primeiro semestre do ano passado, foram registradas 705 mortes maternas, comparado às 870 no mesmo período de 2010, uma redução de 19%. Considera-se morte materna aquela que ocorre devido a complicações durante a gestação ou até 42 dias após o fim da gravidez e quando provocada por problemas de Saúde como hipertensão ou desprendimento prematuro da placenta, ou por doenças preexistentes que se agravam na gestação, a exemplo das cardíacas, do câncer e do lúpus. Estão fora do cálculo as mortes de grávidas por causas externas, como acidentes de carro.
De 1990 a 2010, a taxa de mortalidade materna no Brasil caiu de 141 para 68 mulheres para 100 mil nascidos vivos. A queda ocorreu com mais intensidade até o início dos anos 2000. Desde então, o ritmo tem sido mais lento. Atualmente, 98% dos partos são feitos em hospitais e 89% por médicos.
A Meta do Milênio das Nações Unidas estabelece taxa de 35 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos até 2015. Para alcançá-la, o Brasil precisa reduzir a taxa atual pela metade. Na avaliação de especialistas de Saúde, é improvável que o país consiga cumprir o compromisso.
A hipertensão arterial é a primeira entre as cinco principais causas de mortes na gravidez, correspondendo a 13,8 casos para cada grupo de 100 mil nascidos vivos – apesar de ter sido registrada queda de 66% em dez anos. Em seguida, aparecem hemorragia, infecções pós-parto, aborto e doenças no aparelho circulatório.
O Nordeste e o Sudeste concentram o maior número de mortes maternas. Das 1.617 mortes notificadas em 2010, 1.106 ocorreram nas duas regiões. No Norte, foram 193, no Sul, 184, e no Centro-Oeste, 131.
Ampliação do Hospital Tereza Ramos deve iniciar ainda este ano
Lages, 28/02/2012, Correio Lageano
As obras de ampliação do Hospital Tereza Ramos (HTR) começarão em 2012. A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR/Lages) está trabalhando nas questões relacionadas ao projeto técnico como a planta baixa da nova estrutura.
A ampliação foi anunciada em 2011. O objetivo do Governo do Estado é construir um espaço de 12 mil metros quadrados, onde será implantado um setor de emergência, um centro de imagem e diagnóstico, e uma nova UTI com 20 leitos (o dobro da unidade atual). O projeto será feito em etapas.
Hoje há 204 leitos. A nova estrutura dará a população mais 90 leitos ainda. Sessenta deles serão instalados no novo prédio, e outros 30 no prédio atual, onde funciona o almoxarifado, que será transferido.
Recentemente, Raimundo Colombo disse que “a ampliação do hospital será uma das suas principais realizações em Lages, pois a estrutura dará à população mais qualidade nos tratamentos de saúde”. Segundo o governador, esse é um dos grandes desafios do poder público.
Haverá reforma e terceirização do serviço de nutrição, entre outros procedimentos para a construção e ampliação do HTR no antigo Vermelhão. A estimativa de investimento total chega a R$30 milhões. De acordo com a SDR, já existe um projeto básico arquitetônico da ampliação do Hospital que ocupará uma área de 38 mil m² e o valor estimado será de R$ 900 mil, descentralizado pela SDR de Lages para licitação.
Dulce Alves de Jesus já passou por cirurgia de retirada do útero há oito anos no HTR. Ela é de Otacílio Costa. Na época, ficou na enfermaria. “Quanto mais melhor porque vem gente de outros municípios. Sempre viemos para cá”, diz. Nesta segunda-feira (27), esperava a nora ganhar bebê.
O jornalista Sérgio Pinheiro também é de Otacílio Costa e a cunhada já ficou internada no HTR. Diz que não teve problemas para conseguir leito e foi bem atendida. Ele diz que hospitais da região como de Anita Garibaldi e Otacílio estão passando por dificuldades e é necessário mais investimentos. “É um dos melhores hospitais da Serra e se ampliar, será ainda melhor”, ressalta.
Clodoaldo de Oliveira fez cirurgia de vesícula há seis anos. Ele ficou em quarto particular por conta do plano de saúde que a empresa paga. Na época, ele acha que não tinha muita diferença da enfermaria. Agora, ele diz que é diferente. Um conhecido está internado e divide o quarto com mais três pessoas e com ar condicionado.
Oliveira diz que há dificuldade de conseguir leito tanto no HTR quanto no Nossa Senhora dos Prazeres. No final do ano, um conhecido ficou dois dias no Pronto Socorro para conseguir leito no HTR. “Não adianta ampliar, fazer um monumento e não ter equipamento ou profissional para trabalhar, igual a radioterapia”, ressalta Oliveira.
Irineu Batista já ficou duas vezes internado. Na primeira, foram nove dias. Na segunda, quatro. A esposa Maura Paulo conta que o quarto era bem cuidado. “O problema é que só tinha um cobertor e estava frio. Eu precisei trazer mais”, diz Maura. O casal é de Lontras e vem a cada três meses ao HTR.
169 mil cadastros no Cartão SUS em Lages
Lages, 28/02/2012, Correio Lageano
Os números do primeiro relatório de 2012 do Cartão SUS em Lages (dados atualizados em 14/02/12) apontam 169.019 cadastros efetivados. Em dezembro, quando foi expedido o último relatório de 2011, os números totalizavam 167.720 cadastramentos. Isso significa que foram efetivados entre dezembro/11 e janeiro/12, 1.299 novos cadastros do Cartão SUS.
Segundo a coordenação do Cartão SUS da Secretaria de Saúde de Lages, os dados incluem os cartões provisórios e os cartões definitivos, que são distribuídos às pessoas que necessitem de tratamento de hemodiálise, quimioterapia (através do Cepon), medicamentos especiais e radioterapia, considerados Tratamentos de Alto Custo.
O objetivo principal do Cartão SUS é substituir o tradicional Prontuário Médico, pois sua implantação vem facilitando o sistema de identificação dos usuários do SUS do Ministério da Saúde com a digitalização eletrônica.
Para se cadastrar as pessoas devem se dirigir ao Balcão de Atendimento da Secretaria, junto ao setor de Marcação de Consultas e solicitar o seu cartão.
Saúde vai avaliar qualidade de serviços prestados a gestantes no SUS
Brasília, 27/02/2012, Agência Brasil
A partir do mês de abril, o Ministério da Saúde vai entrar em contato, por telefone, com mulheres que tiveram filhos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é avaliar a qualidade dos serviços prestados às gestantes, incluindo o pré-natal, o parto e o pós-parto.
Os números de telefone, segundo a pasta, serão obtidos nos formulários de Autorização para Internação Hospitalar, preenchidos pelos próprios profissionais de saúde. No documento, constam também informações como quantos e quais procedimentos hospitalares foram realizados e se a mulher teve direito a levar um acompanhante para a sala de parto.
A estratégia de avaliar a qualidade dos serviços prestados às gestantes, de acordo com o ministério, é inédita e integra as ações do Rede Cegonha, lançado pelo governo federal no ano passado. O levantamento será feito pela Ouvidoria Nacional do SUS. A partir dos resultados, relatórios de avaliação do atendimento serão enviados para os gestores locais.
Inspeção da Anvisa atrasa desembarque do cruzeiro MSC em Santa Catarina
Florianópolis, 27/02/2012, Agência Pop News
Uma inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atrasou o desembarque dos passageiros do cruzeiro MSC Armonia hoje, na cidade de São Francisco do sul, em Santa Catarina.
O navio foi alvo de um surto de influenza B, identificado na embarcação depois que a tripulante brasileira Fabiana Pasquarelli, de 30 anos, morreu, na semana passada, vítima de uma infecção respiratória aguda. Pelo menos outros 21 casos de gripe foram registrados no navio entre tripulantes e passageiros.
A assessoria de imprensa não soube informar por quanto tempo durou essa vistoria, mas por volta das 14h30 os passageiros já haviam sido autorizados a sair do navio. A Anvisa não encontrou nada a bordo. O MSC Armonia, que tem capacidade para 2 mil passageiros, passou pela Argentina e pelo Uruguai, devendo seguir amanhã para Santos.
Região
Raio-X na UPA só dia 5 de março
Biguaçu. Exames radiológicos estão indisponíveis
Biguaçu – Quem precisar de exames de raio-x e procurar a UPA 24h de Biguaçu terá que aguardar até o dia 5 de março para ser atendido. Somente nessa data o equipamento estará funcionando, apesar da UPA ter iniciado suas atividades dia 17 de fevereiro. A explicação, segundo o médico Heron Pereira, é a necessidade de ajustes para garantir a segurança dos operadores do equipamento e também dos pacientes.
Durante esta semana, técnicos do equipamento de raio-x e um físico estarão fazendo testes referentes à radiação que é emitida no momento do disparo do aparelho. “As paredes são revestidas com um elemento químico, mas um físico precisa fazer um cálculo de blindagem para saber se a radiação não está vazando”, esclarece Pereira. O Secretário de Saúde de Biguaçu, Leandro de Barros, ressalta que assim que os testes terminarem a sala será aberta.
Vários pacientes se surpreenderam ao procurar o serviço ainda indisponível, apesar da publicidade em contrário. Foi o que ocorreu com o pai de Júlia, 3, Geovane de Souza, 27, que se revoltou ao procurar a UPA no último dia 24. A menina caiu por cima do braço e não pode fazer raio-x. O médico informou que a criança estava bem. No dia seguinte, com muitas dores, Souza levou Júlia ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, e lá foi comprovado que havia quebrado o braço.