OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Solução do heliponto
O novo heliponto do Hospital Municipal São José foi providenciado em pouco mais de uma semana, evitando que o atendimento por meio do helicóptero da Polícia Militar fosse comprometido. Desde o início do problema, não houve necessidade de socorro aéreo. Há de se reconhecer a celeridade, mas se não era tão difícil assim, por que a solução já não veio antes? A apreensão provocada pelo imbróglio poderia ter sido evitada. Afinal, seria um desperdício Joinville e região contarem com a possibilidade de resgate aéreo e o atendimento vir a sofrer restrições por causa da falta de uma estrutura relativamente simples, como um heliponto. A rapidez com que o problema foi resolvido é uma forma de reconhecimento da importância desse serviço. Melhor assim, embora, é óbvio, o razoável teria sido que o problema não tivesse ocorrido.
Como havia um ponto de pousos e decolagens próximo do maior hospital de Joinville, a definição de um heliponto vinha sendo postergada. Afinal, imagina-se, com tantas demandas urgentes, o ponto do helicóptero ficou para um segundo momento. Quando o terreno vizinho não pôde ser mais utilizado, a demanda ganhou status de urgência, foi resolvida. Se houvesse planejamento, não iriam surgir tantas demandas urgentes a todo o momento. Talvez o episódio do heliponto deixe lições.
Geral
HELIPONTO NO SÃO JOSÉ
Aprovado, apesar da ventania
Vice-prefeito participa do pouso de teste em área do estacionamento do hospital e diz que o local, mesmo improvisado, atende à necessidade da populaçãoO espaço do estacionamento do Hospital Municipal São José que servirá temporariamente como base para pousos e decolagens do helicpótero da Polícia Militar foi aprovado ontem pelo vice-prefeito Ingo Butzke, os diretores do hospital e uma equipe da PM.
Mas o forte vento provocado pelo helicóptero levanta muita poeira e impede que pessoas fiquem próximas. Mesmo assim, o prefeito em exercício, Ingo Butzke, disse que a alternativa garante o atendimento à população. “É o que temos no momento. Nossa prioridade é atender à integridade física da população”, disse Butzke. Para ele, a solução definitiva é a construção do heliponto da unidade do Complexo Ulysses Guimarães, que deve ficar pronto em dois ou três anos.
Segundo o diretor do hospital, Tomio Tomita, a partir dos próximos pousos, será necessário ouvir taxistas e comerciantes da região, para saber se o local poderá virar mesmo um heliponto. Tomita também explicou que algumas mudanças ainda podem ocorrer para aperfeiçoar o local, como retirar mais postes ou ampliar a sinalização de segurança.
O major da Polícia Militar, Nelson Coelho, disse que o local “atende emergencialmente” à necessidade de salvamentos rápidos pelo ar. “O importante é “sempre ter cautela ao pousar”, disse. De acordo com Coelho, a medida é extremamente necessária, já que o hospital é referência no tratamento de traumas e atende a várias cidades da região.
Os trabalhos de adequação, como a remoção de uma árvore e três postes, além da fixação de coberturas do ponto de táxi e da guarita central, foram concluídos na quarta-feira.
Durante os dois pousos de teste, alguns taxistas retiraram os veículos das proximidades para que eles não fossem atingidos por pedras ou poeira. Mesmo havendo uma lona improvisada como proteção, a força do vento deslocou um banco de madeira do ponto.
BANHO QUENTE
Tubulação do Hospital Regional é substituída
A Secretaria de Desenvolvimento Regional de Joinville anunciou ontem o restabelecimento da água quente no Hospital Regional. A rede já foi consertada e os tubos foram substituídos por canos resistentes a temperaturas de até 130 graus. A SDR não informou o valor da obra.
PRÓTESES MAMÁRIAS
Casos de rompimentos de silicone da marca PIP
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de Santa Catarina, Zulmar Accioli, afirmou ontem que há casos de rompimento de prótese de silicone da marca PIP no Estado. Ele explicou que as próprias pacientes podem procurar os médicos delas em busca de orientações. Accioli disse ainda que os casos são poucos porque a marca não era muito usada em Santa Catarina. Outra marca que pode ser trocada é a Rofil
PESQUISA
61% reprovam saúde no Brasil
Estudo aponta que 95% consideram que há necessidade de investimentos
Os brasileiros são contra a criação de um novo tributo para financiar a saúde, aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI/Ibope) divulgada ontem. Dos entrevistados, 96% disseram ser contra a proposta, apesar de 95% considerarem que o setor precisa de investimentos e 61% reprovarem o sistema público de saúde. Para 85%, não houve avanços no serviço nos últimos três anos. Para 43%, houve piora.
O entendimento geral é de que a saúde tem recursos, mas precisa melhorar a gestão. O governo obteria mais dinheiro para a área se combatesse a corrupção, segundo opinaram 82%. Para 53%, a prioridade deveria ser combater o desperdício. Apenas 18% acham que seria necessário transferir mais recursos para o setor.
A criação de uma nova fonte de financiamento para a saúde é um tema que preocupa o Executivo e o Congresso Nacional. A presidente Dilma Rousseff não pretende propor um novo tributo, mas o governo apoiaria uma iniciativa do Legislativo.
Para 63% dos entrevistados, a gestão poderia melhorar se fosse transferida para a iniciativa privada. A demora no atendimento foi apontada por 55% como o principal problema da rede pública. Para 57%, o serviço poderia melhorar com a contratação de ainda mais médicos.
A maioria da população também acha que políticas preventivas são mais importantes do que a construção de novos hospitais. Essa é a opinião de 71% das pessoas ouvidas na pesquisa. De acordo com o levantamento, as pessoas que têm plano de saúde são minoria: 24%.
Os hospitais públicos receberam nota 5,7 em uma escala de 0 a 10, bem abaixo da iniciativa privada, que recebeu 8,1.
Na pesquisa, foram ouvidas mais de 2 mil pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 20 de setembro de 2011.
PRÓTESE MAMÁRIA
Estado registrou poucos problemas
Pacientes que usaram a marca francesa PIP tiveram vazamento de silicone
Cirurgiões plásticos afirmam que há casos de rompimento de próteses mamárias da marca francesa PIP em SC. A quantidade seria pequena, mas médicos que as implantaram estão sendo orientados a avisarem as pacientes. Esta marca e mais a holandesa Rofil foram proibidas pela Agência de Vigilância Sanitária de serem usadas no Brasil.
O alerta é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Santa Catarina. Segundo o presidente, Zulmar Accioli, são poucos os casos porque essa marca quase não era utilizada no Estado. Ele afirmou que, além dos cirurgiões, as próprias pacientes podem procurar o seu médico em busca de orientação.
De acordo com a Anvisa, a prótese da marca Rofil também deve ser trocada. O cirurgião lembra que a paciente pode verificar qual marca utilizou no documento que é entregue após a cirurgia, onde constam o número e a marca da prótese. Se o papel foi perdido, o médico, obrigatoriamente, deve tê-lo arquivado no prontuário.
– A diferença é que PIP tem só 1% a mais do que as outras marcas em geral de romper. A orientação é semelhante a paciente que tem uma prótese normal e que não deu problema nenhum: ir ao médico no máximo a cada um ou dois anos – diz Zulmar.
O médico observa que há duas situações para a prótese ser trocada: se a paciente desejar por não se sentir confortada e se tiver algum tipo de problema, mas para isso ela deve ser examinada.
O cirurgião Paulo Mendes contou ter diagnosticado por ultrassom o caso de uma paciente cuja prótese da marca PIP rompeu e fez a cirurgia de substituição.
– O pessoal entra em pânico, mas não é preciso. A pessoa deve manter-se tranquila e fazer o exame de ressonância magnética ou ultrassom – recomenda Mendes.
As entidades médicas estimam que SC é um dos estados que mais faz cirurgia plástica no Brasil. Atuam no Estado 150 cirurgiões plásticos. Destes, 76 na Capital, onde cada um faz em média 200 cirurgias por ano.
A Anvisa informou que o governo vai permitir a troca de próteses mamárias rompidas da marca PIP e Rofil usando planos de saúde particulares ou o Sistema Único de Saúde (SUS). A medida vale também para as pacientes que colocaram o implante para fins estritamente estéticos.
PESQUISA
61% reprovam a saúde no Brasil
Os brasileiros são contra a criação de um novo tributo para financiar a saúde, aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI/Ibope) divulgada ontem.
Dos entrevistados, 96% disseram ser contra a proposta, apesar de 95% considerarem que o setor precisa de investimentos e 61% reprovarem o sistema público de saúde. Para 85%, não houve avanços no serviço nos últimos três anos. Houve piora na opinião de 43%.
O entendimento geral é que a saúde tem recursos, mas precisa melhorar a gestão. O governo obteria mais recursos para a área se combatesse a corrupção, segundo opinaram 82%. Apenas 18% acham que seria necessário transferir mais recursos para o setor.
A criação de uma nova fonte de financiamento para a saúde é um tema que preocupa o Executivo e o Congresso Nacional. A presidente Dilma Rousseff não pretende propor um novo tributo, mas o governo apoiaria uma iniciativa que partisse dos parlamentares.
A maioria da população também acha que políticas preventivas são mais importantes do que a construção de novos hospitais.
Brasília
Dia a dia
Saúde - O Ministério da Saúde abriu o cadastro para voluntários na Força Nacional do SUS. Os interessados devem preencher a ficha eletrônica de inscrição no site formsus.datasus.gov.br. O banco de voluntários será organizado pelo Ministério da Saúde, que poderá acionar os profissionais conforme a situação de emergência.