icone facebookicone twittericone instagram

MUTIRÃO DE OFTALMOLOGIA
Medida pede fim do contrato

MP-SC, MPF e Defensoria listam série de supostas irregularidades

O mutirão de consultas oftalmológicas feito por uma clínica particular gaúcha no Hospital Bethesda, por intermédio da Secretaria de Saúde de Joinville, é alvo de ação conjunta do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público estadual (MP-SC) e Defensoria Pública Federal. Segundo os órgãos, há suspeita de irregularidade na clínica contratada, na forma e no valor do contrato (que pode chegar a R$ 5 milhões) e contra um médico que estaria realizando as consultas e responde por erros médicos.

Uma medida cautelar protocolada ontem pede suspensão do contrato entre a clínica e o hospital e do aditivo que permitiu repasse de dinheiro da Prefeitura ao Bethesda. A medida é uma maneira de evitar que os pacientes sejam vítimas de um serviço ruim e de dar tempo à elaboração de uma ação civil pública.

Segundo a medida, as irregularidades começam no aditivo para pagamento de R$ 257 mil por mês ao Bethesda. Para procuradores e promotores do MP, o aditivo precisaria de aprovação dos vereadores. A Secretaria de Saúde diz que não. Por se tratar de dinheiro público, o MP entende também que o contrato teria de passar por licitação.

As suspeitas continuam em relação à Clínica Visão. A pessoa que teria firmado o contrato não é mais sócio desde fevereiro. O único médico do mutirão – voltado a acabar com uma fila de 13 mil pacientes – responde a processos por “imperícia e negligência” no RS.

Procuradores, promotores e a Defensoria vistoriaram pessoalmente o hospital e dizem ter constado mais irregularidades, como técnicas de enfermagem do próprio hospital, sem qualificação, operando aparelhos usados nos exames de olhos.

A medida cautelar foi ajuizada contra a União, a Prefeitura, o Estado, o Hospital Bethesda e a clínica. O juiz federal Cláudio Schiessl analisou o caso ontem, mas, por razões pessoais, pediu que ele passe a um substituto ou ao plantão judicial, em função do recesso de fim de ano.

O que diz a Prefeitura

A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio da assessoria, que o secretário Tarcísio Crocomo vai se pronunciar após ser notificado oficialmente da medida cautelar, o que pode ocorrer hoje. A pasta informou que o secretário não saberia o teor do pedido do MP. No dia 12, porém, Crocomo foi ouvido pelo Ministério Público Federal.

Na ocasião, ele disse que o Município se limita a repassar recursos do SUS ao Bethesda, por meio de convênio, e que a responsabilidade pelo contrato era do hospital. Crocomo disse ainda que a clínica já foi visitada por técnicos, sem apresentar problemas, e que não constavam irregularidades no registro do médico que faz os atendimentos.

O diretor do Hospital Bethesda, Hilário Dalmann, também disse que só irá se manifestar após tomar conhecimento do caso. Ele disse desconhecer irregularidades no mutirão.

rogerio.kreidlow@an.com.br


ROGÉRIO KREIDLOW

 

 

ANTICOAGULANTE
Droga para tratar AVC é aprovada

O único anticoagulante de uso oral que pode ser tomado com outras medicações, a rivaroxabana, já pode ser usado para prevenção de doenças vasculares como acidentes vasculares cerebrais (AVC), embolia sistêmica em pacientes com arritmia cardíaca, como a fibrilação atrial, e no tratamento de TEV (tromboembolismo venoso), conhecido como trombose.

A liberação foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa). Em estudos feitos com o medicamento, o risco de recorrência de trombose profunda caiu pela metade. O Brasil é o país com maior número de mortes por derrame cerebral no continente. São quase 130 mil casos todos os anos. A fibrilação atrial é um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 1,5 milhão de brasileiros e é uma das principais causas de derrame cerebral, responsável por 20% de todos os casos.

 

Brasília

 


Tereza Ramos comemora 68 anos 

 O Hospital Tereza Ramos, comemorou ontem seus 68 anos. A instituição de saúde é referência em Santa Catarina no atendimento de gestação de alto risco, queimados e oncologia. Atualmente possui 700 colaboradores e 209 leitos. São mais de 600 internações ao mês. 

Para o próximo ano, o setor de Raio X e a cozinha do hospital serão reformados, são os únicos setores que ainda são antigos. O edital de terceirização dos serviços está em fase final. De acordo com o diretor do hospital Luiz Alberto Susin, as obras devem ser concluídas ainda em 2012.

 Porém, a radiologia ainda não tem data para iniciar o funcionamento. “Estamos aguardando a chegada do tomógrafo, as adequações já foram feitas e o edital está em discussão”, afirma Susin.

 Na ocasião ocorreu o encerramento das atividades do ano. Os colaboradores soltaram 68 balões e foram sorteados 400 brindes, entre eles eletrônicos e eletrodomésticos. Os funcionários com mais de trinta anos de trabalho na entidade também foram homenageados
“As especialidades médicas melhoram muito nestes últimos anos, e o atendimento está cada vez melhor”, destaca o gerente de enfermagem que trabalha no hospital há 8 anos, Ricardo Coelho.

  

Governo aumenta repasse para o HNSP, mas cobra qualidade do serviço 

 
A partir de janeiro de 2012, o Governo do Estado repassará, a cada mês, R$ 200 mil ao hospital Nossa Senhora dos Prazeres, o que representa um aumento de R$ 50 mil. Desta forma, o valor pago pelo sobreaviso dos médicos passará de R$ 60,00 para R$ 70,00. O governador Raimundo Colombo assinou ontem, na sede da Associação Médica da Serra o convênio que prevê o aumento da verba repassada a instituição.

 Como contrapartida, Colombo exigiu qualidade nos serviços prestados à comunidade. “A função do Estado é promover saúde, garantindo os recursos necessários. A operacionalização fica por conta das instituições, e peço comprometimento com a qualidade. É o mínimo que as pessoas merecem”, disse o governador.
 

O hospital também deve aderir ao mutirão de cirurgias, organizado pelo Governo, por meio da Secretaria da Saúde. O governador pediu ainda que o hospital realize consultas e retornos ambulatoriais de média e alta complexidade em ortopedia, neurologia e traumatologia, além de avaliação pré-anestésica e laudo de raio-X num período de, no máximo, 15 dias. “Estamos fazendo nossa parte, mas o hospital precisa colaborar para que as pessoas que estão na fila sejam atendidas. Não há sentido apoiarmos quem não se preocupa com o bem coletivo”, ressalta Colombo.

 A direção do hospital garantiu que cumprirá com suas obrigações. “Ao aumentar o repasse, o Governo de Santa Catarina está tendo um papel fundamental com a Saúde na Serra catarinense. Atendemos pessoas de vários municípios, e o reajuste dará o suporte que precisamos para garantir o bom atendimento a todas elas”, afirmou a diretora-geral do hospital, irmã Nelsa Hackbarth.  A justiça também se pronunciou sobre este assunto.

 
Repasse do município será de R$ 75 mil

 
O repasse de verbas da Prefeitura de Lages ao hospital, a partir de 2012, será de R$ 75 mil por mês. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Juliano Polese, a instituição usará os recursos da forma de achar necessário. Ele reafirma que o município não tem nenhum vínculo com o corpo clínico e sim com a diretoria do hospital.

 Neste ano a emergência do Nossa Senhora dos Prazeres ficou fechada por 10 dias, o que viabilizou a reabertura foi a garantia de recursos do Estado de R$ 1,8 milhão e do município de R$ 350 mil até este mês. Para a continuidade dos serviços, um termo de compromisso foi firmado entre o Estado, o município, a direção do hospital e o sindicato regional dos médicos.

 Compromisso com o HNSP é firmado até julho de 2013

 Até 2013 ficaram acordados os repasses financeiros para o atendimento da urgência e emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. O termo de compromisso foi ajustado em audiência, na tarde de ontem, entre os representantes do hospital, Governo de Santa Catarina, município de Lages e Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

 Há dois anos procurava-se uma alternativa para o atendimento definitivo da urgência e emergência do hospital que é referência na Serra Catarinense. Inúmeras foram as paralisações dos médicos quanto ao repasse e reajuste financeiro neste período.

 Sete fatos podem ser destacados. Em agosto de 2009, o hospital sinalizava socorro financeiro. Em março, maio e junho de 2010, médicos suspendem atendimento, valores são renegociados e Governo repassa R$ 600 mil, parcelados em quatro vezes. Em outubro do mesmo ano, foi prorrogado o repasse. Em janeiro de 2011, hospital e médicos ameaçam parar em maio, emergência fecha as portas e em outubro, proposta é rejeitada pelos médicos.

 Na sentença, as partes envolvidas se comprometeram em dar continuidade por 18 meses ao atendimento da emergência. Os convênios ficaram acertados em R$ 200 mil pelo Governo do Estado, R$ 78 mil pelos municípios da região e R$ 71 mil pelo Hospital Nossa Senhora dos Prazeres.

 A administração do hospital se compromete a manter profissional enfermeiro com dedicação exclusiva por 24 horas, segurança profissional, acesso exclusivo aos profissionais de saúde, pacientes e familiares.

De acordo com o Ministério Público, a partir de julho de 2013, caso não houver prorrogação, a justiça determinará o reajuste administrativo. De acordo com o Termo de Compromisso, devem ser consideradas as modificações necessárias para correção dos problemas destacados no período e acrescentadas no novo documento.

 Caso não haja repasse dos valores acertados, ficou definido pela sentença que, no período superior a 60 dias, haverá paralisação imediata das atividades de urgência e emergência.“A audiência foi um exemplo da construção da sentença em quatro mãos. Não houve imposição, mas um modelo ideal”, afirma o juiz Silvio Orsatto. Estiveram presentes na sentença, representantes do Governo do Estado, Município de Lages e Ministério Público estadual.