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Visor

SISTEMA DE ESGOTO DO HOSPITAL ESTÁ LACRADO

A vigilância sanitária suspendeu o habite-se sanitário do SOS Cárdio e lacrou o sistema de emissão de esgoto após a identificação de uma falha na tubulação que sai do hospital às margens da SC-401, na Capital.

O problema foi identificado ainda no mês de outubro e, desde então, todos os dejetos produzidos no local são retirados por caminhões-pipa, em média dois por dia, ao custo de R$ 3 mil cada.

Ao ser informada do problema, a direção do hospital acionou a construtora, apontada como a responsável pela falha na tubulação. Imediatamente, ela também determinou que o sistema de esgoto fosse totalmente refeito e a previsão é de que esteja pronto nos próximos dias, de acordo com a assessoria jurídica do SOS Cárdio. A verificação da vigilância foi motivada por nota publicada neste Visor no dia 18 de outubro.


EDITORIAIS
Inimigos invisíveis

O governo, em boa hora, lançou dois importantes programas de saúde pública: o primeiro, direcionado à prevenção e controle da Aids, que volta a assumir dimensão epidêmica; o outro, de combate às doenças sexualmente transmissíveis (DST), cujas estatísticas estão em ascensão. O segmento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) e as mulheres mais jovens foram identificados, em pesquisas, como os grupos de risco preferenciais na nova geografia desses males no Brasil. Constata-se, ademais, que nesses anos recentes as campanhas de prevenção, cuja arma mais poderosa é a informação, têm esmorecido.

Apesar de as estatísticas sobre a Aids e as demais DSTs no país terem diminuído, durante algum tempo, essas doenças nunca deixaram de atuar como inimigos invisíveis da sociedade. E os números agora voltaram a recrudescer. Registre-se, portanto, positivamente a decisão que foi tomada pelas autoridades responsáveis no âmbito da saúde pública catarinense.

O mundo e os costumes sofreram mudanças radicais desde os primeiros casos de Aids identificados. A sexualidade cada vez mais precoce, aliada à falta de orientação e informação seguras, multiplica a incidência das DSTs entre adolescentes. Neste quadro, torna-se de fundamental importância a ação das famílias.

Como afirmou uma representante do segmento LGBTT, durante o ato de lançamento dos planos, esse olhar dos governantes possibilitará melhor qualidade de vida aos grupos de risco identificados, além de estimular o recuo das estatísticas de infecção. Os planos – como ela acentuou – trazem ações que devem ser colocadas logo em prática, como a coleta de dados específicos sobre os grupos de risco, informações ainda incompletas. Mãos à obra, portanto, eis que não há tempo a perder nesta luta.

 


SAÚDE PÚBLICA
Combate aos mosquitos
Pesquisas e ações preventivas devem reduzir o aumento de insetos e doenças

O verão chegou e com ele um zumbido que incomoda e gera preocupação. As altas temperaturas e o índice de umidade do ar acima de 80%, características típicas da estação joinvilense, criam o ambiente propício para a procriação de mosquitos, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, borrachudos e maruins, espécies que precisam ser controladas principalmente na área rural. Técnicos têm se dedicado ao combate desses insetos.

A Epagri catalogou 35 espécies de borrachudo em todo o Estado – Joinville é a cidade que tem a maior variedade (única com 34) e em maior número. “A incidência é maior na área dos rios Piraí (no Vila Nova), Cubatão e do Júlio (em Pirabeiraba). Em alguns pontos, o número de insetos estava mais do que 100% acima do esperado”, diz a gerente de gestão em desenvolvimento da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Stella Wanis.

Diante desses números, a Fundema investiu cerca de R$ 600 mil na contratação de uma empresa para agir no controle borrachudos por meio da aplicação de um biolarvicida e do monitoramento de cerca de seis mil pontos estratégicos. “É importante ressaltar que o biolarvicida não é um veneno. É uma matéria orgânica encontrada na mata atlântica”, explica o coordenador de saneamento e saúde do trabalhador rural da Fundação 25 de Julho, Ernesto Caetano da Silva. O produto destrói o sistema digestivo das larvas. Desde maio, devem ser aplicados em média 400 litros por mês do biolarvicida nas margens dos rios.

Os resultados da aplicação do biolarvicida já começam a ser observados. “Antes, recebíamos cerca de 30 reclamações por dia, hoje não temos mais nenhuma, mas estatisticamente só saberemos de quanto foi a redução em janeiro, porque poderemos comparar com janeiro de 2011”, diz Stella Wanis.

 
Meninas poderão ser vacinadas
Ministério da Saúde estuda imunizar garotas de 9 a 13 anos contra o vírus

O Ministério da Saúde avalia vacinar meninas de nove a 13 anos contra o HPV, o papilomavírus humano, causador do condiloma acuminado, doença sexualmente transmissível que pode provocar câncer de útero. A informação é do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

O HPV pode atingir mulheres de qualquer idade. No entanto, a ideia é imunizar adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual. A vacina não tem eficácia em mulheres adultas, com vida sexual ativa, que já foram expostas à infecção pelo HPV, segundo o secretário. A prevenção, nesse caso, deve ser feita por meio do exame papanicolau, que identifica o câncer no colo do útero.

Calendário de imunização

Barbosa estima um custo anual de R$ 600 milhões para incluir a vacina contra HPV no calendário de imunização das adolescentes. O equivalente a um terço do que o governo gasta com todas as vacinas, segundo o ministério.

O secretário participou de debate na Comissão de Assuntos Sociais do Senado sobre projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que prevê vacinação gratuita contra o HPV para o público feminino na faixa etária de nove anos a 40 anos.

Atualmente, existem mais de cem tipos de HPV – alguns deles podem provocar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. De acordo com o ministério, a infecção pelo HPV é comum e na maioria dos casos não resulta em câncer. A principal forma de transmissão é pela relação sexual sem preservativo. Os sintomas frequentes são verrugas nos órgãos genitais.