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HOSPITAL REGIONAL
Ninguém está interessado
Nenhum médico se candidatou ao último processo seletivo lançado pela unidade

Mesmo após a abertura de um segundo edital para contratação de dez novos médicos, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt ainda não conseguiu aumentar o quadro efetivo. O último processo seletivo, que encerrou as inscrições em 24 de novembro, não recebeu nenhum interessado.

No primeiro edital, das oito vagas de clínicos gerais para atuar no pronto-socorro, apenas um profissional foi contratado. O governo autorizou a contratação de 12 médicos no começo de setembro.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, o salário não é desculpa para o desinteresse dos profissionais. Atualmente, o salário inicial do médico no Regional é de R$ 1.401, e mais um abono de R$ 2,8 mil a R$ 4 mil, dependendo da especialização ou área de trabalho. Os que atuam no pronto-socorro, por exemplo, ganham o salário e mais R$ 4 mil.

“Um salário de R$ 5.401 é bastante atrativo. Mas em Joinville temos dois hospitais privados. A concorrência é muito grande. E também não é todo profissional que está disposto a enfrentar os plantões médicos”, disse o secretário. Ele lembrou, ainda, que se for preciso será aberto um terceiro processo seletivo para a contratação de médicos.

O problema foi um dos assuntos debatidos no plenário da Câmara de Vereadores de Joinville, que estava lotado, ontem. Moradores, profissionais da saúde, representantes da comunidade e políticos marcaram presença na audiência pública que discutiu os problemas e rumos da unidade

  

INTOXICAÇÃO
Não houve negligência no caso de botulismo

Após mais de oito meses da morte de Benta Janaína Lamego, 36 anos, por botulismo, a Secretaria de Estado de Saúde divulgou nota em que conclui que não houve negligência no atendimento médico. Em março, o diretor técnico do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Hercílio Fronza Jr., informou que seria aberta uma sindicância interna para apurar as denúncias de negligência. O prazo estipulado para conclusão era de 90 dias.

A dona de casa morreu sem ser diagnosticada como vítima de intoxicação alimentar, na ala psiquiátrica do hospital, depois de comer uma mortadela da marca Pena Branca, em 6 de março.

Em nota, o hospital afirma que o botulismo é uma doença rara no Brasil e de difícil diagnóstico e garante que “diversos exames clínicos foram realizados dentro e fora da instituição, descartando outras hipóteses”. Além disso, a Comissão de Óbitos e Biópsias diz que “a internação da paciente na ala psiquiátrica se deu em virtude dos sintomas apresentados, como ansiedade e agitação, a fim de prosseguir com a investigação”. O hospital diz, ainda, que Benta morreu antes que a unidade recebesse os resultados dos exames enviados ao Laboratório Central, localizado em Florianópolis.

  


SAÚDE
Quase dois médicos para cada mil pessoas
Categoria tem quase 372 mil profissionais em atividade no Brasil

Na última década, o número de médicos cresceu 21,3%, índice superior ao aumento da população no mesmo período, que foi 12,3%. A categoria já soma 371.788 profissionais em atividade e coloca o Brasil como o quinto país em número absoluto de médicos, segundo a pesquisa Demografia Médica no Brasil, encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Isto significa 1,95 médico para cada mil brasileiros.

Divulgada nesta semana, a pesquisa reitera que não há falta de médicos, mas que eles estão distribuídos de forma desigual entre as regiões. O Sudeste e o Sul continuam a concentrar a maioria – com duas vezes mais médicos que as outras regiões. Os motivos são a maior oferta de emprego, de rede de hospitais, de escolas e a melhor qualidade de vida, o que acaba atraindo mais profissionais.

Segundo os pesquisadores, Distrito Federal lidera o ranking com 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (3,57), por São Paulo (2,58) e pelo Rio Grande do Sul (2,31) – taxas comparadas às de países europeus. Na outra ponta, estão Amapá, Pará e Maranhão com menos de um médico por mil habitantes. “Não há falta generalizada de médicos no País. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez em determinados municípios, regiões e redes de serviços de saúde”, disse Mário Scheffer, coordenador do levantamento e pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

A pesquisa atribui o aumento de médicos ao boom das faculdades de medicina nos últimos anos. Segundo os dados, 77 escolas médicas foram criadas de 2000 a 2010, o equivalente a 42,5% das escolas abertas em dois séculos no Brasil.

 

 

 


BEM SUCEDIDO
Transplante pioneiro em Florianópolis

O primeiro transplante de fígado em Florianópolis, realizado no Hospital Universitário da UFSC, foi considerado um sucesso. Uma equipe do Hospital Santa Isabel, de Blumenau – referência nacional em transplantes hepático – acompanhou e monitorou o procedimento.

O paciente de 46 anos e morador de Florianópolis saiu ontem da UTI, uma semana depois da operação, e está em recuperação no isolamento do HU. Por questões éticas, os médicos não revelaram os nomes do receptor e do doador. De acordo com o diretor do HU, Felipe Felício, o paciente estava sendo preparado para a cirurgia havia dois anos.

Desde 2007, Santa Catarina é referência no sistema de transplantes de órgãos, comparado ao de países de primeiro mundo.

O número de doadores efetivos – do diagnóstico de morte encefálica à autorização familiar – é o mais alto do país, conforme a Central de Transplantes de Santa Catarina. Em 2011, foram 25 doadores por milhão de habitantes, enquanto a média nacional é de 10,5 doadores por milhão de habitantes.

 

 

MORTE POR BOTULISMO
Secretaria descarta negligência

Após mais de oito meses da morte de Benta Janaína Lamego, 36 anos, por botulismo, a Secretaria de Estado de Saúde divulgou uma nota em que garante que não houve negligência no atendimento médico prestado à dona de casa.

Em março, o diretor técnico do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Hercílio Fronza Jr., informou que seria aberta uma sindicância interna para apurar as denúncias de negligência, já que a dona de casa morreu sem ser diagnosticada como vítima de intoxicação alimentar, após ingerir uma mortadela da marca Pena Branca, na madrugada de domingo, 6 de março, na ala psiquiátrica do hospital. Na época, o prazo estipulado para conclusão da sindicância era de 90 dias. Em nota, o hospital afirma que o botulismo é uma doença rara no Brasil e garante que “diversos exames clínicos foram realizados dentro e fora da instituição, descartando outras hipóteses diagnósticas”. Além disso, a Comissão de Óbitos e Biópsias diz que “a internação da paciente na ala psiquiátrica se deu em virtude dos sintomas apresentados, como ansiedade e agitação.”

O hospital afirma ainda que a paciente morreu antes que a instituição tivesse acesso aos resultados dos exames enviados ao Lacen (Laboratório Central), em Florianópolis.