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SAÚDE
Marcas expostas
Psoríase não é contagiosa, mas portadores ainda sofrem muito preconceito

Manchas vermelhas na pele, com escamações esbranquiçadas, expõem os portadores da psoríase. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a doença não é contagiosa e não tem cura, o que faz com que a discriminação seja extremamente prejudicial aos seus portadores, que, às vezes, passam por situações constrangedoras durante toda sua vida.

Para ajudar a diminuir o preconceito, a Sociedade Brasileira de Dermatologia está promovendo a Campanha de Conscientização da Psoríase, com o slogan Um beijo, um abraço, um aperto de mão. O mês foi escolhido com base no Dia Mundial da Psoríase, em 29 de outubro.

Serviços de dermatologia em todo o País disponibilizam fôlderes e panfletos com informações sobre a psoríase, uma das doenças de pele mais frequentes, mas ainda alvo de grande preconceito por puro desconhecimento sobre as suas causas.

Segundo as dermatologistas coordenadoras da campanha, Cláudia Maia e Luna Azulay, a expectativa é de que pelo menos cem mil pessoas sejam abordadas e aprendam como identificar a doença, que pode ser controlada com o tratamento.

Sem dúvidas

O QUE É?

É uma doença inflamatória crônica da pele que se manifesta, na maioria das vezes, por lesões róseas ou avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas. Em alguns casos, as lesões podem estar apenas nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo. Já em outros, as lesões se espalham por toda a pele. A psoríase não escolhe sexo ou idade, embora tenha picos de incidência aos 20 e aos 50 anos. A doença não é contagiosa e não provoca dor. A psoríase em placas ou vulgar é a mais comum. Atinge 90% dos pacientes. As áreas mais afetadas são cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região lombo-sacra e umbigo. Outro tipo, a psoríase nas unhas ou ungueal, é comum em mais de 50% dos casos. Umas das principais características é o descolamento da unha. Por isso, é importante manter a unha curta, seca e limpa para diminuir as chances de ocorrerem estímulos que possam intensificar o descolamento.

FATORES DESENCADEANTES

A psoríase é causada por vários fatores, destacando-se a existência de um componente genético, o que não significa que seja, necessariamente, hereditária. Aproximadamente 50% a 60% dos pacientes não possuem registro da psoríase em sua família. Vários fatores podem desencadear o surgimento das lesões, como a reação a alguns medicamentos, algumas infecções, ferimentos na pele e, principalmente, o estresse. É comum o surgimento da psoríase estar associado a crises emocionais. Porém, a eliminação de um ou de todos esses fatores não significa que as lesões de psoríase desaparecerão.

DIAGNÓSTICO

Pelo simples exame clínico do dermatologista. A psoríase não causa manifestação nos órgãos internos, por isso, exames laboratoriais têm pouca utilidade. Além do olho clínico, o único recurso que pode confirmar o diagnóstico é a biópsia: exame simples feito no consultório ou ambulatório, no qual o médico tira um pedacinho da pele para análise.

TRATAMENTO

São várias as formas de tratamento. Cabe ao dermatologista avaliar a melhor. Nas formas leves, são prescritos medicamentos tópicos sob a forma de pomada, loção, xampu ou gel. Nas mais avançadas, além de duas ou três sessões de fototerapia por semana, podem ser indicados medicamentos de uso interno via oral ou injetável. As terapias biológicas são os tratamentos mais modernos para psoríase, mas, por serem caras, destinam-se a casos especiais.

CONTROLE

Não há cura para essa doença, mas é possível controlá-la. As lesões podem desaparecer e não reaparecer durante muitos anos. Algumas vezes, nunca mais voltam. Porém, para a maioria, a psoríase é uma doença crônica com períodos de erupções e períodos sem manifestações visíveis.

 

 

SAÚDE
Alimentos proibidos
Ter reações à ingestão de comidas triviais no cardápio, como pães e leite, é mais comum do que você imagina


O namorado convida para jantar fora, a turma para o chope no fim de tarde e a família para a clássica macarronada no final de semana. Quem convive com reações adversas a algum ou mais tipos de alimento é desafiado a driblar, a vida inteira, ingredientes proibidos na dieta, algo que requer muita disciplina e organização.

Representadas por qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares, as reações adversas podem ser classificadas como tóxicas e não-tóxicas. As reações tóxicas dependem mais da substância ingerida, como por exemplo toxinas bacterianas presentes em alimentos contaminados, que podem causar uma gastroenterite ou das propriedades farmacológicas de determinadas substâncias presentes em alimentos, como a cafeína no café, que podem causar insônia ou taquicardia. Já as reações não-tóxicas podem ser classificadas em não-imunológicas (intolerância alimentar) ou imunológicas (alergia alimentar e doença celíaca).

Viver desviando de glúten, leite, lactose, crustáceos, castanhas, entre outros tantos itens bastante presentes no nosso dia a dia, não é nada fácil, mas acredite, já foi bem mais complicado. Em razão do aumento no número de pessoas com esses sintomas no mundo, graças a diagnósticos corretos, avanços tecnológicos, entre outros fatores, o mercado está dando uma resposta positiva a este público.

“Eu não vou a uma pizzaria há anos”, diz a advogada Carolina Job Brose, intolerante à glúten e à lactose. Diagnosticada aos três anos com doença celíaca (patologia que afeta o intestino delgado de adultos e crianças que consomem alimentos que contenham glúten), Carolina comemora muitos desses avanços. O principal deles é a lei que obriga os fabricantes de alimentos a discriminarem nas suas embalagens se o alimento “Contém Glúten” ou “Não contém Glúten”.

Conforme o alergologista Giovanni Di Gesu, a prevalência de reações adversas a alimentos tem aumentado de maneira significativa nas últimas décadas.

“O estilo de vida moderna, com uma maior exposição a alérgenos ambientais e poluentes, a interrupção do aleitamento materno e a introdução precoce de alimentos sólidos são alguns dos fatores associados ao aumento da prevalência das doenças alérgicas”, explica o médico.

Outro dado alarmante vem de um levantamento feito por pesquisadores da Universidade de Umea, na Suécia, e da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul. O material, publicado no mês de julho deste ano no periódico científico “PloS One”, aponta que a doença celíaca é responsável pela morte de cerca de 42 mil crianças todos os anos – a maioria na África e na Ásia.

Diagnósticos errados

De maneira geral, o tratamento é realizar testes diagnósticos e parar imediatamente de consumir alimentos que definitivamente fazem mal à saúde do paciente, explica o alergista Luiz Fernando Jobim.

Segundo ele, está havendo um exagero por parte de alguns médicos no diagnóstico equivocado de intolerâncias alimentares, alergias e má absorção intestinal: “as pessoas chegam no consultório do médico em busca de uma resposta imediata para os seus problemas, exagerando em suas queixas. Por outro lado, são pouco investigados e acabam com o rótulo de alguma doença, quando na verdade podem estar somente com sintomas de estresse da vida corrida que levam”.

Carolina Brose está acostumada a viver com a rotina de quem precisa cuidar até se o óleo usado para fritar a batata-frita foi “contaminado” com algum tipo de alimento “proibido” para celíacos, como farinha de trigo. A mudança de hábito é mais complicada para quem foi diagnosticado na fase adulta, ainda que a descoberta seja uma libertação.

Saiba mais

Outra pesquisa, publicada recentemente na revista científi ca “Nature Genetics”, identifica novos genes associados à doença celíaca. Os cientistas acreditam que seus resultados possam acelerar o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos para a doença, bem como de tratamento. Salvo algumas exceções, quem se enquadra nesse perfi l acaba convivendo com as reações a vida toda.

 


SAÚDE
Colesterol em dia
Exame simples de sangue revela uma das doenças que mais matam no País

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que as doenças cardiovasculares ocupam, no Brasil, o primeiro lugar entre as causas de mortalidade. E o colesterol elevado é um dos principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Para descobrir a quantas está sua saúde, o primeiro exame a ser solicitado pelos médicos exige apenas uma picadinha no braço ou no dedo. Pode parecer simples, mas esta é a forma mais eficaz para revelar a presença de gorduras indesejadas na corrente sanguínea, já que o colesterol elevado não apresenta sintomas. Rápido e altamente confiável, o exame laboratorial, chamado de perfil lipídico, necessita de 12 horas de jejum para ser realizado.

“Deve-se evitar excessos alimentares, álcool e atividades fora da rotina nos três dias anteriores ao exame”, explica a cardiologista Tânia Martinez.

Menos invasiva e ainda mais ágil, a punção digital, exame que analisa apenas uma gotinha de sangue, é ideal para avaliar o colesterol da população, técnica normalmente utilizada em grandes campanhas e ações. O objetivo do exame de sangue é analisar, além do nível de colesterol total no organismo, índices de LDL (lipoproteínas de baixa densidade), popularmente conhecido como “colesterol ruim”, de HDL (lipoproteínas de alta densidade), o “colesterol bom”, e triglicérides.

Prevenção

A prevenção do colesterol e a conquista de uma vida saudável estão diretamente ligadas à boa alimentação e à prática de exercícios físicos regulares. Consultar-se anualmente com um cardiologista aumenta as chances do diagnóstico precoce, reduzindo a ocorrência de doenças graves e acelerando o início do tratamento. Uma dieta equilibrada, com pouco sal, rica em frutas, verduras, legumes, fibras e com restrição de gorduras também é fundamental. E engana-se quem acha que só os gordinhos podem sofrer deste mal.

“Pessoas magras com alimentação desregrada podem ter alteração nos níveis de colesterol. É necessário que se faça exames periodicamente para o acompanhamento dos níveis”, frisa a nutricionista Bernardete Azevedo.

O que é?

O colesterol é uma molécula similar à gordura que age na composição da membrana que envolve as células, é essencial para a fabricação de hormônios e na composição da vitamina D, necessária para os ossos e para o crescimento. Obtido nos alimentos de origem animal ou produzido pelo fígado, ele circula por todo o corpo, mas não é solúvel no sangue.

Problemas podem ocorrer, especialmente, quando se ingere alimentos que contenham colesterol em demasia, como carnes gordas e ovos. O excesso se deposita nas artérias, formando placas que podem endurecê-las e entupi-las, e o processo pode gerar problemas cardiovasculares.


 

 

 

HOSPITAIS - Amanhã, às 9 horas, a Assembleia promove audiência pública para debater a gestão pública dos hospitais X organizações sociais. É uma iniciativa da Comissão de Saúde da Alesc e vai ocorrer no auditório Antonieta de Barros.

 

 

 

 Visor- Rafel Martini

70 ANOS DO IPQ
O Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina (IPQ), em São José, antigo Hospital Colônia Sant’Ana, completa 70 anos na próxima quinta-feira. Para comemorar, a instituição promove seminários e exposições entre hoje e sexta. Também estão previstas a inauguração do Centro de Documentação e Pesquisa e a recuperação histórica da Praça Nereu Ramos e o Memorial dos Ex-Diretores.

* * *

O IPQ possui 160 leitos para internação de pacientes em emergência psiquiátrica, além do Centro de Convivência Santana (CCS), que abriga pacientes remanescentes do antigo Hospital Colônia Sant’Ana. Atualmente, são atendidos 463 pacientes, entre crônicos e agudos, dos quais cerca de 40% moram no local.

 

 

Geral

 VAIDADE
Cirurgia promete trocar cor dos olhos

Um médico de Laguna Beach (Califórnia, Estados Unidos) afirma ter conseguido algo até então impossível. Após 10 anos de testes, o pesquisador divulga que é possível, com segurança, usar uma técnica a laser que transforma olhos castanhos em azuis.

Apenas esta alteração permanente de cor é possível, segundo o médico Gregg Homer, pois a técnica extrai a melanina da íris dos olhos deixando-a albina, ou seja, azul.

A cirurgia ainda não está disponível: a previsão é de que comece a ser aplicada em pacientes interessados daqui a 18 meses.

 


MOACIR PEREIRA

Lula, o câncer e o SUS

O noticiário sobre o diagnóstico e o tratamento contra o câncer de laringe do ex-presidente Lula vem provocando um amplo debate em todo o Brasil, especialmente pelas redes sociais. Elimine-se os comentários irados que, qualquer que seja o motivo, tenham perdido o bom senso e partido para agressões gratuitas e até desumanas.

Mantenha-se as discussões, contudo, no plano político que o tema comporta, relativamente à provocação feita pelo próprio ex-presidente sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde durante seu governo.

Lula, como ex-presidente, teve assistência ágil e privilegiada no melhor hospital oncológico do Brasil, o Sírio-libanês de São Paulo. O problema é que a maioria dos brasileiros continua penando em hospitais com instalações deterioradas, consultas represadas, cirurgias em gigantescas filas, médicos esgotados e profissionais da saúde estressados. E a aprovação da emenda 29, que obriga a União a garantir os recursos indispensáveis à saúde da população foi engavetada pelo governo Lula durante oito anos.

Relevante, por isso, o depoimento corajoso da oncologista Liziane Anzanelo Meira, de Blumenau, sobre os dramas diários vividos por todos os que dependem do SUS para a cura do câncer. Uma sentença que espalha-se na Internet e merece leitura e detida reflexão.

Indaga a médica: “Por que todos não tem o direito de um diagnóstico no sábado e início do tratamento na segunda? Me digam que paciente conseguiu esta presteza? Indiquem um que tratou linfoma com a droga de ponta que a Dilma usou, ou vai fazer infusão contínua com cateter e bomba de infusão de uso domiciliar? Por que não nos exasperarmos quando outros não tem os mesmos direitos? Somos diferentes porque não temos convênios, ou mesmo cargos importantes??? E a Constituição Federal não diz que temos todos os direitos e somos iguais???


DIAGNÓSTICO

Prossegue a dra. Anzanelo : “Não é justo que um paciente espere 30 a 40 dias para ter um diagnóstico patológico, ou aguarde na fila de cirurgias, simplesmente porque não há mais médicos se submetendo aos salários de fome que o SUS paga!”

Depois, classifica de “achaque” o pagamento de R$ 10 a R$ 17 de honorários de quimioterapia por paciente/mês.

Continua: “Pagar R$ 1, 2 mil por mês para médicos da rede pública por 20 horas de trabalho contínuo e fazê-los atender 18 pacientes ou mais em quatro horas é um abuso!” Mais do que abuso, uma exploração, uma indecência.

Contém mais o procedente desabafo: “E as mulheres com câncer de mama que não conseguem usar o tratamento mais moderno? E a fila da reconstrução mamária das mulheres mastectomizadas? E as filas imensas da radioterapia, que só não são as maiores pela abnegação de radioterapeutas que tratam os pacientes dos SUS em suas clínicas privadas, muitas vezes arcando com os custos do tratamento para verem seus pacientes melhor atendidos?”

Depois de proclamar que o câncer é a segunda doença que mais mata no Brasil, constata, pela experiência, que esta dramática realidade representa questão de saúde pública. Finalmente, diz ela que o SUS informa que paga o tratamento contra o câncer, que o médico pode prescrever o melhor. Mas na hora de conferir, o sistema não cobre os novos medicamentos de ponta.

A indignação da médica catarinense revela uma situação gravíssima, pouco conhecida da população. Fundamental que os médicos falem, que os profissionais da saúde se manifestem e que deste debate nasça a luz. Salvando vidas humanas.

 

 

 

Enterro da jovem de 17 anos será domingo em Biguaçu
A garota morreu depois de receber uma medicação na Unimed do Kobrasol, em São José
 Saraga Schiestl


Florianópolis 

Izabela (C), entre as duas princesas fazem parte da corte eleita em 2012 da BigFestO corpo de Izabela Hoffmann, 17, rainha da BigFest em Biguaçu, foi liberado as 15h deste sábado (5) para o velório. A garota morreu depois de ser levada com dores abdominais na noite de sexta-feira (4) ao NAS (Núcleo de Atenção à Saúde) da Unimed no bairro Kobrasol em São José. A estudante foi medicada e horas depois foi constatada sua morte, a princípio por parada cardíaca.

O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Florianópolis para passar por exames que determinarão a causa da morte. O horário do enterro ainda não foi definido e o velório acontece na capela mortuária de Biguaçu.

Os pais de Izabela a levaram até o atendimento na noite de sexta. De acordo com o primo da estudante, Matheus Hoffmann Machado, a família toda ficou em choque ao receber a notícia. “Ela estava bem, só sentia cólicas. Não conseguimos entender o que pode ter acontecido”, lamenta Matheus, que encontrou com Izabela durante a semana que passou. “A única coisa que ela tinha era uma gripe”, afirma.

A Unimed, que prestou atendimento a garota, somente vai se pronunciar sobre a morte da estudante quado for revelado o resultado da autópsia. De acordo com a assessoria de imprensa do plano de saúde, o exame que será responsável por explicar a causa da morte pode levar entre um ou dois dias para ficar pronto.

Izabela foi eleita nos anos 2009 e 2011 como rainha da BigFest, tradicional festa de Biguaçu. Ela estudava no terceiro ano de uma escola do município. A morte da garota tem repercutido entre os amigos e conhecidos nas redes sociais.