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NOTA
Saúde

O Ministério da Saúde ampliou a assistência na atenção básica com a liberação de R$ 3 milhões para a construção de 17 unidades básicas de saúde (UBS) em sete Estados, entre eles Santa Catarina. O dinheiro chegará em três parcelas de R$ 200 mil. As novas UBS que servirão de base para equipes da Saúde da Família fazerem o atendimento às comunidades.

 


 

 

Saúde em Cuba
O deputado Volnei Morastoni (PT) participou da reunião da Comissão sobre Saúde e Previdência Social, nos dias 27 e 29 de outubro, em Havana, Cuba. No evento, parlamentares de oito países debateram temas como saúde materno-infantil; tuberculose e o programa de cuidados com os deficientes. Para Morastoni, “o sistema de saúde cubano é fundamentado na prevenção, na promoção e na educação em saúde, que são as bases de tudo”. “Enquanto em Cuba a taxa de tuberculose é de 4,7 para cada 100 mil habitantes, no Brasil é de 37,7”, exemplifica.

 

 


CAPITAL CRIANÇA
Programa catarinense pode virar modelo para o país
Projeto de prevenção da mortalidade infantil em Florianópolis chama a atenção do governo federal

É o primeiro dia de vida de Héctor e a educadora do Programa Capital Criança entra no quarto da maternidade do Hospital Universitário, em Florianópolis, onde ele está com a mãe, para anunciar uma agenda cheia de compromissos.

Em alguns dias, o filho de Luciana Carvalho, 28 anos, deve estar na unidade de saúde do Bairro dos Ingleses, onde moram, para fazer o teste do pezinho e ser avaliado por um pediatra e por um dentista, que vai orientar a mãe sobre os cuidados com a higiene bucal. Amãe também tem hora marcada com um ginecologista e, se precisar, pode marcar consulta com um psicólogo.

Essa é a rotina de todos os bebês que nascem em Florianópolis desde 1997. O compromisso do Programa Capital Criança é de acompanhar o desenvolvimento dos florianopolitanos desde os seus primeiros momentos até os 10 anos de idade e, com isso, reduzir a taxa de mortalidade infantil na Capital.

O programa tem cumprido bem o seu papel. Há 14 anos, a taxa de mortalidade infantil média, em Florianópolis, era de cerca de 20 mortes para cada mil bebês nascidos, considerando crianças de até um ano de idade.

Cinco anos após o início do projeto, este número caía abaixo de dois dígitos e, hoje, está em 8,7.

Os resultados chamaram a atenção do governo federal. Os responsáveis pelo programa estiveram em Brasília, no mês passado, para apresentá-lo no seminário Cidadão do Futuro – Políticas para o Desenvolvimento na Primeira Infância. Durante os dois dias de evento, políticos, magistrados e especialistas na área debateram em busca de soluções para integrar políticas públicas que garantam assistência na primeira infância.

Subsidiado com recursos do orçamento municipal destinados à atenção básica de saúde, o investimento nas ações desenvolvidas têm sido praticamente constantes ao longo de todos esses anos.

Cuidados ainda no berço do hospital

A abordagem é feita nas maternidades públicas e particulares. As mães recebem um kit contendo termômetro, álcool 70% e gazes para a limpeza do umbigo, pomada para assaduras, uma cartilha com informações sobre primeiros cuidados, caderneta do Sistema Único de Saúde (SUS) e de vacinação e uma certidão que indica que o bebê é nascido em Florianópolis. Neste primeiro contato, as mulheres podem também tirar dúvidas.

– Elas perguntam bastante. Se for preciso, a gente aciona o pediatra, as enfermeiras, tudo para que ninguém saia daqui com alguma dúvida – explica a educadora Ivete Sarmento Carneiro.

Há 12 anos no programa, Ivete conta que a equipe de cinco educadoras atende cerca de 600 crianças por mês. Mesmo as mães que moram em Florianópolis e optam por ter o bebê em São José ou Palhoça são atendidas.

Brenda, a bebê de nove meses de Juliana Antunes, também é atendida pelo programa. A mãe se diz satisfeita.

– Eu ganhei o kit e marcaram as consultas. Acho bem legal e prático.

IVETE SARMENTO CARNEIRO, educadora

"Elas (as mães) perguntam bastante. Se for preciso, a gente aciona o pediatra e as enfermeiras, tudo para que ninguém saia com dúvida."

 

ANELIZE SALVAGNI

 

 


BOTULISMO
Azeitona suspeita retirada do mercado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, ontem, o recolhimento do mercado, em todo o país, de unidades de azeitona orgânica com amêndoas da marca Bio Gaudano.

A Anvisa foi alertada pelo Departamento de Alimentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Sistema de Alerta de Alimentos da Comunidade Europeia sobre dois casos de botulismo na Finlândia decorrentes do consumo da azeitona. Os dois órgãos internacionais também orientaram para a retirada do produto do mercado em outros países.

Até julho deste ano, o Brasil importou somente 150 potes do produto, com validade até junho de 2012, distribuídos em seis estados – Goiás, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Até agora, não foi registrado nenhum caso de botulismo no país decorrente do consumo da azeitona Bio Gaudano.

Causado pela toxina da bactéria Clostridium botulinum, o botulismo provoca neuroparalisia grave e pode levar à morte. Os sintomas frequentes são dor de cabeça, vertigem, tontura, sonolência, visão turva, diarreia, náuseas, vômitos, dificuldade de respirar e prisão de ventre.

 

Brasília

 

 SAÚDE
R$ 200 mil para unidade básica em SC

O Ministério da Saúde ampliou a assistência na atenção básica com a liberação de R$ 3 milhões para a construção de 17 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em sete estados, entre eles Santa Catarina. O dinheiro chegará em três parcelas de R$ 200 mil. O Estado receberá uma nova unidade, mas a cidade onde isso acontecerá não havia sido informada pelo ministério até ontem à noite. As novas UBS servirão de base para equipes Saúde da Família fazerem o atendimento às comunidades. As ESF devem dar uma atenção integral desde a promoção da saúde, prevenção de doenças, recuperação, acompanhamento em casos de doenças crônicas até encaminhamento de urgências.

 

 

Dia a dia

 

Médicos - Até o dia 21 de novembro, a Unoesc e o Hospital Universitário Santa Terezinha, de Joaçaba, no Meio-Oeste do Estado, abrirão as inscrições para os programas de residência médica em clínica médica e cirurgia geral, a serem realizados no próprio hospital, entre 2012 e 2014. Mais informações no site www.unoesc.edu.br.

- Médicos - O Hospital Universitário Pequeno Anjo (Hupa), em Itajaí, entidade administrada pela Fundação Universidade do Vale do Itajaí (Univali), está selecionando candidatos para a vaga de médico pediatra plantonista. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail silvana.oliveira@univali.br.

 

 

 

 


Governo do Estado repassa recursos para Secretaria da Saúde  Lages

 

A Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria de Desenvolvimento Regional de Lages promoveram o Encontro Macrorregional da Estratégia de Saúde da Família. O evento contou com a presença de secretários municipais e gestores de saúde dos 18 municípios abrangidos pelas SDRs de Lages e São Joaquim.

 Sete equipes apresentaram projetos que estão sendo executados na região. Tais projetos, relacionados ao tema “saúde da família” foram avaliados por jurados, e os dois melhores receberam aporte financeiro de R$ 7 mil do Governo do Estado.

 O trabalho vencedor é do município de Urupema. A equipe da Secretaria Municipal de Saúde desenvolveu o projeto “Elas Mais Belas”, que consiste na prevenção contra o câncer de mana. Agentes visitam as casas, incentivando as mulheres a fazerem exames regularmente.

 O segundo colocado é de Lages. O projeto “Sensibilizando Adolescentes para Vivências de uma Sexualidade Saudável” foca em campanhas e ações práticas contextualizadas ao tema.
De acordo com a gerente de Saúde da SDR Lages, Beatriz Montemezzo, as duas equipes participarão do encontro estadual em Saúde da Família, programado para os dias 7, 8 e 9 novembro, em Florianópolis.

 Na ocasião, grupos de todo o Estado irão expor seus projetos. “É uma ótima oportunidade para apresentarmos as ações executadas na região, difundindo métodos práticos de promover saúde”, ressalta Beatriz.

 

 


  Acidentes

Segundo estatísticas oficiais as maiores vítimas de acidentes de trânsito no Brasil são os pedestres, mas em segundo lugar aparecem os motociclistas e crescendo de forma preocupante. Há locais no Brasil onde 50% das mortes são de motociclistas. Assustador. Mas de quem é a culpa? Fica difícil de dimensionar. Mas pesquisas de organismos ligados ao setor concluíram que um dos fatores é a má habilitação estabelecendo um percentual elevado de culpa do condutor da moto, alcançando patamares de 70%. Especialistas apontam como um dos problemas o denominado “corredor”, ou seja, o espaço estreito entre uma faixa e outra. Por ali ultrapassam os carros produzindo perigo e a possibilidade de acidentes. Já há acidentes de moto com moto ajudados com o veto no Código Nacional de Trânsito permitindo a circulação pelos denominados corredores. A proibição certamente reduziria o número, inclusive, de mortes. Mas a maior preocupação é com a má formação dos motociclistas, além da imprudência latente. Isso sem tirar o motorista de carro que muitas vezes não sabe conviver com as motos.