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HOSPITAL INFANTIL
Parceria com rede de fast food rende R$ 82 mil para lar

O Instituto Ronald McDonald divulgou o balanço do McDia Feliz 2011, realizado em 27 de agosto. Em Joinville, foram vendidos 7.762 sanduíches Big Mac que, somados às contribuições de parceiros e à venda de 1,1 mil camisetas, totalizou R$ 82.040,86. A arrecadação será revertida ao projeto Casa de Apoio do Hospital Infantil Jeser Amarante Faria. A meta da unidade era bater os R$ 46 mil arrecadados em 2010.

 

TRANSPLANTES
Recuperação acelerada
Homem que recebeu rim da ex-mulher já faz caminhadas e volta à rotina

O paciente renal Osório Noronha, 53 anos, está há quase 53 dias transplantado após receber o órgão da ex-esposa Rosmari da Silva Noronha, 49 anos, num episódio inédito. Conforme informações do Hospital São José, foi o primeiro caso de uma mulher doar o rim para o ex-marido.

A cada dia que passa, o paciente se recupera um pouco mais. Segundo a filha do casal, Aline Noronha, ainda há algumas dificuldades por causa da imunidade baixa. Enquanto Osório tiver um órgão transplantado deverá tomar imunossupressores para evitar a rejeição. Mas, conforme a jovem, há avanços. Ele consegue fazer pequenas caminhadas e no começo de novembro vai retirar a máscara de proteção.

O que continua mantida é a rotina de tratamento. A cada semana, o paciente comparece à Pró-Rim para uma consulta.

Rosmari voltou à rotina sem nenhum problema. Nos primeiros dias após a operação, que ocorreu em 2 de setembro, tinha algumas precauções a tomar, como não fazer muito esforço. Quase dois meses depois, ela está de volta ao trabalho como educadora física.

Aline se sente aliviada em ver a mãe bem e o pai se recuperando. “Estou bem mais tranquila”, diz. Agora, a cada semana, ela vai de Florianópolis até Balneário Camboriú para visitar Osório. O transplante, conforme ela, só veio a reforçar uma união que já existia na família.

gisele.krama@an.com.br

  

 

SAÚDE PÚBLICA
SC é referência em mamografia
Estado está entre os que mais têm equipamentos em funcionamento

Todos os dias, quatro catarinenses descobrem que estão com câncer de mama. A boa notícia é que comparando-se com o restante do País, SC está bem na quantidade de um importante aliado para combater a doença: os mamógrafos.

Segundo o Ministério da Saúde, SC está com todos os 64 equipamentos do SUS em funcionamento. Em Estados da região Norte, a falta de uso ultrapassa 50%. Especialistas ressaltam, porém, que falta estrutura no diagnóstico e tratamento em SC.

O número de mamógrafos no Estado é considerado suficiente, um para cada 96,5 mil habitantes. O Instituto Nacional do Câncer recomenda um aparelho para cada 240 mil. Mas a coordenadora de epidemiologia e controle do câncer do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), Senen Hauff, alerta que os aparelhos precisam funcionar bem. “Se faz exame mal feito, não adianta. Tem muita mulher que teve câncer e não se conseguiu ver nada no exame.”

Para ela, os aparelhos em todo o Estado deveriam passar pela supervisão da vigilância sanitária, com padrões técnicos de qualidade, como já acontece em Minas Gerais e na Paraíba. A médica destaca ainda que o câncer é uma doença complexa. Em caso de suspeita, é preciso estrutura para a biópsia do que for detectado e centros cirúrgicos adequados e acompanhamento posterior.

“No tratamento de câncer, a maior dificuldade, sem dúvida, é centro cirúrgico. As mulheres com câncer esperam por falta de infraestrutura”, destaca.

A presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Câncer (Amucc), que tem sede em Florianópolis, Leoni Simm, concorda que o Estado ainda precisa reduzir a demora para a retirada do câncer e, depois, para a cirurgia de reconstrução de seio. “Até a retirada, os casos vão ficando mais graves. Quando pego no início pela mamografia e com cirurgia o quanto antes, a chance de cura é maior”, conta Leoni.

O levantamento do Ministério da Saúde faz parte de um programa do governo federal que prevê o investimento de R$ 4,5 bilhões até 2014 para a redução da mortalidade de mulheres com câncer de colo do útero e de mama.

O secretário da Saúde do Estado, Dalmo de Oliveira, informou que desconhece problemas relacionados ao assunto, e que vai se posicionar em breve. Em agosto, o governo do Estado anunciou liberação de recursos para um centro cirúrgico no Cepon em janeiro de 2012.

 


MENINGITE
Mais um caso confirmado em Joaçaba

Sete casos foram confirmados no Meio-oeste. Seis são estudantes da mesma escola em Joaçaba e, o mais recente, uma criança de Herval d’Oeste.

A situação é de alerta, porque, embora o tipo viral seja a forma menos perigosa da doença, todos os casos são crianças de dois a nove anos de idade, e têm algum tipo de relação. É essa ligação entre os pacientes que faz com que a doença seja considerada surto em Joaçaba, o que não ocorria há pelo menos seis anos.

O caso mais recente foi confirmado no fim da tarde de ontem. A menina, de quatro anos, estuda em um centro de educação infantil particular na cidade vizinha, em Herval d’Oeste, onde as aulas estão suspensas até a próxima semana. Ela é prima de um dos pacientes que já estava infectado.

A criança, assim como todos os outros, está internada em uma área isolada do Hospital São Miguel, em Joaçaba.

As duas escolas onde ocorreram os casos cancelaram as aulas por tempo indeterminado.

  

SERVIÇO PÚBLICO
Médicos cruzam os braços em 18 Estados
Atendimento do SUS vai parar por 24 horas. Classe pede melhores condições

Médicos do SUS devem suspender hoje por 24 horas o atendimento eletivo em 18 Estados – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.

No Piauí, a paralisação chegará a 72 horas. Em Santa Catarina e em São Paulo, algumas unidades de saúde devem suspender o atendimento por algumas horas. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de Joinville, não haverá paralisação na cidade.

O movimento, coordenado pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), tem o objetivo de protestar contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho no SUS. A estimativa é que 100 mil profissionais de saúde deixem de trabalhar.

Nos Estados onde haverá paralisação, serão suspensos os exames, as consultas, as cirurgias eletivas e outros procedimentos. O vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, garantiu que o atendimento a emergências será mantido.

Os médicos reclamam da não implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, da defasagem da tabela do SUS, da ausência de um plano de carreira, das contratações sem concurso e da falta de isonomia salarial na rede pública.

 


LIXO HOSPITALAR
Ibama multa empresa têxtil em R$ 6 milhões

O Ibama multou em R$ 6 milhões a Império do Forro de Bolso, empresa têxtil pernambucana responsável por importar toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos. A companhia dona do navio que trouxe os dois contêineres apreendidos no Porto de Suape nos dias 11 e 13 de outubro, a Hamburg Süd, será multada em R$ 2 milhões. Já a Receita Federal negou ontem que a empresa têxtil pernambucana responsável pela importação do lixo hospitalar vá receber outros 14 contêineres vindos dos EUA

 

ARTIGOS
Exame médico, por Carlos Adauto Vieira*

Os sucessos dos transplantes, dos enxertos e de todas estas revoluções na medicinas eram os responsáveis pela excitação em que andava o Dr. Josias, cardiologista de justificada fama, cuja competência era o resultado da irrecusável vocação profissional somada ao estudo constante. Nestes dias em que os noticiários de jornais, pondo de lado a estupidez da guerra regional faziam o elogio da inteligência humana pelos êxitos médicos, o Dr. Josias, de natural inquieto, mais inquieto andava.

Daí a pressa que o acometia para atender a sua vasta clientela, fazendo com que não ficasse na sala de recepção esperando, porém, mandando entrar aos três, quatro de cada vez, com o que ganhava tempo.

Enquanto a secretária ia fazendo a ficha médica, o Dr. Josias já estava examinando o paciente com rapidez e presteza. Apesar da pressa, o exame era conscienciosamente feito, inclusive, porque, via de regra, o eletrocardiógrafo era quem o fazia e dificilmente se enganava.

Enquanto auscultava o peito de um dos clientes, um moço assomou à porta:

– Dr. Josias?

– Eu mesmo. Um momento – respondeu, sem interromper o exame e sem tirar do ouvido o estetoscópio, mal entendendo o que dizia o recém-chegado – ... Grama.

– Vai fazendo a ficha, que já atendo.

O moço ficou parado.

– É do instituto? - perguntou o Dr. Josias, vendo-o com um papel na mão.

– Não, senhor. Telégrafo.

– Um instante.

Acabando o exame que fazia no paciente, médico se aproximou do moço, cuja ficha a enfermeira acabara de preencher e o mandou tirar o palito, a gravata e os sapatos, ordenando-lhe que se deitasse numa cama, existente no quarto ao lado e, a título de brincadeira, pilheriou:

– Não vai doer nada.

O moço não se moveu. Sério perguntou ao médico:

– Mas, doutor, pra que tudo isso?

Sem perder a calma, mas com indiscutível autoridade, o Dr. Josias tomou-o pelo braço e o levou até a cama, obrigando-o a deitar-se.

– Não veio fazer o eletrocardiograma?

– Não, senhor, só vim entregar um telegrama.

*JORNALISTA, ESCRITOR E VICE-PRES. DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE SÃO FRANCISCO DO SUL

 


ARTIGOS
Outubro, mês da saúde bucal, Dulce H. D. Freitas Peres*

Que a doença cárie depende de vários fatores e que podemos controlá-los é fato amplamente divulgado e provavelmente conhecido por muitos, mas vale relembrar aqui as características especiais dos pacientes da primeira infância. Esta fase pode ser a época mais importante para a saúde bucal do indivíduo, pois os dentes de leite erupcionam, são colonizados por bactérias, e hábitos de higienização começam a se formar. Neste contexto, o atendimento oportuno cria a possibilidade de o profissional, juntamente com os pais, identificar a presença dos fatores de predisposição à cárie presentes, aumentando a probabilidade de interferir ou até impedir o estabelecimento dessa doença.

Os pais devem ser esclarecidos de quatro fatores. O primeiro diz respeito ao padrão dietético do bebê: se for desequilibrado, com predominância de carboidratos, amamentação noturna natural (do peito) ou artificial (com a mamadeira) e ausência de higienização, o risco de o bebê adquirir a doença é alto. A transmissibilidade precoce da bactéria responsável pela cárie é outro fator que facilita a instalação da doença: ao soprar alimentos, beijar na boca, usar o mesmo copo, talheres etc., os microrganismos da saliva vão para a boca do bebê.

Os pais também devem conhecer a importância da higienização bucal ou remoção mecânica da placa: aquela “natinha” branca pode ser removida com uma gaze umedecida enrolada no dedo ou com as dedeiras de silicone enquanto a criança tiver só os dentes anteriores. Por último, deve-se conhecer o uso inteligente do flúor: a literatura corrobora a maior relevância do uso de produtos fluoretados em baixas concentrações com maior frequência, por exemplo, o uso do creme dental fluoretado.

Esses hábitos simples podem ser eficazes para se conseguir o que todos almejam: a criança livre da cárie. No entanto, não é raro nos depararmos com os bebês em fase evoluída da doença, com cavidades e destruições dos dentes. Aí chega o momento de o profissional decidir: o que fazer com um paciente que não sabe e nem consegue cooperar no tratamento? Felizmente, o conhecimento científico nos incentiva a sermos mais conservadores. Há novas técnicas para nos ajudar na resolução desses casos.

Com as orientações aos pais e o atendimento dos bebês, visamos a contribuir na formação de gerações com menos problemas dentários e mais conscientes da importância da prevenção. Sorria, você já pode ser um dos beneficiados com estes novos conceitos!

dulcehelenap@hotmail.com


*professora de odontopediatria do curso de odontologia da Univille

 


AUDIÊNCIA - Deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da Comissão de Saúde, convida para audiência pública hoje, às 9 horas, na AL. Vai interessar muito para quem tem diabetes mellitus tipo 1.

 

 

 

AN Jaraguá

 

SAÚDE
Repasse de R$ 1 milhão para hospital

Uma sobra do orçamento de 2011 da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul poderá ser destinada à nova ala do Hospital e Maternidade Jaraguá, conhecido como Hospital do Morro. O valor de R$ 1 milhão foi solicitado por meio de um ofício enviado pelo presidente do Legislativo, Jaime Negherbon, na semana passada, para a prefeita Cecília Konell. Por isso, a equipe da unidade de saúde deve apresentar hoje na sessão da Câmara onde o dinheiro será investido se o repasse for aprovado.

A verba deve ser destinada para a nova unidade cardiovascular do hospital. A dúvida é se será usada para a compra de equipamentos ou para a reforma da ala.

Segundo Negherbon, diversas entidades jaraguaenses já foram beneficiadas pelo dinheiro que sobrou do orçamento da Câmara. O presidente da Câmara explica que, desta vez, apenas o Hospital Jaraguá foi escolhido, já que o Hospital São José está bastante adiantado em equipamentos e obras. Assim que a prefeita aprovar, o ofício em forma de projeto deve ser votado pelos vereadores.


 

 

 

Visor- Rafael Martini


SEMANA DO AVC
Estamos na Semana Nacional do Combate ao Acidente Vascular Cerebral. O AVC é a segunda principal causa de morte no mundo e responsável por cerca de 6 milhões de óbitos a cada ano. A doença ocorre em qualquer idade. Portanto, informe-se sobre os riscos. Prevenção nunca é demais.


 Geral

 

SURTO DE MENINGITE
Sobe para sete o número de casos no Meio-Oeste

Além dos seis em Joaçaba, Herval d’Oeste também registrou uma criança infectada pelo virus

Sete casos foram confirmados no Meio-Oeste catarinense. Seis são estudantes da mesma escola em Joaçaba, e o mais recente, uma criança de Herval d’Oeste. Este cenário resume o primeiro surto de meningite do ano no Estado e demanda atenção.

Surto porque, embora o tipo viral seja a a forma menos perigosa da doença, todos os casos são crianças de dois a nove anos de idade, e têm algum tipo de relação. É essa ligação entre os pacientes que faz com que a doença seja considerada surto em Joaçaba, o que não ocorria há pelo menos seis anos.

O caso mais recente foi confirmado no final da tarde de ontem. A menina, de quatro anos, estuda no Centro Educacional Infantil Pequeno Pensador, instituição particular na cidade vizinha, em Herval d’Oeste, onde as aulas estão suspensas até a próxima semana. Ela é prima de um dos pacientes que já estava infectado.

A criança, assim como todos os outros, está internada em uma área isolada do Hospital São Miguel, em Joaçaba. Segundo o pediatra Pedro Luiz Assis da Silva, que trata um dos infectados, todos estão recebendo visitas dos familiares.

Para que estas pessoas não sejam infectadas pelo vírus, o hospital toma diversas medidas de prevenção, como higienização constante das mãos dos pacientes e também dos visitantes. Conforme o médico, durante o contato, há risco de transmissão da meningite, que é menos comum nos adultos.

– A incidência maior da doença ocorre em crianças abaixo de cinco anos, que têm menos imunidade.

Assis explica que a infecção coletiva que ocorreu na escola de Joaçaba, pode ter ocorrido pelo compartilhamento de comida e de água:

– Provavelmente houve um contágio inicial, que é difícil identificar. Depois disso, a água e os alimentos são os principais focos de disseminação do vírus.


191 é o número de casos registrados de meningite viral este ano em Santa Catarina TROMBETTA | Joaçaba

daisy.trombetta@diario.com.br

DAISY


SURTO DE MENINGITE
Primeiro surto do ano em SC

Não há registro em outras partes do Estado com característica de surto, como ocorreu na escola em Joaçaba. A última situação deste tipo foi em 2009, na região de Criciúma, no Sul, quando houve recorde no total de infectados, chegando a 356.

Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), foram notificados 191 casos de meningite viral em Santa Catarina este ano. O número é considerado normal, já que a média fica em torno de 250 casos no período.

A coordenadora do Programa de Vigilância à Meningite, a infectologista Maria Inês Sant’Anna Rodrigues, estará em Joaçaba hoje e deve avaliar de perto os casos registrados no município. Ela vai se reunir com diretores da rede municipal de ensino e repassar orientações sobre como evitar a doença.

No cenário nacional, de acordo com o Ministério da Saúde, já foram confirmados quase 9 mil casos este ano. O tipo viral lidera o percentual, com 41% dos casos. A maioria dos pacientes infectados é criança e tem menos de dois anos. Somente na Bahia, 90 pessoas já morreram em decorrência da doença.

250 casos de meningite no Estado ao ano ainda é considerado normal pela Dive

 


SURTO DE MENINGITE
Todos os doentes passam bem

Dos sete casos confirmados de meningite viral em Joaçaba, um dos pacientes teve alta no domingo. Outro menino de sete anos que estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Miguel, em Joaçaba, foi transferido para o quarto. Todos passam bem. A menina de quatro anos, que é o caso mais recente, recebeu a confirmação do diagnóstico no final da tarde de ontem e está em tratamento, que deve durar pelo menos sete dias.

As duas escolas que suspenderam as aulas tomaram a decisão por conta própria. Conforme a coordenadora do Centro de Educação Girassol, Ruth Specht, a medida é preventiva e vem para tranquilizar pais e alunos.

– A reposição das aulas ainda está sendo discutida e os professores estão sendo orientados para prevenir a doença.

A Vigilância Epidemiológica do município continua achando a suspensão das aulas desnecessária. Segundo a coordenadora do órgão, Sonia Pozza, a desinfecção feita nos ambientes seria suficiente para evitar novas transmissões. Para ela, outras pessoas podem ter contraído o vírus, mas não desenvolvido os sintomas.

 


Direção diz que menina morreu de infecção bacteriana decorrente da varicela

A direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, nega que tenha havido negligência no atendimento a Érica Alves de Araújo de Carvalho, de um ano e três meses. A menina morreu na madrugada de domingo, em decorrência de varicela (também conhecida como catapora).

A família registrou boletim de ocorrência por homicídio culposo (sem intenção de matar) contra o Joana de Gusmão e o Posto de Atendimento de Canasvieiras, primeira unidade de saúde que atendeu a menina.

– A criança morreu com infecção generalizada por uma bactéria decorrente da varicela – afirmou o diretor clínico e administrativo do Infantil, Austregésilo da Silva.

Segundo ele, Érica chegou por volta de 0h15min de domingo, em estado muito grave. Silva descreveu que ela estava pálida, sonolenta, com o olhar vago, quase inconsciente, com as extremidades arroxeadas e frias, e já com a infecção generalizada. O diretor diz que, em cerca de 15 minutos, a menina foi para a UTI do hospital para ser medicada com soro, oxigênio, adrenalina e dois potentes antibióticos: cestriaxone e oxacilina.

– Ela chegou praticamente com um quadro inviável e teve três paradas cardíacas – diz Silva.

Doença diminui muito a imunidade da criança

O diretor clínico observa que a varicela é uma doença que diminui muito a imunidade da criança e facilita a infecção por bactéria ou vírus, principalmente quando o paciente já não tem uma boa imunidade. Segundo Silva, é raro a varicela desencadear complicações. Cerca de uma a duas mortes por varicela são registradas por ano no Hospital Infantil.

– É importante estar com a vacina contra varicela em dia. Com um ano de idade em diante já pode tomar – alerta o diretor.

No dia 20, quinta-feira, Érica foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canasvieiras, onde teria sido diagnosticada com varicela e recebido uma injeção. No dia seguinte, retornou ao posto, ainda com febre alta e a perna roxa.

No sábado, a menina foi para o Hospital Universitário. Como lá não tem UTI para crianças, ela foi levada para o Infantil. Érica teria morrido em menos de duas horas após entrar no hospital. Seu corpo passou por exame no Instituto Médico Legal (IML), na Capital. O inquérito será conduzido pela 5ª DP. A menina foi sepultada ontem de manhã, no Cemitério do Campeche. ROVAI

O que diz a SMS

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, responsável pela UPA de Canasvieiras, lamentou a morte da menina Érika. Segundo a nota, “no dia 19 a criança deu entrada na UPA Norte, às 19h18minutos, com bom estado geral, porém com sintomas de varicela, tendo sido prescrito antitérmico por via oral caso a febre persistisse. No dia 21 de outubro, às 12h, ela foi atendida pela pediatra do Centro de Saúde de Ponta das Canas com os mesmos sintomas, tendo sido administrada dipirona oral, para reduzir a febre. De acordo com o relato médico, “o estado geral da criança era bom e não apresentava sinais de doenças mais graves”. Segundo a nota, “no dia 21 de outubro, às 20h38min, ela retornou à UPA Norte sem alterações mais sérias em seu quadro. No intuito de baixar a temperatura corporal da menina, foi aplicada uma dose de 0,5ml de dipirona no membro inferior. Este medicamento é usado amplamente em pediatria e não apresenta as reações descritas na matéria publicada ontem pelo DC”.

A nota da SMS destaca, ainda, que “o Hospital Universitário possui ala pediátrica, emergência pediátrica e UTI pediátrica e não cabe à Secretaria responder o por que a menina foi transferida para o Hospital Infantil. A Vigilância Epidemiológica de Florianópolis aguarda o relatório final da causa da mostre para se posicionar”. A nota encerra informando “de antemão, que não há possibilidade de ser apontada à morte a aplicação intramuscular de uma dose de 0,5 ml de dipirona feita dia 21 de outubro na UPA Norte”.

gabriela.rovai@diario.com.br

GABRIELA

 


SUS
Paralisação é hoje e por uma hora

O atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais e postos de saúde do Estado ficará suspenso hoje entre as 13h e 14h. Médicos e servidores catarinenses participam de uma mobilização nacional, que reivindica melhores salários, mais investimento no setor e contratação de mais profissionais.

Serão suspensos todos os procedimentos que não sejam de urgência e emergência. Os pacientes com agendamentos para o horário da mobilização serão atendidos com atraso, a partir das 14h. Os servidores pedem a regulamentação de uma emenda 29, que define os recursos a serem repassados para área. Com ela deveriam ir para a saúde 15% do orçamento do município, 12% do Estado e 10% do governo federal.

– Alguns municípios repassam até mais do que isso, Estado fica mais ou menos dentro disso e o governo repassa só 4,6% – ressaltou o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc), Vânio Lisboa.

Ele ainda acrescenta que os valores dos procedimentos feitos pelo SUS estão muito abaixo do que deveriam.

 

 

LIXO HOSPITALAR
Ibama multa importadora

A Império do Forro de Bolso, empresa que importou lixo hospitalar dos EUA, foi multada em R$ 6 milhões pelo Ibama por danos ambientais. O órgão também autuou em R$ 2 milhões a operadora de transporte marítimo Hamburg Süd, que levou a carga até o porto de Suape (PE).

Em contêineres da empresa, fiscais encontraram 46 toneladas de lençóis e fronhas usados com inscrições de hospitais dos EUA. A multa foi dividida entre três lojas da empresa, com R$ 2 milhões para cada: Caruaru e Toritama, além de Santa Cruz – polos da indústria têxtil no interior de Estado. Nas lojas, fiscais encontraram 25 toneladas de lençóis e fronhas. O Ibama também defende que o material apreendido no porto seja devolvido aos EUA.

A medida depende, porém, de acordo entre os dois países. Já a carga apreendida nas lojas não pode ser devolvida, diz o órgão, que estuda incinerá-lo. O dono da Império do Forro de Bolso, Altair Moura, afirmou que não comprou material usado.

– Mandaram mercadoria que eu não comprei – disse.

Moura disse que o material apreendido nas lojas, importado anteriormente, é de tecidos novos e com defeito. A Vigilância Sanitária do Estado aguarda resultados de exames para determinar se o material pode ser considerado lixo hospitalar.

A Hamburg Süd informou que está “surpresa” com a multa e que a responsabilidade por checar o conteúdo declarado é das autoridades.

 

Suape

 

Especial

 


CÂNCER DE MAMA
SC é referência em mamografia

Estado está entre os mais bem servidos em número de equipamentos, segundo o Ministério da Saúde, mas profissionais da área reclamam da falta de estrutura

Todos os dias, quatro catarinenses descobrem que estão com câncer de mama. A boa notícia é que comparando-se com o restante do país, SC está bem na quantidade de um importante aliado para combater a doença: mamógrafo. De acordo com o Ministério da Saúde, o Estado está com todos os 64 equipamentos do SUS em funcionamento. Em estados da região Norte, a falta de uso chega a superar os 50%. Especialistas alertam que ainda falta estrutura no diagnóstico e tratamento em SC. o mamógrafo

O número de mamógrafos no Estado é considerado suficiente, um para cada 96,5 mil habitantes. O Instituto Nacional do Câncer recomenda um aparelho para cada 240 mil. Mas a coordenadora de epidemiologia e controle do câncer do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), Senen Hauff, lembra que os aparelhos precisam funcionar bem.

– Se faz exame mal feito, não adianta. Tem muita mulher que teve câncer e não se conseguiu ver nada no exame.

Para ela, os aparelhos em todo o Estado deveriam passar pela supervisão da Vigilância Sanitária, com padrões técnicos de qualidade, como já acontece em Minas Gerais e na Paraíba. A médica destaca que o câncer é uma doença complexa. Em caso de suspeita, é preciso estrutura para biopsia do que for detectado, além de centros cirúrgicos adequados e acompanhamento posterior.

– No tratamento de câncer, a maior dificuldade, sem dúvida, é centro cirúrgico. As mulheres com câncer esperam por falta de infraestrutura – destaca.

A presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Câncer (Amucc), que tem sede em Florianópolis, Leoni Margarida Simm, concorda que o Estado ainda precisa reduzir a demora para a retirada do câncer e, depois, para a cirurgia de reconstrução de seio.

– Até a retirada, os casos vão ficando mais graves. Quando pego no início pela mamografia e com cirurgia o quanto antes, a chance de cura é maior – conta.

A reconstrução de seio, para Leoni, deve fazer parte do tratamento, pois a baixa autoestima pode reduzir o sistema imunológico e piorar o quadro de câncer. Apesar do que ainda precisa melhorar, a quantidade de mamógrafos e a evolução do tratamento da doença no Estado são comemoradas:

– Eu descobri que tinha câncer em 2001, já em estágio avançado. É importante ver que as pessoas têm mais acesso ao diagnóstico precoce e espero que cada vez mais consigam medicamentos e tratamentos – conta Leoni.

O levantamento do Ministério da Saúde faz parte de um programa do governo federal que prevê o investimento de R$ 4,5 bilhões até 2014 para a redução da mortalidade de mulheres com câncer de colo do útero e de mama.

A Vigilância Sanitária do Estado de SC não retornou as ligações para comentar sobre a manutenção dos mamógrafos. O secretário da Saúde do Estado, Dalmo de Oliveira, informou que desconhece problemas relacionados ao assunto, e que vai se posicionar em breve. Em agosto, o governo estadual anunciou liberação de recursos para um centro cirúrgico no Cepon em janeiro de 2012.

gabrielle.bittelbrun@diario.com.br


CÂNCER DE MAMA
Não deixe para depois

Para combater o câncer de mama falta, além de melhor estrutura em centros de saúde, a conscientização das pessoas. É o que alerta a terapeuta ocupacional do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), Lilian Martins.

De acordo com ela, a chance de cura do câncer de mama é de até 95% quando a doença é diagnosticada precocemente. Mas, as principais atingidas pela doença, as mulheres, acabam deixando a mamografia para depois.

– A mulher tem muito hábito de cuidar das pessoas, de cuidar de tudo e se esquece de cuidar de si – alerta.

– As mulheres acham que não devem fazer o exame porque quem procura, acha. Precisamos reforçar que quem procura, acha e cura mais rápido – defende a presidente da Amucc, Leoni Simm.

A presidente da Amucc lembra que o câncer também atinge os homens e, nesses casos, o preconceito atrapalha, por acharem que é um sinal de falta de masculinidade examinar a mama.

O alerta é que homens com histórico de câncer de mama na família, com alguma característica atípica no mamilo, como caroço ou secreção, devem procurar o serviço de saúde.

Para as mulheres, a recomendação da médica Tânia Souza Silva é a mamografia. Ela aponta que o autoexame pode ser um procedimento complementar, inclusive em mulheres mais jovens.

– A mulher que conhece a própria mama sabe identificar alguma característica diferente na pele, uma retração no mamilo – atenta.

Os médicos ressaltam que nada substitui a necessidade de exames detalhados, como a mamografia, no diagnóstico do câncer.

Para lembrar a importância deste exame, acontece, em todo o mundo, o Outubro Rosa. Em Florianópolis, o movimento, promovido pela Amucc, coloriu a Ponte Hercílio Luz.

 


ARTIGOS
Dia do cirurgião-dentista, por Élito Araújo*

O Brasil é um país paradoxal. Abrigamos centros de excelência em diversas áreas e figuramos entre as maiores economias do mundo. Ao mesmo tempo, milhões de pessoas sofrem com o analfabetismo e outras tantas vivem em situação de calamidade social, ocupando áreas de risco ou com renda insuficiente para morar e se alimentar de forma adequada. Na saúde, não é diferente. Os cirurgiões-dentistas brasileiros têm preparo técnico e contam com equipamentos tão bons quanto os dos melhores centros. Mas, por problemas que parecem arraigados em nossa sociedade, 56% das crianças com até 12 anos ainda têm cáries.

A situação já foi pior: em 2003 o percentual de crianças com cárie superava os 60%. Mas há muito a fazer para melhorar a saúde bucal do brasileiro. E o dentista tem e terá papel preponderante na transformação dessa realidade.

Esse alerta é fundamental no dia de hoje, quando comemoramos o dia do dentista. A data deve ser festejada e utilizada para lembrarmos da importância do trabalho do dentista. O profissional ético, comprometido com a sociedade e o paciente, é essencial no combate a doenças como a cárie, as gengivites, os tumores de boca, entre outras.

Nessa batalha, a prevenção é medida essencial. Por isso, o Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina escolheu a saúde da família como tema central da Semana de Prevenção e Promoção da Saúde Bucal, projeto que acontece em todo o Estado até o dia 29.

Em parceria com diversas entidades da categoria, poder público e instituições de ensino, vamos promover ações voltadas a públicos variados, buscando atingir desde a criança até o idoso. A intenção é combater as doenças da boca e garantir mais e mais sorrisos saudáveis, sinônimos de saúde e alegria. Preservar sorrisos é a missão do cirurgião-dentista.

 

* Presidente do Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina

 

 

 


Governador em exercício visita Instituto de Cardiologia, em São José
Eduardo Pinho Moreira determinou ampliação da UTI da unidade
 Alessandra Oliveira
São José 

Durante visita ao Instituto de Cardiologia de Santa Catarina realizada na manhã desta segunda-feira, 24, Eduardo Pinho Moreira ouviu relatos dos médicos sobre as necessidades de ampliação do número de vagas no local. As instalações anexas ao Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José atualmente contam com são 10 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), quando é necessário o dobro da oferta.

 

Comitiva visitou instalações do Instituto de Cardiologia de São José

Ao final da visita o governador em exercício determinou a abertura de edital de licitação para o projeto de aumento do Instituto. Sobre a necessidade de anestesistas e demais especialistas Moreira garantiu que o concurso público com 596 vagas, a ser realizado em fevereiro de 2012, atenderá tais necessidades. “Estarei envolvido diretamente neste processo”, afirmou Moreira, que é também é cardiologista.

  “As pessoas costumam reclamar do Hospital, das filas e se esquecem de que somos referência no Estado”, defende o médico cardiologista Antônio Felipe Simon. Ele acredita que com a ampliação do número de vagas da UTI a demanda será suprida. “O projeto levará em média cinco meses. Ao final dele teremos muito a comemorar”, diz o médico.

 

 


Pois é  
 
Depois de visitar ontem o Instituto de Cardiologia no Hospital Regional de São José, o governador em exercício Pinho Moreira lembrou que por duas vezes o senador Luiz Henrique ficou trancado no elevador do prédio. Uma delas Moreira estava junto. Não é que depois da inspeção quando descia, o elevador parou novamente? Aconteceu. As autoridades ficaram trancadas, inclusive, Moreira. Ou o elevador não gosta de promessas não cumpridas ou está exigindo reparos e atenção assim como a Saúde.

Determinado
O secretário da Saúde, Dalmo de Oliveira, não vai perdoar a Fahece caso não conclua as obras no Cepom até dezembro. Não gostou da cobrança na demora da liberação de recursos pelo governo do Estado. Disse que a Fundação poderia ter dado início aos trabalhos, pois tem recursos em caixa e a verba oficial estava garantida.