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SAÚDE PÚBLICA
Lições de como evitar o AVC
Idosos do bairro Fátima aprendem sobre a doença e fazem exames

Cerca de 30 idosos do bairro Fátima participaram de uma tarde de conscientização sobre os riscos do AVC, na Igreja São João Batista, na tarde de ontem. A ação é a primeira de uma série de atividades para comemorar o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral, em 29 de outubro. Alunos do Ielusc mediram a dosagem de glicemia e conferiram a pressão arterial dos idosos, que depois tiveram uma palestra com a médica residente de neurologia Ana Paula Gomes.

O bairro Fátima foi escolhido por ter registrado a maior incidência de casos em Joinville, segundo dados de 2005 a 2007. A enfermeira Elisângela Canavarro, do Posto de Saúde do Fátima, conta que já são desenvolvidas atividades de conscientização com os pacientes, mas nem todos têm preocupação com a saúde. “É importante saber que há formas de prevenção”, afirma a enfermeira.

Pedro Martinho Cunha, 73 anos, foi um dos moradores que participou das atividades. Com a pressão e a glicemia estáveis, ele contou que toma remédios para diabetes e, sempre que pode, dá uma volta de bicicleta. Mas, de vez em quando, se deixa levar pelo sedentarismo. “A gente chega a essa idade e tem dor pra tudo quanto é lado. Se deixar, acaba ficando só em casa”, admite Martinho.

Amanhã, ocorre uma caminhada, com concentração em frente à Casa da Cultura, com a distribuição de camisetas e folhetos explicativos. Na abertura do jogo do JEC contra o Chapecoense, a equipe entrará em campo com a camiseta da campanha em campo e fará um minuto de silêncio pelas vítimas do AVC.

 País


TRANSPLANTES
Médicos são condenados em Taubaté

A Justiça decidiu na noite de quinta-feira condenar a 17 anos e seis meses de prisão os médicos Rui Noronha Sacramento, Mariano Fiore Júnior e Pedro Henrique Masjuan Torrecillas. Os três foram denunciados por retirar órgãos de pacientes que ainda apresentavam sinais vitais, na década de 1980, no interior de São Paulo.

As informações são do Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão foi proferida depois de mais de 40 horas de julgamento, no Fórum de Taubaté, no Vale do Paraíba. Sacramento, Fiore Júnior e Torrecillas terão de cumprir a pena inicialmente em regime fechado. Mas os réus podem recorrer da decisão em liberdade.

O quarto denunciado por envolvimento no caso, o médico Antônio Aurélio de Carvalho Monteiro, morreu no ano passado. O julgamento dos médicos foi presidido pelo juiz Marco Antonio Montemor e o Conselho de Sentença (o júri) foi formado por quatro mulheres e três homens. A acusação é feita pelo promotor de Justiça Mário Augusto Friggi de Carvalho.

   

ARTIGO
Reflexões de um jovem médico, por Humberto Thormann Bez Batti*

Apesar de quase 21 anos percorrendo este magnífico caminho que é o exercício da arte de curar, considero-me bastante jovem: quanto mais aprendo, mais vejo que existe muito mais a ser aprendido. Na semana em que comemoramos o Dia do Médico, me permito uma viagem sobre como seria o médico ideal.

Teria pés nem pequenos demais (para ser ágil no exercício da profissão) nem grandes demais (para não ser espalhafatoso e barulhento). Pernas fortes como troncos de carvalho, para aguentar jornadas duplas ou triplas de trabalho, a maior parte do tempo em pé. Tronco e abdome firmes, pois aprendeu que todos os excessos devem ser deixados para trás. Braços fortes e suaves: fortes para brigar pelos direitos fundamentais tão esquecidos dos nossos pacientes e suaves para abrigar e ninar seus filhos. Sim, se você não sabe, os médicos são seres humanos, têm famílias, gostam de passar o Natal junto de seus entes queridos, necessitam de tempo também para ver seus filhos crescerem.

Coração gigante, que possa nutrir empatia por seus pacientes, sem que a emotividade prejudique seu raciocínio. Pulmões grandes como foles, para poder aspirar o perfume da grama, das flores na primavera, do cheiro dos bebês; assim não endurecerá, relembrando toda manhã que a vida nada mais é do que um belo poema. Voz profunda e clara, para se fazer ouvir na algazarra que é a correria nos dias de hoje; gostosa o suficiente para dar boas gargalhadas, principalmente de si mesmo. Olhos sagazes para poder ver além das aparências. Ouvidos gigantes, pois aprendeu que o mais importante é ouvir do que falar. Saúde quase de ferro. Para poder aguentar o estresse da profissão, mas que permita que algumas vezes fique doente. Assim, terá a oportunidade de provar do amargo tônico que são as doenças, que, em vez de inimigas, são professoras. Médicos se tornando pacientes é a maior escola de humanidade que já presenciei.

Memória de elefante para recordar dos milhares de histórias de vida que teve o privilégio de escutar e participar, enriquecendo assim a sua própria jornada. Lembrar dos sorrisos que plantou, que é o que levamos desta vida, e das lágrimas que enxugou, pois faz parte da nossa missão. Espírito de cavalheiro, que não permite que ninguém se ajoelhe diante de si, pois sabe que não é melhor do que ninguém, e não se abaixe perante outros, pois sabe também que ninguém é melhor do que ele. plástico, professor de medicina e mestre em saúde e meio ambiente

bezbatti@terra.com.br

*cirurgião

 

 


No dia 15
Dando tudo certo, a liberação do pacote de R$ 40 milhões ainda leva mais um tempinho. Colombo disse ontem que estará em Joinville no dia 15 para assinar a ordem de serviço do binário do Vila Nova, a principal obra do financiamento.


Para o hospital
Em Jaraguá do Sul, onde as sobras da Câmara são chamadas pelo nome certo, “sobras”, e não “economia”, como acontece em Joinville, o R$ 1 milhão remanescente vai para o Hospital Jaraguá. O orçamento de Jaraguá reservou R$ 9,8 milhões para a Câmara em 2011. Em Joinville, parte das sobras foram para a saúde, como consultas.

 

 


SURTO DE MENINGITE
Cinco casos na mesma escola
Direção não vai acatar o fechamento da instituição, mesmo com recomendação de equipe médica


A equipe médica que trata os cinco pacientes com meningite viral em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense, recomendou que a escola onde eles estudam suspendesse as aulas durante toda a próxima semana. Conforme a direção do Centro de Educação Infantil Girassol, a sugestão não será acatada e as atividades voltam ao normal na segunda-feira.

Para os médicos, a paralisação temporária das aulas seria justificada porque, embora todo o ambiente e os materiais tenham sido higienizados, há possibilidade de o vírus da doença ficar incubado no local por até 15 dias. Ele pode estar presente, por exemplo, nas maçanetas de portas e nos bebedouros, ambos de utilização comum.

Segundo o neurologista Jean Ragnini, que acompanha três dos pacientes infectados, embora não haja relação entre todos os casos, os alunos do Girassol teriam participado de eventos na escola, com aglomeração de pessoas, há cerca de duas semanas.

Essa é uma das possibilidades da infecção coletiva. De lá para cá, o tempo para apresentar os sintomas da doença é relacionado à imunidade de cada um. Por conta disso, os demais estudantes também serão monitorados nos próximos dias.

Os cinco que estão em tratamento têm entre dois e nove anos e passam bem, segundo o médico. Todos estão internados no Hospital São Miguel, em Joaçaba, e já passaram pela fase mais crítica da doença. O diagnóstico da meningite só é possível através da retirada de líquido da espinha.

– A doença demora de sete a 15 dias para ser tratada, o mesmo tempo que o vírus fica incubado. Para confirmar a cura, é necessária nova análise do líquido espinhal – explica Ragnini. A direção do Centro de Educação Infantil Girassol não deve mais se pronunciar sobre os casos.

Mutirão para orientar na prevenção da doença

Além das orientações repassadas pelos médicos, a Secretaria Municipal de Saúde também percorre as demais escolas para ensinar sobre a prevenção da doença. Como os casos estão concentrados em uma única escola, o foco está direcionado para ela.

Segundo a enfermeira Paula Kleber, processos de higienização específicos à meningite não são necessários onde não há registro do vírus.

– Nas demais escolas foram feitos serviços de orientação. Não são necessários processos de desinfecção, pois todas mantêm higiene permanente – diz.

 

daisy.trombetta@diario.com.br

Reforço Higiene

- Na maior escola estadual de Joaçaba, o Colégio Celso Ramos, foram providenciadas doses extras de sabonete e de álcool gel. Os ambientes estão ventilados e os alunos sendo orientados e higienizar as mãos sempre que forem ao banheiro ou consumirem algum alimento.

- Conforme Fátima Pincegher, assessora da direção, nem os alunos e nem os pais estão em pânico por conta dos cinco casos confirmados da doença. A justificativa para a calmaria seria o fato de que o foco está concentrado, por enquanto, em uma única escola. Reforço na higiene

As orientações para evitar a doença são as mesmas que impedem o vírus H1N1.

- lavar as mãos com água e sabão

- usar álcool gel

- utilizar um lenço na hora de tossir

- manter os locais arejados


DAISY TROMBETTA | Joaçaba

  


MATERIAL HOSPITALAR

Enxovais com a identificação da Secretaria de Saúde de Santa Catarina e do Centro Hospitalar Unimed Joinville foram localizados em loja de tecidos em Teresina. A secretaria e a Unimed afirmaram que não comercializam materiais hospitalares e estão investigando a procedência.

A Secretaria de Saúde explicou que os enxovais usados são todos retalhados e reaproveitados dentro das próprias unidades para limpeza do chão. A secretaria está investigando como os lençóis foram parar na loja em Teresina.

O Centro Hospitalar Unimed Joinville afirmou que os materiais utilizados na instituição são confeccionados e comprados de empresas qualificadas que passam por avaliações e auditorias. A Unimed também investiga a procedência do material encontrado à venda.

 

 

Colunista Cacau Menezes

 

Parece piada
Emergência do Hospital Celso Ramos, que estava em reforma desde o início do ano e foi reinaugurada nesta quinta, não resistiu à tempestade que caiu à noite e ficou totalmente alagada.

 

 

 

Depois de receber o comando do Estado das mãos de Raimundo Colombo, ontem, às 21h30min, no hangar do governo, Pinho Moreira programa a primeira visita na segunda-feira ao Centro de Cardiologia do Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis.

 

 
SAÚDE
Mau hálito
Aprenda a identificar e prevenir este incômodo que afeta a vida social

A situação pode ser considerada uma unanimidade: conversar de perto com alguém que tem mau hálito é algo extremamente desagradável. O problema, porém, afeta quem nem desconfia que o tem. Não há dados exatos, mas estima-se que 25% da população convive com o problema permanentemente – o que acaba afetando as relações pessoais e profissionais.

Apesar de ser atribuída a uma dezena de fatores – desde estresse até doenças do aparelho digestivo –, cerca de 90% dos casos de halitose têm origem na cavidade bucal.

– Distúrbios nas vias aéreas superiores, metabólicos, hormonais, hepáticos, renais e até mesmo hipovitaminoses devem ser levados em consideração no diagnóstico da halitose. Entretanto, o que geralmente encontramos são infecções periodontais, inflamação gengival, próteses mal adaptadas e, principalmente, desvios de padrão salivar que – juntos ou não – culminam no indesejável mau hálito – explica Celi Vieira, cirurgiã-dentista que coordenará o Fórum Fatos e Mitos sobre Halitose no próximo Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, em janeiro, promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD).

O cirurgião-dentista é o profissional mais indicado a diagnosticar o problema, apresentando ao paciente as possíveis causas e tratamentos.

– O mau hálito provoca constrangimento social. Até mesmo quem tem intimidade com o paciente evita falar abertamente sobre o assunto, o que posterga a solução do problema – afirma Celi.

 

Capriche na higiene bucal

> Escove bem os dentes após as refeições e use escova interdentária, fio ou fita dental. Isso evita a proliferação das bactérias, causadoras de cárie, doenças periodontais e halitose. Bochechos com produtos específicos também ajudam
> Higienize bem a língua. Quando a crosta esbranquiçada que reveste a parte superior da língua for espessa, use um limpador apropriado para removê-la. Quando for fina ou invisível, limpe o dorso da língua com gaze, sem forçar
> Evite balas e gomas de mascar para mascarar o mau hálito. Isso acaba piorando o quadro, podendo haver desdobramentos na saúde
> Beba muita água e evite bebidas com alto teor de cafeína, como café e chá-preto
> Inclua vegetais crus à sua alimentação (cenoura, pepino e erva-doce) e mais frutas
> Recorra ao dentista para avaliar as condições de saúde das estruturas de suporte dos seus dentes
> Ele fará descontaminação criteriosa a cada seis meses, além de identificar lesões de cárie e infecções periodontais
Faça seu teste
Maurício Duarte da Conceição, membro da Associação Brasileira de Halitose, diz que existem diferentes níveis de severidade do mau hálito, que vão de 0 (ausência de odor) a cinco (halitose severa, quando o odor é percebido em todo o ambiente e é muito difícil de ser tolerado). O nível 1 é dificilmente percebido. Já o 2 é notado ao soprar ou expirar a uma distância de 30 centímetros. Já o nível 3 é quando o odor pode ser percebido a cerca de 30 centímetros. O de nível 4 pode ser sentido a um metro de distância

 

 

SAÚDE
Urologista palestra em Biguaçu

Neste dia 3, quinta-feira, a Secretaria de Saúde de Biguaçu vai promover uma palestra gratuita com o tema Saúde do Homem, a partir das 19h, no auditório da Univali campus A, localizado na Rua Patrício Antônio Teixeira, 317, Jardim Carandaí. O palestrante é o urologista e professor de Medicina da UFSC Ivam Moritz Martins da Silva. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas na unidade de saúde de cada bairro, até o dia 28.

 

 

SAÚDE
Pesquisa sobre redução de dor

Estudo feito na Uni- vali aponta que a prática de exercícios físicos pode reduzir até 45% a dor de quem sofreu lesão no plexo braquial (fibras nervosas sensoriais e motoras que inervam partes do braço e antebraço). A ruptura desses nervos é comum em acidentes automobilísticos, com alta incidência de dores crônicas, hoje sem cura, e severas consequências, como perda de movimentos, aumento nas sensibilidades térmica e mecânica e perda da capacidade de pressão da mão.

A pesquisa coordenada pela professora Nara Lins Meira Quintão, fisioterapeuta e doutora em Farmacologia, observou a rotina de ratos incentivados a nadar.

Eles analisaram três grupos: um que praticou exercício antes da lesão, outro que se exercitou depois e um que nadou antes e depois da operação. Todos tiveram melhora, mas o grupo que fez atividade física antes e após a cirurgia apresentou melhores resultados.

 


OBESIDADE
Enquanto o milagre não chega
Especialistas recomendam cautela diante das novidades anunciadas para perder peso

Mais da metade da população adulta brasileira está acima do peso. Rechonchuda parcela sonha com a pílula da saciedade, para emagrecer sem sofrimento. A notícia boa é que esse dia pode estar próximo. Em meio à polêmica proibição dos anorexígenos (remédios que inibem a fome) e da sibutramina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), surgiu o Victosa, cujo princípio ativo é a liraglutida. Há três meses no país, a liraglutida é indicada para quem sofre de diabetes 2. Seu funcionamento no organismo foi comparado a um milagre, pois a substância contribui para aumentar a sensação de saciedade e reduzir a fome. Atua no trato digestivo, reduzindo o esvaziamento gástrico e a mobilidade intestinal – o que também aumenta a saciedade.

Assim, quem usa o medicamento perde peso porque come menos. E perde bastante: cerca de sete quilos, em média, em apenas cinco meses.

Antes de correr para a farmácia, muita calma: a Anvisa e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) alertam que o uso do remédio por pessoas que não têm diabetes pode acarretar em sintomas como hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia, além de outros riscos, como pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireoide.

– Isso ocorreu com o rimonabanto (Acomplia), a pílula da barriga. Temos que ter paciência e bom senso – alerta Rosana Radominski, presidente da Abeso.

"USO DO REMÉDIO POR PESSOAS QUE NÃO TÊM DIABETES PODE ACARRETAR RISCOS PARA A SAÚDE"

  


OBESIDADE
Balão intragástrico é opção

O cirurgião José Afonso Sallet, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, enfatiza que o problema da obesidade ganha proporções cada vez mais elevadas em virtude não apenas da imposição da vida moderna a hábitos cada vez menos saudáveis, mas pela dificuldade que os indivíduos têm de aderir a práticas regulares de controle do peso.

– A estatística da população que tenta, mais de uma vez, seguir um programa para emagrecer é superior a 80% de insucesso. Estímulo real e acompanhamento multidisciplinar são fundamentais – diz o especialista.

Ele defende o uso do balão intragástrico (Orbera) como opção para emagrecer.

– Com esse dispositivo, queremos atender à população com sobrepeso, que não responde ao tratamento medicamentoso nem a dietas restritivas, que não quer se submeter a um procedimento cirúrgico e seus riscos, ou não atinge a faixa de peso indicada para a cirurgia ba- riátrica, por exemplo.

A endocrinologista do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de SP, Kátia Seidenberger, diz que o método é mais uma opção.

– Um meio menos invasivo e não medicamentoso, o que é muito importante, pois há pacientes que não se adaptam a tratamento com remédios ou não estão aptos ou dispostos a se submeter a cirurgia bariátrica – comenta.

A chave do sucesso, segundo os especialistas, está no tratamento multidisciplinar, no qual o paciente é trabalhado física e mentalmente para mudar hábitos, sem prejudicar a absorção dos nutrientes pelo organismo, ao contrário dos procedimentos cirúrgicos.

– É o sistema em que ele está integrado que faz com que a perda de peso não seja momentânea, mas que mude o estilo de vida – diz Sallet.

 

VIVIANE BEVILACQUA *
Como funciona
> O dispositivo Orbera (balão) é inserido vazio no estômago do paciente através de endoscopia, em ambiente hospitalar ou clínico, sob sedação.
> O balão é preenchido com soro e azul de metileno, tendo todo o procedimento duração média de 20 minutos.
> Dentro do estômago, o Orbera proporciona a sensação de saciedade, tanto pelo volume ocupado quanto pelo lugar em que é posicionado.
> Sua permanência no estômago é de até seis meses, tempo em que o paciente perde, em média, 12% do peso inicial. Caso o nível de obesidade seja muito elevado, pode-se inserir novo balão no intervalo de um mês após a retirada do primeiro.
> Aprovado no Canadá, na Austrália e na Espanha, o Orbera vem sendo apontado como importante opção para o tratamento do sobrepeso e da obesidade, por ser um método reversível e com alto índice de segurança e sucesso.

 

 

OBESIDADE
Pesquisa comprova eficácia

Estudo brasileiro do médico José Afonso Sallet publicado na revista Obesity Surgery, feito com 573 pacientes portadores de sobrepeso, mostrou que após seis meses de tratamento com o balão Orbera os pacientes apresentaram 48% de perda do excesso de peso inicial e uma redução de 5,3% nos índices de massa corpórea.

– Os pacientes seguiram um plano alimentar de mil kcal/dia e tiveram acompanhamento multidisciplinar com preparadores físicos, nutricionistas, endocrinologistas, psicólogos e psiquiatras.

– Na avaliação, 85% dos pacientes tiveram bons resultados. Após um e dois anos da retirada do balão, os pacientes tiveram quatro a cinco vezes melhores resultados quando comparados àqueles em tratamento clínico.

* Repórter viajou a São Paulo a convite da Allergan

"A ESTATÍSTICA DA POPULAÇÃO QUE TENTA PERDER PESO É DE 80% DE INSUCESSO"

 


OBESIDADE
Emagreça sua cabeça

De acordo com a psicóloga especialista em terapia comportamental-cognitiva pela USP e transtornos alimentares pela Unifesp Marilice Rubbo de Carvalho, a ansiedade é apontada como grande vilã para a obesidade, mas a questão é – frequentemente – mais complexa, e não somente pela ansiedade e, sim, por outros transtornos muito mais profundos.

– Sentimentos como tristeza, raiva e frustração têm bases em históricos particulares que levam o indivíduo a buscar uma fuga no alimento – relata Marilice.

Dessa forma, se a mente do obeso não for especialmente trabalhada, as terapias externas, como dietas, reeducação alimentar e atividade física, se tornam mais difíceis para a redução definitiva de peso.

– É algo que parece simples, mas não é, e costuma ser negligenciado até mesmo por especialistas em obesidade – declara.

Marilice destaca o uso cada vez maior da terapia comportamental-cognitiva para este fim, cuja técnica auxilia na perda e controle de peso através da modificação de pensamentos disfuncionais associados aos hábitos do paciente, como o aprendizado sobre seu comportamento alimentar e entendimento dos sentimentos e pensamentos que o levam a comer.

A terapia tem ainda como objetivo gerenciar as emoções do paciente, como melhorar sua autoestima, reforçar e motivar a importância das mudanças de hábitos, reações de estresse, ansiedade e compulsão alimentar.

A importância desta terapia não é somente para aqueles que desejam mudar de comportamento e entender sua relação com a obesidade, mas também para os pacientes que recorrem às cirurgias de redução de estômago, colocação de balão intragástrico e aos medicamentos inibidores de apetite.

– É essencial que antes de iniciar essas terapias o paciente realize um profundo trabalho psicológico para se preparar para uma mudança na alimentação posterior a estes procedimentos e manter toda a programação necessária para a manutenção do peso perdido – explica a psicóloga Marilice Rubbo de Carvalho.

"É ALGO NEGLIGENCIADO ATÉ MESMO POR ESPECIALISTAS"


 
OBESIDADE
Ouça o nutricionista

Educar a alimentação de terceiros não é tarefa fácil. Isso porque, por trás de hábitos alimentares que precisam ser modificados em prol da saúde, existem seres humanos arraigados aos mais diversificados costumes culturais, sociais e padrões comportamentais. E, em um cenário de obesidade crescente, o nutricionista ganha importância ainda maior frente à população que precisa emagrecer e com a nova geração junk food, que precisa ser educada para não engordar e aumentar as estatísticas alarmantes que temos atualmente.

Segundo a nutricionista especialista em obesidade e membro da Comissão das Especialidades Médicas Associadas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (Coesas), Margareth Arruda, é preciso trabalhar fundamentalmente na prevenção da obesidade, envolvendo a família, a sociedade e a indústria alimentícia para um novo padrão alimentar.

– Com o desenvolvimento da sociedade e das transformações da rotina gerada por ela, os hábitos saudáveis foram substituídos por “fórmulas” mais práticas e geralmente perigosas à saúde, em longo prazo – explica Margareth.

Para os que já estão no sobrepeso, a especialista ressalta que antes de traçar qualquer plano nutricional, é necessário se valer do máximo de recursos possíveis para a identificação da causa do excesso de peso, que vai além da avaliação de peso, altura e relação cintura/quadril.

– A porcentagem de gordura e massa magra, alergias ou intolerâncias alimentares, preferências e aversões aos alimentos, transtornos alimentares, horário e tipo de refeição ingerida e patologias relacionadas à alimentação devem ser minuciosamente checados – relata.

"É NECESSÁRIO IDENTIFICAR A CAUSA DO EXCESSO DE PESO"

 

Dicas para a reeducação alimentar
> Comer de três em três horas para acelerar o metabolismo
> Comer em pouca quantidade (volume
e calorias)
> Não pular refeições. Existem muitas pessoas que não tomam café da manhã ou não jantam, acreditando que isso irá ajudar no emagrecimento, mas o que acontece, muitas vezes, é o contrário
> Evitar alimentos obesogênicos: gorduras, açúcares e sal (sódio)
> Evitar ingerir glúten
> Aumentar a ingestão de legumes, verduras e frutas
> Não consumir alimentos dietéticos (porque esses são voltados para pessoas com restrições de açúcar), mas sim consumir alimentos lights
> Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, porque possuem alto teor de açúcares ou carboidratos simples
> Evitar a ingestão de refrigerantes
> Não ingerir líquidos durante, uma hora antes e uma hora depois de cada refeição
Alimentos que ajudam a acelerar
o emagrecimento
> Água de coco
> Suco de soja
> Água gelada
> Chá-verde
> Chá branco
> Chá vermelho
> Leite desnatado
> Derivados de leite em versão
desnatada ou light
> Pimenta
> Canela
> Algas
> Queijo cotage
> Verduras de folhas verdes escuras
> Frutas, verduras e legumes de cores roxa e amarela
> Peixes
> Linhaça
> Aveia
> Acerola
> Melancia
> Melão
> Maçã
> Chuchu
> Abobrinha
> Damasco
> Kiwi
> Pimentões
> Gengibre
> Vinagre de maçã
> Alho
> Azeite de oliva extravirgem
Trocas inteligentes que favorecem o emagrecimento
> Sorvetes por picolés de frutas > Sal a gosto por pouco sal e orégano
> Carboidratos refinados (massas brancas em geral) por carboidratos integrais (massas integrais em geral) > Óleo de soja por óleo de algodão > Açúcar por adoçante
Alimentos que devem ser evitados
> Embutidos (mortadela, salsicha, hambúrguer, linguiça, etc)
> Frituras
> Doces
> Queijos amarelos
> Carnes gordurosas/gordas
> Massas gordurosas (folhados, tortas)
> Sopas prontas
> Temperos industrializados
> Molhos em geral
> Maionese
> Mais que uma unidade de ovo ao dia
> Junk food
Fonte: Margareth Arruda
Especialista em obesidade | Membro da Comissão das Especialidades Médicas Associadas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (Coesas) | Pós-graduada em Nutrição Clínica e Humana | Nutricionista e Gestora Geral do Instituto de Medicina Sallet.

  


NUTRIÇÃO
Os ladrões do cálcio
Saiba o que mudar na sua alimentação para absorver melhor este importante mineral, ainda pouco consumido no Brasil

Responsável por diversas funções biológicas – como crescimento e desenvolvimento, contração muscular e formação óssea –, o cálcio ainda é pouco consumido pelos brasileiros. E são as mulheres as mais prejudicadas, sobretudo em função da menopausa, fase em que o risco de desenvolver osteoporose é bem mais alto. De acordo com o estudo The Brazilian Osteoporosis (2010), nove em cada 10 brasileiras acima dos 40 anos podem não consumir a quantidade de cálcio que o corpo necessita, ingerindo cerca de 390 miligramas diários, que representam apenas 39% das recomendações. No total, 99% da população incluída na pesquisa não consome a quantidade adequada deste mineral.

De acordo com estudos recentes realizados pela Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, um dos grandes problemas é que a população brasileira está substituindo o consumo de bebidas lácteas por refrigerantes. O estudo demonstrou um aumento de 36% no consumo de leite e derivados, enquanto o de refrigerante obteve um crescimento de 400%.

Porém, segundo especialistas, a simples presença de um nutriente na dieta não garante sua total utilização pelas células. Saber combinar alimentos durante as refeições é de extrema importância para a absorção adequada desses nutrientes pelo organismo. O mesmo ocorre com o cálcio: ele é encontrado em diversos alimentos e sua fixação pode ser potencializada na interação com outros nutrientes. Por exemplo, a vitamina D contribui para sua absorção no intestino e diminui a sua eliminação pelos rins.

– A melhor fonte de vitamina D é o óleo de fígado de peixe. Em seguida, estão o fígado de boi, a manteiga e a gema do ovo. No entanto, uma forma de se obter a vitamina D naturalmente é através da exposição aos raios ultravioletas da luz solar – explica a nutricionista Beatriz Botéquio.

Outra recomendação é ficar atento aos alimentos que contribuem para uma maior perda de cálcio, como proteínas em excesso, pois ela aumenta a excreção urinária de cálcio. Dietas com quantidades dobradas de proteínas e aminoácidos podem aumentar em 50% a eliminação do nutriente pela urina. O consumo de sal também deve ser avaliado, já que sódio demais no organismo está associado à maior eliminação do mineral.

 


NUTRIÇÃO
Osteoporose afeta 10 milhões

A osteoporose já é considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com dados da organização, a doença atinge mais de 75 milhões de pessoas na Europa, no Japão e nos EUA, causando mais de 2,3 milhões de fraturas anualmente na Europa e nos EUA. Pelo menos 10 milhões de brasileiros têm a doença e as mulheres são as que mais sofrem. Na proporção, para cada homem, 10 mulheres são diagnosticadas com osteoporose.

A doença caracteriza-se pela diminuição progressiva da massa óssea, que pode levar ao aumento da fragilidade do esqueleto humano e do risco de fraturas. De acordo com Alfeu Accorsi Neto, ginecologista pela Escola Paulista de Medicina e representante da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo, as causas são variadas e dentre elas estão a alta reabsorção óssea, decorrente da osteoporose pós-menopausa, geralmente em mulheres a partir dos 50 anos. Outra é a de uma formação óssea diminuída – a osteoporose senil, que é mais frequente em mulheres idosas, a partir dos 70 anos, e nos homens a partir dos 65 anos.

Fumo, histórico familiar, baixa estatura e baixo peso, vida sedentária e dietas restritivas também são fatores intimamente ligados à doença.

  


NUTRIÇÃO
Estrias: efeito das dietas desequilibradas no corpo

A busca pelo corpo perfeito é quase uma obsessão e fascina mulheres de todas as idades. Porém, as constantes variações de peso podem trazer problemas para a pele e para o organismo como um todo. Um dos principais problemas de quem engorda e emagrece rapidamente são as estrias, que ocorrem devido ao estiramento da pele, provocado pelo excesso de peso.

– Estrias, apesar de muito comuns entre as mulheres, mesmo entre aquelas que estão no peso ideal, não são fáceis de tratar. Requerem cuidados como o uso de cremes hidratantes que contêm ácidos, sendo o mais eficaz o ácido retinoico. Porém, os que mais trazem resultados satisfatórios são os tratamentos à base se laser – explica a dermatologista Juliana Lucas de Andrade.

Além das estrias, a celulite também causa desconforto para quem está acima do peso. Alimentação balan- ceada, boa ingestão diária de água, atividade física regular, drenagem linfática, entre outros hábitos saudáveis, são cuidados fundamentais para combatê-la. O famoso efeito sanfona só pode ser evitado com uma dieta balanceada, que inclua todos os nutrientes de que o organismo precisa. Pele, unhas e cabelos são os primeiros a avisar quando algo não vai bem.

  

 

NUTRIÇÃO
Aprenda como evitar

Evitar estrias, celulite e flacidez não é fácil, mas possível. Dietas que eliminam um grupo alimentar podem levar à carência nutricional, ocasionando deficiências de vitaminas e minerais. Um bom exemplo é a famosa dieta da proteína, na qual os carboidratos são eliminados. Sem eles, o corpo perde sua principal fonte de energia, o que pode levar à redução de massa muscular. A pessoa pode até emagrecer, mas a flacidez da pele pode piorar, como explica o endocrinologista Filippo Pedrinola.

A dieta ideal, segundo ele, é a que propõe reeducação alimentar e na qual se perde entre, por exemplo, meio quilo e um quilo por semana. A alimentação deve ser rica em proteínas, vitamina C e água para estimular a produção de colágeno. Evite o consumo de alimentos industrializados, gordurosos, açucarados e carboidratos com alto índice glicêmico. Consuma alimentos integrais, frutas, verduras e legumes – ricos em fibras, vitaminas e minerais.

Evite enlatados, que contêm conservantes e alto teor de sódio. Essas substâncias propiciam retenção de líquidos, que podem aumentar o problema da celulite. A lactose (açúcar do leite) também pode exercer esse papel, devendo ser consumida com moderação. Prefira iogurtes e queijos que tenham teor de lactose diminuído. Também é importante reduzir gorduras, pois elas contribuem para o aumento de células do tecido adiposo, extremamente relacionado com a celulite.