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No Hospital Infantil
O atraso nos pagamentos de parte dos médicos do Hospital Infantil de Joinville levou o presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina, Ricardo Polli, a conversar com Dalmo Claro. O secretário estadual da Saúde diz que até o final do mês tudo está resolvido.


Renegociação
O atraso ocorreu porque o contrato da organização social responsável pela gestão do Infantil estava em renegociação com o Estado. A SJM vai tentar que parte das reservas da OS seja usada no pagamento dos médicos.

  

Em torno de 20% dos atendimentos do Hospital Infantil de Joinville são de pacientes com planos. No caso, dependentes. O hospital não atende a convênios, mas faz os atendimentos a quem quer que seja pelo SUS, tenha ou não plano.

 


HOSPITAL DE BIGUAÇU
Interdição da obra completa um mês
As 112 irregularidades apontadas pela Anvisa impedem retomada do trabalho

O embargo da obra do Hospital Regional de Biguaçu, que completou um mês ontem, parece longe de chegar ao fim. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que o projeto da unidade fere as normas que regulamentam este tipo de edificação.

Segundo a agência, há 112 irregularidades no projeto, entre eles problemas na UTI neonatal. Para a Anvisa, o hospital, que seria inaugurado em dezembro, terá que ser reformado para se adaptar. Enquanto o problema não for resolvido, não há data para a retomada das obras.

A Secretaria da Saúde de Biguaçu busca uma solução junto à Organização Mundial da Família (OMF), responsável técnica pela projeto, que garante: o hospital está totalmente de acordo com as resoluções da Anvisa.

A diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Raquel Bittencourt, que representa a Anvisa, afirma que as soluções para as irregularidades são complexas e precisam ser encaminhadas em conjunto com o órgão estadual e os responsáveis pelo projeto.

– A obra foi executada conforme o projeto, que tem inconformidades.

Segundo a diretora, o Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, passou pela mesma situação e, por causa do grande número de problemas técnicos, demorou muito mais do que o previsto para entrar em funcionamento.

– Foram três anos para resolver e eles inauguraram com correções a serem feitas. Os erros precisam ser corrigidos no projeto e na obra. Se fosse só uma questão de papéis, a gente não teria interditado o hospital.

O secretário de Saúde de Biguaçu, Leandro Adriano de Barros, espera esclarecimentos da OMF, que rebateu as irregularidades apontadas.

– Nós esperamos que eles alterem o que for necessário ou justifiquem legalmente se não forem mudar– diz.

Ele garante que o município não terá ônus em eventuais adaptações.

– A OMF vai ter que arcar com todas as despesas. Eles têm a responsabilidade técnica. Se não resolverem o problema, a gente vai resolver com recursos do município e cobrar o ressarcimento na Justiça.

 

Biguaçu

 

MENINGITE
Doença já é considerada surto em Joaçaba

A meningite viral já é considerada um surto em Joaçaba, no Meio-Oeste do Estado. Entre os quatro casos confirmados até agora, duas vítimas são da mesma família. Todos estudam no Centro de Educação Infantil (CEI) Girassol e estão internados, mas passam bem.

Um menino que contraiu a doença tem sete anos e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Miguel. Ele não corre risco e deve ser transferido para o quarto nos próximos dias.

As aulas no Girassol estão suspensas até a próxima segunda-feira, por precaução. Conforme a enfermeira Cleci Lucini, da 7a Gerência Regional de Saúde de Joaçaba, não há motivos para que os alunos deixem de comparecer à escola.

Segundo ela, o contágio da meningite viral é semelhante ao de uma gripe, e pode ocorrer em qualquer lugar, se não houver cuidados básicos. A transmissão da meningite bacteriana, a mais perigosa, não ocorre no município há cerca de quatro anos.

– Não há registro de outros casos da doença em Joaçaba, além dos quatro estudantes. Mas, nessa época de calor, a meningite é comum – diz.

Cleci salienta que não há vacina que possa combater a meningite viral, o tipo mais comum e menos perigoso da doença. Para evitar o tipo bacteriano, todas as crianças são imunizadas no primeiro ano de vida.

A Gerência Regional de Saúde deve monitorar todos os alunos do Girassol por um período de 10 dias, para ver se mais alguém desenvolve os sintomas. A direção do estabelecimento já providenciou a higienização dos ambientes e dos materiais.

Além disso, a Vigilância Epidemiológica fez testes com a água do CEI, que pode influenciar na transmissão, mas não achou irregularidades. TROMBETTA | Joaçaba

daisy.trombetta@diario.com.br

DAISY

 

 

 


Roupas de cama usadas com logomarca da Secretaria de Saúde do Estado são vendidas a quilo no Piauí
Reportagem da Folha de S. Paulo encontrou lençóis em lojas de Teresina. Comercialização de material hospitalar é proibida, diz Anvisa
Marcelo Tolentino

Florianópolis 

Roupas de cama usadas e com as inscrições da Secretaria de Estado da Saúde, do Hospital São José e Maternidade Chiquinha Gallotti, em Tijucas, e do Centro Hospitalar Unimed Joinville, são vendidas em lojas de tecidos de Teresinha, no Piauí.  Segundo reportagem da "Folha de S. Paulo", publicada nessa quinta-feira (20), lençóis e fronhas foram encontrados nesses estabelecimentos com logomarcas de 16 instituições de saúde do País. “Você quer de hotel, motel ou hospital?”, perguntou à "Folha" um vendedor da loja Capital dos Retalhos.

A reportagem do jornal paulista comprou sete quilos de roupa de cama (por R$ 18,00 cada). O material, que era vendido junto a outros tecidos sem logomarcas, é considerado lixo hospitalar após o descarte e precisa ter destinação específica se usado continuadamente por instituições de saúde.

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a comercialização de materiais do gênero é proibida e pode trazer riscos à saúde, segundo médicos. Outros casos semelhantes ocorreram em outros Estados como Pernambuco, onde um morador olhou no bolso da calça e viu o carimbo do Hospital São Lucas, de Belo Horizonte. Na Paraíba, um motorista comprou um lençol de um vendedor ambulante com a marca de um hospital americano.

Multa pode chegar a R$ 1,5 milhão

Embora a Secretaria de Estado da Saúde e o Hospital São José aleguem que precisam aguardar notificação da Anvisa e da Vigilância Sanitária do Estado para instaurarem procedimento de investigação, a agência informou que as instituições têm autonomia para tomar medidas. De acordo com a agência, o descarte de resíduos hospitalares é regulamentado desde 2004. As unidades de saúde que não cumprirem a norma estão cometendo infração sanitária e estão sujeitas a penalidades -podem pagar multas de até R$ 1,5 milhão.

No caso específico de lençóis, a Anvisa orienta os hospitais a higienizar os produtos. Segundo a agência, quando devidamente processados, lençóis usados em hospitais não representam risco para a saúde da população. Do contrário, o material deve ser descartado.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que as instituições da rede costumam reaproveitar os lençóis como material de limpeza. Mesma resposta do Hospital São José e Maternidade Chiquinha Gallotti, de Tijucas.

 

Florianópolis 

Enfim, a emergência do Hospital Celso Ramos foi reaberta à população às 18 horas de ontem. Em obras desde abril do ano passado, a meta do governo com o investimento de R$2,4 milhões era suprir a demanda dos mais de sete mil pacientes que chegam à unidade todos os meses. No entanto, nas primeiras horas após a reabertura o movimento nos corredores já era grande.

O primeiro passo da direção foi transferir as 25 pessoas que estavam sendo atendidas em uma espécie de emergência improvisada no andar superior ao das novas instalações. Somente com a transferência, a sala de observação com 14 leitos e a de cuidados semi-intensivos com duas vagas já foram totalmente ocupadas. Para o restante dos pacientes não teve jeito, restaram os corredores.

De acordo com o diretor do hospital, Maurício Cherem, não há como modificar o cotidiano de uma emergência que apresenta grande fluxo de entrada e saída de pacientes. “Nos corredores ficarão aqueles que não apresentam nenhuma doença grave, que não requer um atendimento especial e que na verdade deveriam estar sendo tratados em um posto de saúde e não em uma emergência hospitalar”, diz.

Quem foi transferido e conseguiu uma vaga dentro das salas de observação, apesar do movimento, aprovou as novas instalações. “É a mesma emergência, cheia de gente, mas pelo menos está limpa e bem equipada, já dá uma sensação melhor”, diz Eunice Moniz de Oliveira, 69.

Diferente da movimentação do interior da emergência, do lado de fora, a sala de espera permaneceu vazia nas primeiras horas após a reabertura. Luciano Camaroto foi o primeiro a ser atendido. O tempo média de espera foi de 30 minutos para a aplicação de uma anti-inflamatório destinado a dores fortes de garganta.

 

Casos que não são urgentes devem ser tratados na rede municipal

O gerente técnico e ortopedista do Celso Ramos, Paulo Roberto Gobbo, lembra que a emergência do hospital dá preferência aos casos graves e que necessitam de uma atendimento emergencial. Sendo assim, aqueles que não se enquadram nestes requisitos terão um tempo de espera maior. “Todos os pacientes que não correm risco de vida precisam se dirigir a um posto de saúde ou até as unidades de pronto-atendimento de Florianópolis”, explica.

A nova emergência do Hospital Celso Ramos é destinada a casos de alta complexidade nas áreas de neurologia, ortopedia e oftalmologia. A estrutura tem 1.500 m², 14 leitos de observação, dois de isolamento, quatro na área semi-intensiva e três de recuperação pós-cirúrgica. Há também sete consultórios, três postos de enfermagem, um centro cirúrgico com duas salas e um laboratório.

 

Emergência do Hospital Celso Ramos reabre com grande movimento
Unidade abriu novamente as portas à população às 18h dessa quinta-feira (20)
Aline Rebequi