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SAÚDE
Protesto no Hospital Regional
Reclamação é da falta de servidores e leitos e por vale-alimentação maior

O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt chegou ao limite, segundo os funcionários. A situação se alarma com falta de funcionários, fechamento de leitos e acúmulo de pacientes nos corredores. Na manhã de ontem, cerca de 70 de servidores fizeram uma paralisação para forçar a administração a contratar mais pessoal e melhorar as condições de trabalho. Segundo os manifestantes, a situação está insustentável.

O protesto começou por volta das 7 horas e terminou às 14 horas. Participaram também funcionários da Maternidade Darcy Vargas. Manifestações semelhantes ocorreram em outras cidades de SC, como Florianópolis.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Santa Catarina (SindSaúde), Pedro Paulo das Chagas, garante que a falta de servidores na área de enfermagem chega a três mil em hospitais públicos de todo Estado. “Nós estamos trabalhando no limite”, diz. A reivindicação dele, assim como dos outros servidores, é de que seja aberto um concurso público o mais rápido possível para suprir esta necessidade.

Outro ponto do protesto foi a ironização do vale-alimentação pago pelo Estado. Segundo Chagas, o valor é de R$ 6 por dia, que não daria para comprar duas coxinhas e um suco. Como forma simbólica, os salgados foram distribuídos.

A técnica de enfermagem Tânia Viertel trabalha há mais de três anos no setor de pós-operatório do hospital. Segundo ela, a equipe já teve sete técnicas de enfermagem no centro cirúrgico e, hoje, são quatro. “Quem mais perde é a população que não tem atendimento de qualidade.” A assessoria de imprensa assegurou que o atendimento não foi prejudicado ontem.




PORTAL | Jefferson Saavedra
NOVO CONTRATO NO INFANTIL
 
As negociações da nova relação entre o governo do Estado e a organização social Nossa Senhora das Graças levaram a atrasos nos repasses ao Hospital Infantil, único administrado por uma OS em Joinville. A medida teve impacto nos salários dos médicos e há atrasos para alguns deles – é em parte porque nem todos recebem no mesmo dia. Como foi concluído o novo contrato, o pagamento deve ser feito nesta semana, no máximo até a semana que vem. O atendimento ao público não foi afetado durante as negociações. A lotação no pronto-socorro seria provocada pela falta de pediatras nos postos de saúde. A revisão do contrato é realizada a cada três anos. O valor mensal era de R$ 5 milhões e agora será de R$ 4,2 milhões. O valor foi reduzido porque procedimentos como cirurgias de coluna e partos (gestação de adolescentes), por exemplo, apresentaram demanda menor do que a esperada. Houve o inverso, como movimento maior no pronto-socorro: eram 2,4 mil atendimentos/mês, hoje são 7 mil.


Na reserva
Em 2011, o Estado passou o repasse referente aos quatro dos nove meses. O governo recomendou ao Infantil que recorresse à poupança dos últimos anos, acumulada pelos repasses não gastos integralmente.O atraso parcial nos salários dos médicos ocorreu porque o hospital precisa manter uma reserva para emergências. Agora, os repasses do governo do Estado serão regularizados.




Visor

BOM APETITE

Hoje é noite de saborear massas e molhos, no Clube Doze de Agosto, no jantar oferecido pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de Florianópolis. Entre os nomes que assinarão os pratos estão Cleide Ammon, Sergio Moritz, Lilico Cardoso e Murilo Amorim.


Geral


SAÚDE
Protesto em hospital de Joinville
Funcionários reclamam da falta de profissionais de enfermagem e superlotação nas unidades
Funcionários do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, fizeram ontem uma paralisação para forçar a administração a contratar mais trabalhadores e melhorar as condições de trabalho.

Segundo eles, a situação chegou ao limite, com falta de funcionários, fechamento de leitos e acúmulo de pacientes nos corredores.

O protesto começou às 7h e terminou somente às 14h e contou com cerca de 70 participantes, entre eles, funcionários da Maternidade Darcy Vargas. Manifestações semelhantes ocorreram em outras cidades do Estado, como em Florianópolis.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Santa Catarina (SindSaúde), Pedro Paulo das Chagas, garante que a falta de trabalhadores na área de enfermagem chega a 3 mil em hospitais públicos de todo o Estado.

– Nós estamos trabalhando no limite – afirma.

A reivindicação dele, assim como dos outros servidores, é de que seja aberto um concurso público o mais rápido possível para suprir esta necessidade.

Outro ponto do protesto foi a ironização do vale-alimentação que recebem atualmente. De acordo com Pedro, o valor é de R$ 6 por dia, que não daria para comprar duas coxinhas e um suco no lanche. Como forma simbólica, os salgados foram distribuídos aos manifestantes.

Segundo informações da assessoria de imprensa do hospital, novas contratações já estão sendo efetuadas: 15 técnicos de enfermagem, quatro cirurgiões e dois clínicos ainda não começaram as atividades.

Eles já foram chamados, mas devem iniciar o trabalho no dia 21 de outubro. Já os enfermeiros, ainda não encerrou o prazo dos 60 dias.

Dos nove a serem chamados, apenas três sinalizaram que têm intenção de trabalhar no Regional e já estão em busca dos documentos.

Um deles afirma que não irá aceitar a vaga e outros cinco ainda não deram resposta. Sobre a paralisação dos funcionários realizada ontem, segundo a assessoria, não houve impacto no atendimento do PS. KRAMA | Joinville

gisele.krama@an.com.br

GISELE


MENINGITE
Mais dois casos em Joaçaba
Mais dois casos de meningite foram registrados entre alunos do Centro de Educação Infantil Girassol em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense. Agora são três meninos e uma menina infectados pelo tipo viral da doença.

Uma das vítimas, que tem sete anos, apresentou os sintomas no último domingo. Ela foi internada e transferida na terça-feira à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Miguel, após apresentar piora no quadro clínico.

As aulas chegaram a ser suspensas por um dia, mas estão ocorrendo normalmente. Conforme a diretora da escola, Karine Bevilaqua Machado, estão sendo seguidas as orientações da Vigilância Epidemiológica e não há motivos para pânico.

Segundo ela, todo o ambiente e os objetos utilizados na escola passaram por higienização.

Os locais também permanecem ventilados com frequência. Os alunos que estão com a doença devem ficar internados por pelo menos 10 dias.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, a meningite viral é o tipo mais comum da doença e bem menos perigoso do que as bacterianas. Para evitar a infecção, a recomendação é permanecer em ambientes abertos, ventilados e usar álcool gel para a higiene das mãos. TROMBETTA | Joaçaba

daisy.trombetta@diario.com.br

DAISY


GERAIS
Emergência é reaberta e servidores protestam

A reabertura da emergência do Hospital Celso Ramos ontem, em Florianópolis, depois um ano e meio em obras, foi marcada por uma manifestação. Servidores da Saúde levaram faixas e cartazes para protestar contra a falta de leitos em outros setores. De acordo com o sindicato da categoria, quase 100 leitos estão fechados, cerca de 60 na ortopedia. Durante a cerimônia de reinauguração, o governador Raimundo Colombo garantiu a reforma no setor e a contratação de mais funcionários.



MAIS UM VALE-COXINHA
 
Antes da inauguração da reforma da emergência do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, o governador Raimundo Colombo parou para conversar com servidores da saúde, que, com bom humor, o receberam com o protesto para reclamar do valor do vale-alimentação da categoria: R$ 6 por dia, sem reajuste há 10 anos. Colombo escutou e concordou que é preciso rever as condições de trabalho do pessoal que atende à população. Falou em motivação, além de instalações mais modernas. O governador, que ganhou um tabuleiro de coxinhas, uma alusão ao valor do tal vale, tem dito que as coisas começaram a engrenar na sua administração depois de passado o período de adaptação às novas propostas. Os servidores também levaram a decisão do TST contrária a transformação de hospitais públicos em organizações sociais. A manifestação provocou a ira de quem estava no hospital e não gostou do barulho



Profissionais da saúde do Estado exigem resposta 

Nesta quarta-feira (19), profissionais da saúde fizeram manifestações nos hospitais do Estado. A reivindicação é pelo aumento do valor do auxílio-alimentação e volta dos benefícios perdidos em 2009. Trabalhadores de Lages, Joinville, Ibirama, Mafra e Florianópolis se concentraram em frente às instituições para protestarem contra o governo que não cumpriu o prazo estipulado para apresentar uma proposta.

 
Técnicos e auxiliares de enfermagem ficaram em frente ao Hospital Geral e Maternidade Teresa Ramos durante toda a manhã de ontem, empunhando faixas e uma caixa de salgadinhos para lembrar o governo que o vale alimentação da saúde tem o valor de R$ 6 e está congelado há mais de dez anos. O item é mais um entre outros que não avançaram na negociação. Em 2009, a categoria perdeu 8,33% com a reposição da inflação e não conseguiu que houvesse concurso público.

 No dia 15 de junho deste ano, os profissionais ganharam a incorporação do abono de 16,76%, uma dívida antiga, para não decretar greve, a secretaria se comprometeu a realizar estudo dos demais itens da pauta e avançar junto ao SindSaúde com um prazo de 120 dias. O último sábado (15), era para ter sido apresentada uma proposta. Mas, ela não veio. Os profissionais se manifestaram e poderão promover outros eventos como forma de exigir os direitos.

“Estávamos esperando uma resposta positiva que não veio até agora. A gente vai fazer manifesto até que o secretário nos atenda. Não é só o aumento do auxílio alimentação, mas pelas perdas de 2009. Enquanto a gente ganha R$ 130 por mês, um funcionário da Assembleia Legislativa ganha R$ 950”, ressalta a diretora do SindiSaúde/Lages, Rita Isabel Gonçalves.

 A categoria quer que o vale-alimentação passe para R$ 15 ao dia, além de melhorias dentro do hospital para que contratem novos funcionários. Segundo Gonçalves, os profissionais estão desgastados, fazendo horas a mais. O sindicato pediu 60 dias para o governo se posicionar, mas o prazo foi estendido para 120.

 Alguns funcionários continuaram trabalhando para não deixar os setores sem funcionamento. “A gente quer continuar prestando serviço de qualidade sem fazer greve. Quem está de férias, aposentados e de licença saúde, sequer recebe o auxílio alimentação”, completa Gonçalves.

 A manifestação no Estado

 Em Joinville, a paralisação ocorreu das 7 horas às 14 horas, com concentração em frente ao Hospital Regional. Na Grande Florianópolis a paralização aconteceu, das 7 horas às 10h30min, nos hospitais Infantil Joana de Gusmão e Nereu Ramos; no Centro de Reabilitação e no Ambulatório do Cepon. Na parte da tarde, a partir das 13 horas, a ação foi no Hospital Governador Celso Ramos, na Maternidade Carmela Dutra e no Hemosc.

 No site do SindiSaúde foi publicado que “todos os anos as perdas na saúde são acumuladas, o governo não cumpre a lei 323/2006, não evolui nas questões que aguardam anos por solução, deixando apenas a mobilização como alternativa. Muitos desgastes poderiam ser resolvidos na mesa de negociação, mas depende de vontade e seriedade dos que conduzem a saúde pública de Santa Catarina”



Emergência Modelo

 

Saúde. Unidade do hospital Celso Ramos passou por ampla reforma e recebeu novos equipamentos

Florianópolis- Até este final de semana, quem precisar de um atendimento emergencial de alta complexidade nas áreas de neurologia, ortopedia e oftalmologia poderá contar com o hospital Celso Ramos, no Centro da Capital. Na solenidade de inauguração que ocorreu na tarde de ontem, o governo do Estado entregou oficialmente a nova emergência da casa de saúde, em obras desde de abril do ano passado. A expectativa era de que os serviços seriam prestados a partir da inauguração, mas o prazo foi adiado em razão de atraso na transferência de equipamentos.

A nova estrutura tem 1500 metros quadrados e conta com equipamentos de ultima geração, sistema de climatização e iluminação semelhantes aos encontrados em clinicas particulares. São 40 novos funcionários , sendo sete médicos ( quatro ortopedistas e três clínicos gerais) e 33 técnicos em enfermagem, 14 leitos de observação, dois de isolamento, quatro na área semi-intensiva e três de recuperação pós-cirurgica . Há também sete consultórios, três postos de enfermagem e um centro cirúrgico  com duas salas e um laboratório.

O investimento destinado à reforma foi de R$ 2,4 milhões e segundo o diretor do hospital, Mauricio Cherem, pela primeira vez desde 1966, quando o Celso Ramos foi inaugurado, a emergência terá capacidade suficiente para atender a grande demanda de pacientes que chega a 7.000 mil por mês. “ Agora poderemos receber com eficiência até 10 mil pessoas todos os meses” informa.

Projeto para atender até três pacientes ao mesmo tempo

De acordo com superintendente de Hospitais Públicos da Secretaria de estado da Saúde, Libório Soncini , o espaço ficou 30% maior do que anterior e tem 70% a mais de equipamentos. “ sala de reanimação será possível atender até três pacientes ao mesmo tempo” diz Libório.

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, disse que agora a intenção é reforçar os pequenos hospitais do interior do Estado para não superlotar as unidades de Florianópolis . “ As pessoas buscam pelo melhor atendimento e queremos que ele também  esteja nas pequenas cidades” informou.

 

Governo libera verbas para reformas

 

O governador liberou R$ 144 mil para a reforma da cozinha do hospital Celso Ramos, na tarde de ontem. As obras devem iniciar no próximo mês. Na mesma oportunidade, Raimundo Colombo liberou R$ 106 mil para a Secretaria de Saúde do município de São João Batista; R$ 650 mil para o hospital São Francisco de Assis, de Santo Amaro da Imperatriz; e R$ 700 mil para o hospital de Tijucas. Neste último caso, a liberação das verbas era aguardada desde 2009. A boa noticia animou a coordenadora do hospital São José, a Irmã Enedina Schiti. “ Com este valor vamos comprar equipamentos e reformar totalmente a cozinha que há 70 anos não recebe um reparo”,diz

Já para o hospital Florianópolis , as noticias não são tão animadoras. Segundo o secretário estadual de Saúde, Dalmo de Oliveira, a entregas só será possível para julho de 2012. Sucessivas alterações nos projetos arquitetônicos ainda atrasam a entrega das obras que estava prevista para ocorrer este ano. “ Era para ser umas reforma simples, mas vamos entregar um novo” promete.


 

Opinião
Editorial

 

 

Muitos desafios na saúde

 

 

A entrega da reforma da emergência de uma das principais casas de saúde de Santa Catarina, o Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, representa um avanço significativo na oferta de leitos, consultórios, laboratórios e centros cirúrgicos, mas no cômputo geral ainda é grande a dívida do Estado com a população neste setor vital, de peso preponderante na definição da qualidade de vida das pessoas. Os investimentos nessa área ainda estão longe do ideal, tanto que o governador Raimundo Colombo admitiu ontem a necessidade de reforçar a capacidade de atendimento dos hospitais de outras regiões, evitando a sobrecarga das unidades sediadas na capital.
 
Aumenta de 7 mil para 10 mil o número de pacientes atendidos num mês – o progresso alcançado com o fim das obras no Celso Ramos – é fato a ser comemorado porque permite a execução de melhorias em outros hospitais da região e do Estado. Saber-se que a capacidade de investimento do governo é diminuta e que há outras áreas exigindo atenção, como a educação, a segurança e a infra-estrutura, e por isso aplicar R$ 2,4 milhões para dar a uma casa de saúde aspecto de clínica privada, com recursos técnicos e de pessoal de primeiro mundo, é decisão mais do que corajosa e digna de aplausos.
 
O que preocupa é que a velocidade das intervenções do Estado tem se mostrado insuficiente para zerar a defasagem de leitos e de equipamentos nas unidades hospitalares. E as obras em andamento estão atrasadas, como atrasou o cronograma no caso do Celso Ramos. Esse é um problema que o governo precisa superar, garantindo aos catarinenses a atenção que eles cobram e merecem.