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NOVA EMERGÊNCIA
Unidade alivia, mas ainda não resolve
Hospital Celso Ramos reforma instalações e terá atendimento ampliadoFilas, horas de espera e dor. Em todas as emergências dos hospitais da Grande Florianópolis, a cena se repete
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Com a inauguração da emergência do Hospital Celso Ramos, amanhã, a expectativa é de que, a partir de quinta-feira, já seja possível desafogar as demais unidades de emergência na Grande Florianópolis. Da média de 240 atendimentos diários feitos na emergência do Celso Ramos antes da reforma, a estimativa da Secretaria de Saúde é de que esse número seja ampliado para 340. Foram investidos R$ 2,4 milhões na obra.

Gestores da saúde e a população esperam sentir no dia a dia a diferença. De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Dalmo de Oliveira, a nova unidade vai trazer impactos e desafogar os atendimentos. Mas só com investimentos em mais Unidades de Pronto Atendimento, o que deve ocorrer nos próximos anos, é que os hospitais poderão ficar mais focados nos atendimentos de média e alta complexidade. No Celso Ramos, o atendimento seguirá a linha do Regional, e uma classificação de risco deve determinar a ordem do atendimento. Em São José, o Hospital Regional atende na emergência, entre 600 a 800 pessoas por dia. Mas faltam médicos. Segundo o secretário de Saúde, as inscrições para o concurso para a contratação de 596 profissionais da área da saúde devem ser aberta em novembro.

Na emergência do Hospital Florianópolis, a situação é parecida. Ontem, a auxiliar de serviços gerais, Marisete Rosa, 43 anos, que mora no Morro da Caixa, reclamava de dores no peito e falta de ar. Ela contou que está se sentindo mal desde sexta-feira, quando procurou a unidade de saúde, mas teve que voltar pra casa por falta de médicos. A diretora do hospital, Kátia Gerent, explica que, como a unidade está em obras desde 2009, a emergência atende de forma limitada:

– Não temos centro cirúrgico e nem UTI e nem internação. Estamos com um pediatra, um clínico e um cirurgião.

Mesmo assim, segundo a direção, o hospital atende de 170 a 200 pessoas por dia. No Hospital Universitário, o responsável clínico da emergência, Alfredo Schimith, afirma que os pacientes que deveriam ser direcionados aos postos congestionam a emergência e acredita que, com a abertura da unidade no Celso Ramos, atendimentos de alta complexidade devem diminuir.

monica.foltran@horasc.com.br

MÔNICA FOLTRAN

 

ARTIGOS
Hoje é Dia do Médico, por Márcia Regina Ghellar

O Brasil comemora hoje o Dia do Médico, profissional que enfrenta um cenário de desafios sem precedentes, seja na assistência prestada na rede pública (Sistema Único de Saúde SUS), seja no atendimento da rede complementar (operadoras de planos). A data é, por essa razão, motivo de reflexão para os mais de 13 mil médicos em atividade em Santa Catarina (347 mil no país), para a sociedade e governantes que têm o poder de decidir os destinos da saúde. Na linha de frente da assistência prestada à população, os médicos são os maiores aliados da comunidade na preservação da vida, direito maior no exercício da cidadania plena.

A Associação Catarinense de Medicina, a mais antiga entidade médica do Estado, é hoje a porta-voz das lutas que envolvem a categoria. Essa responsabilidade inclui a defesa de condições adequadas de trabalho, uma assistência de qualidade aos pacientes, política de saúde digna, remuneração justa aos profissionais e financiamento da rede condizente com a necessidade das comunidades. Ainda é meta da ACM a busca do constante aprimoramento dos médicos, em conjunto com as sociedades de especialidades, para acompanhar a veloz transformação da medicina, no diagnóstico e tratamento das doenças. Melhorias nas escolas médicas, defesa da regulamentação da profissão e de contratos de trabalho que respeitem a ética médica também fazem parte do rol de batalhas a serem vencidas.

Diante de tantos desafios enfrentados diariamente nos diversos hospitais, postos de saúde, consultórios e bancos escolares das faculdades de Medicina, a ACM presta hoje uma homenagem especial a todos que aceitaram o desafio de ser instrumento de saúde e de qualidade de vida. Num gesto de reconhecimento e agradecimento, a entidade associativa da classe parabeniza e agradece aos médicos de Santa Catarina.

 *Presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM )

 

 

 

Secretário de Saúde de Biguaçu entra com mandado de segurança para pedir abertura do hospital
A intenção é abrir o local somente para a chegada de móveis e equipamentos
 Martha Ramos

Biguaçu 

A Secretaria de Saúde de Biguaçu decidiu impetrar mandado de segurança contra a decisão de interditar o Hospital de Biguaçu. Em fase de construção, as obras do hospital foram interditas pela Vigilância Sanitária do Estado em 20 de setembro devido a divergências do projeto em relação às normas da Anvisa. Sete dias depois, o órgão lacrou as dependências ao verificar que a decisão não havia sido acatada pela prefeitura municipal.

Nesta quinta-feira, o secretária de Saúde Biguaçu, Leandro Adriano de Barros, decidiu pela ação judicial para garantir a instalação de equipamentos. “A intenção é que tenhamos autorização para a abertura do hospital somente para a chegada dos equipamentos e móveis”, justificou.

De acordo com a diretora da Vigilância Estadual, Raquel Bittencourt, o hospital foi lacrado porque está em desacordo com as normas da Anvisa. “São 112 inadequações e as obras no hospital só poderão ser retomadas depois que sejam feitas as devidas adequações no projeto”, afirmou Raquel.

Barros também confirmou que a prefeitura abriu processo licitatório nesta segunda-feira  para a contratação de uma nova empresa que faça as adequações no projeto arquitetônico do hospital. “A intenção é realmente chegar à conclusão de quais são os erros e consertá-los”, comentou o secretário.