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SAÚDE PÚBLICA
Proteção para os prematuros
Médica defende que o Estado amplie distribuição gratuita de medicamento

Bebês com menos de nove meses de gestação formam um grupo de risco que exige muito mais atenção do que as crianças que nasceram no tempo certo. Para diminuir os riscos de mortalidade entre os prematuros, a Secretaria Estadual de Saúde distribui gratuitamente, desde o começo do ano passado, o medicamento palivizumabe, que evita infecção por vírus. O benefício é só para recém-nascidos com menos de 28 semanas de gestação cardiopatas e com problemas respiratórios crônicos.

A médica Scheila Siebeneicher, coordenadora da unidade neonatal da Maternidade Darcy Vargas, defende que todos os prematuros tomem o medicamento.

O remédio previne uma das principais doenças respiratórias, a bronquiolite (uma inflamação provocada por vírus).

Dados da Fundação Osvaldo Cruz apontam que aproximadamente 20 milhões de prematuros nascem por ano no mundo. Desses, um terço morre antes de completar um ano. No Brasil, as principais causas são problemas respiratórios, asfixia e dificuldade de se alimentar.

O bebê Miguel Taschner Cabral veio ao mundo bem antes do tempo. Ele nasceu no dia 4 de setembro, com 29 semanas de gestação. Por uma semana, ele saiu do grupo de maior risco determinado pelo Estado e, por isso, não tem mais direito ao palivizumabe. Mas, nem por isso, está mais resistente a vírus. O bebê precisou se desenvolver na UTI neonatal da Darcy Vargas até pesar 2 quilos e se alimentar normalmente.

A mãe, Juliana Taschner, 19 anos, estava grávida de gêmeos. Mas um dos bebês não sobreviveu. Apenas Miguel resistiu e agora briga para ganhar peso a cada dia. “Sei que devo ter um cuidado bem maior, principalmente por causa de problemas respiratórios”, diz a mãe, que conta com o apoio do pai, Washington, 21 anos, na torcida pela saúde do filho.

gisele.krama@an.com.br

 

SAÚDE PÚBLICA
Após alta, cuidados continuam

Todo bebê prematuro nasce sem defesa imunológica. A explicação é da médica Scheila Siebeneicher, coordenadora da unidade neonatal da Maternidade Darcy Vargas. Por isso, os cuidados com os prematuros, logo que recebem alta da UTI, devem ser reforçados.

Uma das maiores preocupações é com a amamentação, que é a única forma do bebê receber anticorpos nas primeiras semanas de vida e possa se desenvolver melhor. “Para um prematuro, um resfriado é mais grave do que para outros bebês que nascem no tempo certo”, alerta Scheila.

A médica explica que os órgãos do prematuro têm de se desenvolver fora do útero. O bebê tem que conviver com essa adversidade e os sistemas ficam prejudicados, principalmente o respiratório. O pulmão, segundo Scheila, fica pronto para respirar apenas na 34ª ou 36ª semana de gestação. Segundo Scheila, por causa disso os prematuros menores de 34 semanas só conseguem sobreviver com respiração mecânica, mas que traz alguns problemas futuros. Segundo a médica, é comum inflamar os pulmões. Por isso, ela reforça a importância de que todos os prematuros – independentemente do periodo de gestação – tomem o medicamento palivizumbe.

O que não ocorreu com o pequeno João Marcos. A mãe Rosângela de Oliveira, 34 anos, teve problemas de pressão alta durante a gravidez. O bebê nasceu de 32 semanas e teve de ficar no hospital. Neste período, Rosângela vinha de Barra Velha até a maternidade para ver o bebê, que mesmo nascendo perto do tempo ideal, precisou de cuidados. Rosângela sabe que terá uma longa batalha.

 

Mundo

 LIXO HOSPITALAR
Importação proibida
Receita Federal de Pernambuco vai tentar devolver carga para os EUA

Dois dias após apreender um segundo contêiner com 23,3 toneladas de lixo hospitalar trazido irregularmente dos Estados Unidos por uma empresa têxtil pernambucana, a Receita Federal acionou o Ministério Público Federal para entrar no caso.

A representação protocolada na Procuradoria da República em Pernambuco será distribuída a um dos 16 procuradores locais, que pode instaurar um inquérito ou um procedimento administrativo para que o caso seja investigado. Segundo o inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal no Porto de Suape, Carlos Eduardo da Costa Oliveira, a entrada do MP no caso é fundamental não apenas para o andamento das investigações, mas também para a definição sobre o que fazer com o material apreendido.

A Receita vai tentar devolver o lixo para os EUA, mas, pelas regras, qualquer mercadoria cuja importação seja proibida deve ser destruída. “Já houve um caso, em 2009, em que, graças a uma norma do Ibama e à ação do Ministério Público Federal, conseguimos devolver o material”, disse Oliveira. O Brasil recorreu à Convenção de Basileia e conseguiu despachar de volta para a Inglaterra os 41 contêineres com lixo tóxico apreendidos no Porto de Santos.

Há suspeita de que mais seis contêneres com a mesmos produtos foram importados pela empresa pernambucana.

 

 

Saúde
Leitor lembra à coluna que o antigo Inamps foi transformado no Sistema Único de Saúde (SUS). Extinto na década de 1980. o Inamps teria por finalidade implantar a municipalização do setor de fato, inclusive com as respectivas verbas federais.

Hoje, ainda se debate a regulamentação da Emenda 29 no Congresso. Prefeituras e estados ficam com a responsabilidade da verba carimbada, coisa não obrigatória à União. Tinha algo que incomodava no Inamps, que não era universal como o SUS: só era atendido quem tinha a tal da carteirinha parda com foto.

 

 

O câncer de pâncreas, responsável pela morte de Steve Jobs, matou 156 pessoas em Joinville desde o ano 2000. Vinte delas somente neste ano. Assim como o gênio da Apple, quase um terço das vítimas joinvilenses não tinham completado 60 anos quando morreram. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde.