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INVESTIGAÇÃO
Funcionário de hospital suspeito de furtar remédios

O Hospital São José de Jaraguá do Sul investiga o envolvimento de um funcionário no furto de remédios de uso interno. O homem de 25 anos foi flagrado com ampolas, frascos de comprimidos e seringas pela PM na noite de quarta. Ele disse que os remédios seriam eliminados e que havia esquecido no carro.


 

 Visor- Rafael Martini

EMERGÊNCIA
Marcada para o próximo dia 19 a inauguração da emergência do Hospital Governador Celso Ramos. Com a nova estrutura, a promessa é de que o pronto-atendimento, que hoje recebe aproximadamente 13,5 mil pessoas, passará para mais de 18 mil atendimentos por mês.

 

 GESTÃO DA SAÚDE PELO ESTADO

O jurídico da Secretaria da Administração conseguiu, ontem à tarde, desobstruir mais um pouco o caminho da gestão plena do plano de saúde dos servidores do Estado. Na Justiça, caiu mais uma liminar movida por uma das empresas que perdeu a licitação para fornecimento do software. Agora, segue o contrato firmado com a Consórcio SC.


 

Geral


DEPOIMENTO
Gianecchini fala sobre o câncer

O ator Reynaldo Gianecchini, diagnosticado com câncer linfático em agosto, deu depoimento para a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) como parte do Movimento Contra o Linfoma, campanha lançada pela associação em setembro deste ano.

É a primeira vez que o ator fala sobre o diagnóstico da doença, linfoma não Hodgkin – um tumor que atinge os gânglios linfáticos.

No depoimento, Gianecchini diz que não foi fácil receber a notícia de que estava com câncer, mas que a ajuda da família e dos fãs o ajudou a superar o trauma.

– É um diagnóstico que assusta, primeiro porque não pensamos que podemos ter um câncer e segundo porque é uma doença que tem um estigma – diz ele.

Segundo Gianecchini, os primeiros sintomas da doença foram algumas alergias. Depois, o ator contou que apareceram gânglios pelo seu corpo, após uma cirurgia de hérnia na virilha, na qual ele desenvolveu uma infecção.

> Assista ao vídeo na íntegra com o relato do ator


 

EDITORIAIS

Prevenção à dengue

O Ministério da Saúde anunciou um oportuno aumento de 20% no repasse de verbas aos estados para o combate à dengue, que volta a preocupar o Brasil em função da elevação das temperaturas com a proximidade do verão. A capacitação de profissionais e o monitoramento da doença por meios das redes sociais também estão previstos. Embora não com a mesma extensão e virulência apresentadas em outros estados, Santa Catarina, igualmente, sofre a ameaça do mal, que também aqui pode adquirir dimensão epidêmica caso medidas de prevenção deixem de ser tomadas a tempo e a hora. Somadas às temperaturas em alta, as chuvas intensas que castigaram o Estado, recentemente, ajudaram a criar condições favoráveis à proliferação de focos do mosquito aedes aegypti, o vetor da dengue.

Em Chapecó, onde há o maior número de focos (144 no ano), o risco de uma epidemia não pode ser descartado, segundo o coordenador da Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde do município, o biólogo Junir Lutinski. Desde 2007, quando foram registrados 466 focos, as autoridades sanitárias locais esforçam-se na prevenção e combate à doença. Pontos estratégicos para o aparecimento de novos focos, como borracharias e depósitos de sucata estão sob constante observação. O total de agentes envolvidos na operação, este ano, foi aumentado de 32 para 48. Também em Blumenau, Florianópolis, Itapema, Joinville, Palhoça, São José e São Miguel do Oeste já foram registrados focos do aedes aegypti, cujo combate se impõe de imediato.

Embora axiomático, sempre será válido lembrar que, em matéria de saúde pública, a prevenção sempre será o melhor remédio. E o de menor custo. Doença potencialmente letal e de oneroso tratamento, a prevenção à dengue não é uma obrigação apenas dos responsáveis pela saúde das populações nos três níveis do poder público. A sociedade, no seu todos, também tem o dever de fazer sua parte, tomando medidas de precaução para que em seus lares e propriedades não prosperem os focos do vetor do mal.

Uma questão de educação e cidadania. E de defesa da saúde, a própria e a da família.

 

 

 Dia a dia


 Hospital - Associação Amigos do Hospital Universitário promove, entre os dias 24 e 26, o 12º Congresso Brasileiro Ecumênico de Assistência Espiritual Hospitalar, em Florianópolis. O tema deste


 

 

 

Paciente espera 13 horas por atendimento no Hospital Regional, em São José
Marcela Cristina Siqueira fraturou o pulso e aguarda no local

 
Mônica Foltran 


Emergência lotada e pessoas irritadas. Este é o cenário no Hospital Regional, em São José, na Grande Florianópolis. Pacientes revoltados e com dor, que estão na unidade desde as primeiras horas da manhã, reclamam da demora no atendimento.Sem saber quando ou se ao menos serão atendidos, perdem a paciência e reclamam também do atendimento no local.

A estudante Marcela Cristina Siqueira, 19 anos, com uma fratura no pulso, é uma das pacientes que aguarda atendimento desde as 9h.

– Nem quiseram fazer ficha, porque não tinha ortopedista – reclama. A estudante esperou por mais de 13 horas para ser atendida. De acordo com a mãe, Simone Siqueira, a filha foi atendida por volta das 22h30.

– O atendimento não durou nem três minutos. Não deixaram eu entrar com ela, que estava muito nervosa. Disseram que não tinha quebrado e mandaram colocar gelo. A mão dela está roxa e gelada – conta a mãe, indignada.

  

 

 


Na boca do caixa 
 
O secretário da Saúde, Dalmo de Oliveira, afirmou que os recursos destinados ao Cepon já estão disponibilizados na Gerência de Orçamento e deverão ser depositados nos próximos dias. Lembrou que há um trâmite legal que exige um certo tempo, mas desde o dia 2 de agosto o R$ 1,7 milhão está garantido. “A Fundação possui recursos próprios. Poderia ter dado início às obras, pois a verba era questão de tempo”, destacou o secretário afirmando que vai cobrar a conclusão das obras em dezembro, como foi prometida pela Fundação Hemosc/Cepon.  Refere-se ao Hospital Dia, o Centro Cirúrgico Ambulatorial e o Pronto Atendimento.

 

 


Anvisa suspende venda e uso do produto Parinex 
 
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada hoje (13) no Diário Oficial da União suspende a distribuição, o comércio e o uso, em todo o país, de todos os lotes do produto Parinex (heparina sódica), fabricado pela empresa Hipolabor Farmacêutica Ltda.

 O produto é um anticoagulante indicado no tratamento de trombose, ameaça de trombose, embolia, prevenção das tromboses pós-operatórias, infarto do miocárdio, heparinização do sangue em caso de necessidade de circulação extracorpórea e de rim artificial.

 A Anvisa determinou, ainda, que a empresa promova o recolhimento de todos os lotes do produto.  

  

Estado condenado por vacina da febre amarela que matou mulher  

 

Dois anos depois, a primeira conquista, mas ainda parcial. Ademir dos Santos Oliveira teve decisão judicial favorável à ação que moveu contra o Estado de Santa Catarina, pela vacina contra febre amarela, que resultou na morte de sua mulher, a agricultora, Inês Aparecida Silva, 23 anos. A mulher foi a óbito em 9 de maio de 2009.

 Desempregado há mais de um ano, Ademir esperava ansioso a decisão judicial e quem está mantendo ele e o filho de cinco anos é a mãe, de 83 anos. Residente na localidade de Lagoa da Estiva, Ademir teve uma reviravolta em sua vida que nunca mais esquecerá.

Ele, a mulher e o filho na época com três anos, foram ao posto de saúde dia 25 de abril de 2009 se vacinar contra febre amarela. Macacos “Eu peguei minha mulher e meu filho pela mão e fomos ao posto de saúde. A injeção matou minha mulher. A justiça já reconheceu isso. Minha mulher não voltará mais, mas o Estado tem de ser penalizado de alguma forma”, cobra Ademir. A mulher dele morreu de falência múltipla de órgãos, duas semanas depois de se vacinar.

 A sentença judicial na comarca de Anita Garibaldi saiu em junho, mas de acordo com Ademir o Estado recorreu da decisão. “Está no Tribunal de Justiça e teremos de esperar mais alguns anos. A vida da minha mulher ou de qualquer outro ser humano, não tem preço. Só quero que seja feito justiça”. desabafa.

A decisão do juiz representou para ele, a confirmação de que sua mulher foi vítima de uma negligência do Estado. “Todo dia meu filho pergunta da mãe e quer saber o que colocaram na injeção. Eu não sei o que responder”, conta o homem que não consegue nem mesmo ficar em casa, porque lembra da mulher.

 Ainda desolado com o que aconteceu Ademir lembra que o médico Osmar Guzzati confirmou na época, que Inês morreu em decorrência de uma reação de seu organismo contra a vacina. Mas o laudo nunca chegou às mãos dele. E revela, “estou confiante numa nova decisão do Tribunal”.

 Para Ademir, a morte dos macacos nunca teve relação com febre amarela. Mas por fome e sede. Naquele ano foram imunizados contra febre amarela centenas de moradores do interior, principalmente em Anita Garibaldi, Cerro Negro, São José do Cerrito e Campo Belo do Sul.Para Ademir, o que resta é esperar uma nova decisão. Desta vez, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.