SAÚDE NO PRATO
Comer é melhor para poder crescer
A alimentação durante a infância é determinante para a vida toda do seu filho. Então caprichem aí, mamãe e papai
Uma alimentação saudável, que tem de acompanhar o ser humano ao longo de toda a vida, deve se iniciar ainda na infância. É nessa fase que os hábitos alimentares são formados e que é desenvolvida a capacidade de autocontrole sobre a ingestão de comida, de acordo com as necessidades da criança.
Coordenadora do curso de nutrição da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Paula Dal Bó Campagnolo alerta para as vantagens de uma rotina alimentar organizada. A professora afirma que as crianças em idade pré-escolar, que geralmente apresentam apetite inconstante, devem fazer de cinco a seis refeições por dia. Entre as principais – o café da manhã, o almoço e o jantar –, devem ser feitos pequenos lanches, com intervalos fixos para favorecer o apetite da criança.
"A capacidade gástrica da criança nessa fase é pequena. Por isso, qualquer alimento ou líquido que ela ingerir momentos antes das principais refeições pode interferir na quantidade de alimento que consumirá no almoço ou na janta", explica Paula.
Márcia Regina Vitolo, professora de nutrição, lembra da necessidade de o prato da criança conter, diariamente, alimentos ricos em carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais: "Se todos os dias a criança tiver um alimento de cada grupo desses, sempre variando, ela garantirá um consumo adequado de todos os nutrientes de que precisa".
É normal que os pequenos tenham resistências a alguns tipos de alimentos importantes, como os vegetais. No entanto, Márcia Regina aconselha que eles sempre estejam presentes no prato, mesmo que a criança não coma. A professora dá a dica: quando menos se espera, elas passarão a comer os vegetais. Paula também lembra que a criança em idade pré-escolar deve consumir, no máximo, meio litro de leite por dia. O excesso de consumo da bebida se refletirá em menor quantidade de comida consumida e, consequentemente, na menor ingestão de nutrientes importantes.
Visor
BENEFICENTE
Os 25 anos da Rede Feminina de Combate ao Câncer, de Florianópolis, serão comemorados com jantar beneficente, no Clube Doze de Agosto, no dia 20 de outubro. A presidente da entidade, Márcia Helena Blini Barbosa, e as voluntárias contam com a comunidade no evento, que visa arrecadar recursos para a manutenção da Rede, que atende, anualmente, cerca de 5 mil mulheres. Além de apresentações musicais, a noite beneficente terá sorteios de brindes e outras atrações. Ingressos antecipados podem ser adquiridos na sede da Rede Feminina, no Bairro Agronômica, ou na loja Cravo & Canela Lingerie.
Geral
VACINA
Nova experiência contra coqueluche
O Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra a coqueluche para bebês menores de seis meses, período em que a doença é mais letal. As informações são da Agência Brasil.
Segundo a pesquisadora responsável pelo projeto, Luciana Cerqueira Leite, mais de 90% dos casos de morte por coqueluche ocorrem nessa faixa etária. Hoje, a imunização é feita após o primeiro semestre de vida.
– A coqueluche é uma doença respiratória que provoca tosse, coriza, hipersecreção respiratória e febre, entre outros sintomas. Pode causar pneumonia e insuficiência respiratória grave. Como o organismo dos bebês ainda é mais frágil, quadros como esses podem levar à morte – explicou.
A boa notícia é que a nova vacina já poderia ser aplicada com poucos dias de vida e teria efeito quase imediato, protegendo a criança até de um eventual contágio materno.
Segundo Luciana, atualmente, a criança é imunizada contra a coqueluche pela vacina DTP, que protege também contra a difteria e o tétano.
– Aos dois meses, é aplicada a primeira dose, com reforços aos quatro e seis meses. Isso faz com que as crianças fiquem expostas exatamente quando são mais vulneráveis – ressaltou a pesquisadora.
No Brasil, a doença está controlada, porém, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, este ano foi registrado um surto de coqueluche. Até julho, já haviam sido contabilizados mais casos do que em todo o ano de 2010. O projeto teve início há mais de uma década, e a previsão é de que, caso os resultados sejam positivos, a nova vacina esteja no mercado dentro de 10 anos.
A pesquisadora declarou que a nova técnica está sendo testada com sucesso em camundongos e que a próxima etapa será de testes em humanos, com início previsto para 2013. Para desenvolver a nova técnica de imunização, os pesquisadores se espelharam na vacina BCG, utilizada para proteger o corpo contra a tuberculose.
– A diferença é que a vacina atual coloca o sistema imunológico em contato com a Bordetella (bactéria responsável pela doença) morta, fazendo com que ele produza anticorpos para combatê-la. Já no novo método, a imunização é celular. Colocamos no organismo uma bactéria transgênica, e as próprias células aprendem a eliminá-la – diz a pesquisadora.
São Paulo
MAIS UM HOSPITAL
Inauguração do Hospital Ruth Cardoso
Após quatro anos de espera, a prefeitura inaugura hoje o Hospital Ruth Cardoso, instalado atrás da Univali, no Bairro dos Municípios.
A nova estrutura, que vinha funcionando como ambulatório de especialidades, tem 115 leitos e deve atender pacientes de toda a região, sob o comando da organização Cruz Vermelha Brasileira. A abertura vem acompanhada do fechamento parcial do Hospital Santa Inês, até então o único na cidade a atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A opção do município foi transferir para o Ruth Cardoso todos os serviços que, até ontem, eram prestados no Santa Inês. A justificativa é que, embora seja administrado pela prefeitura de Balneário Camboriú, o Hospital Santa Inês é particular – a unidade estava sob intervenção municipal desde 2008. Antes disso, em 2005, o Ministério Público já havia afastado a diretoria e formado uma comissão de administração. Na época, o hospital passava por uma crise.
Com a construção de uma unidade própria, a prefeitura decidiu transferir os investimentos. No Santa Inês, o município gastava R$ 700 mil mensais. A expectativa é que no Ruth Cardoso, que atenderá exclusivamente pelo SUS, esse valor chegue a R$ 1,2 milhão.
A mudança deve alterar os hábitos dos moradores de toda a região que procuram serviço médico. A partir de hoje, é para o Ruth Cardoso que serão levados os pacientes atendidos pelos Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O hospital concentrará, também, serviços como maternidade, cardiologia e clínica médica. O destino do Hospital Santa Inês deverá seguir como um centro de traumatologia com 60 leitos.
Balneário Camboriú
Balneário Camboriú inaugura novo hospital
Instituição está instalada no Bairro dos Municípios
BALNEÁRIO CAMBORIÚ - Após quatro anos de espera, a prefeitura inaugura hoje o Hospital Ruth Cardoso, instalado atrás da Univali, no Bairro dos Municípios. A nova estrutura, sob o comando da organização Cruz Vermelha Brasileira, tem 115 leitos e vinha funcionando como ambulatório de especialidades. A abertura vem acompanhada do fechamento parcial do Hospital Santa Inês, até então o único na cidade a atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A opção do município foi transferir para o Ruth Cardoso todos os serviços que, até ontem, eram prestados no Santa Inês. A justificativa é que, embora seja administrado pela prefeitura, o Hospital Santa Inês é particular – a unidade estava sob intervenção municipal desde 2008. No Santa Inês, o município gastava R$ 700 mil mensais. A expectativa é que no Ruth Cardoso, que atenderá exclusivamente pelo SUS, esse valor chegue a R$ 1,2 milhão.
Hospital concentrará serviços como maternidade e cardiologia
A partir de hoje, é para o Ruth Cardoso que serão levados os pacientes atendidos pelos bombeiros e Samu. O hospital concentrará também serviços como maternidade, cardiologia e clínica médica.
De acordo com o gestor do Fundo Municipal de Saúde, Rafael Steiner Schroeder, os pacientes que estão internados no Santa Inês deverão ser, aos poucos, transferidos para a nova unidade. A prioridade será para os internos da UTI.
Eroni Foresti, interventor do Santa Inês e nomeado pela prefeitura como diretor de Gestão Hospitalar do Ruth Cardoso para acompanhar o trabalho da Cruz Vermelha, acredita que o antigo hospital vai seguir funcionando como um centro de traumatologia com 60 leitos, 100 a menos do que tinha até ontem.
dagmara.spautz@santa.com.br
DAGMARA SPAUTZ
ENTENDA O CASO
- 2007 - Os contêineres usados na estrutura do hospital são trazidos pela World Family Organization (WFO), ONG responsável pela construção
- 2008 - Começa a construção da área interna do hospital. No final do ano, é inaugurada, apesar de faltarem as obras de entorno
- 2009 - A WFO firma com o município um cronograma de trabalho para a entrega definitiva. A ONG pede um aditivo para concluir as obras, que não é aceito
- 2010 - No início do ano acaba a parceria entre o município e a WFO. A prefeitura assume as obras. Em outubro, é aberto o ambulatório de especialidades
- 2011 - Cruz Vermelha Brasileira vence licitação e fica responsável pela gestão do Ruth Cardoso
SERVIÇOS
Oferecidos no Ruth Cardoso
- 115 leitos
- UTI adulto
- UTI neonatal
- Oftalmologia
- Otorrinolaringologia
- Ginecologia
- Obstetrícia
- Neurocirurgia
- Cardiologia
- Clínica médica
- Clínica cirúrgica
- Pediatria
- Psiquiatria
- Centro de imagem
Permanecem no Santa Inês
- Pronto-socorro
- UTI adulto
- Centro de imagem
- 60 leitos
100% gratuito
“Não acho justo o modelo híbrido. Por teimosia minha vamos entregar um hospital com atendimento 100% gratuito,” afirmou o prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito referindo-se ao Hospital Ruth Cardoso que será entregue à população hoje. O modelo híbrido a que se refere o prefeito é 70% SUS e 30% particular. Ele garante que sustentará a unidade com recursos da prefeitura chegando a R$ 1,2 milhão mensal e R$ 650 mil pelo SUS.