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PH ALTERADO
Achocolatado será recolhido
Análise confirma que bebida continha acidez semelhante à de água sanitária

A empresa Pepsico do Brasil Ltda. protocolou ontem uma campanha de recall para recolhimento do produto Toddynho Original 200 ml, dos lotes L4 32 05:30 a L4 32 06:30, com validade até 19 de fevereiro de 2012.

A medida foi tomada após a Secretaria da Saúde gaúcha confirmar que um dos lotes do achocolatado líquido, recolhidos para análise desde a semana passada, estava com pH (nível de acidez) alterado, o que o tornava impróprio para o consumo.

Os demais lotes foram considerados adequados às exigências da legislação após examinados pelo Laboratório Central do Estado. Das 23 amostras verificadas, o lote (L4 32) apresentou resultado de análise do pH insatisfatório (13,3 – alcalino), correspondente ao de produtos de limpeza como soda cáustica e água sanitária.

A acidez foi considerada muito alta para um alimento e compatível com os sintomas relatados pelos pacientes, como irritações e lesões na mucosa da boca. Foram 39 ocorrências suspeitas de intoxicação desse tipo em 15 municípios gaúchos, encaminhadas à Vigilância Sanitária entre a quinta-feira passada e ontem. As vítimas estão recuperadas e passando bem, segundo a Secretaria da Saúde.

A interdição cautelar de todos os lotes do produto no comércio distribuidor e varejista continuará até que a Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) se pronuncie sobre o caso. Isso deve ocorrer depois de a Vigilância Sanitária de São Paulo divulgar o laudo da inspeção que fez na fábrica do produto, em Guarulhos.

O diretor da unidade de negócios Toddynho, Vladmir Maganhoto, admitiu o erro na fabricação e informou que até a tarde de ontem cinco pessoas procuraram o serviço de atendimento ao consumidor da empresa. Segundo ele, todas estão recebendo acompanhamento de um médico.

Ele afirma que, em 23 de agosto, houve uma falha na produção que atingiu as unidades produzidas entre as 5h30 e as 6h30 em Guarulhos. “Um líquido utilizado na limpeza das máquinas vazou em um pequeno lote. O que essas pessoas tiveram contato é água com detergente, em uma concentração relativamente baixa, não Toddynho”, disse ele.

 

 

 


ATENTADO
Explosão em ambulância é investigada

A polícia tenta esclarecer o que provocou a explosão em uma ambulância da Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú na madrugada de ontem. O veículo estava estacionado junto ao Pronto Atendimento (PA) do Bairro da Barra e teve a parte interna, onde ficam os equipamentos, totalmente destruída.

Há suspeitas de que explosivos tenham sido colocados embaixo da ambulância. Para o secretário da pasta, José Roberto Spósito, não se trata de vandalismo:

– A explosão acordou o bairro inteiro, foi coisa de profissional. O impacto foi tão forte que chegou a jogar uma bateria de 12 quilos, que alimenta os aparelhos, no teto.

O alvo do atentado foi uma Unidade de Tratamento Intensivo Móvel. Parte dos aparelhos também foi atingida pela explosão. A maca, onde são carregados os pacientes, foi arremessada contra a porta traseira da ambulância, que arrebentou.

Segundo Spósito, atendentes do PA teriam percebido a presença de duas pessoas em uma moto, próximo à ambulância, pouco antes da explosão. As informações preliminares da perícia são de que os explosivos teriam sido colocados embaixo do veículo:

– Do artefato que causou a explosão não sobrou nada. Foi recolhida uma substância no local semelhante a graxa, que foi encaminhada para análise laboratorial – disse a diretora do Instituto Geral de Perícias de Balneário Camboriú, Lúcia Beduschi.

O resultado da análise feita pelo Instituto de Análises Forenses, em Florianópolis, sai em 30 dias. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso, e espera os resultados da perícia. Imagens de câmeras de monitoramento do próprio PA e de uma padaria próxima também serão usados, mas ainda não há suspeitos. SPAUTZ | Balneário Camboriú

dagmara.spautz@santa.com.br

DAGMARA

 

 

Dia a dia


- Saúde - No dia 12 de novembro será realizado, em Florianópolis, um curso de extensão sobre nutrição e saúde mental. O programa é voltado a profissionais e estudantes na área de Medicina, Nutrição, Farmácia e Psicologia. Serão abordados funcionamento cerebral e desintoxicação, entre outros. Informações: lizandra.lucio@hotmail.com. -

Artrites

 Estão abertas as inscrições para a palestra gratuita O que Devemos Saber Sobre Artrites e Outras Doenças Reumáticas. O evento ocorrerá no dia 12, das 9h às 11h30min, no Hotel Majestic, na Capital. Na ocasião, os participantes poderão esclarecer dúvidas com os reumatologistas palestrantes. Informações:(48) 3322-1021.

 


Médicos - Entre os dias 17 de outubro e 21 de novembro, a Unoesc e o Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), de Joaçaba, abrirão inscrições para os programas de residência médica em clínica médica e cirurgia geral, a serem realizados no próprio hospital, entre 2012 e 2014. Informações: www.unoesc.edu.br.

 

 

 

ONG responsável pela elaboração do projeto do Hospital de Biguaçu contesta a decisão da Vigilância
 Martha Ramos

Biguaçu 

Em audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira na Câmara de Vereadores de Biguaçu, para debater a interdição da obra do Hospital Municipal, a doutora Deisi Noeli Weber Kusztra, presidente da OMF (Organização Mundial da Família), ONG responsável pela elaboração do projeto do hospital, contestou o laudo que levou a Vigilância Sanitária Estadual a interditar a obra. “O projeto não tem irregularidades e a atitude da Vigilância foi um abuso de poder” declarou.

A presidente da OMF acrescentou que o município teria 90 dias para responder ao relatório da Vigilância Sanitária Estadual, com a oportunidade de contestar as irregularidades e fazer as adequações no projeto. “Essa foi uma decisão que afeta diretamente aà população e causa prejuízos para Biguaçu”, comentou Deisi.

Ela disse que o projeto não é internacional e foi feito baseado em dados da Vigilância Epidemiológica Municipal, tendo em vista as necessidades do sistema local de saúde. “O que está em desacordo com as normas da RDC 50/2004 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o relatório da Vigilância que é inconclusivo e não apresenta descrição das irregularidades e não aponta soluções para as mesmas”, criticou Deisi, referindo-se as normas para projetos de estabelecimentos físicos de assistência de saúde. Ela ainda acusou os “técnicos da Vigilância Sanitária de nunca terem entrado no hospital”.

O secretário de Saúde de Biguaçu, Leandro Adriano de Barros, adiantou que irá se reunir nesta quinta-feira com a diretora da Vigilância Sanitária, Raquel Bittencourt. “Vou propor que nos deixe abrir o hospital somente para a chegada dos equipamentos e móveis. Se um acordo não for feito de forma amigável, teremos que entrar com um mandato de segurança”, disse.

Ao final da audiência o presidente da Câmara de Vereadores Luiz Roberto Feubak informou que vai propor uma nova reunião com a participação da Secretaria de Saúde, Vigilância Sanitária e a OMF. “Somente havendo um diálogo entre as partes interessadas é que essa situação começará a se resolver”, concluiu.