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EMAGRECEDORES
Anvisa vota retirada de produtos do mercado

A diretoria colegiada da Anvisa analisa e vota na próxima terça-feira, dia 4, a proposta de proibição da venda de medicamentos emagrecedores no País. O encontro será na sede do órgão. Em agosto, após reunião, os diretores optaram por deixar a votação sobre o tema para um encontro aberto ao público. A intenção, segundo a Anvisa, é dar transparência à tomada de decisão e dar amplo conhecimento ao relatório de 700 páginas.

 


ALEITAMENTO MATERNO
Uma doadora de vida

Dois anos, dois meses e 28 dias. Este foi o tempo que a auxiliar de enfermagem Cássia Cristina Theiss, 38 anos, se dividiu entre as tarefas de mãe, esposa, dona de casa, estudante de Nutrição e doadora de leite materno. Durante estes 819 dias, ela doou 1.245 frascos de 400 ml, totalizando 498 litros. Assim como Cássia, outras mãe fazem parte desta rotina de amor e doação por uma causa maior.

Quando nasceu Isabel, a segunda filha de Cássia, dia 7 de janeiro de 2009, ela precisou da ajuda do Banco de Leite. Como tinha muito leite, e a recém-nascida não dava conta de mamar tudo, foi convidada a ser doadora e, dia 28 de janeiro, quando a pequena completou 21 dias, ela começou a doar.

– Quando fui convidada a doar, fiquei meio perdida, pois não sabia se iria dar conta de amamentar a minha filha e doar – conta.

Por semana, a doação era de 21 frascos

Nestes dois anos, o volume de leite doado variava, mas o máximo coletado por semana eram 21 frascos. Todos os dias, às 5h e antes de dormir, ela retirava o leite em excesso e depois amamentava a filha. Às 10h e às 14h, enquanto estava no trabalho, retirava leite e guardava.

– Muitas vezes estava passeando e chegava a hora de retirar o leite, pois o peito ficava cheio e começava a doer, e tinha que voltar para casa. Deixamos de fazer algumas coisas em prol da doação, mas foi gratificante – conta Cássia.

Ela diz que não seguiu nenhuma regra para produzir mais leite, apenas esgotava bem cada peito e bebia bastante água. Para a pediatra do Banco de Leite Humano de Blumenau, Rosana Cristina Fialho Rebellato, a quantidade de leite doado por Cássia é incomum e pode ser considerada um recorde.

– Foi um conjunto de situações que proporcionaram a produção: o organismo dela e o apoio de familiares e no trabalho. Foi uma família doadora – diz a médica.

Apesar da doação ser um ato de amor ao próximo, Cássia recebeu muitas críticas de pessoas que falavam que ela havia parado de viver para doar. Quando resolveu deixar de contribuir, no dia 19 de abril deste ano, a decisão veio com uma ambiguidade de sentimentos.

– Parei quando senti que a missão estava cumprida, mas passei por um período de luto, pois deixei de ajudar. Pensava nas crianças prematuras que precisavam do leite – conta Cássia.

morgana.michles@santa.com.br

MORGANA MICHELS | Blumenau


ALEITAMENTO MATERNO
Banco de leite humano

O Banco de Leite Humano de Blumenau recebe, mensalmente, em média, 30 a 40 mulheres que doam cerca de dois frascos por semana. Este leite é utilizado para alimentar de 20 a 30 prematuros internados nos hospitais Santo Antônio e Santa Catarina, já que, geralmente, mães de bebês prematuros passam por um período de estresse e não produzem leite.

O ideal para atender à demanda dos hospitais seria ter no mínimo cem a 150 litros de leite por mês. A coordenadora do Banco de Leite Humano de Blumenau, Elisabeth Kuehn de Souza, explica que se houvesse leite sobrando poderia ser usado para complementar a alimentação de crianças doentes, que iriam se recuperar mais rapidamente, e também para filhos de mães soropositivas.

Para a pediatra e responsável médica do Banco de Leite Humano de Blumenau, Rosana Cristina Fialho Rebellato, o leite materno é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros dois anos de vida.

 
GERAIS
Ministro da Saúde critica fumódromos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou abertamente a proposta de emenda que permitiria a criação de estabelecimentos exclusivos para fumantes. O texto havia passado por seu gabinete na semana passada, mas Padilha só passou a declarar sua oposição depois de ser pressionado por setores do governo e grupos antitabagistas.

– Somos contra qualquer fumódromo, contra qualquer serviço em ambiente fechado que possibilite o uso do cigarro – disse o ministro.