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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Reajuste dos médicos

Se o mercado exige, é preciso se adaptar. Com a proposta de reajuste dos médicos da rede municipal, a Prefeitura de Joinville tenta, evidentemente, deixar o sistema público mais atraente para a categoria. Poucas décadas atrás, não havia muitas opções para os profissionais fora da rede pública. Hoje, a concorrência é muito maior. E se governos não se mexerem, a falta de médicos, já aguda em determinadas situações, vai se agravar.

Além do reforço salarial, em escala relativamente significativa para os patamares atuais, como mostra “AN” na edição de hoje, também é necessária a melhoria nas condições de trabalho no SUS. Por meio da cobrança de entidades médicas, autoridades sabem dessa demanda observada em quase todo o País, com as exceções das ilhas de excelência. Maiores salários, em tese, facilitam mais contratações e, com recursos humanos suficientes, as condições de trabalho melhoram. Resta saber se a melhoria será suficiente. Com o reforço salarial de Joinville, poderá ser medido também o impacto da remuneração dos profissionais da rede pública? Será o suficiente para atrair mais interessados nos concursos públicos e terá força para segurar os já contratados? Com essa medição, será possível estimar quais as ações futuras. Ninguém nega os limites orçamentárias, a incapacidade de extensão infinita dos salários, mas o novo patamar da remuneração pode ajudar a avaliar o quadro profissional com maior precisão.

 

Geral

 

SAÚDE PÚBLICA
Médicos receberão aumento
Prefeitura de Joinville anuncia hoje reajuste que pode chegar a R$ 2 mil nos salários

Um pacote de medidas salariais para manter e atrair os médicos que atuam no sistema público de saúde será apresentado hoje pela Prefeitura de Joinville. Ontem, o prefeito Carlito Merss (PT) autorizou o aumento dos salários dos médicos das unidades básicas da saúde. Todos irão receber cerca de R$ 2 mil a mais por mês. Os profissionais que atendem pelo programa Saúde da Família (PSF) também terão um acréscimo de R$ 1,3 mil em seus vencimentos mensais.

O projeto de lei que está na Câmara e regulariza a produtividade dos médicos dos PAs será reformulado. Na nova proposta, será incluído um reajuste de 10% aos profissionais. Todas as medidas da Prefeitura ainda precisarão ser aprovadas no Legislativo, por meio de projeto de lei. A Secretaria de Saúde estima que as medidas terão um impacto financeiro de R$ 11 milhões no próximo ano.

Segundo o chefe de gabinete Eduardo Dalbosco, a proposta foi definida depois que a Prefeitura teve a confirmação de queda no novo balanço quadrimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os dados mostram que a administração municipal fechou os gastos com pagamento de salários em 46,64% do total arrecadado, uma diminuição de 1,1% em relação ao balanço passado. “Com a folga, podemos começar a recuperação dos salários”, diz Dalbosco.

Para Tarcísio Crócomo, secretário da Saúde, a proposta tornará a Prefeitura mais atrativa aos profissionais da saúde, reagindo aos reajustes concedidos em cidades vizinhas, como Jaraguá do Sul. “Temos uma boa proposta, que alcança o mercado e passa a deixar tudo mais atrativo. Acredito que assim vamos conseguir manter os atuais profissionais e trazer novos”, comenta.

A Prefeitura têm cerca de 300 médicos em seu quadro. Mesmo assim, há falta de pelo menos 100 profissionais. Na proposta que será apresentada hoje, o prefeito detalhará o reajuste.

No caso de quem trabalha nas unidades básicas de saúde, nos bairros, o salário inicial passará de R$ 2,7 mil para até R$ 5 mil. Os que atendem pelo Programa Saúde na Família, teriam o vencimento-base alterado de R$ 5,4 mil para R$ 6,7 mil.

joao.kamradt@an.com.br

  

SAÚDE

Excesso de trabalho e falta de profissionais
Entidades questionam problemas na área de enfermagem do Hospital Regional

O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt volta a ser questionado sobre a falta de profissionais. Ontem, representantes do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SindSaúde) conversaram com o diretor-geral do hospital, Renato Castro, sobre os problemas causados com a falta de enfermeiros e o excesso de trabalho.

A reunião foi intensa, com discussões sobre os processos seletivos, a situação geral do hospital e o comprometimento no atendimento aos pacientes.

Uma das situações mais graves apontada pelas entidades é a transferência de pacientes de UTI para leitos comuns depois que dez vagas de unidade intensiva foram fechadas por falta de profissionais.

A coordenadora do departamento de fiscalização e ética do Coren, Tânia Rebelo, disse que há muitas denúncias sobre problemas nas condições de trabalho pela falta de profissionais.

A coordenação vai decidir que atitudes irá tomar nos próximos dias. “Esse é um problema recorrente, mas não é exclusividade deste hospital”, diz Tânia.

Representantes do SindSaúde, que organizaram a reunião, queriam encontrar formas para minimizar a sobrecarga de trabalho e garantir a reabertura da UTI. “O problema dos leitos da UTI não foi resolvido”, lamenta a coordenadora do sindicato em Joinville, Mari Estela Eger.

Sem consenso

Como primeira medida, as entidades pedem a suspensão da internação de pessoas de outras áreas e a transferência de mais profissionais para atender à UTI.

Mas há negociações para contratação em andamento. No processo seletivo simplificado, feito só pela análise de currículos, 295 técnicos de enfermagem se inscreveram para as 15 vagas abertas; e dez médicos, para quatro posições para cirurgião.

A situação se complica quando o assunto é clínico-geral. Para fechar as oito vagas abertas, apareceram apenas cinco candidatos.

O diretor do hospital, Renato Castro, aceitou participar de uma reunião entre as entidades e secretário estadual da Saúde, Dalmo de Oliveira, sem previsão de ocorrer.

Para minimizar a falta de profissionais, nove enfermeiros graduados foram chamados pelo concurso público e estão em fase de trâmites legais para começar a trabalhar. Com isso, Castro garante que será possível reabrir o dez leitos de UTI.

Uma reunião já estava pré-agendada para hoje, entre o diretor do hospital e o secretário Dalmo. Eles irão discutir as contratações de novos profissionais, o vencimento de alguns credenciamentos e projetos para reformas

 


SAÚDE

Hospital condenado por infectar criança
Segundo ação judicial, menina teria sido contaminada com vírus HIV durante tratamento

O Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR), foi condenado a pagar R$ 327 mil aos pais de uma criança catarinense contaminada pelo vírus HIV, suspostamente após uma transfusão de sangue no hospital. A decisão é da 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A unidade de saúde informou que vai recorrer da decisão.

A criança fez tratamento no hospital entre 1993 a 1999 para leucemia linfática aguda. A contaminação foi constatada em 2000. Três anos depois da confirmação a menina morreu.

Segundo o diretor clínico do hospital, Donizetti Gian Bernardino, na época foi feito um levantamento no banco de sangue parceiro da unidade de saúde e nenhum dos doadores era portador de HIV.

No entanto, conforme o médico, o hospital não conseguiu até hoje provar a inocência. “Não fizemos exames prévios na criança e desconhecemos tratamentos que possam ter sido feitos em outras instituições, mas o hospital vai cumprir todas as determinações da Justiça”, diz Bernardino.

Ainda, conforme a decisão judicial, o hospital foi condenado por protelar o andamento do processo, e pagará mais 15% sobre o valor da causa.

Para o relator da apelação contra a sentença, desembargador substituto Gilberto Gomes de Oliveira, os vários recursos apresentados pelo hospital foi uma tentativa de não pagar a pensão mensal concedida em liminar.

Na decisão em primeira instância, na Comarca de São Bento do Sul, onde tramitou a ação, o valor da indenização havia sido de R$ 2 milhões. A reportagem não teve acesso aos nomes e contatos da família da criança.

 

 


CONDENAÇÃO
Hospital teria passado Aids

O Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, no Paraná, foi condenado a pagar R$ 327 mil aos pais de uma criança catarinense que foi contaminada pelo vírus HIV, após uma transfusão de sangue no hospital. A instituição vai recorrer da decisão.

– Fizemos um levantamento junto ao banco de sangue parceiro do hospital e nenhum dos doadores na época era portador de HIV. No entanto, o hospital não conseguiu até hoje provar sua inocência – disse o diretor clínico, Donizetti Gian Bernardino.

A criança fez tratamento para leucemia linfática aguda na instituição entre 1993 e 1999. A contaminação foi constatada no ano de 2000, e a criança morreu em 2003.

O hospital também foi condenado por protelar a tramitação do processo. Ele terá de pagar mais 15% sobre o valor do processo.

A decisão é da 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O Diário Catarinense não teve acesso aos nomes e contatos dos familiares da criança.

 


Tribunal de Contas determina prazo para melhorias no hospital Regional de Joinville
Secretaria do Estado da Saúde tem até o dia 26 de outubro para adotar providências visando melhorar serviços prestados


Entre os itens do plano de ação determinado pelo Tribunal de Contas, está a contratação de médicos

O Tribunal de Contas de Santa Catarina determinou à Secretaria de Estado da Saúde a adoção de providências visando melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville.

A secretaria terá até o dia 26 de outubro para apresentar um plano de ação — com prazos, responsáveis e atividades —, ao tribunal. O objetivo é melhorar a eficácia dos serviços e diminuir a fila de espera para a realização de cirurgias e exames.

Entre as determinações e recomendações estão a readequação do espaço físico do centro cirúrgico, com aproveitamento da estrutura de salas cirúrgicas desativadas, a realocação de equipamentos pouco utilizados e ociosos para outras unidades hospitalares, a contratação de médicos, enfermeiros e profissionais para realizar exames especializados, o atendimento dos leitos de internação e a otimização da utilização do centro cirúrgico.

A decisão foi publicada na terça-feira (27) no “Diário Oficial Eletrônico” do tribunal.

 

Hospital é lacrado e prefeitura diz que vai realizar alterações solicitadas
Medida cautelar foi tomada devido ao desacato de auto de interdição, emitido na semana passada
 
Biguaçu 

Portas do hospital foram lacradas na tarde dessa quarta-feira, pela Vigilância SanitáriaPor volta das 14h25 dessa quarta-feira, fiscais da Vigilância Sanitária Estadual lacraram todas as portas de acesso ao Hospital Regional da Comarca de Biguaçu. A medida cautelar foi tomada devido ao desacato do auto de interdição, emitido no último dia 20. No final da tarde, por meio de assessoria de imprensa, a Prefeitura de Biguaçu afirmou que “o prefeito Castelo determinou imediatas providências, no sentido de adaptar a construção aos padrões recomendados pela Anvisa, o que deve ser feito imediatamente e no menor espaço de tempo possível”.

No momento da ação, quatro operários trabalhavam na parte interna do prédio, fazendo acabamento no piso. O vice-prefeito, Ramon Wollinger, acompanhou a vistoria, mas se recusou a assinar o recebimento dos autos de infração e intimação. “Acredito que isso não vai alterar o cronograma da obra. Na parte interna falta pouca coisa e aqui fora, as obras no entorno continuam normalmente”, alegou Wollinger, que prefere não comentar o lacre do hospital.

Também na tarde de ontem, o secretário de Saúde, Leandro de Barros, participou de uma reunião na Vigilância Sanitária do Estado. “O Hospital de Biguaçu possui o mesmo projeto padrão utilizado em todas as mais de dez unidades já construídas e entregues no Brasil. O de Pinhais se encontra em pleno funcionamento e o de Balneário Camboriú será inaugurado no próximo dia 20”, diz Leandro. “Em todos eles foram feitas as alterações recomendadas pela Vigilância Sanitária e não será diferente com o de Biguaçu”, afirma.

Projeto alterado

A diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Raquel Bittencourt, explica o que está em discussão, que é o projeto arquitetônico da edificação. “Não estamos considerando a obra física, mas analisando ainda o documento, que não está aprovado, nem tem carimbo do CREA”, explica. Raquel afirma que as obras na parte interna do hospital não poderão continua, enquanto não for enviado novo projeto arquitetônico.

Foram solicitadas alterações em 104 itens, como consta em relatório enviado à Secretaria de Saúde, no dia 6 de setembro. “Agora depende deles, não podemos fazer mais nada. O secretário disse tomar todas as providências necessárias para a correção do projeto”, antecipa.

Pontos de discórdia

Bernardo Belo Monteiro, arquiteto responsável pela análise do projeto arquitetônico do hospital, explica duas, das 104 inadequações observadas na obra, tendo como base normas do RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) Nº 50/2004, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Por exemplo, tem setores misturados no mesmo corredor, que não deveriam estar. Além disso, alguns corredores não estão nas dimensões apropriadas”, observa.

Uma reunião aberta ao público será realizada hoje, às 15h, no plenário da Câmara Municipal, a fim de esclarecer a situação do Hospital Regional da Comarca de Biguaçu. Participam do encontro a diretoria estadual da Vigilância Sanitária, representantes do Executivo e Legislativo.

  

Nova Sala

O Hospital Regional de São José inaugurou um espaço para acolher pacientes da emergência geral, que realiza 800 atendimentos diários. A obra da sala foi executada com recursos obtidos por meio de um chá beneficente organizado pela madrinha do hospital Linda Koerich

 

 

“Atendimento pelo SUS é mais rápido do que o particular” 


Na semana mundial do coração, que foi criada para alertar a população para a prevenção de doenças cardíacas, como será que está o atendimento cardiológico do Sistema Único de Saúde (SUS), de Lages? De acordo com o secretário de saúde, Juliano Polese, o atendimento pelo SUS é mais rápido do que o particular. Uma pessoa espera em média um mês e meio para o atendimento gratuito, e em uma consulta particular, aguarda no mínimo três meses e desembolsa em torno de R$ 250,00.

 Atualmente há 548 pessoas aguardando atendimento pelo SUS em Lages. “Um médico se ausentou para fazer doutorado e isso aumentou a fila de espera, mas em janeiro a previsão é de ele já volte. Mas mesmo assim, não demora mais de dois meses. Hoje estamos com três cardiologistas atendendo a comunidade”, diz.

 O concurso público da prefeitura que abriu recentemente prevê mais uma vaga para cardiologista. “O problema é o que os médicos não querem trabalhar pelo SUS. Nós podemos contratar sem ter nenhum concurso vigente, mas não há interessados. Pelo SUS o médico ganha uns R$ 20,00 por consulta, já particular ganha até R$ 300,00”, explica.

 A secretaria de saúde não tem um programa específico que trate das doenças cardíacas, mas em vários outros programas a prevenção e o tratamento são inseridos. “No programa Saúde da Mulher, do Idoso e no do Homem por exemplo, são feitas avaliações cardiológicas”, complementa.

 Não há um levantamento para saber quantas pessoas em Lages possuem problemas cardiológicos. Mas os hospitais possuem a quantidade de atendimentos realizados mensalmente. No Hospital Tereza Ramos, foram internadas, em junho, 59 pessoas com problemas cardiológicos, em julho 49, e em agosto 42.

 No Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, 64 pessoas foram internadas em junho, 66 em julho, e 62 em agosto. Nos últimos três meses, 342 pessoas foram internadas nos dois hospitais. A quantidade de atendimento nos hospitais devido a problemas cardiológicos foi o dobro.

  

Mais de 70 mil morreram de infarto

  
Segundo o Ministério da Saúde, apenas 2% dos pacientes que têm um infarto, conseguem reconhecer os sintomas. Em 2009, mais de 70 mil pessoas morreram vítimas de infarto no Brasil.

A dor no peito é a principal queixa que leva os pacientes com suspeita de infarto aos serviços de emergência, cerca de 70% das pessoas que têm infarto do miocárdio sente esta dor que pode refletir no braço esquerdo e no queixo, outras ainda têm ainda enjoo e suor.

De acordo com o órgão, os outros 30% sentem o que os médicos chamam de quadro atípico: dor no peito não tão forte, cansaço intenso, falta de ar, dor no abdômen, diarreia e tontura. São sintomas mais comuns entre idosos e diabéticos.

 

Tempo é tudo quando se trata de um infarto, tanto que no jargão médico existe a famosa hora de ouro, que nada mais é do que a primeira hora de manifestação dos sintomas e do socorro que, se feito nesse período, é muito mais eficiente. Por isso saber reconhecer os sintomas de um infarto é tão importante.

 
Para prevenir doenças cardiológicas

 Controle a sua pressão arterial


Não fume


Diminua a ingestão de gorduras


Chegue no peso ideal de acordo com sua altura


Sempre faça exercícios


Diminua a ingestão de sal