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SAÚDE
Selo vai garantir qualidade

Um certificado que irá dizer se o atendimento em saúde segue as normas da segurança foi lançado ontem à noite em Joinville. O Bioselo, como é chamado, foi apresentado no 7º Congresso Brasileiro de Biossegurança, que reúne especialistas de todo o mundo até sexta-feira, na Univille.

Parecido com o ISO concedido a empresas, o selo é um atestado de que o hospital ou unidade de saúde atende a exigências determinadas por lei. A certificação é uma forma de incentivar o controle dos riscos de infecções que afetam pacientes e profissionais.

A certificação será dada pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), que trata de assuntos que vão da higiene à produção de alimentos transgênicos. O selo também terá validade mundial, reconhecida pela Federação Internacional das Associações de Biossegurança.

Para obter o certificado, a unidade terá de passar pela avaliação de aspectos como instalações e uso de equipamentos. Segundo a presidente da ANBio, Leila Macedo Oda, cerca de 80% dos hospitais não fazem controle adequado de infecção, por isso, a mortalidade chega a cem mil pacientes por ano. “Com o Bioselo, teremos condições de criar ferramentas de gestão para reduzir esses índices e avançar no atendimento”, afirma.

 


ATENDIMENTO A QUEIMADOS
Ala do Hospital Infantil será fechada

O Hospital Materno Infantil Doutor Jeser Amarante Faria terá que desativar a ala de queimados. O Ministério da Saúde entendeu que a demanda atendida pela unidade em Joinville não é suficiente para repassar recursos. Em seis meses, foram 25 atendimentos no setor, uma média de um por semana. As crianças que precisarem do atendimento agora serão transferidas para o Hospital Joana de Gusmão, em Florianópolis. Os dez leitos, que eram reservados exclusivamente para o setor, serão destinados a outros serviços.

A assessoria de imprensa do hospital confirmou a decisão e disse que a direção entende. Desde que a ala de queimados foi criada, foi pedido o credenciamento da unidade no Ministério da Saúde. Até a decisão sair, o atendimento era feito normalmente. A assessoria diz também que, para a população, o atendimento vai continuar o mesmo e que nenhum profissional precisou ser demitido por causa disso. A diferença é que agora os casos mais graves de queimaduras serão todos levados para a Capital, já que o ministério entende que a unidade de lá consegue atender a toda a demanda de Santa Catarina.

O Hospital Infantil também está reestruturando o contrato com o governo do Estado, já que algumas demandas hoje são maiores que as ofertas e, em outros casos, a situação é o contrário. Essa reavaliação dos atendimentos é realizada com frequência, para adequar os repasses da Secretaria de Saúde. Desde setembro de 2008, o hospital atua com a gestão da organização social Hospital Nossa Senhora das Graças. Durante esses três anos de atividade, já foram atendidas mais de 300 mil crianças e adolescentes de zero a 15 anos.

 
BARRA VELHA
Mutirão para fazer exames de raio X

Está programado para o próximo sábado mais um mutirão para a realização de exames de raio X, em Barra Velha. O primeiro aconteceu no último sábado, depois que o PA 24 horas da cidade ficou 32 dias sem o aparelho que estava quebrado.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, aproximadamente 300 pessoas estão no aguardo para realização deste tipo de exames. Na primeira força-tarefa, 21 pacientes foram atendidos e foram feitos 58 raios X. Se fosse seguido o agendamento normal, os pacientes teriam de esperar até novembro.

Entre os dias 26 de setembro e 7 de outubro, a Secretaria de Saúde vai realizar o mutirão para coleta de exames de preventivo para diagnóstico precoce do câncer de colo de útero. De acordo com a coordenadora de enfermagem do PA 24h, Cintia Pfeil, para evitar tumulto, os exames vão ser feitos com dia e horário marcados.

 

País


BRAÇOS CRUZADOS
Médicos boicotam planos de saúde
Atendimento será interrompido para cobrar reajuste das operadoras

Médicos vão interromper hoje o atendimento a clientes de planos de saúde para cobrar reajuste nos valores pagos pelas operadoras em 23 Estados e no Distrito Federal. Dos mais de 46 milhões de usuários, a categoria estima que os planos afetados pela paralisação somam de 25 milhões a 35 milhões de clientes.

É a segunda vez este ano em que a categoria faz um boicote às operadoras. Na primeira, em abril, a paralisação foi contra todos os planos do País. Desta vez, os médicos vão suspender, por 24 horas, as consultas por convênios que não reajustaram os valores pagos por elas ou não negociaram.

A categoria quer aumento imediato no valor das consultas pago pelas operadoras e a fixação de um reajuste anual. De acordo com os médicos, os planos de saúde pagam, em média, R$ 40 por atendimento. O valor mais baixo encontrado pelas entidades médicas é R$ 15, e o maior, R$ 80. A categoria defende o mínimo de R$ 60.

O presidente do Conselho Regional de Medicina de SC e da Sociedade Joinvilense de Medicina, Ricardo Polli, diz que houve apelo aos médicos de todo o Estado para que não atendam pacientes de planos de saúde que se negaram a negociar com os médicos. A regra vai funcionar para pacientes sem gravidade. Emergências, urgências e casos de pacientes que precisam de tratamento contínuo serão atendidos. Polli acredita em uma adesão significativa no Estado e em Joinville.

 

Política

 EMENDA 29
Câmara deve negar criação de novo imposto da saúde

Na véspera de a Câmara votar a regulamentação da Emenda 29, prevista para ir ao plenário hoje, o presidente Marco Maia (PT-RS) disse que a casa não deve aprovar a Contribuição Social da Saúde (CSS) ou qualquer outro novo tributo que financie a saúde. Mas cogita discutir novas fontes de financiamento para a área da saúde a partir do que já existe, como por exemplo, a arrecadação com royalties e com o seguro obrigatório DPVAT.

 

Visor

 NÃO ESQUEÇA
Hoje é o Dia Mundial do Alzheimer. Em SC, entra no ar uma campanha para conscientizar a população sobre a necessidade de se informar sobre a doença. Ela foi desenvolvida voluntariamente pela agência Marcca. O ator Tarcísio Meira Filho, que fez a narração, doou seu cachê para a regional catarinense da Associação Brasileira do Alzheimer. A campanha também é apoiada pelo Grupo RBS.

 

Geral

 Laboratório conclui que era um cogumelo

O Laboratório Central de SC (Lacen) descobriu que o corpo estranho encontrado dentro de uma embalagem de extrato de tomate em São José, na Grande Florianópolis, é um cogumelo. O material foi encontrado por uma dona de casa no dia 15 de setembro. Os testes não identificaram como o cogumelo – que já estava em decomposição – foi parar dentro da embalagem. Segundo o Lacen, o próximo passo é analisar outros produtos do mesmo lote e data de fabricação. A empresa Fugini ainda não se pronunciou sobre o caso.



Secretaria de Saúde faz mutirão de raio X

Está programado para o próximo sábado mais um mutirão para a realização de exames de raio-x em Barra Velha, Litoral Norte. O primeiro aconteceu no último sábado, depois que o Pronto Atendimento 24 horas da cidade ficou 32 dias sem o aparelho, que estava quebrado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, aproximadamente 300 pessoas aguardam para fazer o exame. Entre 26 de setembro e 7 de outubro, o mutirão será de exames preventivos para diagnóstico precoce do câncer de colo de útero.

  

MÉDICOS PARADOS
Urgências e emergências garantidas

O Procon de Florianópolis notificou, ontem, as seis operadoras dos planos de saúde na cidade para que mantenham os serviços de urgência e emergência durante a paralisação marcada para hoje. De acordo com o diretor do Procon da Capital, Tiago Silva, o órgão exigirá que ao menos 30% do efetivo mantenha o atendimento, sob pena de multa.

A penalidade aplicada poderá ser de até R$ 3 milhões, dependendo do prejuízo para a saúde do consumidor. O diretor do Procon diz que entende as reivindicações dos médicos, mas ressalta que os consumidores não podem ser prejudicados.

Silva destaca ainda que o cumprimento dos serviços essenciais hoje será fiscalizado pelos próprios clientes das operadoras. Caso não seja disponibilizado os serviços de urgência e emergência nas unidades de saúde, o cliente deverá denunciar junto ao Procon.

Segundo a diretora executiva do sindicato dos médicos, Maria Cristina Fortuna, o objetivo da paralisação de 24 horas é alertar, pedindo a melhoria da qualidade do atendimento por meio da maior remuneração dos profissionais. Ela garante que atendimentos de urgência e emergência devem ser mantidos, assim como tratamentos que não podem ser interrompidos. Para os demais procedimentos, os médicos são orientados a avisar os pacientes com antecedência da interrupção dos serviços, remarcando as consultas.

A suspensão do atendimento de alguns planos de saúde atinge todo o país. Em abril, os profissionais da saúde paralisaram as atividades pelo mesmo motivo.

Em todo o Estado, há planos de saúde que não aderiram à paralisação pois já houve acordo com os médicos. Em Santa Catarina, clientes de pelo menos 13 planos de saúde (ver quadro) não serão prejudicados, porque já houve acordo com os médicos.

 

O que eles pedem
A categoria reclama que os honorários pagos pelos planos não seguem os valores previstos pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos. A maioria das operadoras paga entre R$ 25 e R$ 40, mudando conforme a região. Os médicos reivindicam no mínimo R$ 60, e consideram R$ 80 o ideal.

NÃO VÃO PARAR
• Assefaz
• Saúde Caixa
• Capesesp
• Cassi
• Celos
• Correios
Saúde
• Conab
• Eletrosul
• Embratel
• Elos Saúde
• Fassincra
• Funservir
• Cooperativas
Médicas

  

LANÇAMENTO EM JOINVILLE

Selo vai atestar segurança na saúde

Um certificado que irá dizer se instituições de saúde do país estão dentro das normas da segurança hospitalar foi lançado ontem, em Joinville, durante o 7º Congresso Brasileiro de Biossegurança, que reúne especialistas na Univille.

Parecido com o ISO concedido a empresas, o Bio Selo é um atestado de que o hospital ou unidade de saúde atende requisitos de segurança hospitalar exigidos por lei. A certificação será dada pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), que trata de assuntos que vão da higiene hospitalar à produção de alimentos transgênicos. O selo também terá validade mundial, reconhecida pela Federação Internacional das Associações de Biossegurança. Para obter o certificado, o hospital ou unidade de saúde terá de passar um processo de auditagem interna e externa, nas quais serão avaliados aspectos como instalações, procedimentos, uso de equipamentos e outros. A certificação poderá ser feita online, pelo site www.bioselo.org.br.

 

Joinville

 

 

Diário do Leitor


Infecção hospitalar
Não devemos nos esquecer que a infecção hospitalar, além de ter o evidente aspecto ativo, ou seja, a atuação dos agentes infecciosos, depende também da higidez do paciente. Pacientes internados, em geral, estão com as defesas baixas por causa da gravidade de seus problemas de saúde, ou tão importante quanto, pelo medo ou apreensão causados pelo temor da má evolução de seu quadro clínico. Para avaliar a importância da falência imunológica, lembramos que os casos de infecção hospitalar são pontuais e não acometem simultaneamente todos os pacientes internados num determinado hospital.

 Geraldo Siffert Junior
Por e-mail

 


Saúde
O nosso corpo é uma maquina engenhosa, perfeita e cheia de mistérios. Difícil é saber quais os cuidados que devemos ter para seu bom funcionamento. Médicos, nutricionistas e entendidos a cada hora mudam seus conceitos. Uma hora carne vermelha deve ser evitada, ovos nem pensar, chocolate é veneno, álcool deve ser riscado totalmente etc. De repente, vem outra pesquisa que torna tudo isso um benefício à saúde. Vai entender e confiar em quem?

 

Jorge D. Hexsel
Florianópolis

 

Política


MINISTRO CALCULA

Qualidade na saúde custa R$ 45 bilhões

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ontem que a reorganização do Sistema Único de Saúde e a melhoria da qualidade no atendimento à população custaria R$ 45 bilhões ao país nos próximos anos.

Padilha participou de uma sessão plenária especial da Câmara dos Deputados, que discutiu a regulamentação da Emenda Constitucional 29 – projeto que prevê recursos para o financiamento da saúde.

– Se o Brasil quiser chegar a patamares parecidos com os dos seus companheiros sul-americanos, como Chile e Argentina, é preciso investir R$ 45 bilhões na saúde do nosso país – afirmou Padilha.

O ministro disse também que para dar conta do SUS é preciso ter políticas que garantam investimentos crescentes na área pública. Ele não tratou diretamente da criação da Contribuição Social para a Saúde (CCS), novo imposto sobre movimentações financeiras que seria utilizado para financiar o setor.


Projeto deve ser votado hoje na Câmara

O plenário da Câmara deve votar hoje o projeto que regulamenta a Emenda 29. O texto estabelece os valores mínimos a serem aplicados pela União, por estados e por municípios em ações e serviços públicos de saúde e dos critérios de rateio das transferências para a saúde.

O texto base da proposta foi aprovado pelo plenário da casa em 2008 e prevê a criação da Contribuição Social da Saúde. O imposto seria cobrado nos moldes da extinta CPMF. Os deputados federais devem votar também um destaque do DEM que pretende retirar do texto a base de cálculo da CSS e, assim, inviabilizar a cobrança do novo tributo.

 

Brasília

 



IPQ: um hospital chamado de casa
Alguns pacientes do Instituto Psiquiátrico de Santa Catarina vivem no local há mais de 40 anos
 Mariella Caldas

São José 


Romualdo Oliveira tem 73 anos e chegou aos 18 no IPQ onde desenvolveu o gosto pela pintura

Engana-se quem pensa que levar a vida praticamente inteira dentro de um hospital é aparentemente angustiante, triste e monótono. Quem passa muito tempo dentro de uma instituição como o IPQ (Instituto Psiquiátrico de Santa Catarina), localizado no bairro Colônia Santana, em São José, acaba “adotando” os funcionários e profissionais da saúde como os únicos amigos e familiares.

Para os internos, um vínculo familiar é criado por acaso e pela convivência diária. No IPQ, há mais de 220 pacientes-moradores, pessoas que chegaram ao hospital e, por falta de condições financeiras ou apoio familiar, nunca voltaram para casa. Muitos não conseguem nem lembrar como chegaram ali, mas superaram o trauma e deram continuidade a vida, mesmo sem os laços familiares.

Romualdo Oliveira, 73, é um belo exemplo. Ele encontrou na pintura e na prestação de serviços à comunidade opções para se distrair e ocupar o tempo. Ele faz parte de um grupo de 22 pessoas que vivem nas residências terapêuticas, situadas fora do hospital e inseridas no bairro, mas sem perder a ligação com o IPQ.

Ele chegou ao local quando tinha 19 anos, não lembra como nem o porquê, depois de uma crise epilética. Abandonado duas vezes, pela família verdadeira e adotiva, ele conta que começou a viver depois que foi acolhido na instituição, mesmo sem ser diagnosticado como doente. “O abandono é doído, terrível”, relata Oliveira.

Independente, o morador lembra que se sente bem e tem tudo o que precisa no IPQ. Os colegas que dividem a casa se transformam em irmãos e os funcionários em uma grande família.

Arte como passatempo

Mais de 20 quadros já foram pintados por Romualdo Oliveira. Telas grandes, em tinta óleo, fazem parte do acervo. Ele prefere as paisagens e conta como aprendeu a usar e misturas as cores. “Frequento as aulas da escola profissional há dois anos. A professora ajuda muito e, com a aposentadoria, compro os materiais que preciso”, comenta ele que já vendeu alguns quadros e outros preferiu dar de presente.

Assim como Oliveira, outro morador da casa é Paulo Roberto Bonatelli, 56, que também aprendeu a pintar. Diagnosticado com transtorno de humor, ele toma a medicação diária, mas tem uma vida normal. Diferente do colega, Bonatelli tem contato com as irmãs uma vez por mês, mas conta que prefere viver na Colônia Santana.

“Minhas irmãs me trouxeram há mais de dez anos para cá. Disseram que não era mais possível morar com elas”, conta. Ele diz que o apoio delas é fundamental, mesmo estando distantes, mas que não troca a moradia na residência terapêutica por nada.

Moradora de outra casa, Janete dos Santos, 49, está desde os dez anos no IPQ. Sem saber como chegou ao hospital, ela lembra pouca coisa dos tempos de criança. Diagnosticada como doente mental, ela conta que nunca mais viu nenhum familiar. “Gosto de morar aqui. Antes eu vivia na rua e bebia até água suja”, contou à reportagem enquanto fazia as unhas em um salão de beleza próximo.



Sob os cuidados de Cláudia (C), Paulo e Marcelo (D) vivem nas residências terapêuticas
Residências terapêuticas

O programa do governo federal ‘De volta pra casa’ foi criado na década de 90, a partir de um movimento antimanicomial. Os pacientes que estavam há mais de dois anos internados e se encontravam em fase de alta hospitalar puderam participar. Um benefício, que hoje é de R$ 320, é pago mensalmente aos doentes que voltassem para casa ou saísse do hospital para morar em outro lugar.

Com isso, esses 22 pacientes ganharam independência social e financeira, mas não deixaram de receber a medicação, ter atendimento psiquiátrico e psicológico. “Este é um recurso importante para resgatar a nossa cidadania. Temos uma boa relação com os colegas de moradia”, explica Marcelo Oliveira, 45, morador do IPQ há 15 anos.

Ele divide a residência terapêutica com outros cinco homens, entre eles está Romualdo Oliveira e Paulo Bonatelli. Todos estão sob os cuidados da supervisora Cláudia Maria da Rosa, técnica administrativa do IPQ. Ela cuida de três casas, separa a medicação e se tornou a mãe, amiga e confidente desses pacientes em alta.

“Às vezes, eles comentam que sentem falta da família. O serviço social tenta entrar em contato com os familiares, mas na maioria das vezes não tem sucesso”, ressalta Cláudia. A supervisora afirma que eles se sentem valorizados podendo cuidar da casa, das próprias contas ou prestando serviços à comunidade.

Sem identidade

Diagnosticados com esquizofrenia, transtornos de humor e deficiência mental, o Instituto Psiquiátrico atende 223 pacientes-moradores, mais 22 nas pensões, sendo 79 mulheres. Somente cerca de 50 pessoas têm algum tipo de contato com a família. Há mais 160 vagas para tratamentos isolados.

A enfermeira Noezi Botelho, conta que a maioria vive no hospital há mais de 20 anos. “A família abandona porque não tem condições de cuidar ou a doença não permite que o paciente retorne para casa”, observa. Alguns pacientes, simplesmente, apareceram na porta do hospital, sem identidade e sem nome.

Conforme a enfermeira July Marquardt, antes de 1995, os que chegavam sem documento eram chamados de ‘não identificados’ e recebiam um número equivalente a ordem de chegada. “Se a família não aparecesse para buscá-los, os nomeávamos, fazíamos a documentação e, muitos, estão aqui até hoje”, acrescenta.

O diretor do IPQ, Paulo Marcio Souza, expõe que uma família acaba se formando entre os pacientes, funcionários e comunidade. “Alguns servidores atendem na mesma enfermaria durante anos, por exemplo, e desenvolvem relações familiares além das profissionais”, afirma. Apesar de isso não ser visto com tranquilidade, quando há um falecimento o vínculo é quebrado e é preciso trabalhar o luto.

BOX

Instituto Psiquiátrico de Santa Catarina

-245 pacientes-moradores

-79 mulheres

-166 homens

-22 vivem nas residências terapêuticas

-Cerca de 50 têm contato com a família

-160 vagas são para tratamentos de até um mês

-O IPQ é mantido pela Secretaria do Estado da Saúde

-Investimento mensal é de R$ 2,6 milhões

 


São José: Vacinação contra o sarampo foi prorrogada até o dia 23 de setembro
 

 Papais e mamães que ainda não conseguiram levar seus filhos até o posto de saúde para tomar a vacina contra o sarampo, tem até a próxima sexta-feira (23). Isso porque a Secretaria de Saúde de São José resolveu prorrogar o prazo, pois ainda não foi atingida a meta de 95% de crianças imunizadas no município.

 “A meta esperada era 95% total e por faixa etária em São José, portanto só falta alcançarmos a faixa etária de 06 anos de idade”, explica a enfermeira Simoni Tortelli Nunes, do Programa de Imunização da Secretaria de Saúde de São José.

A vacina pode ser encontrada em todos os postos de saúde do município, de segunda a sexta-feira, das 7 às 19h. É importante ressaltar que os pais devem levar a caderneta de vacinação de seus filhos.

 

Secretaria Municipais

A 49º edição do Encontro Estadual de Secretarias Municpais de Saúde será realziada amanhã e sexta-feira, em Treze Tilhas

 

Nota

Mediciana e Justiça

Últimos dias para as inscrições do 1º Fórum de Integração Medicina e Justiça, que será realizado nos dias 22 e 23/9, em Florinópolis. O Objetivo do evento é incentivaer a integração entre profissionais da medicina e da justiça na atuação em defesa da assistência de qualidade e de eficiência à saúde da população. Inscrições gratuítas pelo e-mail forum@acm.org.br Informações :(48) 3216-8156.