CIRURGIAS NO REGIONAL
Mutirão é contra as varizes
Dez pessoas devem ser operadas hoje em Joinville. Fila tem 30 pacientes
O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt realiza hoje mais um mutirão de cirurgias. Estão previstas dez cirurgias de varizes que serão executadas por três equipes, a partir das 7 horas. Atualmente, a fila de espera por essa especialidade é de 30 pacientes.
Segundo a médica Andréia Leite, coordenadora de cirurgias vasculares do Regional, além dos pacientes na fila de espera, existem cerca de 250 em atendimento ambulatorial com possibilidade de encaminhamento cirúrgico.
“Por isso, o mutirão ajuda a reduzir a espera pelas cirurgias, ampliando a quantidade de procedimentos que já realizamos normalmente” diz. Após os procedimentos, a expectativa é de que os pacientes sejam liberados até o fim do dia.
Renato Castro, diretor do hospital, diz que a instituição está conseguindo ampliar sua produção de cirurgias. No mês de agosto foram realizados 446 procedimentos, 100 a mais do que no mês anterior. Destes, 33 cirurgias eletivas foram realizadas no projeto do governo para a diminuição das filas .
Este é o terceiro mutirão realizado pelo Hospital Regional em 2011. O hospital aderiu ao Projeto Estadual de Cirurgias Eletivas, da Secretaria Estadual de Saúde. O investimento no programa é de R$ 20 milhões. Em Joinville devem ser feitas 2,3 mil cirurgias até 2012.
Pressão
O Ministério Público de Santa Catarina começou a apurar os motivos da falta de profissionais no Hospital Regional de Joinville. Pode ter ação cobrando contratação. Mesmo que a Justiça aceite, tem como recorrer. Mas ajuda na pressão.
Visor-Rafael Martini
REFORÇO NA SAÚDE
O Secretário de Estado da Saúde Dalmo Claro de Oliveira foi autorizado a contratar novos servidores para 14 unidades hospitalares de SC. Serão 596 novas vagas. Parte será preenchida imediatamente com os aprovados no último concurso público, de 2010. Para as vagas restantes, o governo vai abrir inscrições para o prcesso seletivo simplificado a partir de segunda-feira, dia 12.
DIÁRIO DO LEITOR DEBATE DC
Você acha que o governo evoluiu na sua capacidade de prever enchentes e de prevenir ou atenuar seus efeitos?
Cartas
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Existe um ditado que diz o seguinte: o bom administrador é aquele que em tempo de crise se sobressai. A CPMF foi um imposto criado para sanar os problemas da saúde pública em nosso país e não melhorou em nada. O que tem de ser feito é acabar com o desvio de verba, pois o Brasil é muito rico. No momento em que nossos governantes realmente criarem políticas públicas com o propósito e o objetivo de direcioná -los para a população, eles estarão no caminho certo.
Jorge Roberto Crispim
Balneário Barra do Sul
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
O governo já tem dinheiro suficiente para arcar com todas as despesas. A verba pública é malversada. Gastam demasiadamente com propagandas, geralmente enganosas. Não acredito em incompetência, acredito que sejam mal-intencionados mesmo. Locupletam-se nos seus cargos públicos. Senão, por que a luta pelos ministérios e secretarias com maior dotação orçamentária? Por que não interiorizam a saúde? Dão ênfase à ambulancioterapia, porque isso é uma indústria muito rendosa. E a classe médica, também, tem uma grande parcela de culpa neste contexto. Temos que achar uma solução altruísta para isso tudo.
Carlos Couto
Florianópolis
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Não existe apenas um problema, quer dizer, além da má distribuição de recursos, existem os desvios, superfaturamentos, erros de gestão, contratações manipuladas, apadrinhamento de funcionários, falta de preparo dos gestores e uma irresponsabilidade imensa dos governantes das três esferas, desde a municipal, passando pelo Estado e, em escala ainda maior, o governo federal. Estamos num país em que os governantes vivem uma realidade oposta à da maioria dos contribuintes.
Ivanir Salete Berlanda
Quilombo
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Há alguns anos, ouvimos e presenciamos o governo quebrar todos os recordes em arrecadação, mas é um governo que só quer arrecadar. Para onde vai todo este dinheiro? Enquanto a saúde, a educação e a segurança estão mendigando. Vivemos pagando pedágios para conseguir estradas meia-boca, e o governo o que faz? Com licença, vão roubar assim lá na casa do catando.
Bento Francisco da Silva Silva
Florianópolis
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
O escopo da responsabilidade deve ser revisto. Como pode o Estado se comprometer mediante a Constituição em garantir acesso universal e irrestrito à saúde para quase 200 milhões de pessoas? Por óbvio, jamais haverá recursos financeiros; humanos, tampouco. Esqueceram de pensar no mundo real quando redigiram a CPMF.
Vicente Sobreira
Florianópolis
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Chega de enrolação. A saúde é um item que só se fala nas vésperas de eleições. Já teve CPMF e a coisa piorou. Uma solução para a saúde, a educação e a segurança existe, é só acabar com as roubalheiras de parte dos mandantes deste país. Abrem CPIs, ninguém vai preso e não devolvem o dinheiro roubado. Estamos mortos neste Brasil sem lei. Este país está um caos, temos que fazer campanhas para ninguém mais pagar impostos. Pensem nisto.
Antônio Pescador
Criciúma
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
A saúde está mal, mas a culpa é dos administradores que usam as verbas de modo errado. Chega de tanto imposto, eles têm que usar corretamente este tipo de tributo. Sou contra o pagamento de mais impostos, porque não vai resolver o problema da saúde, educacão e da segurança. Precisamos de políticos honestos e comprometidos. Chega de palhaçada para arrancar ainda mais o dinheiro da população.
Celina Hobold da Rosa
Por e-mail
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
O problema não está no montante disponível para investimento, o Brasil é um dos países mais onerados pela carga tributária. O uso inteligente do orçamento conduz à melhoria dos serviços públicos. Esse processo só é possível através de gestores qualificados que sejam levados a seus cargos pela qualificação técnica, não pela influência política.
Eduardo Luiz Venturin
Florianópolis
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Não se precisa rodear muito para reponder tal enquete, basta lembrarmos da CPMF, que foi criada justamente para garantir fundos à saúde, coisa que nunca aconteceu, tanto que com a CPMF e hoje sem ela a saúde continua o mesmo caos. Estão querendo que o povo pague a conta pela falta de administração e gestão pública dos incapazes que governam este país.
Jairo Junior
Por e-mail
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Tudo pode melhorar com mais dinheiro. Mas municípios não têm conseguido interessados para empregos de médico, apesar do alto salário oferecido. Regatear contribuições para a saúde pode ser tão vergonhoso quanto mal administrá-la.
José Silveira
Brasília - DF
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Basta acabar com a roubalheira dos políticos e o desvio de dinheiro público. Com certeza, sobraria dinheiro suficiente para a saúde pública.
Silvio Jaime Fernandes
São Paulo
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Não haverá melhora, pois o bolso do governo é maior do que o da sua calça, portanto, é mais um engodo ao pobre contribuinte, que não aguenta mais tantos impostos. Que determinados políticos deixem de desviar, assim sobrará mais dinheiro para realmente aplicar na saúde em prol do coletivo e não a favor de partido temerário.
José Wilton Rebelo
Lages
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Falta de dinheiro não é, haja vista, a enorme liberação para a construção dos estádios de futebol pelo país afora, então só resta má administração. Com certeza está com algum apadrinhado político do PT. O dia que alguém da família deles passar por alguma necessidade talvez acordem. Saúde pública no Brasil, é uma vergonha.
Francisco Airton Stall
Mafra
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
São necessários recursos financeiros e administração fundamentada na decência e alta competência. Mas não só isso: as pessoas que atuam nessa área – como em todas as demais – precisam possuir vocação, levando-se em conta que estão lidando com seres humanos, seus semelhantes. Um dos mais graves males de nosso país é a malversação do dinheiro público, oriundo dos impostos (vergonhosos) que a sociedade paga. Os que manuseiam a coisa pública têm de estar acima de qualquer suspeita. Isso vem sendo dito com muita frequência. Todavia, continua deixando a desejar.
Natal Marchi
Rio do Sul
Você acha que os serviços públicos de saúde melhorariam com mais dinheiro, como diz o governo, ou o problema é diferente, de má administração?
Sugiro a imediata otimização dos recursos disponíveis, fiscalização e cobrança de resultados.
Dino Caldas
Florianópolis
ARTIGOS
250 anos de profissão, por Moacir Tonet *
No ano mundial da medicina veterinária e dos 250 anos desta profissão, tivemos uma recente e importante conquista: o reconhecimento do Ministério da Saúde, que inseriu a medicina veterinária do rol das especialidades de atuação nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, os NASFs.
E não poderia ser diferente. Afinal, de cada 10 doenças emergentes que atingem as pessoas, seis estão relacionadas aos animais, as chamadas zoonoses. Mais do que abrir novos campos de trabalho, esta decisão do governo federal irá contribuir muito com a saúde pública da população brasileira.
Neste contexto, é cada vez mais necessária a consolidação das posições conquistadas pelos médicos veterinários, bem como a conquista de novos espaços.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem ressaltado a importância da participação do médico veterinário em medidas preventivas fundamentais, como a investigação e descoberta do foco das doenças, o conhecimento dos meios de transmissão, o levantamento epidemiológico dos casos e a detecção de animais transmissores, por exemplo. Somente através destes conhecimentos é possível analisar bem a situação e estabelecer as ações preventivas e de controle.
O trabalho do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRVM/SC) harmoniza-se com a posição da OMS. Mais do que fiscalizar e regularizar o exercício da profissão, nós trabalhamos pela valorização profissional.
Parabéns aos mais de 5 mil médicos veterinários de Santa Catarina pelo seu dia, transcorrido ontem.
* Médico veterinário, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV/SC)
Vida e Saúde
ACADEMIA
Síndrome do bumbum sarado
Obsessão na busca do bumbum perfeito pode causar problemas
ulheres que exercitam excessivamente os glúteos em busca de um bumbum perfeito estão mais sujeitas a apresentar o que os ortopedistas chamam de Síndrome do Piriforme – ou, em um termo mais leigo, a”síndrome do bumbum sarado”. Trata-se de uma patologia pouco comum, mas que tem uma incidência aumentada em mulheres entre 20 e 50 anos que malham com muita intensidade os músculos da região das nádegas e coxas.
A Síndrome do Piriforme é o resultado do encarceramento do nervo isquiático, ou ciático, como é mais conhecido, pelo músculo piriforme (músculo em formato de pera localizado na região do quadril), na sua saída da pelve para a região glútea. Quando é hipertrofiado, o piriforme comprime e inflama o nervo ciático, provocando fortes dores. A patologia é mal diagnostica e sua prevalência, segundo o ortopedista Ricon Jr., deve estar subestimada.
– Muitas pessoas e mesmo médicos a confundem com outros problemas do quadril – afirma.
O diagnóstico deve ser feito por intermédio de exames clínicos associados, como ressonância magnética, ultra-sonografia, radiografia e eletroneuromiografia. Os sinais mais comuns são dores nas nádegas próximas ao fêmur quando se caminha e se interrompe a caminhada de repente, dores provocadas por movimentos simples como se levantar e se sentar ou ao esticar as pernas na posição deitada e ao praticar atividade física mais intensa.
O tratamento do problema inclui analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia, injeção local de anestésicos e corticoides, entre outros recursos utilizados. A aplicação de gelo é uma das alternativas usadas para diminuir a dor, pois ele tem efeito analgésico e anti-inflamatório. As cirurgias, mais raras, só são feitas em casos graves.
PESQUISA
Diabéticos sofrem mais do coração
Um estudo desenvolvido em 160 centros de pesquisa internacionais, entre eles o Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, está investigando a eficácia do tratamento com stents farmacológicos em pacientes que apresentam diabetes associado a mais de uma obstrução nas artérias coronárias. Seria uma alternativa ao tratamento padrão, por intermédio da cirurgia de revascularização, também conhecida como ponte de safena. Os stents são próteses metálicas posicionadas no interior de artérias coronarianas obstruídas por placas de gordura, com o objetivo de normalizar o fluxo sanguíneo local. Existem dois tipos de stent: o farmacológico, cuja superfície é recoberta por medicamento, e o convencional.
O HSL é o único hospital gaúcho a participar da pesquisa. Foram 1,9 mil pacientes selecionados para o estudo em todo o mundo. O Serviço de Cardiologia do HSL está entre os 10 centros internacionais com maior número de inclusões: ao todo, foram 58 pacientes. Doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte dos brasileiros. Um dos maiores fatores de risco é o diabetes. Aproximadamente 75% dos óbitos em diabéticos ocorrem por causas cardiovasculares.
PESQUISA
Morangos reforçam glóbulos vermelhos
Um estudo da Universidade Politécnica de Marche (Itália) e da Universidade de Granada (Espanha) aponta que os morangos fortalecem os glóbulos vermelhos frente o estresse oxidativo, um desequilíbrio relacionado com diversas doenças. Os benefícios se devem à quantidade de compostos fenólicos, como os flavonoides.
NO FOGO
Baixe a temperatura
Incidência de câncer de esôfago está ligado ao consumo de bebidas quentes
O câncer de esôfago pode ser causado por fatores como uso prolongado de bebida alcoólica, tabagismo ou a associação de ambos.
Como descobrir?
O diagnóstico da doença é feito por um exame de endoscopia digestiva alta, considerado de rotina. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Alternativas como a cirurgia associada ou não, a radioterapia e quimioterapia são as mais utilizadas
PESQUISAS MÉDICAS
Coma na mesa certa
Por economia ou falta de tempo, muitas pessoas acabam optando por fazer refeições e lanches no ambiente de trabalho, mais especificamente, na sua mesa. De acordo com uma levantamento da Associação Americana Dietética (American Dietetic Association), essas pessoas são maioria e, ao fazerem isso, além de deixar de ter um intervalo adequado, correm riscos relacionados à segurança alimentar.
– Para muitas pessoas, fazer várias tarefas durante o almoço faz parte da jornada. A redução do horário de comer pode resultar na obtenção de mais trabalho realizado, mas também pode trazer problemas de saúde, já que a mesa pode esconder bactérias – exemplifica o nutricionista Toby Smithson.
O mau hábito cria um ambiente favorável aos germes. Segundo o estudo, a mesa pode ter até 400 vezes mais bactérias do que o assento do banheiro. Isto porque 64% da pessoas limpam o local apenas uma vez ao mês.
PESQUISAS MÉDICAS
Mudanças no clima afetam saúde
Estresse nos adultos, angústia nas crianças: as mudanças climáticas também podem afetar a saúde mental das pessoas, alerta um estudo publicado por um instituto de pesquisas australiano, para o qual o tema ainda é muito pouco estudado.
– Os danos causados pelas mudanças climáticas não são só físicos. O passado mostra que os eventos extremos trazem também sérios riscos para a saúde pública, inclusive a saúde mental e o bem-estar das comunidades - alerta o estudo, realizado pelo Instituto do Clima da Austrália.
Ao comparar fenômenos climáticos, como secas e inundações observados nos últimos anos em algumas regiões do país, o estudo constata que “a comoção e o sofrimento provocados por um evento extremo pode persistir durante anos”. Uma parte significativa das comunidades atingidas por episódios como estes – uma em cada cinco pessoas – vai sofrer os efeitos do estresse, de danos emocionais e desespero, segundo estimou a entidade. Segundo o organismo, o abuso de álcool pode ocorrer após eventos climáticos extremos e alguns estudos estabelecem inclusive um vínculo entre ondas de calor, secas e taxas de suicídio.
PESQUISAS MÉDICAS
Crianças
As crianças parecem vulneráveis à ansiedade e à insegurança geradas pela incapacidade dos adultos de lutar contra o desequilíbrio climático. Segundo Tony McMichael, professor de saúde pública da Universidade Nacional Australiana, existe uma lacuna sobre as consequências.