INIBIDORES DE APETITE
Adiada decisão sobre banimento de remédios
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária transferiu de ontem para o fim do mês a votação sobre o destino dos inibidores de apetite no País. Os motivos: a ausência de um dos quatro diretores votantes e um aviso da procuradoria da agência, que pediu que a sessão seja pública.
EMAGRECEDORES
Anvisa adia mais uma vez a votação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) transferiu mais uma vez a votação sobre o destino dos emagrecedores no país. A decisão ficará para o final de setembro. Dois pontos foram fundamentais para o adiamento da discussão: a ausência de um dos quatro diretores que participam da votação e o alerta, feito pela procuradoria da agência, de que uma reunião como aquela deveria ser feita em sessão pública.
Ao sair da reunião de ontem, o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, afirmou que no próximo encontro duas propostas distintas terão de ser analisadas. A preparada pela equipe técnica da agência, que recomenda a retirada do mercado de três medicamentos (femproporex, anfepramona e mazindol) e outro que sugere a permanência da sibutramina, desde que sob rígidas condições de controle.
RECURSO PARA A SAÚDE
Ministro apela para que emenda não seja aprovada
Segundo Alexandre Padilha, a proposta, do jeito que está, faria com que o sistema perdesse R$ 6 bi
Em reunião com líderes da base aliada, ontem, no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apelou aos partidos que não aprovem a chamada Emenda 29 sem que haja a criação de uma nova fonte de recursos destinados à saúde.
O ministro explicou que, da forma que está a proposta, a saúde perderá R$ 6 bilhões, o que terá forte impacto nas finanças dos estados.A Proposta de Emenda à Constituição 29 prevê mais recursos para a saúde, fixando percentuais mínimos a serem investidos anualmente pela União, pelos estados e municípios. A emenda está em análise pelo Congresso Nacional.
O ministro alegou que os recursos destinados ao Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) são retirados do valor total das verbas e isso terá impacto nas verbas da saúde. Além disso, Padilha argumentou que muitos estados não aplicam atualmente na saúde o percentual previsto na Emenda 29.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), corroborou a afirmação do ministro sobre a perda de R$ 6 bilhões com a aprovação da emenda, sem o estabelecimento de fonte própria de recursos. As informações dadas pelo líder foram confirmadas pela assessoria do ministro Padilha, que saiu da reunião sem dar entrevista.De acordo com Vaccarezza, não foi possível, na reunião, chegar a um consenso sobre como será a posição da base na votação da emenda, que está marcada para o dia 28 de setembro, na Câmara.
Até o dia da votação, várias reuniões deverão ocorrer, inclusive com a presença dos governadores, que serão chamados pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para uma conversa.
A reunião de ontem com os líderes foi convocada pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, depois das declarações da presidenta Dilma Rousseff contrárias à aprovação da Emenda 29 sem a indicação de outra fonte de recursos. O vice-presidente da República, Michel Temer, também participou do encontro.
A Emenda 29 destina obrigatoriamente um percentual maior de recursos da União para a área da saúde. A proposta também prevê a criação de um tributo para custear a saúde, a Contribuição Social para a Saúde (CSS), nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). É exatamente a divergência em relação a esse ponto que está impedindo a conclusão da votação da proposta.
Brasília
- Na corrida para garantir apoio ao mutirão de cirurgias, a Secretaria da Saúde confirmou que a Fundação Hospitalar de Camboriú e os hospitais Jaraguá e São José, ambos de Jaraguá do Sul, assinaram convênio para fazer, ao todo, 1.350 intervenções.
SC apresenta taxa de mortalidade por AIDS superior a de outros estados
Alto índice pode estar associado ao diagnóstico tardio, a dificuldades na adesão ao tratamento e à falta de prevenção às infecções oportunistas Neste mês de agosto, completam-se 27 anos do primeiro caso notificado de AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) em Santa Catarina. Desde 1984, já foram registrados 25.950 casos. Os adultos totalizam 25.021 registros. No sexo masculino os casos chegam a 15.776 e no feminino 9.245. Em crianças menores de 13 anos as ocorrências são de 929 casos e gestantes contaminadas atingiram a marca de 4.756. Além disso, desde 1994, foram comunicados 139.271 casos de algum tipo de doença
sexualmente transmissível (DST), que serve como uma porta de entrada para o HIV.
Santa Catarina apresenta taxas de mortalidade superiores às dos outros estados do Brasil. Este alto índice pode estar associado ao diagnóstico tardio, a dificuldades na adesão ao tratamento, à falta de prevenção às infecções oportunistas e à dificuldade de acesso para acompanhamento médico especializado.
Municípios com maior incidência
Em 2009, O Ministério da Saúde (MS) elencou os 100 municípios brasileiros com as maiores taxas de incidência da doença. De acordo com o ranking do Ministério, 17 são catarinenses: Florianópolis (4.174) Joinville (2.836), Itajaí(2.320), Blumenau (1.630), São José (1.501), Criciúma (1.455), Balneário Camboriú (1.033), Lages (520), Camboriú (493), Palhoça (457),Tubarão (457), Jaraguá do Sul (386), Biguaçu (317), Rio do Sul (286), Araranguá (263) e Içara (206).
Atualmente, a epidemia não se restringe mais aos municípios de grande porte. Com a interiorização da doença, a cada ano, os de médio e pequeno porte vêm registrando os primeiros casos. A AIDS está mudando o seu perfil epidemiológico. A tendência é caracterizada pela heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização. No
período entre 1984 a 2011 foram registradas 252 ocorrências, ou seja; 86% do total dos municípios.
Óbitos
O sexo masculino tem uma maior concentração de óbitos, em torno de 69,2%, enquanto no sexo feminino o índice é de 30,8%. O percentual corresponde a uma relação de 2/1, confirmando a mesma razão de masculinidade relacionada ao número de casos da doença. A faixa etária mais atingida é a situada entre 20 e 49 anos, sendo que os indivíduos de 40 a 49 anos são os que mais contribuem para o elevado número de casos.
O índice de mortes envolvendo crianças desde 1984 até os dias de hoje é de apenas 2%. De 1996 a 2010 foram registrados 7.436 óbitos por AIDS no Estado de Santa Catarina. Em 2010, ocorreram 558 mortes, com redução de 80 óbitos em relação ao ano anterior. Contudo, observa-se que o número de óbitos vem aumentando a cada ano. A faixa etária de 30 a 39 anos responde por 39% do total de óbitos ocorridos no referido período.
Gestantes
De 1998 a 2011, as regionais de saúde de Joinville, Itajaí e Florianópolis apresentaram o maior número de gestantes soropositivas. Juntas, elas detêm 56,4% do total. Os demais municípios, num total de 33%, não tiveram notificações de gestantes contaminadas até essa semana.
Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)
A Secretaria de Estado da Saúde faz algumas recomendações para a prevenção
de doenças sexualmente transmissíveis. Confira:
- Caso você tenha algum sinal ou sintoma de doença sexualmente transmissível, ou deseja fazer o teste do HIV, procure os serviços da rede básica de saúde;
- 70 a 80% dos portadores de hepatite B, não apresentam sinais e/ou sintomas, o uso do preservativo em cada relação sexual é imprescindível;
- A relação sexual desprotegida é responsável por 50% dos casos de infecção pelo vírus B;
- Evite abusar de drogas e bebidas alcoólicas, sob o efeito dessas substâncias, há o esquecimento do uso de preservativos;
- Se fizer uso de drogas injetáveis, não compartilhe agulhas e seringas;
- Toda gestante deve exigir o teste do HIV, sífilis e hepatite B;
- Use camisinha em todas as relações sexuais. Prefira as camisinhas lubrificadas, que estejam dentro do prazo de validade e apresentem a marca do Inmetro;
- Utilize apenas um preservativo em cada relação sexual, desprezando-o após
o uso. As camisinhas são descartáveis
O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, estará na Maternidade Darcy Vargas, nesta terça feira(30), às 9h, para a solenidade de assinatura do Termo Aditivo ao Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Estado da Saúde e Fundação Universidade da Região de Joinville (Univille).
O projeto, pioneiro no Estado, teve início em 2008. Desde então, cerca de 612 estudantes da instituição de ensino realizaram estágio na Maternidade Darcy Vargas. A contrapartida de repasses da Univille, no valor de R$ 120 mil ano, possibilitou que a maternidade realizasse aquisições importantes de diversos equipamentos, entre eles mobiliário, computadores, aparelhos de TV e ar condicionado, além de equipamentos médicos.
A parceria proporciona melhores condições de trabalho aos funcionários da maternidade, conforto para pacientes e visitantes e uma maior qualificação de futuros profissionais da saúde.