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SOLIDARIEDADE
Homenagem a quem se doa
Joinville recebeu Encontro Estadual de Voluntários da Saúde pela 3ª vez

“Fazer o bem faz bem”. Esse é o lema do grupo de voluntárias que ajuda o Hospital de Caridade Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão. O grupo veio participar, assim como várias outras organizações, do 5º Encontro Estadual de Voluntários da Saúde.

O evento marca o Dia do Voluntariado, celebrado nacionalmente no dia 28 de agosto. Pela terceira vez sediado em Joinville, o encontro foi coordenado pelos hospitais São José, Regional Hans Dieter Schmidt, Dona Helena, Banco de Olhos e Maternidade Darcy Vargas, reunindo cerca de 400 voluntários na sexta-feira.

Foi pensando na saúde do próximo que Hilda da Silva Anacleto, 71 anos, tornou-se voluntária do hospital de Tubarão. Hilda confecciona produtos artesanais para serem vendidos na portaria do hospital. Toda a renda obtida é revertida para a compra de materiais de uso hospitalar como lençóis, grades para os leitos e sofás para os acompanhantes dos pacientes que precisam pernoitar no hospital.

Mesmo não tendo contato direto com os enfermos, a voluntária garante que sente a energia de oferecer ajuda a quem precisa. “É muito gratificante ajudar as pessoas de alguma forma”, afirma.

O encontro reúne as mulheres para um momento de troca de experiências e integração. Palestras, apresentações e debates abordando o sentido da vida e as formas de como ajudar os outros foram realizados. Entre as palestras, a “Você pode cuidar dos outros, mas não esqueça de cuidar de si”, com o consultor de imagem Alexandre Simas. Ele fez um trabalho de autoconscientização para que as voluntários compreenderem que para cuidar do próximo é necessário estar bem e cuidar de si.

Apresentações culturais também fizeram parte das atrações como o Taiko Tambores Japoneses, o grupo de cantores italianos Cavalliere Cantante e o Coral do Hospital Dona Helena

 


INIBIDORES DE APETITE
Anvisa julga proibição na terça

Considerados os mais populares inibidores de apetite do mercado, os remédios à base de sibutramina estão na berlinda. Esta semana, depois de terem condenado o uso da substância, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltaram atrás e decidiram recomendar sua permanência nas farmácias. A decisão final, porém, ainda depende da direção do órgão, que deve se reunir na terça-feira para votação.

Além da sibutramina, estão em análise três emagrecedores (anfepramona, femproporex e mazindol), para os quais a indicação de veto continua. Em fevereiro, o parecer preliminar questionou a eficácia e a segurança das pílulas. No caso da sibutramina, a base foi um estudo que sustentou a proibição na Europa, EUA e América Latina. Segundo ele, apenas 30% dos usuários emagreceriam, e as chances de derrame e infarto cresceriam 16% em pessoas pré-dispostas.

A questão nunca foi unânime. A pressão de entidades fez a Anvisa adiar a decisão final, prevista para junho. Sociedades que estudam a obesidade afirmaram temer elevação nos índices da doença. O Conselho Federal de Medicina classificou a possível interdição como uma “interferência na autonomia de médicos e pacientes”. Ameaça a agência de processo judicial.

O problema é que, não raro, inibidores são usados sem acompanhamento médico. Ainda assim, a categoria entende que a solução é fiscalização. Alguns concordam parcialmente com a Anvisa. Entre eles, a endocrinologista Helena Schmid, contrária à proibição da sibutramina, mas defensora da proibição dos outros emagrecedores, ainda pouco estudados.

 

 Economia

HOSPITAIS PRIVADOS
R$ 150 milhões é o investimento em hospitais privados


Obras são reflexo do ótimo momento do segmento de saúde em JoinvilleÍcone do desenvolvimento industrial catarinense, Joinville tem tudo para se transformar, nos próximos anos, em cidade-referência para tratamentos de saúde. Com quatro hospitais da rede privada em planejamento ou em construção, a expectativa dos investidores é suprir a demanda que só tende a aumentar daqui para frente. Os investimentos são de pelo menos R$ 150 milhões.

O segmento está em forte expansão em Joinville. O número de usuários de planos de saúde cresceu 29,6% nos últimos cinco anos, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A consultoria IPC Maps projeta que o consumidor vá gastar R$ 532 milhões com saúde neste ano, quase três vezes mais do que há dez anos. É 5,85% do seu orçamento.

A largada para a construção do Complexo Hospitalar Vida da Fundação Pró-Rim, marcada para a tarde de segunda, empolga o seu fundador, o médico nefrologista Aloísio Vieira, o Dr. Xuxo. Com o projeto delineado há anos, a obra é o sonho do médico. A proposta “é trabalhar com o tripé de educação, pesquisa e assistência”, afirma.

O projeto conta com quatro grandes blocos: o centro médico e o hospital – aberto para internação em diversas especialidades – serão os primeiros a serem construídos. Um hotel para acomodar os familiares de pacientes e um centro de serviços completam o pacote. A previsão do grupo é que as obras sejam concluídas em 30 meses.

A proposta da Pró-Rim está de olho no crescimento da população de Joinville e região. “Joinville hoje tem uma defasagem de aproximadamente 600 leitos na rede privada. Se nós pensarmos que a cidade pode chegar a 750 mil habitantes nos próximos 20 anos, nós teremos que ter uma boa estrutura de atendimento para uma cidade de grande porte.”

Xuxo acredita que os custos para a construção são de R$ 32 milhões, mas a estimativa é deque sejam investidos até R$ 60 milhões em todo o complexo. Além de recursos próprios, “dos mais de 200 mil contribuintes que nos ajudam via conta de luz e telefone, o que torna esse hospital um sonho de milhares de pessoas”, o médico diz que pretende pedir a ajuda do Estado para a compra de equipamentos.

Complexo Hospitalar Vida – Fundação Pró-Rim

- Previsto para ser instalado no Iririú, conta com quatro blocos: o hospital, o centro médico, o centro de serviços e um hotel.
- Serão 18 andares de clínicas médicas, com 237 salas.
- 160 leitos para internação, sendo 30 de UTI.
- Oito salas de cirurgia.
- Investimento de R$ 60 milhões, com recursos próprios.
- Previsão de inauguração: 30 meses.

larissa.guerra@an.com.br

LARISSA GUERRA

 

 

HOSPITAIS PRIVADOS
Um investimento adiantado

Com o alvará de construção pedido, a Unimed prevê começar as obras de expansão de seu hospital até o final do ano. Serão 24 mil m2, que se somarão aos 14 mil de área existentes. A ideia da ampliação surpreende até o diretor-vice-presidente da Unimed Joinville, Pedro Geraldo Nunes.

“Quando inauguramos o hospital, dez anos atrás, a gente imaginava que a estrutura daria conta da demanda por 20 anos pelo menos. Mas a cidade cresceu em um ritmo tão forte que nós estamos nos sentindo obrigados a melhorar o atendimento, e por isso decidimos adiantar os planos de construir um segundo prédio.”

O projeto inicial da obra prevê a criação de mais 150 leitos, sendo 40 de UTI, um centro cirúrgico com capacidade para cirurgia robótica, um centro de oncologia com equipamentos de ponta para rádio e quimioterapia.

O médico acredita que o orçamento deverá passar dos R$ 70 milhões, financiados em parte em convênio com o BNDES. Referência para outras unidades da rede, Nunes argumenta que, se o hospital da Unimed não existisse, “não teríamos mais leitos disponíveis na cidade. Todos operamos com uma capacidade que está no limite.”

Hospital da Unimed

- Projeto previsto para o América, está em fase de concessão de alvarás.
- Serão mais 24 mil metros quadrados de área.
- 150 novos leitos, sendo 40 de UTI.
- No novo prédio, ficarão os centros cirúrgicos, um centro de oncologia e clínicas médicas.
- Investimento de R$ 70 milhões.
- Inauguração prevista para dois anos e meio após o início das obras.


HOSPITAIS PRIVADOS
Preparando-se para o centenário

No comando do Hospital Dona Helena há 21 anos, o médico Bráulio Barbosa não se recorda de ter passado um dia sequer sem a existência de alguma obra no espaço. “Sempre tem alguma coisinha que precisa ser melhorada.”

A maior construção que ele viu em toda a sua carreira é o novo prédio que está em obras há cerca de cinco anos. Custeada com recursos próprios, a obra é parte de uma série de atividades que marcam o centenário do Dona Helena, a ser comemorado em 2016. A missão da nova estrutura, de 26 mil m2 de área, pronto-atendimento, centro de diagnóstico, clínicas e serviços de média e alta complexidade, é desafogar o prédio atual, que continuará como maternidade e centro de internação.

A demanda crescente é, segundo Bráulio, um motivo mais do que suficiente para pensar na ampliação, que não deve parar após a inauguração da nova estrutura. O médico garante que é bastante provável, daqui mais alguns anos, criar uma área de atendimentos com saída para a rua 15 de Novembro.

Hospital Dona Helena

- O novo prédio terá 12 andares e 26 mil m2 de área.
- Reunirá pronto atendimento, clínicas médicas e setor de exames de média e alta complexidade.
- A estrutura não terá novos leitos de internação. A ideia é transferir e ampliar os serviços que são oferecidos hoje no prédio atual.
- Previsão de inauguração: até 2016.

 


HOSPITAIS PRIVADOS
Olhos para as novas tecnologias

Mirando a expansão de seus serviços em oftalmologia, a nova estrutura do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem começou a ser trabalhada no final de 2008 e deve estar em funcionamento em 2012. Os 14 mil m2 de área receberão equipamentos de última geração para realizar desde cirurgias a laser para correção de miopia, a procedimentos mais complexos, como transplante de córnea ou cirurgia de catarata.

Segundo a administradora do hospital, Mirian Pinheiro, quando a mudança estiver feita, o novo prédio, localizado na avenida Marquês de Olinda, contará com 37 consultórios, unidades de diagnóstico e terapêutica, departamento de lentes de contato, centro de estudos e pesquisa e um centro cirúrgico com quatro salas e 12 leitos.

Os mais de R$ 20 milhões necessários para colocar o projeto em prática foram em sua maior parte financiados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social. Mirian afirma que cerca de 48% da obra estão concluídos, com a previsão de que tudo esteja pronto em setembro de 2012.

Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem

- Será o único dos novos hospitais com atendimento especializado em apenas uma área,
- O novo prédio contará com 14 mil metros quadrados de área e 37 consultórios médicos.
- A estrutura conta ainda com centro de estudos e pesquisas, departamento de lentes de contato, duas unidades de diagnóstico e terapia.
- R$ 20 milhões em investimentos, parte financiado pelo BNDES.
n Inauguração prevista para o final de 2012.

 

 

 

 

 Contra o fumo
Na segunda, é Dia Nacional de Combate ao Tabagismo. De 2007 para cá, menos de cinco anos, o câncer de pulmão, uma das tantas doenças associadas ao fumo, matou 294 pessoas em Joinville.

 

Em Joinville
Em 2011, o câncer de pulmão matou mais do que uma pessoa por semana. Uma em cada três vítimas morreu antes dos 60 anos de idade.

 

 

POLÊMICA DE PESO
Emagrecedores postos em xeque


Agência Nacional de Vigilância Sanitária decide na terça se proíbe a venda no Brasil de medicamentos à base de sibutraminaConsiderados os mais populares inibidores de apetite do mercado farmacêutico, os medicamentos à base de sibutramina estão na berlinda. Esta semana, depois de terem condenado o uso da substância, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltaram atrás e decidiram recomendar sua permanência nas farmácias brasileiras. A decisão final ainda depende da direção do órgão, que deve se reunir na terça-feira para votação.

Além da sibutramina, estão em avaliação outros três emagrecedores – anfepramona, femproporex e mazindol –, para os quais foi mantida a indicação de interdição.

Divulgado em fevereiro, o parecer preliminar questionou a eficácia e a segurança das pílulas. No caso da sibutramina, os técnicos basearam-se em um estudo usado como justificativa para a proibição da sibutramina na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina. Segundo a pesquisa, apenas 30% dos usuários do produto perderiam peso, e as chances de derrame e infarto aumentariam em 16% em pessoas com predisposição.

A questão nunca chegou a ser unânime, e a pressão de entidades médicas sobre a Anvisa se tornou tão forte que acabou atrasando a decisão final – inicialmente prevista para junho. Em comunicados oficiais, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) afirmaram temer o aumento dos índices de obesidade, caso se opte por uma proibição total.

– Muitos respondem bem ao tratamento e se beneficiam em todos os sentidos. Com a proibição, seriam bastante prejudicadas – diz o médico Alfredo Halpern, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de SP.

A opinião é endossada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em nota divulgada há duas semanas, a entidade classificou a possível interdição como uma “interferência direta na autonomia de médicos e de pacientes”. O CFM entende que não cabe à Anvisa fazer este tipo de proibição e promete recorrer à Justiça caso a agência decida pela retirada.

O problema é que, muitas vezes, os inibidores são usados de forma deliberada, sem acompanhamento profissional. Ainda assim, a classe médica entende que a solução é o reforço da fiscalização – e não a retirada.

 

 Mundo

SAÚDE
Obesidade cresce entre americano
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Um em cada dois adultos americanos estará obeso em 2030, elevando enormemente os custos de saúde do país, segundo estudos publicados na edição de sexta-feira da revista científica Lancet.

Seguindo as tendências atuais, entre 50% e 51% dos homens americanos, e entre 45% a 52% das mulheres americanas terão, em 2030, índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30, aumentando em 65 milhões a população de adultos obesos do país, destacam um dos artigos. Segundo outro estudo, chefiado por Claire Wang, da Universidade de Columbia, em Nova York, e Klim McPherson, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostra que os custos médicos aumentarão por causa dos vínculos existentes entre diabetes, câncer, doenças cardíacas e derrame. Estima-se que os custos médicos associados ao tratamento destas doenças evitáveis aumentem entre US$ 48 bilhões e US$ 66 bilhões ao ano nos Estados Unidos.

Hoje, cerca de 1,5 bilhão de adultos no mundo está acima do peso e outros 500 milhões, obesos. Entre as crianças, 170 milhões são consideradas acima do peso ou obesas.

 

Paris