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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Avanço privado na saúde

Os consistentes investimentos privados em saúde programados e em andamento em Joinville, conforme demonstrou reportagem de “AN” de ontem, comprovam mais uma vez a importância do segmento. Embora não tenha tantos planos em ampliação de áreas físicas, o setor público tem gastos elevados – superiores aos da iniciativa privada – em saúde.

A cada ano, as despesas vão crescendo, girando em torno do equivalente a 30% da receita da Prefeitura de Joinville, boa parte desse resultado proveniente de repasses constitucionais do governo federal, e as demandas não param de crescer. Pesquisas de opinião sempre colocam saúde como a prioridade a ser adotada em Joinville (situação que se repete no País).

O aumento dos custos da medicina se repete tanto na esfera pública quanto privada. Para todos, está mais caro prevenir e enfrentar as doenças. Com mais tecnologia e envelhecimento da população, essa espiral não vai parar nunca. Se SUS e setor privado souberem trabalhar juntos, fica mais fácil enfrentar o desafio. Em Joinville, mais de 200 mil pessoas são beneficiárias de planos de saúde. Quase 50 mil delas foram cadastradas somente nos últimos cinco anos. Ainda assim, a saúde pública não apresentou melhor desempenho de forma significativa. Afinal, o SUS, em tese, foi desafogado de um contingente expressivo de pessoas. Pode ser que sem o avanço privado, a situação estaria pior. Mas seria melhor que houvesse complementariedade.

 

 

Geral

PROMOÇÃO
McDia Feliz supera ação de 2010

As três lanchonetes da rede McDonald’s de Joinville superaram em pelo menos 20% o resultado do ano passado na ação social McDia Feliz. Este ano serão beneficiadas instituições que tratam crianças e adolescentes com câncer em todo o Brasil. Em Joinville, a entidade beneficiada é o Hospital Materno-infantil Dr. Jeser Amarante Faria. Foram vendidos 7,2 mil sanduíches e 1,1 mil camisetas – comercializadas pelos voluntários do hospital durante a campanha. No ano passado, foram vendidos 5,9 mil sanduíches e 500 camisetas. O valor consolidado da arrecadação será divulgado no início de outubro pelo Instituto Ronald McDonald.

 

 

Viver Bem


CONJUTIVITE
Conjuntivite: fique longe dela!
A mais comum é a viral, bastante contagiosa. Por isso, redobrar os cuidados com a higiene é essencial

Você acorda de manhã com os olhos coçando, vermelhos ou, pior ainda, grudados – culpa de uma secreção que começou a aparecer de madrugada? Pode ser conjuntivite. O problema, na maioria das vezes, não é grave. Mas causa incômodo e exigirá que você se afaste do trabalho – ou da escola – até ficar bom, porque o risco de contagiar as outras pessoas é bastante alto, caso a conjuntivite seja viral ou bacteriana. Existem, ainda, as irritativas ou alérgicas, que não são contagiosas. Para saber qual o tipo de conjuntivite que você tem e como tratá-la adequadamente, é importante consultar um médico oftalmologista.

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, a membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. O branco do olho (esclera) é coberto por uma película fina chamada conjuntiva, que produz muco para cobrir e lubrificar o olho. Normalmente, possui pequenos vasos sanguíneos em seu interior, que podem ser vistos por meio de uma observação mais rigorosa.

Quando a conjuntiva se irrita ou inflama, os vasos sanguíneos que a abastecem alargam-se e tornam-se muito mais proeminentes, causando então a vermelhidão do olho. Em geral, acomete os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e, felizmente, não costuma deixar sequelas.

A mais comum delas é a conjuntivite viral, ou seja, causada por um vírus – um agente infeccioso de tamanho mínimo, que parasita células do organismo, se multiplicando no interior destas, destruindo-as e causando a doença. O diretor clínico do Instituto de Moléstias Oculares, Virgílio Centurion, alerta que, ao suspeitar de conjuntivite, o paciente não deve sair por aí, comprando remédios indicados por amigos.

A indicação de qualquer medicamento só pode ser feita por um oftalmologista. Alguns colírios são altamente contraindicados porque podem provocar sérias complicações e ainda agravar o quadro de inflamação.

De uma maneira geral, quem está acometido pela conjuntivite deve redobrar seus cuidados com a higiene dos olhos e das mãos. Lavar bem os olhos e fazer compressas com água gelada – que deve ser filtrada e fervida – ou com soro fisiológico ajuda a aliviar os incômodos causados pela doença.

Se o paciente acometido pela conjuntivite fizer uso de lentes de contato, o mais sensato é suspender o uso e utilizar óculos até que a inflamação seja curada. Uma vez diagnosticada a provável causa da conjuntivite, o oftalmologista pode prescrever o tratamento mais adequado.

Se a conjuntivite tiver origem bacteriana, utiliza-se a antibioticoterapia. Se a causa for virótica, emprega-se o tratamento para alívio dos sintomas, bem como hábitos especiais de higiene, ajudando, desta forma, a controlar o contágio e a evolução da doença.

 

 


AVC
Sem medo do AVC
Conhecer as causas e os sintomas é a melhor arma para evitar o Acidente Vascular Cerebral, doença que mais mata no País

Até o final da leitura deste texto, uma pessoa terá morrido em decorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) – principal causa de óbito no Brasil. A incidência aumenta em 20% no inverno e as regiões Sul e Sudeste são as que mais somam casos de derrame (nome pelo qual o problema é mais conhecido). Prevenir o aparecimento da doença é simples. Basta seguir as determinações da boa saúde: alimentação de qualidade, controle do colesterol e da pressão arterial, além de cultivar a prática de exercícios físicos e não fumar.

O coração batendo descompassado e uma tosse insistente são alguns dos sintomas mais frequentes de quem esteve próximo a ter um derrame, como Maria Amelia Mello Pinho, 72 anos. Em meados de 2008, crises sucessivas de estresse fizeram com que a aposentada saísse em disparada para o pronto-socorro.

“Foi um susto. Precisei levar uns choques no peito e ser internada. Depois desse dia, passei a tomar anticoagulante diariamente e controlar mês a mês os níveis de coagulação do sangue”, conta Maria Amelia.

O fato de ter as taxas de glicose, colesterol, e os níveis de pressão equilibrados podem ter ajudado a livrar a aposentada de ter um AVC. Sorte não desfrutada por 400 mil indivíduos a cada ano no País – é um pouco menos que o número de habitantes de Florianópolis (onde vivem 421 mil pessoas). Desses, até 30% morrem em seguida ao ataque. Do restante, 60% morrem em cinco anos.

A principal causa do AVC isquêmico, o tipo mais fatal e que mais deixa sequelas, é a hipertensão arterial. Para abordar o assunto e trabalhar na prevenção, na quarta-feira passada foi celebrado o Dia da Consciência Vascular, sob o tema Mantenha-se em Circulação.

“A forma mais simples de resolver é abandonando a vida sedentária. Com isso, os outros índices vão se ajeitando aos poucos”, aponta o médico Adamastor Humberto Pereira, que faz parte da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

Especialistas destacam que um dos principais erros cometidos pelos pacientes é demorar para procurar ajuda. Logo após os primeiros sintomas, cada minuto se torna precioso. Portanto, esperar que algum familiar chegue em casa para tomar providências ou ir sozinho ao hospital só atrasa o diagnóstico.

“O mais prudente é chamar a Samu, no 192. Esses profissionais estão habilitados a orientar desde o telefonema e sabem quais hospitais são mais indicados”, explica a neurologista Sheila Cristina Ouriques Martins, coordenadora da ONG Rede Brasil AVC, que tem sede no Rio Grande do Sul.

Para o neurologista vascular Alexandre Pieri, responsável pelo ambulatório de AVC da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), a ausência de sintomas, porém, não significa que a pessoa não tenha que se cuidar.

“Apenas um terço dos pacientes apresenta sinais de que estão tendo um derrame, como falta de força de um lado do corpo ou distúrbios na fala. Eles se assustam e vão ao médico. O restante não tem essa sorte. O negócio é prevenir”.

Novos medicamentos ajudam a prevenir com mais comodidade

A indústria farmacêutica tem evoluído a passos largos no desenvolvimento de drogas que ajudam a prevenir o AVC provocados por fibrilação atrial – um dos tipos mais comuns de arritmia e responsável por um a cada seis derrames. Após 50 anos sem novidades no segmento, uma nova geração de anticoagulantes chegou ao mercado neste mês.

O primeiro tem a dabigatrana como princípio ativo e já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O segundo, a rivaroxabana, já está em fase final de estudos e pode ser liberado em breve. Em comum, têm o benefício de quebrar um pouco a dependência do paciente com o médico. Para o cardiologista Gilberto Nunes, os níveis de prevenção do derrame são praticamente os mesmos dos que já existem. As vantagens estariam na comodidade.

“As drogas dispensam os tradicionais exames de sangue para controlar os níveis de coagulação e também não interagem com outros medicamentos ou alimentos que contenham a vitamina K, como alface e brócolis. Mas têm um fator limitante, que é o preço (cerca de R$ 250). Ele é bem aplicado naqueles pacientes que não têm responsabilidade ao fazer o tratamento”, explica o médico.

Aderir à risca às prescrições do médico é crucial. Poucos o fazem. Um pesquisa recente realizada em parceria com a ONG Rede Brasil AVC constatou que apenas 8% daqueles que tiveram derrame estavam utilizando o medicamento.

 

 

 

O PODER DOS CHÁS

O poder dos chás
Equilibre seu organismo com essa bebida milenar e cheia de benefícios

Além de aquecer no inverno, os chás trazem outros benefícios. O mais comum e presente em todas as infusões é o poder de hidratação. Segundo a nutricionista Daiana Mendes, eles auxiliam no funcionamento intestinal, na produção de enzimas digestivas e ajudam no equilíbrio hídrico das células.

Outros efeitos positivos dependem do tipo de chá ou da infusão. Eles podem ser digestivos, calmantes, termogênicos, de combate ao envelhecimento precoce e de redução na produção de radicais livres. Porém, é importante destacar que a bebida não substitui medicações.

Os benefícios variam conforme a composição. No chá verde, por exemplo, há flavonoides (com propriedades antioxidantes e anticancerígenas), bases púricas (como cafeína e teofilina, que é antiasmática) e treobomina, um vasodilatador. Também contém vitaminas dos complexos B e C, proteínas e polifenóis.

“A aplicação clínica do chá verde é estudada principalmente devido à propriedade antioxidante, que auxilia no tratamento e na prevenção de obesidade, diabetes e dislipidemias. Ele também pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares, desenvolvimento de câncer e envelhecimento da pele”, explica Daiana.

 

CAMPANHA
Campanha pela imunização de prematuros

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) está realizando a segunda edição da campanha nacional “Prematuro Imunizado é Prematuro Protegido”. O objetivo é alertar pais e médicos sobre a importância de imunizar os bebês prematuros durante o período crescente de sazonalidade (abril a setembro) dos vírus, em especial, o VSR. Segundo a SBIM, o vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal agente de infecções respiratórias em crianças menores de um ano.

De acordo com a entidade, o risco de complicações e a taxa de hospitalização em consequência da infecção pelo vírus é dez vezes maior entre os prematuros do que entre os nascidos de gestações completas – e cerca de 15% dos bebês com menos de 35 semanas são hospitalizados devido a infecções causadas pelo VSR. Informações: www.prematuroimunizado.com.br

 


DIA NACIONAL
Dia da esclerose múltipla

Amanhã é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, doença neurológica crônica que aparece mais frequentemente em adultos jovens e tem tratamento. Os sintomas podem incluir perda de visão, visão dupla, rigidez, fraqueza, falta de equilíbrio, dormência, dor, problemas no controle da bexiga e intestinos e fadiga. Quem apresentar os sintomas deve consultar um neurologista. A Associação de Apoio aos Pacientes de Esclerose Múltipla de Joinville e Região (Arpemj) realizou, no dia 20 de agosto, um evento com especialistas para discutir sobre a doença como forma de marcar a data. Mais informações sobre a doença: http://www.diadaesclerosemultipla.com.br/.

 

 

 

 Visor

PRATO DO BEM
Renomados chefs catarinenses reúnem-se nesta quarta, no Clube Doze de Agosto, para a 9ª edição do Festival do Estrogonofe Maria de Lourdes Tancredo. Toda a renda irá para os pacientes atendidos pelo SUS na Ala Oncológica Joana de Gusmão do Hospital de Caridade

 

Geral

 QUEIMADOS
HU terá nova ala em 2012
Primeiro centro de referência no setor contará com serviços inéditos, como UTI e banco de peles

O primeiro centro de referência no atendimento a queimados de Santa Catarina, que está em construção no Hospital Universitário (HU), em Florianópolis, deve começar a funcionar no segundo semestre de 2012.

A expectativa é do diretor da entidade, Felipe Felício. Ele explica que o setor terá serviços inéditos no Estado, como uma UTI e uma sala de cirurgia exclusivos, além de um banco de pele, que será o segundo do Brasil. De acordo com Felício, espaços específicos são importantes, pois quem sofre queimaduras fica mais suscetível a infecções. Por isso, o centro terá também 12 leitos próprios.

Atualmente, o HU atende queimados no serviço de cirurgia plástica. O chefe do setor, Rodrigo d’Eça Neves, diz que, nos últimos dois anos, sempre houve, pelo menos, dois pacientes internados. Apesar do preparo do hospital não ser exemplar, Neves garante que o atendimento é feito de forma correta. Até transplantes de pele são realizados no local.

Casos muito graves são encaminhados para o Hospital São José, em Joinville, ou o Tereza Ramos, em Lages. Se forem crianças, podem ir para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, ou o Hospital Materno-Infantil Jeser Amarante Faria, em Joinville. Nenhum desses locais, porém, é tão preparado quanto o HU promete ser.

A estrutura física, que custará R$ 2,4 milhões, repassados pela União, está prevista para ser concluída em janeiro de 2012. A obra está dentro do cronograma, mas pelo contrato, pode ter o prazo estendido. Depois do término da construção, o centro ainda precisará ser aparelhado. O investimento total será de R$ 6 milhões.

  

QUEIMADOS
Cartilha vai orientar o atendimento

O Ministério da Saúde vai elaborar uma cartilha com orientações sobre como atender pacientes com queimaduras para distribuir nas emergências.A medida foi tomada porque haveria uma falta de preparo dos profissionais para este tipo de atendimento.O material trará informações sobre o reconhecimento do tipo e da gravidade de queimadura, o tratamento da ferida e da dor, e a identificação da necessidade de transferência para centros especializados.

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, acredita que o material vai permitir uma capacitação permanente das equipes de saúde da rede pública.

O documento está sendo preparado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e traz regras básicas para profissionais dos serviços de emergência e urgência de hospitais e postos e estará disponível na internet.

– Muitos médicos não têm familiaridade com o que deve ser feito. A ideia foi fazer um manual simples, destinado tanto para o profissional do posto quanto para aquele no hospital – disse o coordenador da Câmara Técnica do CFM, Antonio Pinheiro.

O chefe do serviço de cirurgia plástica do HU, Rodrigo d’Eça Neves, defende que os profissionais são preparados nas universidades, mas não encontram a estrutura para aplicar os conhecimentos nos hospitais

 

Colunista Cacau Menezes

 Check-up
Quando se trata de saúde da mulher, as duas doenças que mais desafiam a medicina – e se mostram a principal ansiedade das pacientes nos consultórios – são o câncer de mama e o de colo de útero. Muitas vezes um simples check-up é a garantia de uma vida saudável para muitas mulheres. Esse será o apelo da próxima campanha na área da saúde pública

 

 ARTIGOS

Controle do tabagismo, por Luiz Antônio Santini * e Tânia cavalcante **

Esta segunda-feira, 29 de agosto, marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Embora muitos avanços tenham sido conquistados na luta contra o tabaco, ainda não é o momento para comemorar. Atualmente, o mundo assiste a um alarmante crescimento da carga de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como câncer, cardiovasculares e respiratórias crônicas (bronquite, asma e enfisema), tendo o tabagismo como um dos grandes causadores.

Esses males, se somados ao diabetes, representam mais de 60% das mortes anuais no mundo, porém consomem menos de 3% dos recursos públicos e privados que são aplicados na saúde.

O tabagismo ainda é uma epidemia em franca expansão, principalmente em países em desenvolvimento. Uma situação que levou 192 países (inclusive o Brasil) a negociarem o primeiro tratado internacional de saúde pública, sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Convenção – Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), e a reconhecerem a indústria do tabaco como vetor da epidemia de tabagismo. Hoje, a prevalência de fumantes no Brasil é uma das menores do mundo, o que já se traduz em redução da mortalidade por doenças cardiovasculares (homens e mulheres) e por câncer de pulmão (homens).

No entanto, ainda temos muitos desafios. Um deles é que os 24 milhões de fumantes atuais estão concentrados mais nas populações de menor renda e escolaridade, as mais vulneráveis às estratégias de mercado. Quase 24% da população ainda se expõem involuntariamente à fumaça ambiental de tabaco em seus locais de trabalho, índice também maior nas populações de menor renda e escolaridade.

A OMS contabiliza 603 mil mortes por ano em todo o mundo devido ao tabagismo passivo, das quais 7,5 mil são de brasileiros.

* Diretor do Instituto Nacional do Câncer; ** Secretária executiva da Comissão para Implementação da Convenção – Quadro de Controle do Tabaco

 

 

 

 


 O deputado estadual Neodi Saretta (PT) apresentou dois projetos: um que prevê a criação de um banco de dados com as mulheres que já realizaram exames de mamografia e as que estão na fila, e outro que prioriza a realização de mamografia às com idade entre 50 e 69 anos.

 

 


Hospital Universitário de Florianópolis terá nova ala para vítimas de queimaduras apenas em 2012
Primeiro centro de referência no setor contará com serviços inéditos, como UTI e banco de pelesAnita Martins  

O primeiro centro de referência no atendimento a queimados de Santa Catarina, que está em construção no Hospital Universitário (HU), em Florianópolis, deve começar a funcionar no segundo semestre de 2012.

A expectativa é do diretor da entidade, Felipe Felício. Ele explica que o setor terá serviços inéditos no estado, como uma UTI e uma sala de cirurgia exclusivos, além de um banco de pele, que será o segundo do Brasil. De acordo com Felício, espaços específicos são importantes, pois quem sofre queimaduras fica mais suscetível a infecções. Por isso, o centro terá também 12 leitos próprios.

Atualmente, o HU atende queimados no serviço de cirurgia plástica. O chefe do setor, Rodrigo d'Eça Neves, diz que, nos últimos dois anos, sempre houve, pelo menos, dois pacientes internados. Apesar do preparo do hospital não ser exemplar, Neves garante que o atendimento é feito de forma correta. Até transplantes de pele são realizados no local.

Casos muito graves são encaminhados para o Hospital São José, em Joinville, ou o Tereza Ramos, em Lages. Se forem crianças, podem ir para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, ou o Hospital Materno-Infantil Jeser Amarante Faria, em Joinville. Nenhum desses locais, porém, é tão preparado quanto o HU promete ser.

A estrutura física, que custará R$ 2,4 milhões, repassados pela União, está prevista para ser concluída em janeiro de 2012. A obra está dentro do cronograma, mas pelo contrato, pode ter o prazo estendido. Depois do término da construção, o centro ainda precisará ser aparelhado. O investimento total será de R$ 6 milhões.