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ENTRAVES NA SAÚDE PÚBLICA
Não conte com o Regional

Assim como no fim de semana passado, a unidade do Boa Vista suspenderá atendimentos clínicos hoje. Motivo: falta médicos. PAs e outros hospitais terão de segurar as pontas de novo

Se você precisar de atendimento clínico hoje, nem pense em ir ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, no bairro Boa Vista, em Joinville. Sem médicos clínicos para preencher a escala de plantão, o pronto-socorro só atenderá a pacientes em situação de risco encaminhados pelo Samu e pelos três prontos-atendimentos da cidade. Da mesma forma e pelo mesmo motivo que o pronto-socorro teve atendimento restrito no fim de semana passado: falta de médicos.

Não haverá distribuição de senhas nem filas de espera. Serão oferecidas apenas cirurgias de emergência e as previstas no mutirão em cerca de 70 hospitais catarinenses anunciado pela Secretaria de Estado da Saúde. Como a direção do hospital não tem condições de repor os profissionais em falta, a certeza é de que o atendimento vai continuar comprometido nos próximos finais de semana. “A demanda é maior durante a semana, por isso temos remanejado os médicos para garantir o atendimento de segunda a sexta. Aos sábados, não teremos como garantir o atendimento com clínico geral”, justifica o diretor geral do hospital estadual, Renato de Almeida Castro, que assumiu em abril.

Amanhã, o pronto-socorro voltará a atender, com um clínico de plantão. Segundo a direção, a falta de profissionais tem comprometido o atendimento no Regional desde 2010. Há quatro clínicos a menos no pronto-socorro. Outros quatro devem sair até setembro. Por falta de enfermeiros, dez leitos da unidade de terapia intensiva foram fechados nesta semana. A única saída para garantir a reposição dos médicos, conforme o diretor, é a liberação das contratações de emergência.

“Nossa expectativa é de que o governo publique uma portaria autorizando contratações. Temos uma lista com os profissionais mais necessários. Vamos tentar antecipar os trabalhos o mais rápido possível”, garante Renato. Pelas contas da direção, são necessários pelo menos 53 novos funcionários, entre clínicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e ultrassonografistas. O problema é que, mesmo se as contratações começassem hoje, cada profissional ainda teria um prazo de 30 dias, que poderia ser prorrogado por mais 30, para começar os trabalhos na unidade.


ENTRAVES NA SAÚDE PÚBLICA

Mantidas 20 operações de mutirão

Apesar de o atendimento estar comprometido no pronto-socorro do Hospital Regional, a unidade pretende dar continuidade hoje às cirurgias programadas pelo mutirão do governo do Estado, anunciado neste mês. Serão feitas 20 operações para a retirada de hérnia. As primeiras estão marcadas para as 7 horas.

Como a expectativa é de que os pacientes sejam liberados ainda no fim da tarde de hoje, a programação prevê que cada procedimento dure entre uma hora e meia e duas horas. Ao contrário do último dia 13, quando alguns pacientes na fila de espera ficaram de fora do mutirão porque não foram encontrados, a direção do Regional não teve dificuldades para marcar os procedimentos de hoje.

Segundo o diretor geral da instituição, Renato Castro, os contatos telefônicos com as pessoas na fila de espera começaram há duas semanas para evitar novos problemas. A expectativa do Regional é de fazer 191 cirurgias até dezembro. No dia 10 de setembro, a unidade deve fazer mais um mutirão, atendendo às especialidades de cirurgia geral ou urologia. Além do mutirão, o Hospital Regional ainda pode contar com ortopedistas nos atendimentos hoje.

 


ENTRAVES NA SAÚDE PÚBLICA
Dia de longas esperas na zona Sul

Mesmo com a garantia de atendimento no pronto-socorro do Hospital Regional, o cenário no Pronto-atendimento 24 Horas da zona Sul já era de filas e impaciência. Alguns pacientes, como a auxiliar de produção Santa Maria Moreira, 53 anos, reclamaram que estavam há mais de dois dias à espera de consulta com um clínico geral.

A preocupação dela era conseguir atestado médico para justificar três dias de ausência no serviço – queixa-se de dor nas costas. “Se não esperar pelo atendimento, não vou ter como comprovar meu problema”, explicou. A dona de casa Cristiana Cunha, 31, também criticou a demora. Ela contou ter chegado ao PA do Itaum no começo da tarde, na companhia da irmã doente. Até o começo da noite, a moça não havia sido analisada por um médico.

“A gente espera para pegar senha, depois espera para a triagem com enfermeiros e não tem garantia de atendimento. Alguns não aguentam e vão embora”, protesta Cristiana. Tanto a irmã da dona de casa quanto a auxiliar de produção conseguiram ser atendidas no pronto-atendimento à noite.

A Saúde municipal informou ontem que a situação no PA Sul foi resultado de um dia atípico, uma vez que o quadro de funcionários estava completo. Segundo a assessoria, o atendimento do PA Sul é superior ao dos outros, pela localização em região populosa. A secretaria orientou que as pessoas que sofram de casos não tão graves que procurem os postos de saúde. Lá, enfermeiros fazem o primeiro atendimento e, se acharem preciso, encaminham o paciente a um médico.

 

ENTRAVES NA SAÚDE PÚBLICA
PA Leste vai arcar com a demanda

O vácuo no atendimento do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt deve ser mais sentido pela equipe do pronto-atendimento municipal da zona Leste.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde de Joinville informou que, pela proximidade com o hospital, pessoas que procurariam atendimento no Regional devem ir ao PA inaugurado em 2010 no bairro Aventureiro.

A secretaria garante que, como o quadro de médicos estará completo, não deverá haver superlotação no pronto-atendimento.

 


ENTRAVES NA SAÚDE PÚBLICA
Para diretoria, São José terá sábado normal

Os diretores do Hospital Municipal São José afirmaram ontem também não acreditar em superaumento do movimento hoje por causa da restrição no pronto-socorro do Hospital Regional. Como a maioria das pessoas que procuram o hospital é de casos clínicos, a demanda será repassada ao PA Leste.

O Hospital São José enfrenta outro entrave: continua submetendo pacienres a cirurgias com o aparelho arco em C emprestado pelo Hospital Dona Helena. Comprado no fim de 2009, por R$ 324 mil, o aparelho do hospital deixou de funcionar há duas semanas.

Os técnicos ainda não detectaram qual o problema do equipamento, mas a previsão da diretoria é que ele deve voltar a funcionar na semana que vem.

 


SOLIDARIEDADE
McDia Feliz contra o câncer

Sábado é dia contribuir com a maior campanha em favor de crianças e adolescentes com câncer no Brasil: o McDia Feliz. Já virou tradição. Há 23 anos, o Mc Donalds reverte o dinheiro arrecadado com a venda de Big Macs no último sábado do mês de agosto a instituições de todo o País que contribuem com aumento do índice de cura do câncer infantojuvenil. Em Joinville, a entidade beneficiada é o Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, com o projeto “Casa de Apoio”.

A novidade este ano é que alunos dos Centros de Educação Infantil (CEIs), da rede municipal de ensino, participam ativamente da campanha. Os tíquetes do sanduíche estão sendo vendidos antecipadamente nas unidades escolares desde segunda-feira, e os pequenos estão dando uma lição de solidariedade.

O objetivo deles é ajudar a construir uma casa que dará suporte a famílias de crianças e adolescentes, que muitas vezes precisam vir de outras cidades para buscar tratamento no Hospital Infantil. Será um espaço aconchegante, onde esses jovens também poderão brincar, ler, estudar, e esquecer um pouco a tensão do ambiente hospitalar.

O projeto desta “Casa de Apoio”, que será construída no terreno do próprio hospital, já está pronto. E os recursos do McDia Feliz deste ano, somados à arrecadação do ano passado, deverão garantir à instituição a quantia necessária para a concretização da obra.

Em 2009, a arrecadação do McDia Feliz já foi destinada à aquisição de mobiliário e equipamentos para o setor de quimioterapia ambulatorial do hospital.

 

SAÚDE
Postos abertos no fim de semana

O fim de semana será de vacinação contra a poliomelite nos postos de saúde de Joinville e, também, consultas médicas e odontológicas pré-agendadas e procedimentos básicos de enfermagem. Até outubro, as unidades ficarão abertas nos fins de semana para compensar os dias paralisados durante a greve dos servidores, que obrigaram o cancelamento de consultas.

A gerente da Unidade de Atenção Básica, Janine Guimarães, afirmou que a escala de trabalho foi decidida em um acordo com os profissionais da Saúde.

Segundo a Secretaria da Saúde, nos dias úteis o serviço já está sendo repostos. A Regional de Saúde do Centro já realizou, em um mês, 526 consultas médicas e 212 consultas odontológicas. “Estamos adequando conforme a realidade de cada unidade. Com a ajuda de todos, estamos colocando a casa em ordem”, garantiu Janine. Doze unidades de saúde estarão abertas amanhã para atendimento da população. Além de consultas pré-agendadas e procedimentos de enfermagem, a prioridade dos postos de saúde será a campanha da vacinação contra a poliomielite. Até quinta, segundo o setor de imunização, Joinville ainda não havia atingido a meta de, pelo menos, 95% de cobertura entre as crianças de zero a menores de cinco anos.


 

Visor


PINGOU UM EXTRA
Dalmo de Oliveira, secretário de Saúde, espera a liberação de R$ 6 milhões, do total de R$ 200 milhões que o governo federal vai destinar para cirurgias eletivas ainda em 2011. O dinheiro vai direto para o mutirão

 

Geral


POLÊMICA DE PESO
Emagrecedores postos em xeque
Agência Nacional de Vigilância Sanitária decide na terça se proíbe a venda no Brasil de medicamentos à base de sibutrami
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Considerados os mais populares inibidores de apetite do mercado farmacêutico, os medicamentos à base de sibutramina estão na berlinda. Esta semana, depois de terem condenado o uso da substância, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltaram atrás e decidiram recomendar sua permanência nas farmácias brasileiras. A decisão final ainda depende da direção do órgão, que deve se reunir na terça-feira para votação.

Além da sibutramina, estão em avaliação outros três emagrecedores – anfepramona, femproporex e mazindol –, para os quais foi mantida a indicação de interdição.

Divulgado em fevereiro, o parecer preliminar questionou a eficácia e a segurança das pílulas. No caso da sibutramina, os técnicos basearam-se em um estudo usado como justificativa para a proibição da sibutramina na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina. Segundo a pesquisa, apenas 30% dos usuários do produto perderiam peso, e as chances de derrame e infarto aumentariam em 16% em pessoas com predisposição.

A questão nunca chegou a ser unânime, e a pressão de entidades médicas sobre a Anvisa se tornou tão forte que acabou atrasando a decisão final – inicialmente prevista para junho. Em comunicados oficiais, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) afirmaram temer o aumento dos índices de obesidade, caso se opte por uma proibição total.

– Muitos respondem bem ao tratamento e se beneficiam em todos os sentidos. Com a proibição, seriam bastante prejudicadas – diz o médico Alfredo Halpern, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de SP.

A opinião é endossada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em nota divulgada há duas semanas, a entidade classificou a possível interdição como uma “interferência direta na autonomia de médicos e de pacientes”. O CFM entende que não cabe à Anvisa fazer este tipo de proibição e promete recorrer à Justiça caso a agência decida pela retirada.

O problema é que, muitas vezes, os inibidores são usados de forma deliberada, sem acompanhamento profissional. Ainda assim, a classe médica entende que a solução é o reforço da fiscalização – e não a retirada.

 


MÃOS À OBRA
O governador Raimundo Colombo foi acompanhar de perto as obras na emergência do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, na última sexta-feira. Fez um verdadeiro interrogatório à direção do hospital e ao secretário Dalmo Claro de Oliveira sobre os detalhes da reforma. Soube que, nesta segunda-feira, a parte física será entregue: faltarão a mobília e os equipamentos. O cronograma prevê a entrega para o atendimento à população na segunda quinzena de outubro. Colombo, que é cobrado por muitos a dar uma resposta na área da saúde, depois dos problemas na largada do mutirão de cirurgias, não poupou sequer os operários das perguntas sobre a recuperação da emergência. Antes de entrar no hospital, cumprimentou a rapaziada que dá duro para o trabalho ser concluído no prazo.

 


Nova emergência do Hospital Celso Ramos deve ser entregue em 40 dias
O anúncio foi feito nessa sexta-feira pelo governador Raimundo Colombo (PSD), em visita às obras de reforma
 

O governador Raimundo Colombo (PSD) prometeu entregar a nova emergência do Hospital Celso Ramos, em obras desde abril de 2010, em 40 dias, na segunda quinzena de outubro. O anúncio foi feito na sexta-feira (26), em visita à instituição, onde Colombo e o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira avaliaram a obra orçada em R$ 2 milhões.

Com a ampliação, a emergência ficará com espaço 30% superior ao atual, além de receber dois centros cirúrgicos novos, equipamentos de raio X, ultrassonografia e respiradores de última geração.

Segundo Oliveira, o destaque fica por conta das duas novas salas de cirurgia da emergência, que fica no térreo. “A estrutura está mais moderna e confortável. Agora o atendimento será bem mais rápido e o paciente não precisará subir até outro andar se precisar de algum procedimento cirúrgico”, lembrou o secretário, ressaltando que o próximo passo é reformar os andares superiores, onde fica a ortopedia, o ambulatório e a enfermaria.

Durante a reforma, o Hospital Celso Ramos passou a atender apenas pacientes “referendados”, ou seja, encaminhados pelo SAMU, Corpo de Bombeiros ou outros serviços de Saúde. Os pacientes que procurarem espontaneamente a emergência estão passando por uma triagem e, dependendo do caso são encaminhados a outra unidade de Saúde. A instituição atende todas as especialidades, sendo referência em neurotraumatologia.