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SAÚDE PÚBLICA
Fim da espera para 12 pessoas
Mutirão da catarata atenderá pacientes que estão há mais três anos na fila

Aos 53 anos, Adão Boeira Turíbio, morador do bairro Paranaguamirim, sofre com uma doença comum em pessoas acima de 40 anos: a catarata. Ele conta que a visão começou a ficar embaçada, prejudicando até no trabalho dele. Adão é vigilante e tentou amenizar os sintomas trocando de óculos com a mesma rapidez com que percebeu que as cores ficaram cada vez mais opacas e as imagens menos nítidas.

Quando descobriu a doença, ele foi encaminhado para uma fila de espera da saúde pública. Uma espera que já dura mais de três anos. Sem condições de pagar os R$ 2 mil pedidos para tratar cada um dos olhos, o jeito foi aguardar. “Leio e escrevo com dificuldade. Já perdi emprego por causa disto.”

O sofrimento de Adão tem data para terminar. Hoje, serão realizadas 12 cirurgias de catarata no Hospital São José, contemplando os pacientes que estão há mais tempo na fila. Por iniciativa do oftalmologista Rodrigo Marzagão, que atua no posto de atendimento médico do Boa Vista, a maratona começa às 7 horas e não tem hora para acabar. Mas ele sabe que a espera ainda continua, pois será operado somente do olho esquerdo e o direito ainda precisará de tratamento.

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Assista hoje à noite reportagem no “RBS Notícias”, na RBS TV. Leia neste domingo a batalha de quem espera por uma cirurgia.

 

 


SAÚDE PÚBLICA
“Todos vão ter catarata um dia”, diz médico

O oftalmologista Rodrigo Marzagão sabe que, no lugar destes 12 pacientes que passarão por cirurgia hoje, virá rapidamente outra leva e assim por diante, em um processo que só tende a aumentar a fila e o tempo de espera.

Atualmente, segundo o médico, cada um dos sete oftalmologistas da Secretaria Municipal da Saúde realiza de três a quatro cirurgias por semana. No lugar destes pacientes, aparecem de nove a dez pessoas com a doença.

O médico explica que a catarata é uma doença de idosos e, como a longevidade aumentou, cada vez mais pessoas poderão apresentar os sintomas.

A preocupação de Marzagão é que não há um sistema que dê conta de atender esta demanda. “Todos vão ter catarata um dia. Só não vai ter quem morrer cedo”, afirma o médico.

A cirurgia, apesar de ser complexa, é rápida e segura, segundo Marzagão. “Gasta-se mais tempo na preparação da sala do centro cirúrgico para a troca de pacientes, cerca de 30 minutos, do que com a cirurgia, que dura no máximo 25 minutos”, diz.


 


SAÚDE PÚBLICA
Secretário vai falar de mutirão
Em encontro com médicos, Dalmo irá tirar dúvidas sobre as cirurgias eletivas

O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, vai participar, neste sábado, de uma reunião para esclarecer dúvidas de médicos de Joinville sobre o mutirão de cirurgias eletivas e os critérios do programa.

O mutirão começou no fim de semana passado no Hospital Regional e ainda passa por adaptações. A iniciativa envolve etapas e organização de prestadores e filas. O atendimento vai obedecer à ordem de inscrição feita nos municípios, com as cirurgias sendo realizadas, preferencialmente, nas sedes regionais. Até o momento, 157 municípios já mandaram a lista de espera. A prioridade é para as pessoas já cadastradas no sistema e que há mais de dois anos aguardam por uma operação.

 

 

 

INSCRIÇÕES
Simpósio de bioética será em setembro

A 12ª edição do Simpósio Catarinense de Bioética do Hospital Dona Helena está programada para setembro. Com o tema “Vontades e deveres”, será realizado no Hotel Bourbon, em Joinville.

O coordenador do curso de pós-graduação em filosofia da UFSC, Darlei Dall’Agnol, vai falar na conferência de abertura. O pós-doutor em metaética fala sobre “Ética e política: uma moral para a democracia”.

As inscrições custam R$ 100 e incluem o almoço. O depósito pode ser feito no Banco do Brasil, agência 3428-2, conta 4258-7, em nome da Associação Beneficente Evangélica de Joinville. Informações pelo telefone (47) 3451-3344 ou bioetica@donahelena.com.br.

 

 

 

REVENÇÃO
Dez mandamentos contra o câncer
Instituto elabora lista sobre o que fazer para evitar a doença

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, elaborou algumas dicas importantes que podem auxiliar a prevenir o surgimento da doença. Atitudes simples de serem incorporadas ao dia a dia são fundamentais para prevenir o câncer, que atualmente é a segunda maior causa de mortes entre a população.

A primeira, e uma das principais recomendações, é não fumar. O tabagismo é responsável por 30% das mortes de pacientes oncológicos e um ponto desencadeante de diversas doenças. Outro fator importante é não consumir bebidas alcoólicas em excesso, pois o álcool potencializa significativamente os efeitos do tabaco e prejudica o fígado.

– Evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas já vai ajudar, e muito, na manutenção da saúde das pessoas, já que ambos estão associados ao aparecimento de inúmeros tipos de tumores – afirma o oncologista Gilberto de Castro Jr.

Para o oncologista Paulo Hoff, mudanças implicam uma troca de atitudes.

– As dicas listadas pelo Instituto do Câncer de São Paulo, de certa forma, são os conselhos que damos aos nossos pacientes no consultório. As informações são amplamente disseminadas, mas a prática muitas vezes exige uma modificação de hábitos. Parar de fumar e mudar a alimentação, por exemplo, são algumas delas – salienta o especialista.

Hoff alerta que são poucos os que adotam medidas preventivas e que muitos ainda vivem na ilusão de que nunca serão vítimas da doença. Segundo o médico, o câncer surge por causa de uma série de fatores, entre eles o genético, mas os hábitos de vida têm grande influência na hora de determinar quem vai ficar doente. (Leia na pág. 6 sobre o caso de Reynaldo Gianecchini).

 


ESTUDO
Pesquisa elucida o transtorno bipolar
Tratamento começa, normalmente, só 16 anos após o diagnóstico médico

stima-se que de 1% a 3% da população mundial sofra de transtorno bipolar do humor (TBH), condição em que o paciente experimenta mudanças extremas de humor que variam de euforia a depressão.

Para estes pacientes, o diagnóstico e o tratamento precoce melhora, em muito, a qualidade de vida.

O estudo envolveu 480 adultos, com média de idade de 42 anos, que tiveram diagnóstico de TBH há pelo menos 20 anos.

Por meio de entrevistas e questionários, os pesquisadores determinaram a idade aproximada do aparecimento dos sintomas maníacos ou depressivos e a idade do primeiro tratamento. Do total, foi possível identificar o início dos sintomas em 420 participantes da pesquisa.

Entre aqueles que tiveram o primeiro sintoma durante a infância (antes dos 13 anos), houve uma média de diferença de pelo menos 16 anos até o início do tratamento farmacológico, com maior recorrência de depressão, entre outros problemas psíquicos.

  

 

Homens já são 8% nas clínicas


Os homens estão cada vez mais vaidosos e já representam 8% da procura por tratamentos estéticos não cirúrgicos, como o uso da toxina botulínica tipo A (botox), segundo estatísticas da Sociedade Americana de Estética e Cirurgia Plástica (ASAPS).

João Carlos Pereira, dermatologista e membro da entidade, afirma que é comum mulheres presentearem seus maridos com procedimentos estéticos, ou mesmo eles procurarem diretamente as clínicas para tratamentos.

– Cerca de 30% dos clientes de beleza são homens. Botox e preenchimentos à base de ácido hialurônico para as rugas são os recursos mais procurados por eles – afirma o dermatologista.

O cirurgião plástico Maurício de Maio, doutor pela Universidade de São Paulo e consultor internacional sobre toxina botulínica, diz que devem haver cuidados com resultados milagrosos: o botox necessita de uma dosagem muito precisa, pequena e específica, além de um profundo conhecimento da musculatura do rosto.