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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Cobrança no Regional

É lamentável a inexistência de um plano para suprir, ainda que emergencialmente, a ausência de médicos. Neste fim de semana, quem procurou o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, não foi atendido porque simplesmente não tinha clínico geral no plantão. Simples assim. É claro que não há, ainda mais tratando do serviço público, como contratar imediatamente profissionais para repor quem pediu demissão como ocorreu no Regional. Mas também é inaceitável que não seja possível deslocar médicos dentro da rede para manter o atendimento, ainda que o sistema trabalhe no limite.

O planejamento tem de aprender a contornar as adversidades. Nas campanhas eleitorais, o tema saúde toma grande espaço justamente por causa da decepção da população com esses problemas. Chegam a aparecer grandes promessas, como novos hospitais, no caso da campanha municipal, mas nem o elementar, como clínicos-gerais no plantão, responsabilidade esta do governo do Estado se tratando do Regional, as autoridades conseguem atender.

Historicamente, a maior parte das responsabilidades em atendimento hospitalar recai sobre o São José. O hospital é criticado pela constante superlotação. Quanto ao Regional, cujas próprias autoridades apontam a necessidade de maior produção, as cobranças não são tão grandes. Está na hora disso mudar.

 

Geral


HOSPITAL REGIONAL
Sem médico, ficou vazio
Com quatro clínicos a menos, unidade se limitou às cirurgias no fim de semana

O cenário de cadeiras vazias, pouco ou nenhum movimento no pronto-socorro do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, que surpreendeu quem procurou a unidade de saúde no último fim de semana, pode se repetir no próximo sábado. Ou ainda ocorrer em dias úteis a partir de setembro. A instituição tem hoje quatro clínicos a menos – dois pediram demissão na semana passada. Outros quatro plantonistas terão contrato finalizado no mês que vem, segundo o diretor clínico da instituição, Hercílio Fronza Jr. “Os contratos temporários são de um ano e podem ser renovados por mais um. Estamos aguardando a liberação de novas contratações ou de autorização para prorrogar os contratos”, conta Fronza.

No sábado e ontem, os pacientes tiveram de ser encaminhados aos três prontos-atendimentos da cidade. Nenhum profissional estava na escala para cobrir as faltas dos médicos que pediram demissão. Segundo Fronza Jr., a dificuldade em fechar a escala acabou por limitar o serviço no fim de semana. “Estamos privilegiando os dias da semana, que têm mais procura, para fechar a escala”, explica. “AN” tentou contato por telefone com o diretor-geral do Regional, Renato Castro, nas tardes de sábado e de domingo, sem sucesso.

Pessoas que procuraram o Regional para atendimento clínico neste fim de semana voltaram para casa sem conseguir consulta. Somente os atendimentos com ortopedistas e as cirurgias se mantiveram. A previsão de funcionários do Regional é de que a situação volte a se normalizar hoje, a partir das 7 horas, quando haverá clínico-geral novamente.

O técnico de elétrica Luiz Ailton de Oliveira, 48 anos, levou no sábado o filho, que havia sofrido uma queda no banheiro na madrugada anterior. O rapaz, de 20 anos, foi encaminhado pelo Samu ao Regional. Acabou atendido porque o ferimento no braço precisou de cirurgia. Já a costureira Maria Goretti Costa, 44, foi avisada por vizinhos de que não havia médicos, o que pôde confirmar ao chegar ao pronto-socorro.

Enquanto o Regional tinha escassez de pacientes, PAs tiveram de arcar com a demanda. No PA Sul, no Itaum, o sábado foi movimentado. No PA Norte, no Costa e Silva, o dia foi de movimento acima do normal, o que se repetiu no PA Leste, no Aventureiro.

 


MUTIRÃO
Secretário admite pouco planejamento

“Falhamos na comunicação com as secretarias”, admitiu o secretário estadual da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira (PMDB), em encontro em Joinville organizado no sábado pela Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM) para esclarecer pontos do mutirão de 22,6 mil cirurgias eletivas anunciado pelo governo estadual neste mês. O secretário lamentou ruídos de comunicação que ocorreram no lançamento do mutirão e reclamações de gestores municipais de saúde, que alegaram desinformação.

Mas Dalmo voltou a defender que as listas dos pacientes em espera deveriam estar atualizadas e em mãos dos municípios. O secretário reafirmou que o objetivo do mutirão é reduzir filas e informou que o planejamento durou menos de um mês. Segundo ele, a ideia partiu do governador Raimundo Colombo (DEM), em julho.

Outro impasse: os valores que os hospitais participantes (77, três deles em Joinville) e médicos receberiam pelos procedimentos de oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral e ortopedia. Dalmo garantiu que serão pagos preços da tabela do SUS mais gratificação de até R$ 250, exceto para operações de catarata.

O secretário de Saúde de Joinville, Tarcísio Crocomo, destacou que a medida “pegou no calo” das secretarias. “A gente não estava preparado. Mas vamos ter que fazer, por bem ou por mal.” Em Joinville, participam o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, o São José e o Jeser Amarante Faria. Na cidade, as operações iniciaram-se no dia 6. A próxima etapa, no Regional, é para remoções de hérnia.

 


 Viver Bem

 

LINFOMA
LINFOMA, que câncer é esse
?
Doença diagnosticada no ator Reynaldo Gianecchini gera tumores no sistema linfático

O tipo de câncer diagnosticado no início do mês no ator Reynaldo Gianecchini – linfoma não Hodgkin – é o mesmo que afetou a presidente Dilma Rousseff há dois anos. Estimativas apontam que 1,5 milhão de pessoas sofram com a doença no mundo. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de três mil mortes anuais são associadas à enfermidade.

Na maior parte dos pacientes, não é possível saber a causa dos tumores. Especialistas identificam alguns fatores de riscos, como sistema imunológico comprometido e exposição química ou a altas doses de radiação.

As chances de cura dependem de variáveis como o tipo de linfoma (dezenas já foram caracterizados) e o estágio da doença quando descoberta.

 


FARMÁCIA CASEIRA
O perigo da farmácia caseira
Medicamentos podem causar intoxicações graves. Veja como proceder para evitá-las

Para evitar a intoxicação de crianças por medicamentos – responsável por 36,1% de todos os casos de intoxicação registrados no Brasil –, a Câmara dos Deputados está analisando um projeto que torna obrigatório o seu fracionamento, feito conforme a receita médica. A proposta prevê uma nova forma de venda de drágeas, comprimidos, cápsulas, pastilhas e supositórios.

Atualmente, a legislação já permite o fracionamento de determinados medicamentos (são 800 na lista da Agência Nacional de Vigilância, Anvisa), mas não o torna obrigatório. O autor da lei, deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), argumenta que como é comum as pessoas guardarem os restos deles durante ou após o uso em casa, o perigo é constante.

“As intoxicações respondem por aproximadamente 7% de todos os acidentes em crianças menores de cinco anos e estão relacionadas a cerca de 2% de todas as mortes na infância no mundo”, diz o parlamentar.

A proposta de Aluizio também tem uma razão econômica, defendida por entidades como a Proteste Associação de Consumidores e o Instituto Ethos, que lançaram uma campanha pela conscientização da medida em 2010. O argumento é que, apesar da venda de remédios fracionados ser permitida no país há mais de seis anos, até hoje os consumidores brasileiros pouco sabem sobre isso e encontram dificuldades para comprar medicamentos na quantidade exata para o tratamento prescrito.

Dados de ambas entidades revelaram que, até agora, só 15 laboratórios pediram o registro da Anvisa para produzir 175 tipos de produtos fracionados, a maior parte deles genéricos. A vantagem é que, com a oferta de medicamentos fracionados, o consumidor pode comprar a quantidade exata para o tratamento. Além de ser saudável para o bolso, a atitude evita os riscos de efeitos adversos e intoxicação pelo consumo das sobras de remédios estocados em armários e gavetas. E, ainda, é reduzido o desperdício e o descarte de produtos no meio ambiente. A Anvisa calcula que 20% de toda a produção farmacêutica vai para o lixo, num desperdício que chega a R$ 4 bilhões anuais.

No último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fiocruz, os principais agentes de intoxicação em crianças menores de cinco anos – a fase oral e de grande interesse pelo meio em que se vive – são medicamentos (36,1%), seguidos por artigos de higiene e desinfecção (21,6%). Até os 14 anos, nas intoxicações por diversas substâncias, 98,7% dos episódios ocorreram em casa.

Quase sempre, as intoxicações acontecem por descuido. Há casos em que a criança encontrou o remédio ainda na embalagem, jogada na lata de lixo. Os pequenos tendem a repetir o comportamento de adultos, e são motivados pela curiosidade. Mesmo drogas de venda livre, como paracetamol e ácido acetilsalicílico, causam problemas quando ingeridas sem necessidade.

 


DR. GOOGLE
Cuidado com o DR. GOOGLE
Diagnósticos errados, doenças imaginárias e outras confusões que ameaçam a saúde fazem da internet um vilão da medicina moderna. Aprenda como filtrar as informações corretas e não virar um cybercondríaco

 

Um diagnóstico ao alcance de alguns cliques. Parece utópico. E é. Procurar sintomas e vasculhar manifestações de doenças em sites de busca, por mais tentador que possa parecer, tem tudo para ser uma enrascada daquelas. No Brasil, 75 milhões de pessoas possuem acesso à internet de alguma forma. Com tantas facilidades na rede, fica difícil conter o impulso de se receitar com o Dr. Google. E esta autoprescrição pode ser uma das maiores armadilhas na área da saúde.

O neurologista Sergio Haussen, especialista em esclerose múltipla, já viu pacientes cometerem loucuras levando fé em receitas milagrosas. Se arrepia ao lembrar de uma mulher que descobriu por meios virtuais que uma substância contida na picada de abelha solucionava a doença. São mais de 2 mil links no Google falando sobre a receita.

“Quando o produto estava em falta, pegava a abelha e fazia com que picasse o braço dela. Além de ser uma atrocidade, ela perdeu meses de tratamento certo com a aventura”, conta Haussen.

Preocupado com a quantidade de gente com ideias deturpadas, o neurologista Alessandro Finkelszten decidiu lutar por informação de qualidade. Participou de uma pesquisa cujo mote era encontrar discrepâncias entre os resultados de buscas feitas por médicos em revistas especializadas e o que aparece de maneira geral na internet. Por fim, encaminharam às maiores publicações na área de saúde um pedido para que os artigos mais importantes em cada segmento fossem divulgados gratuitamente à população.

“Queremos que a pessoa tenha o direito a discutir com o médico com base em artigos científicos, não de especulações descabidas”, explica Finkelszten.

Enquanto o apelo não surte efeito, pessoas como Luana Gabriela Maciel Mitto, 36 anos, passam por poucas e boas a cada navegação na internet. Grávida de quatro meses, Luana pesquisa cada passo da evolução de sua barriga e gela com o que descobre.

“Fiz uma média entre vários sites e pelo o que vi já era para o meu bebê estar mexendo. Fui no médico e ele mandou eu parar de futricar nessas páginas. Tento me controlar, mas não consigo”, se diverte Luana.

Pânico e sofrimento também acompanharam Giuseppe Pessoa, 41 anos, por quase um ano. Em 2008 uma íngua apareceu no pescoço dele. Correu para o computador. Os resultados das pesquisas levavam a crer que era HIV. O exame de sangue negou a hipótese. Foram meses de aflição até que chegasse o diagnóstico: um princípio de tumor na região da garganta.

“A íngua foi aumentando e eu me apavorando com o que aparecia na internet. Meu sono ficou alterado. Me debilitei. Depois, quando comecei a investigar com o médico, cada exame era uma caça na rede. Um dos primeiros médicos que consultei me dizia para parar de pesquisar. Não conseguia. Estava ansioso e tomava a internet como verdade absoluta”, lembra Pessoa.

Maioria das informações só assusta

Enquanto os médicos se espremem em agendas lotadas, o Google oferece todo o tempo do mundo e infinitas possibilidades de leituras sobre assuntos de todos os interesses. Rodolfo Coutinho Radke, oncologista, está na medicina há 30 anos e nota que foi nos últimos cinco que o exército de pacientes doutrinados pela web começou a invadir os consultórios.

Para Radke, o leigo não tem que dispor de muitas informações, principalmente quando o assunto é câncer: “A maior parte do que se encontra por aí não vai fazer diferença para o tratamento, só vai assustar. Eles precisam confiar em mim. Deixo meu telefone ligado sempre e peço para que me liguem por menor que seja o sintoma. É preferível eu dar explicação do que a pessoa procurar no Google”, conta Radke.

Daniela Vargas Barletta é radioncologista e trabalha com diagnósticos graves. Para ela, tudo o que um paciente oncológico necessita é de injeções de otimismo, não das pílulas de derrota que a internet pode oferecer. “Se você se apega a estatísticas, pode colocar tudo a perder. Desanima ver que 90% dos casos não têm sucesso, mas o paciente pode estar perfeitamente nos 10% e corre o risco de colocar tudo a perder, lendo o que não deve ler”, diz ela.

Fabiana Schuelter Trevisol, doutora em medicina farmacêutica e bioquímica, já vai para a terceira orientação de trabalhos de alunos da medicina na Unesul em Santa Catarina sobre a dicotomia médico-paciente-Google, e acredita que além da carência do médico, as pessoas ainda têm muita vergonha de perguntar sobre certos assuntos, como doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo, e correm para os buscadores.

 

KAMILA ALMEIDA

 


PLAGIOCEFALIA
Um problema ainda desconhecido
Entenda a plagiocefalia posicional, um achatamento do crânio presente em muitos bebês, mas ainda pouco tratado no Brasil

O nome é complexo, mas a explicação é simples: a plagiocefalia posicional é quando a criança tem um lado da cabeça mais achatado e o outro mais proeminente. É possível haver achatamento posterior (na região chamada de occipício), anterior (na região frontal), assimetria facial e desalinhamento das orelhas.

A solução pode ser simples, com reposicionamento e exercícios para a musculatura do pescoço, mas, caso isso não seja suficiente, é necessário o uso de uma espécie de capacete feito sob medida para o bebê. Mas o problema precisa ser reconhecido e tratado cedo, e o tratamento ainda é pouco difundido no Brasil. Para esclarecer pais e cuidadores, o “Viver Bem” entrevistou o médico que montou a primeira clínica dedicada à plagicefalia posicional no Brasil.

Tendo vivido a situação com sua filha, hoje com seis anos, o médico paulista Gerd Schreen mudou-se para os Estados Unidos, por cinco meses, para fazer o tratamento quando a menina era bebê. Foi o que o levou à decisão de montar a clínica Cranial Care (em São Paulo), trazendo o tratamento para o País. A seguir, o médico explica como lidar com a plagiocefalia posicional.


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Entrevista/Gerd Schreen, médico

“É preciso agir rápido”

Quais são as principais causas do problema e como prevenir?

Gerd Schreen – Geralmente, a plagiocefalia posicional está associada ao apoio viciado em uma parte da cabeça. Várias condições levam a isso, sendo a mais frequente o torcicolo congênito, que faz com que a criança tenha uma preferência a girar a cabeça para um dos lados. Outras causas são a posição em que a criança ficou encaixada na pelve da mãe, gestação gemelar (de gêmeos) ou um trabalho de parto prolongado. A melhor forma de prevenir é alternar o apoio na cabeça da criança, seja na hora de dormir, para amamentar, trocar a fralda, brincar etc.

Como identificar que o bebê tem esse problema e o que fazer?

Gerd – A observação atenta do formato do crânio do bebê pode ser feita em casa e identifica as assimetrias mais importantes. No site www.cranialcare.com.br há um guia bastante útil para auxiliar os pais nessa análise. O pediatra poderá identificar as assimetrias no exame físico regular e orientar os pais. A maioria das assimetrias cranianas, quando identificadas e tratadas a tempo, regride apenas com o reposicionamento e, eventualmente, alguns exercícios físicos para a musculatura do pescoço. Mas, é preciso agir rápido para não perder o precioso tempo em que a cabeça da criança cresce rapidamente e permite ser moldada.

Apenas nos casos em que não há regressão com o reposicionamento, ou este é insuficiente, pode-se lançar mão do uso da órtese craniana, que, sem nenhuma dor ou sofrimento, molda o crescimento do crânio conduzindo-o de volta à normalidade.

Como é o tratamento com a órtese?

Gerd – A órtese é uma espécie de capacetinho feito sob medida para cada bebê (foto ao lado), que vai moldando o crânio na fase em que a velocidade de crescimento é maior, ou seja, dos 4 aos 14 meses de idade. Ela deve ser usada 23 horas por dia e o tratamento dura de 3 a 4 meses.

O primeiro passo é a avaliação com o médico e com a fisioterapeuta. Nessa ocasião, também é feito um escaneamento tridimensional a laser que, além de subsidiar o diagnóstico, serve de molde virtual para a confecção da órtese, importada dos EUA. Durante o tratamento, são feitos ajustes quinzenais na clínica em São Paulo, estrategicamente localizada ao lado do Aeroporto de Congonhas devido ao grande número de pacientes provenientes de fora da capital paulista. Invariavelmente, há uma melhora do formato da cabeça do bebê, trazendo-o para dentro do padrão de normalidade.

Quais podem ser as consequências se o problema não for tratado?

Gerd – O não tratamento nessa fase inicial da vida condena o bebê a conviver com a assimetria para sempre. As consequências psicológicas são imprevisíveis pela imensa quantidade de variáveis que influenciam esse aspecto. Alguns estudos relacionam a plagiocefalia posicional a problemas no fechamento da mandíbula e desalinhamento visual no futuro.

Há estatísticas referentes ao problema?

Gerd – Não há dados estatísticos ainda no Brasil. Estudos espanhóis e norte-americanos mostram que cerca de 12% das crianças saudáveis nascem com alguma assimetria craniana, sendo que, desses casos, a maioria regride espontaneamente ou com técnicas simples de reposicionamento, mas 3% precisariam de uma opção a mais, como a órtese craniana para atingir um formato de cabeça normal.

É verdade que o número de casos de plagiocefalia posicional aumentou com a recomendação dos pediatras de colocar o bebê para dormir de barriga para cima, para reduzir a síndrome da morte súbita do lactente?

Gerd – Sim. Houve aumento do número de casos relacionados ao apoio exagerado na parte de trás do crânio. A recomendação dos pediatras é legítima e deve ser seguida, mas deve-se atentar para alternar o local de apoio (um pouco para a direita, depois um pouco para a esquerda, etc). Deve-se evitar também o uso exagerado do bebê conforto. Por fim, quando a criança estiver acordada e sob supervisão, deve-se estimular que ela fique de barriga para baixo, procurando levantar a cabeça, excelente exercício para a musculatura posterior do pescoço.

 


 

 


 EXPANSÃO ACELERADA DOS PLANOS DE SAÚDE EM JOINVILLE

A pressão sobre o sistema de saúde privado está aumentando em Joinville e há motivo para a maior dificuldade para marcação de consultas em determinadas especialidades, além de mais pessoas nos ambulatórios e prontos-socorros dos hospitais privados. Nos últimos cinco anos, em levantamento atualizado até março, a cidade ganhou mais 47 mil pessoas com plano de saúde. É quase uma revolução no setor. Nos cinco anos anteriores, entre 2001 e 2006, foram apenas dez mil novos segurados. Os dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Já são 205 mil contemplados com algum tipo de plano de saúde em Joinville. Se um cidadão é ligado a dois planos, por exemplo, conta duas vezes. Quase 80% dos beneficiários estão ligados a planos coletivos empresariais. O Dona Helena está em expansão e a Unimed prepara ampliação a ser iniciada ainda neste ano.


Mortalidade
Exatamente como ocorreu no primeiro semestre do ano passado, a Aids matou 29 pessoas em Joinville nos primeiros seis meses do ano. Embora não ocupe mais tanto espaço na mídia, a doença continua fatal e em expansão.

 

 

JOINVILLE
Hospital fica sem médico de plantão
Pacientes foram encaminhados para pronto-atendimentos no fim de semana

O cenário de cadeiras vazias no pronto-socorro do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, que surpreendeu quem procurou a unidade no fim de semana, pode se repetir.

A instituição tem hoje quatro clínicos a menos – dois pediram demissão na semana passada. Outros quatro plantonistas terão contrato finalizado no mês que vem, segundo o diretor clínico da instituição, Hercílio Fronza Jr. Sem médicos, a solução do fim de semana foi encaminhar os pacientes aos três pronto-atendimentos da cidade.

– Estamos privilegiando os dias da semana, que têm mais procura, para fechar a escala – explica.

Os contratos temporários são de um ano e podem ser renovados por mais um. o diretor diz estar aguardando a liberação de novas contratações ou de autorização para prorrogar os contratos.

Pessoas que procuraram o Regional para atendimento clínico neste fim de semana voltaram para casa sem conseguir consulta. Ninguém foi colocado na escala para cobrir as faltas dos médicos. Somente os atendimentos com ortopedistas e as cirurgias se mantiveram. A previsão é que a situação volte a se normalizar hoje, a partir das 7h. Enquanto o Regional tinha escassez de pacientes, PAs tiveram de arcar com a demanda. KRAMA | Joinville

gisele.krama@an.com.br

GISELE

 

 
CRICIÚMA
Alegria no 5º Mutirão de Cirurgia Pediátrica

 Hospital São José, de Criciúma, participou do 5º Mutirão Nacional de Cirurgia Pediátrica e levou um pouco de alegria aos pacientes. Atores caracterizados de personagens de desenho animado interagiram com as crianças antes e depois das cirurgias. O hospital foi o único do Estado a participar da ação promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica.


 
GERAIS
Novo remédio para a Aids em crianças

Uma nova droga para tratamento de crianças e adolescentes com Aids passará a ser distribuída pelo governo. O remédio, tripanavir, é o primeiro voltado exclusivamente para esses pacientes e representa uma opção para menores de 6 anos que já não respondiam a nenhum outro medicamento. A mudança consta do novo consenso terapêutico infantil. O documento inclui, ainda outras duas drogas até então prescritas para adultos.