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SAÚDE
Suspeita de meningite faz aulas serem canceladas

As aulas da Escola São Pedro, no bairro Guamiranga, em Guaramirim, foram suspensas por tempo indeterminado por causa da suspeita de três casos de meningite entre os alunos.Duas crianças estão doentes e uma outra morreu na quinta-feira. Dependendo do resultado dos exames de hemocultura – que foram encaminhados ontem ao Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) e devem ser divulgados hoje – as aulas poderão ser retomadas na sexta-feira.


  
PLANOS DE SAÚDE
Cobertura terá de ser ampliada
Conforme a ANS, resolução começa a valer a partir de janeiro de 2012

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou ontem uma resolução que amplia a lista de cobertura assistencial obrigatória para os planos de saúde. Os convênios terão de custear, a partir de janeiro de 2012, cerca de 60 novos procedimentos – entre eles, cirurgia de redução de estômago via laparoscopia, terapia ocupacional e a tomografia especial PET-scan, usada no diagnóstico de câncer.

Os clientes também terão direito a mais 13 novos exames e novos tratamentos, como terapia para tratamento de artrite, doença de Crohn e espondilite. Outra novidade é o tratamento ocular quimioterápico com antiangiogênico, angiotomografia coronariana, PET-scan oncológico (para pacientes portadores de câncer colorretal com metástase hepática potencialmente ressecável) e oxigenoterapia hiperbárica (para tratamento do pé diabético).

A resolução publicada no “Diário Oficial da União” atualiza o “Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde”, referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos de saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999. A revisão do rol, segundo a ANS, teve a participação de representantes de órgãos de defesa do consumidor, dos convênios e de conselhos profissionais, entre outros.

A consulta pública recebeu 6.522 contribuições – 70% de consumidores – em pouco mais de um mês. Para a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia, a agência recebeu um abaixo-assinado com 2 mil assinaturas.

A revisão da lista excluiu cinco procedimentos antes previstos. A cirurgia para remoção de tumor de esclera (o “branco” do olho) foi considerada obsoleta. No caso da embolização de artéria uterina, faltou “evidência científica de seus benefícios”, já que não foi aprovada pelo Ministério da Saúde.

A advogada Juliana Ferreira, do Instituto de Defesa do Consumidor, lembra que diversos procedimentos caros, como transplantes, continuam ônus apenas do SUS. Já a nova lista preocupa operadoras. “Trata-se de um absurdo que pode custar a falência de operadoras, principalmente de pequeno e médio porte”, informou, em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).

 

 

 

MP QUER MELHOR CONTROLE DA JORNADA


O Ministério Público de Santa Catarina cobra judicialmente o melhor controle da jornada de médicos e dentistas da rede municipal de Joinville. Em ação apresentada ontem, o MP quer liminar para obrigar efetiva comprovação do cumprimento da carga horária. Se concedida, a Prefeitura teria 30 dias para implementar novo sistema de controle. Até porque recebeu a ação agora, a Justiça ainda não se manifestou. Um dos dispositivos sugeridos é a adoção do ponto eletrônico, embora possam ser utilizados outros meios. O controle do ponto na rede de saúde é uma história iniciada em 2004, quando o MP passou a fazer a apuração em todo o Estado. Dois anos depois, como foi constatada falta de fiscalização em dezenas de cidades, inclusive em Joinville, foram abertos inquéritos civis.

“Mais de cinco anos se passaram, muitas reuniões foram realizadas, muita conversa, muitas propostas, e até o momento as medidas necessárias para regularizar a questão não foram tomadas”, alega trecho da ação civil pública do MP.


Em estudos
Ao Ministério Público, a Secretaria de Saúde de Joinville informou ter formado uma comissão para avaliar a estrutura administrativa. Foi admitido que nem todos os médicos registram o ponto, até porque há peculariedades no atendimento (duração de cirurgias, por exemplo).


Implantação gradativa
O ponto eletrônico é considerado caro, por isso a necessidade de implantação gradativa, segundo a Saúde. Determinadas unidades estão perto de receber o ponto e foi sugerida instalação em toda a rede até o final de 2013. O MP não concorda e quer o controle agora. Por isso a ação.

 
Acelerador
O acelerador linear do Hospital Municipal São José, de Joinville, está com parte do atendimento suspenso desde a semana passada. O equipamento faz dois tipos de tratamento contra o câncer, um por elétrons e outro por raios X, em simplificação. No caso dos elétrons, tudo bem, o tratamento continua normal, sem interrupção.


Nesta semana
Foi suspenso o tratamento de pacientes com indicação de tratamento raios X, em torno de 25% dos atendidos. Há necessidade de adaptar a fonte de energia, o que talvez aconteça ainda nesta semana, segundo o radioterapeuta Ricardo Polli. A própria máquina avisa o problema, impedindo prejuízos os pacientes. O acelerador linear trata 60 pacientes em Joinville. A meta é chegar a 120 por dia.

 

 

AN Jaraguá


MENINGITE
Três casos estão sob suspeita
Escola de Guaramirim cancela aulas e exames estão sendo feitos em crianças

A gerência de saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Jaraguá do Sul e a Prefeitura de Guaramirim suspenderam, por tempo indeterminado, as aulas da Escola São Pedro, no bairro Guaramiranga. A suspensão se deve à suspeita de três casos de meningite entre os alunos.

Duas crianças que estudavam na escola estão doentes e uma outra morreu na quinta-feira da semana passada.

Na sexta-feira, um colega de classe da vítima foi internado com suspeita de meningite no Hospital Padre Matias Maria Stein, mas passa bem. Um terceiro estudante, que deu entrada no mesmo hospital na madrugada de terça-feira, está sendo tratado e permanece isolado. Dependendo do resultado dos exames de hemocultura – que foram encaminhados ontem ao Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) e devem ser divulgados hoje – as aulas poderão ser retomadas na sexta-feira.

“Ainda não temos certeza do tipo de bactéria e se ela é contagiosa ou não. Mas todas as medidas necessárias foram tomadas”, informa o gerente regional de saúde, Sérgio Luiz Pacheco.

Entre as precauções, está a medicação dos colegas de classe e familiares por meio de antibióticos durante dois dias. Segundo Pacheco, não há como saber antes do resultado dos exames qual é o tipo de meningite. Só se forem confirmados os três casos, é que o Ministério da Saúde enviará vacinas. De acordo com ele, os pronto-socorros da região estão em alerta para identificar quadros suspeitos.

O secretário de Saúde de Guaramirim, João Diniz Vick, disse que no caso das suspeitas se confirmarem as aulas continuarão suspensas. “Pela secretaria do Estado da Saúde não precisávamos parar, mas resolvemos tomar essa medida. Preferimos pecar pelo excesso do que pela omissão”, disse.

Meningite é uma inflamação das membranas que revestem o sistema nervoso e pode ser causada por por vírus ou bactérias.

 

 

 

ARTIGOS
Formação médica, Antonio Carlos Lopes*

Qualquer pessoa de bom senso sabe que o exercício da Medicina requer conhecimento científico de excelência, além de outros requisitos indispensáveis, como a postura humanística. Ser médico não é um sacerdócio, diferentemente do que alguns defendem. Porém, exige compromisso, responsabilidade, entrega e uma formação impecável.

No Brasil, infelizmente, isso não se aplica, ao menos quando falamos de políticas de educação e ensino. Faz tempo que resolveram formar médicos dando prioridade à quantidade e não à qualidade. Nas últimas quatro décadas, saltamos de 62 faculdades de Medicina para as atuais 180.

A autorização de abertura de novos cursos médicos ocorreu _ e ainda ocorre _ sem critérios. Das novas faculdades, não se exigia corpo docente qualificado, infraestrutura adequada, hospital-escola e compromisso social. Assim, os empresários do ensino seguem criando escolas de péssima qualidade, pensando apenas em colher dividendos. Claro que falamos em risco iminente à saúde e à vida da população. Um médico com formação inadequada representa, também, desperdício para os cofres públicos.

A incompetência retarda os diagnósticos, prejudica tratamentos, aumenta os gastos da assistência. Enfim, todos nós perdemos com ela. Virou notícia a informação de que os ministérios da Educação e da Saúde estariam trabalhando em um plano nacional de educação médica com o objetivo de aumentar o número de profissionais por habitantes no país.

O problema não é a quantidade de médicos. É dar condição aos médicos para o exercício qualificado da profissão. Isso passa, por exemplo, pela criação de condições de trabalho dignas, como estrutura física, equipamentos e acesso a exames de diagnostico, por remuneração justa no sistema de saúde suplementar, por gestão séria da saúde, e inclusive pela imediata regulamentação da Emenda Constitucional 29.

*Presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica 

 


Santa Catarina terá mais três unidades de saúde 24h
Novas unidades terão capacidade para atender entre 150 e 300 pacientes por dia


O Estado de Santa Catarina terá mais três UPAs 24h (Unidades de Pronto Atendimento). As unidades que serão construídas nos municípios de Canoinhas e Americana terão porte I, com até oito leitos e capacidade para atender até 150 pacientes por dia, cada uma. Já a unidade que será construída na cidade de Brusque, terá porte II, com até 12 leitos e capacidade para atender 300 pacientes. O repasse previsto para a construção e compra de equipamentos para as três UPAs no estado, será de R$ 4,8 milhões. Ao todo, o estado já possui 13 UPAs habilitadas e duas em funcionamento. A construção foi autorizada pelo Ministério da Saúde e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e do programa Saúde Toda Hora, que está reorganizando a rede de atenção às urgências do Sistema Único de Saúde (SUS).

As UPAs 24h oferecem assistência em situações de emergência durante 24 horas por dia, todos os dias da semana. Elas funcionam como unidades intermediárias aos hospitais e ajudam a desafogar os prontos-socorros, ampliando e melhorando o acesso dos brasileiros aos serviços de emergência no SUS. Ao atender um chamado de urgência, o SAMU/192 presta o primeiro atendimento ao paciente e o encaminha para as UPAs ou para os hospitais da rede, nas situações mais graves.

Com o Saúde Toda Hora, a comunicação entre as centrais de regulação, as UPAs e a Unidade Básica de Saúde ou o hospital vai tornar o atendimento ainda mais rápido e eficaz, reduzindo mortes ou sequelas ao paciente. Esse formato de funcionamento integrado entre várias unidades de promoção, prevenção e atendimento à saúde é uma das principais características do novo programa.

Ao todo o Ministério da Saúde autorizou a construção de 53 novas UPAs 24h (Unidades de Pronto Atendimento), em 15 estados (AL, AM, BA, CE, ES, GO, MT, PA, PB, PI, RJ, RO, RS, SC e SP) . As unidades garantem um atendimento eficaz às urgências e estão mais próximas da residência da população. A experiência mostra que 97% dos casos atendidos em uma UPA são resolvidos na própria unidade.

As novas UPAs estão distribuídas em 47 municípios. Elas se somam as outras 478 UPAs já habilitadas em todo o país. Ao todo, 113 já estão em funcionamento e outras 99 estão previstas para serem inauguradas até o final de 2011

 


Conselho Regional de Enfermagem cobra mais segurança no Hospital Regional
Coren/SC averiguou caso de agressão contra técnica de enfermagem, no domingo, e solicita que hospital volte a oferecer policiamento 24h
 Carol Ramos

São José 


Débora Klempous
Garantir um ambiente de trabalho seguro aos profissionais da enfermagem. Esse é o principal papel do Coren/SC (Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina). Devido à ocorrência de mais um caso de agressão contra um funcionário do Hospital Regional de São José Homero de Miranda Gomes, a instituição questionou as ações que serão tomadas para garantir a segurança dos enfermeiros. No último domingo, a técnica de enfermagem, Juliana Boll, 27, foi agredida e ameaçada de morte na emergência do Regional.

De acordo com a secretária do Coren/SC, a médica Felipa Amadigi, “o conselho já tinha notificado o hospital, especialmente pela falta de profissionais, o que gera nervosismo nos pacientes e motiva as agressões contra os profissionais da enfermagem”. O conselho aguarda resposta das medidas que serão tomadas pela direção do Hospital Regional. “A informação que temos é de que o guarda que fazia a segurança na porta da emergência foi retirado. É uma medida paliativa, mas inibe as pessoas. Esperamos que volte”, diz Felipa.

O chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde, Fernando Luz, diz que ainda não recebeu o documento do Coren/SC por parte da direção do Hospital Regional, mas afirma que tão logo chegue providências serão tomadas. “Reforçar a segurança na emergência também é nossa vontade, mas depende de um apoio da Secretaria de Segurança Pública e do Comando de São José”, explica Luz. Ele diz que solicitará o envio de policiais plantonistas nas 24 horas do dia.

 

 


Cepon

Será que agora vai? R$ 1,7 milhão foi repassado ontem para o Cepon, que é referência no tratamento de câncer em Santa Catarina. Recurso visando o setor de internamento. O governador Raimundo Colombo garantiu que em janeiro vai liberar mais dinheiro, desta vez, para o centro cirúrgico. Atualmente, o que é uma vergonha, só funciona 70% de uma das quatro salas. Pelo menos esse governador quer ver o hospital em operação plena. Tomara.