icone facebookicone twittericone instagram

DOAÇÃO DE MEDULA
Polícia indicia médicas por morte de estudante

Duas médicas foram indiciadas por homicídio culposo pelos erros que teriam causado a morte de Luana Neves Ribeiro, 21 anos, ocorrida após um procedimento para doação de medula em São José do Rio Preto (SP). Segundo laudo, uma veia foi perfurada


OBESIDADE
CFM reafirma que cirurgia de Faustão não é segura

O Conselho Federal de Medicina voltou a não admitir como segura a gastrectomia vertical com interposição de íleo – cirurgia de redução de estômago a que foi submetido o apresentador Fausto Silva em 2009. O conselho alega que não está confirmada a eficácia da técnica, desenvolvida por um médico goiano.

 

 

 

 

HOSPITAL DA PM
Ajustamento será proposto
Promotora pretende reunir órgãos oficiais do Estado e da PM para regularizar sistema de consultas

O Ministério Público Estadual (MPSC) vai propor um termo de ajustamento de conduta para regularizar o sistema de consultas do Hospital da Polícia Militar (HPM), em Florianópolis. A promotora Sonia Maria Demeda Groisman Piardi quer uma audiência entre secretários de Estado, o comando da PM e a Associação Beneficente dos Militares Estaduais (Abepom) para resolver o impasse.

A intenção do MP é até o final deste ano definir a forma de gestão do HPM, prazos e metas. O hospital atende há anos por convênios e os atendimentos são cobrados. Essa forma gera polêmica e também denúncias de remuneração dupla (salários do Estado e privados) por servidores públicos da instituição.

Ainda não há data da reunião. A promotora antecipou que vai chamar para o encontro os secretários da Segurança Pública, Administração e Saúde, Procuradoria Geral do Estado, comandante-geral da PM e Abepom. Sonia entende que o HPM deve ser inteiramente público e atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou ser entregue de forma definitiva pelo Estado a uma entidade.

O DC apurou que o hospital teria dívidas de R$ 300 mil com a Abepom. Os atendimentos por convênios continuam em vigor, segundo portaria do dia 14 deste mês do novo diretor, tenente-coronel Márcio Pereira.

No MPSC, são dois inquéritos civis em andamento para apurar suposta improbidade administrativa e concussão (quando o servidor exige vantagem indevida para exercer a função). Em entrevista ao DC publicada na edição de ontem, o subdiretor do HPM, major José Nunes Vieira, relatou que há ilegalidades e imoralidades no local. Ele está afastado do cargo para tratamento de saúde.

A corregedoria da PM também apura as irregularidades.

Nas ruas, há descontentamento com a exigência de convênios ou cobranças por consultas no Hospital da Polícia Militar.

Oficial pagou R$ 80 pelo atendimento

Ouvido ontem pelo DC, um PM da Capital com mais de 40 anos e duas décadas na corporação precisou de atendimento médico este ano após sentir dor na coluna.

Sem convênio ou plano de saúde, teve de ir para casa após a primeira tentativa pelo atendimento sem custo. No outro dia, ainda com dor, procurou novamente o hospital e decidiu pagar R$ 80 pela consulta.

– Quando entrei na polícia constava no edital assistência médica e odontológica gratuitas, mas isso nunca aconteceu. Sei de colegas que não tem condições de pagar plano ou consulta e tem de recorrer a hospitais públicos comuns – relatou o policial militar, que pediu para não ser identificado.

diogo.vargas@diario.com.br

 


ADENDO
- Confirmado: na próxima semana, o governador Raimundo Colombo e o secretário Dalmo de Oliveira (Saúde) anunciam a destinação de R$ 20 milhões para um mutirão de cirurgias eletivas que pretende beneficiar 20 mil pessoas Estado afora.

 

VIDA E SAÚDE

COMPORTAMENTO
10 atitudes a evitar no consultórioSaiba como agir para que a consulta não vire um martírio para você – e para seu médico

Uma ginecologista jamais esqueceu de uma paciente que planejava seu casamento enquanto estava deitada, nua, na mesa de exame.

– A cada 15 segundos, ela atendia o telefone e falava sobre os detalhes da festa – lamenta.

O exemplo, embora extremo, ilustra o que ocorre nos consultórios médicos. A jornalista Célia Ribeiro, expert em etiqueta, aconselha:

– Uma consulta começa já em casa, reunindo de véspera os exames para evitar atrasos. Evite perfumes fortes e conversar sobre doenças na sala de espera. As revistas têm assuntos agradáveis, mas não recorte sem autorização.

Veja mais dicas do que evitar nesse momento.

1 - Falar ao celular

O assunto de agora é a sua saúde. Outras chamadas podem esperar. Desligue-o ou deixe no modo silencioso. Na sala de espera, vale a mesma regra. Se for urgente, saia da sala.

2 - Mentir

Se você é gay, fale. Se você fuma, não negue. Se toma uma garrafa de vinho toda noite, seu médico precisa saber. Como alguém vai prescrever um medicamento, pedir exames ou dar orientações com base em informações falsas?

3 - Ser evasivo sobre seus sintomas

É uma dor súbita ou constante? É coceira ou queimação? As respostas ajudam seu médico a fazer o diagnóstico correto. Mas nem sempre você consegue fazer isso direito.

– Você deve descrever a localização exata, quão intensa era a dor, o que provocou isso e quanto tempo durou – diz Nieca Goldberg, da Universidade de Nova York (EUA).

4 - Omitir informações

Antes de marcar a consulta, especifique se sua orelha dói, o joelho incomoda quando você corre ou você tem um terçol no olho. Dê todos os subsídios para que o seu médico entenda a razão de sua visita.

5 - Esconder suas expectativas

Se você tem expectativas – por exemplo, de que o médico retire uma pinta ou receite alguns antibióticos – diga-lhe isso. Ele poderá, então, lhe explicar se suas expectativas são realistas e se você sairá do consultório mais feliz e informado.

6 - Omitir medicamento

Os pacientes devem trazer uma lista de medicamentos que estão tomando. Se você toma suplementos, leve-os à consulta, já que eles não são padronizados como os remédios prescritos.

7 - Ter vergonha de perguntar

Se você quer perguntar, faça isso, mesmo que ache que o médico esteja com pressa. Se você está preocupado que sua dor de cabeça possa ser um tumor cerebral, exponha sua dúvida.

8 - Esquecer exames

Mesmo que hoje tenhamos internet para enviar registros médicos para lá e para cá, sabemos que a tecnologia, às vezes, falha. Por isso, a menos que você tenha absoluta certeza de que seu médico já possui seus registros e exames, leve cópias à consulta.

9 - Ter medo de discordar do médico

Se seu médico prescreve um antidepressivo e você discorda, confronte-o em vez de jogar a receita fora no minuto em que sair do consultório. Caso você não concorde com o tratamento sugerido e está pensando em não segui-lo, avise de cara: senão, ambos estarão perdendo tempo.

10 - Desrespeitar o tratamento

Se você concordou em seguir o tratamento prescrito pelo seu médico, isso deve ser feito. Caso você não tenha obedecido às recomendações, diga. Os médicos não vão brigar com você, eles só precisam ter a informação correta e precisa, sempre.

 


PÍLULAS
Nutrição funcional

A nutricionista Jaqueline Minatti, da Clínica de Reabilitação e Estética Funcional Life, participará amanhã, a partir das 19h30min, do Ciclo de Saúde promovido pela Livrarias Catarinense, no Beiramar Shopping.. Ela irá palestrar sobre Como a nutrição funcional atua na saúde. Jaqueline Minatti afirma que a nutrição funcional é diferente da nutrição básica aplicada nos consultórios. Ao invés de somente aplicar a dieta, a funcional analisa características de cada paciente e os relaciona com a carência ou excesso de nutrientes, corrigindo os desequilíbrios nutricionais que geram sobrecarga no organismo.

 

PÍLULAS
Óleo que emagrece

O óleo de coco tem importante papel no combate aos radicais livres e, por isso, retarda o envelhecimento, previne doenças crônicas como o câncer e reduz as taxas de colesterol sanguíneo. Possui, também, um tipo de gordura que é rapidamente absorvida e transportada para o fígado, onde é transformada em energia, que aumenta a termogênese. Além, disso, causa saciedade e tem o poder de reduzir o índice de Massa Corporal (IMC) e a circunferência abdomi

 


PÍLULAS
A garganta e o frio

O frio pode deixar o organismo mais suscetível a alguns problemas de saúde. A incidência de dor de garganta, por exemplo, aumenta nesse período e é preciso saber qual a causa do transtorno para um tratamento correto. Os vírus da gripe são os maiores causadores, sendo responsáveis por até 85% dos casos de dor de garganta. Outros microrganismos importantes são as bactérias, principalmente a Streptococcus pyogenes. Além dos micróbios, fatores ambientais como fumo, ar poluído e seco, poeira, a ingestão de bebidas muito quentes ou alimentos que irritam a região e o refluxo podem ocasionar a dor. Para cada tipo de dor de garganta há um tratamento diferente. Só o médico pode diagnosticar e receitar o mais adequado.

 

APARELHO RESPIRATÓRIO
DPOC, uma doença crônica que pode matar
Fumaça do cigarro é a principal causa deste problema, que atinge milhões de pessoasViviane Bevilacqua*

Manoel de Souza Machado Júnior tem 80 anos. Começou a fumar aos 14 e parou por volta dos 50, quando começou a sentir falta de ar ao caminhar. Para ir de casa até a padaria, a poucas quadras de distância, precisava de uma ou duas paradas para recuperar o fôlego. Largou o cigarro e achou que em pouco tempo estaria recuperado. Ledo engano. Manoel foi ficando cada vez mais debilitado. Há 10 anos, após uma crise respiratória que quase o levou à morte, os médicos diagnosticaram seu problema: ele é portador de DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica –, que causa inflamação crônica nas vias respiratórias e nos pulmões.

Hoje, o aposentado usa uma cadeira de rodas e passa 24 horas por dia ligado a uma máquina portátil de oxigênio, transportando-a para onde quer que vá. Manoel fala devagar, com visível dificuldade, muitas vezes parando a conversa para tossir:

– Qualquer atividade, mesmo as mais básicas como comer, dormir, fazer a barba, tomar banho, é um sacrifício, pois exige muito esforço da gente.

Manoel explica, entretanto, que a qualidade de vida dos pacientes de DPOC melhorou muito nos últimos anos, graças aos novos medicamentos que conseguem retardar a progressão da doença e diminuir as crises (nestes casos chamadas de exacerbações), as quais acabam levando os doentes a sucessivas internações hospitalares.

O médico Roberto Stirbulov, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, diz que não são todos os fumantes (ou ex-fumantes, como é o caso de Manoel) que vão desenvolver a DPOC. Para isso, é preciso ter uma predisposição genética.

– Uma verdade inquestionável da ciência é que, de cada duas pessoas que fumam, uma vai morrer de doenças associadas ao tabagismo – afirma.

Os sintomas da DPOC podem ser os mesmos de outras doenças respiratórias, como a asma, por exemplo, dificultando o diagnóstico preciso. No Brasil, os estudos mostram que somente 13% dos casos da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica são diagnosticados corretamente, o que prejudica o início do tratamento ainda na fase precoce.


APARELHO RESPIRATÓRIO
Teste do sopro ajuda diagnóstico

O pneumologista Cezar Fritscher, do Hospital da PUC do Rio Grande do Sul, explica que o principal problema, no caso da DPCO, é a falta de diagnóstico da doença. Muitos brasileiros relacionam a tosse com o hábito de fumar, quando já podem estar com a capacidade pulmonar comprometida.

– Apesar do quadro alarmante, a doença é de fácil diagnóstico. Por meio da espirometria ou teste do sopro, o pneumologista pode detectar a doença em alguns minutos, no próprio consultório – informa.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença pode se manifestar como bronquite (tosse e expectoração crônicas) ou enfisema pulmonar e, avalia-se que em 90% dos casos, o enfisema é causado pelo cigarro, que gera inflamação nos brônquios e destrói os alvéolos e o tecido pulmonar. Com o passar do tempo, a pessoa perde a capacidade de respirar normalmente, dificultando a realização de simples atividades diárias, como subir escadas e trabalhar, reduzindo a qualidade de vida do paciente.

Os dados do Inca apontam, também, que 8 em 10 homens e 6 em 10 mulheres que morrem de DPOC no país fumam.

As crises são o principal temor dos pacientes com DPOC, uma vez que levam, inevitavelmente, a uma maior frequência de internações, progressão mais acelerada da doença e aumento do risco de morte.

Essas crises são caracterizadas por períodos de piora dos sintomas, como tosse, falta de ar e alterações no catarro. O paciente precisa ser internado e fazer uso de corticoides e antibióticos. Portanto, evitar as crises é o ponto chave no tratamento adequado da DPOC, mais do que aliviar os sintomas.

* A reporter viajou a São Paulo a convite do Laboratório Nycomed.

 


APARELHO RESPIRATÓRIO
Nova terapia pode aliviar os sintomas

Está chegando ao Brasil o primeiro anti-inflamatório para tratar a DPOC, mas é preciso deixar claro que este medicamento só é eficaz nos casos mais graves da doença. Com o nome comercial de Daxas, da empresa farmacêutica Nycomed, é a única terapia complementar via oral aprovada pela Anvisa para o tratamento da DPOC. O médico José Roberto Jardim, pneumologista da Universidade Federal da São Paulo, explica que o medicamento possui ação específica e efetiva no combate à inflamação latente da doença, atuando como terapia associada aos medicamentos sintomáticos. A ação do remédio – basta um comprimido por dia – é preventiva: ajuda a diminuir as crises, retardando a progressão da doença, com qualidade de vida e aumento do tempo de sobrevida dos pacientes.

– A doença evolui a partir do agravamento das crises, que vão acontecendo com maior frequência e intensidade. Até agora, faltava uma medicação oral para atuar nas inflamações como terapia complementar – explica o médico José Roberto Jardim, pneumologista da Universidade Federal da São Paulo e membro do comitê internacional de DPOC.

As pesquisas para desenvolvimento do roflumilaste – princípio ativo da droga – começaram na Alemanha há cerca de 20 anos.

O Daxas já está à venda nas farmácias, ao preço de R$ 134,73 a caixa com 30 comprimidos, suficiente para um mês de tratamento. O seu uso deve ser contínuo. O médico José Roberto Jardim adverte, entretanto, que somente o pneumologista pode prescrever a nova droga aos pacientes, em casos específicos.

 

 

APARELHO RESPIRATÓRIO
Vai começar pesquisa em Florianópolis

A DPOC pode se manifestar em pacientes jovens, mas, nestes casos, o fator desencadeador é uma anomalia genética. Pesquisas médicas mostram que apenas 10% dos pacientes que têm a doença possuem menos de 50 anos de idade.

O pneumologista Emílio Pizzichini, chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital Universitário da UFSC, explica que o cigarro é o maior responsável pelos casos de DPOC em todo o mundo, mas que a poluição ambiental também é uma vilã.

Ele cita a China como um exemplo. Naquele país, que apresenta um altíssimo índice de poluição no ar, 30% dos doentes diagnosticados com DPOC nunca colocaram um cigarro na boca.

Para conhecer a situação de Florianópolis com relação à doença, a equipe do médico Pizzichini, ligada ao Núcleo de Pesquisa em Asma e Inflamações das Vias Aéreas da UFSC (Nupaiva), juntamente com o Instituto Ric de Atitude Social e a prefeitura de Florianópolis, irá realizar uma pesquisa envolvendo1,2 mil moradores da Capital, todos com idade igual ou superior a 40 anos. O objetivo é quantificar quantas são vítimas pelo mal.

– A maioria das pessoas acometidas pela doença não sabe disso, e só vai ao médico quando os sintomas pioram muito. Por isto, nossa intenção é descobrir estes doentes, fazer vários testes no Hospital Universitário e depois estudar se vale a pena começar a tratá-los de forma mais precoce. Ainda faltam pesquisas que confirmem que iniciar cedo o tratamento, antes do agravamento dos sintomas, pode evitar que a DPOC se agrave – explica.

 


TECNOLOGIA
Uma “faxina” na mandíbula
Cirurgia com tecnologia de ponta e navegação assistida por vídeo foi realizada pela primeira vez no Estado

Abrir e fechar a boca pode ser difícil para algumas pessoas. Por conta de um desgaste na articulação temporomandibular (ATM), Carolina Bareta, de 17 anos, sofria ao realizar o movimento. Dores de cabeça, de ouvido, dificuldade para mastigar e até câibras na face eram os sintomas mais comuns. A promessa de que o problema ficará no passado veio com um procedimento inédito no Estado. Carolina foi submetida, nesta semana, a uma cirurgia de ATM com navegação assistida por vídeo em Joaçaba, no Meio-Oeste.

O método custa cerca de R$ 10 mil e consiste na introdução, por um pequeno orifício, de uma câmera com espessura de 1,2 milímetros na região da articulação, que permite examiná-la internamente para um diagnóstico preciso.

A imagem pode ser visualizada diretamente no artroscópio ou transmitida para uma tela maior. Por este método é possível tratar as lesões agredindo muito pouco os tecidos. É como se fosse uma faxina nos ossos, articulações e discos da mandíbula.

Quem realizou a cirurgia foi o dentista Guilherme Omizzolo, doutor e especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial. Ele explica que o método se diferencia do convencional porque é possível fazer a limpeza na articulação sem muitos cortes e nenhuma cicatriz. Tanto que o paciente precisa de apenas um dia de internação.

Cerca de 15 horas após a cirurgia, Carolina conseguia falar e comer quase normalmente. Se ela tivesse sido operada da maneira tradicional, levaria mais tempo para se recuperar, teria parte do cabelo raspado e dois grandes cortes na face. E, talvez, o tratamento não tivesse tanto sucesso.

O equipamento utilizado é um dos mais modernos disponíveis no mercado. Importado dos Estados Unidos, foi consignado para a cirurgia, já que não existe nenhuma unidade no Sul do Brasil. Segundo Omizzolo, esse é um dos motivos para o preço salgado da cirurgia. Este problema, aliado à falta de mais profissionais capacitados, dificulta o uso da técnica no Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos convênios particulares e empresariais também não cobre esse tipo de cirurgia.

– Esse procedimento só pode ser realizado por dentistas, e a odontologia ainda é muito restrita no SUS – explica Omizzolo.

Apesar disso, o dentista acredita que a técnica deve ser disseminada nos próximos anos. Segundo ele, pelo menos 70% da população pode sofrer com problemas na ATM e, por conta da tecnologia ainda limitada no país, não consegue diagnósticos precisos.

A aplicação de novas técnicas como esta, que significa “ver dentro da articulação”, já é bastante utilizada, de forma bem parecida, para intervenções nos joelhos, comuns especialmente em lesões de atletas. A principal diferença é o diâmetro da cânula que é fonte de luz e câmara filmadora, bem menor quando usada na artroscopia de ATM.

 

DAISY TROMBETTA | Joaçaba

 


TECNOLOGIA
Vida nova e sem dores

Os problemas na mandíbula de Carolina foram causados por uma disfunção hormonal. Do diagnóstico inicial até a cirurgia, passaram-se mais de dois anos. Durante todo este tempo, a adolescente mal conseguia mastigar alimentos de consistência mais sólida, como carnes, por exemplo.

Por isso, ela acatou a sugestão do dentista e fez a cirurgia, que serviu para limpeza e reposicionamento do disco da mandíbula. A decisão foi motivada pelas chances de 95% de sucesso na cirurgia.

– Acho que a tecnologia foi essencial para que o procedimento se tornasse simples. Espero ter uma vida normal, sem nenhuma dor ou desconforto, e com muita qualidade a partir de agora – diz a jovem.