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FALTAM PEDIATRAS
Quatro bairros sem consultas
Déficit de dez profissionais na área prejudica sete unidades de saúde

Moradores do Fátima e de outros três bairros de Joinville têm se deparado com um problema cada vez mais frequente nos postos de saúde: a falta de pediatras. Marcio André Chapuis foi marcar uma consulta para a filha Geovanna, de 30 dias de vida, na semana passada. Mas, chegando ao posto de saúde do Fátima, recebeu a informação de que a consulta só poderia ser agendada para agosto, já que o único pediatra que atende na unidade está de férias. “É um absurdo, não podem colocar um médico de férias e não deixar outro no lugar”, reclama. “Se formos ao Hospital Infantil, ou ao PA, vão dizer que o caso não é urgente e mandar procurar o posto, mas como, se não tem médico?”.

O jeito, conta o pai, foi tentar conseguir atendimento em outros postos de saúde. O posto do Adhemar Garcia também estava sem médico, já que o pediatra que atende lá é o mesmo da unidade do Fátima. A menina foi levada e atendida na unidade do Profipo.

Segundo a gerente de unidades básicas, Janine Guimarães, de fato o pediatra está de férias e não há profissionais para substituí-lo, já que o município tem hoje déficit de dez profissionais na área, que atinge sete unidades de saúde onde pelo menos uma das vagas para pediatra está em aberto. “A orientação aos moradores do Fátima é que procurem a unidade e peguem encaminhamento para consulta no Itaum”, diz. No Adhemar Garcia, um médico que aderiu à greve e agora precisa compensar as horas deverá prestar atendimentos.

Mas há bairros onde a situação é ainda mais crítica. Os postos do Comasa e do Jarivatuba, por exemplo, estão sem pediatra. Segundo Janine, a contratação de pediatras aprovados no último concurso está sendo providenciada com urgência para amenizar o problema.

“No último concurso, oferecemos dez vagas e, mesmo com a divulgação fora do Estado, tivemos apenas quatro aprovados. Também não temos garantias de que todos vão querer assumir.” O problema, segundo ela, não se restringe a Joinville. “Há uma escassez de especialistas no mercado”, ressalta.

 


MUTIRÃO
Hospital São José realiza 15 cirurgias

Três salas do centro cirúrgico geral do Hospital Municipal São José estarão reservadas neste sábado, durante todo o dia, para um mutirão que irá realizar procedimentos de retirada da vesícula por intermédio da utilização de vídeo.

A colecistectomia videolaparoscópica, como o procedimento é chamado, é uma das operações mais realizadas e mais frequentes das cirurgias abdominais. O método apresenta vantagens como a diminuição do tempo de cirurgia, internação, intensidade da dor no pós-operatório e menor trauma.

O mutirão de cirurgias deste sábado vai realizar procedimentos em 15 pacientes. Para agilizar as operações, serão necessários seis profissionais por cirurgia: três médicos, um anestesiologista e dois técnicos de enfermagem.

Desde o fim da greve dos servidores municipais, em junho, o Hospital Municipal São José já realizou 19 cirurgias ortopédicas em pacientes internados e outras 20 cirurgias eletivas de colecistectomia realizadas por meio de mutirão.

 

 


OPINIÃO
Encontro com a saúde, por Udo Döhler*

A fragilidade do corpo humano, com seus corpos e anticorpos, quebra de imunidades, baixa resistência a mudanças climáticas, ainda guarda uma forte relação com os valores nutricionais. Dietas desequilibradas, distribuindo de forma inadequada os referenciais vitamínicos e hormonais, entre outros, somados à tragédia maior – a da fome –, são alguns dos maiores ingredientes para debilitar a saúde das pessoas. Acrescentem-se ao diagnóstico as agressões ao meio ambiente, com a poluição sonora, hídrica e atmosférica, igualmente nocivas ao sistema respiratório e ao computador mental do homem.

Se o quadro já é preocupante, o crescimento e envelhecimento da população, o tornam bem mais grave e angustiante. A população mundial está crescendo e envelhecendo rapidamente. Se o planeta hoje é habitado por quase 7 bilhões de pessoas, estima-se que esta aldeia ultrapasse os 9 bilhões de seres humanos por volta de 2050, segundo a previsão da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

De outro lado, a demanda mundial por alimentos crescerá 20% até o ano de 2030, e daí cabe o registro de que o Brasil atenderá a cerca de 40% dessa demanda.

Merece destaque o importante papel de nosso país neste desafio maior de saciar o mundo na produção de alimentos, combustível essencial para movimentar o organismo humano. Por isso, devem ser buscados, desde agora, investimentos adequados para o controle de pragas e doenças também na agricultura.

Desenvolvem-se, em velocidade de Fórmula 1, tecnologias de ponta a serviço da saúde, contribuição para uma vida mais longa e saudável, mas é indispensável que, simultaneamente, avancemos no mesmo ritmo para vencer a desnutrição, controlar as doenças tropicais, usar de forma adequada e responsável os produtos químicos, para tornar a vida sustentável.

Os leitos hospitalares deixam de ser o único referencial para medir a capacidade instalada do atendimento médico-hospitalar, à medida que evoluem os recursos da telemedicina, do homecare, do day hospital, dos medicamentos genéricos, instrumentos que podem contribuir para a redução dos custos da saúde. E, no entanto, no sentido inverso, conspiram as bactérias resistentes (gripes) e os traumas em escala crescente.

A melhoria da eficiência ou gestão no atendimento à saúde pode ser alcançada incentivando-se e intensificando as parcerias entre as instituições de saúde públicas e privadas, quer filantrópicas, de cooperativas médicas ou mesmo com fins lucrativos.

Há que se ter claro que o tempo é de reeducação para a saúde – que, mais do que nunca, adquire caráter preventivo. Ligado, evidentemente, à qualidade de vida, o modelo de gestão em saúde que se idealiza é justamente aquele que começa pensando a vida, a ser vivida com a maior equidade e justiça social que se possa promover. Quanto mais saudável se mantiver o conjunto da sociedade, mais tranquilas, naturais, baratas e eficientes serão as políticas públicas em saúde.

 

*Empresário

 

 

PÚBLICAS
Unimed já avalia a proposta do governo

A Federação das Unimeds informou, ontem, que está estudando a proposta de reajuste do governo do Estado para prorrogar por mais seis meses o contrato do plano de saúde dos servidores. Por meio de uma nota, a cooperativa disse que a oferta do Executivo está “longe do satisfatório”, mas que em função do problema social que seria causado pela interrupção do atendimento aos servidores, a Unimed vai apresentar uma contraproposta. O contrato do plano dos servidores acaba no dia 31.

 

 


Começa hoje a semana da saúde do homem, em São José
O evento será realizado no Centro Multiuso e terá bazar com produtos apreendidos pela Receita Federal
 Martha Ramos

São José 

A 1ª Semana da Saúde do Homem acontecerá entre os dias 22 e 24 de julho no Centro Multiuso, localizado na avenida Beira-Mar de São José. Segundo a secretária de Saúde, Daniela Raquel Rabelo de Oliveira, a expectativa é que cerca de cinco mil pessoas participem do evento que contará com a presença de profissionais da saúde que estarão distribuindo panfletos e dando orientações a respeito de exames que os homens devem fazer, além de dicas de saúde.

O urologista Flávio Hedwein alerta que as doenças que mais afetam os homens são câncer de próstata, distúrbios hormonais e com a sexualidade. “Atualmente os homens vivem em média sete anos a menos que as mulheres. Isso porque eles costumam alegar que nunca ficaram doentes e nem precisaram ir ao médio. Esse é um hábito que precisa ser mudado, uma vez que é importante que se façam exames preventivos regularmente, afinal, dessa forma é mais fácil tratar as doenças”, indica o médico.

De acordo com o urologista, é essencial que aos 40 anos o homem faça o exame de próstata, tanto o de sangue, quanto o de toque. "Alguns homens tentam fugir desse último, mais alguns tipos de doença só podem ser diagnosticadas por meio dele. Quem não tiver tido nenhum problema apontado no exame, só precisa repeti-lo aos 45 e, a partir dos 50, é indispensável que se visite o médico anualmente”, recomenda.

O urologista lembra que os problemas hormonais também são perigosos e precisam ser levados em conta quando o homem vai ao médico. “Hipertensos, fumantes e diabéticos podem ter problemas de ereção, que é um prejuízo de circulação sanguínea. Quando se tem esse problema é muito importante que o paciente relate ao médico, porque esse sintoma pode ser um sinal de outras doenças, como por exemplo, as citadas anteriormente. Diagnosticando com antecedência é muito mais fácil resolver esses problemas. Com a queda na produção de hormônios a partir dos 50 anos, também é necessário um acompanhamento médico”, alerta.

Bazar Beneficente

Produtos como eletrônicos, roupas, perfumes, cremes, brinquedos e cobertores poderão ser comprados por preço de custo no Bazar Beneficente da ACM (Associação Catarinense de Medicina), realizado na 1ª Semana da Saúde do Homem, feito com produtos apreendidos pela Receita Federal. Os ingressos custam R$5. “Com o dinheiro arrecadado no bazar vamos comprar equipamentos para o serviço de urologia do Hospital Regional de São José, se tornando então, uma referência no município para esse tipo de atendimento”, afirma a secretária de Saúde, Daniela Raquel Rabelo de Oliveira.