OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Obras no São José
Como não é a primeira vez que o anúncio de retomada das obras é feito, é preciso encarar com cautela a promessa da Prefeitura de Joinville em relação ao Complexo Emergencial Ulysses Guimarães. Conforme o relato de “AN”, a previsão inicial era de entrega em 2006, mas nem o adiamento para 2009 conseguiu ser cumprido. Com o ritmo lento, não há previsão de conclusão mesmo com a retomada das obras. Nem a Prefeitura quer arriscar anunciar datas, temerosa de novas decepções.
É incrível como uma obra complementar ao Hospital Municipal São José, tão afetado pela superlotação, se arraste durante tanto tempo. As construções públicas são cada vez mais demoradas, dada a crescente burocracia, mas no caso da saúde poderia haver uma atenção maior. Teria de ser prioridade da prioridade. Claro que a Prefeitura, seja a atual ou administração anterior, também sonhava com a obra pronta o mais rápido possível. Só que muitas vezes a ânsia de mostrar serviço leva a iniciar empreendimentos que certamente encontrarão problemas. Neste momento, por exemplo, em que as obras estruturais ainda não foram concluídas, a compra dos equipamentos poderia ser acelerada e encaminhada. É possível que a tarefa tenha sido providenciada. Senão, haverá mais atraso e frustração lá adiante, quando o imóvel estiver pronto. A perda de tempo deveria causar comoção e levar a mais agilidade, ao inconformismo com o atraso.
Geral
SÃO JOSÉ
Mutirão para reduzir espera por cirurgias
A fila para cirurgias eletivas de aparelho digestivo no Hospital Municipal São José, em Joinville, tem 260 pessoas. Um mutirão que começará no sábado e continuará na semana que vem deve pôr fim à espera de 20 pessoas. Doze serão operadas no sábado e outras oito ao longo da próxima semana.
É a segunda ação de emergência do hospital depois do fim da greve dos servidores públicos municipais. Na sexta-feira após o feriado de Corpus Christi (24/6), considerado ponto facultativo, foram feitas 19 cirurgias ortopédicas.
A maioria das operações é para retirar pedras na vesícula por meio de videolaparoscopia. Responsável pela equipe médica, o cirurgião Sérgio Ferreira explica que a recuperação de um caso como esse é rápida. No sábado, serão usadas três salas de cirurgia com três médicos, um anestesiologista e dois técnicos de enfermagem em cada uma delas.
AN Jaraguá
HOSPITAL SANTO ANTÔNIO
Novo nome e administração
A Prefeitura de Guaramirim e a Fundação Beneficente São Camilo assinaram ontem o convênio para a administração do Hospital Santo Antônio por 15 anos. Sob a nova direção, a partir de 1º de agosto, a unidade ganhará um outro nome: Hospital Padre Mathias Maria Stein.
A segunda mudança está prevista para o dia 18 com a transição dos 114 funcionários. “Metade dos servidores será encaminhadapara os postos de saúde do município. Será um processo gradativo e a longo prazo. Depois vamos implantar o nosso modelo de gestão e melhorar o que precisa ser melhorado”, disse o novo diretor-administrativo, Cláudio Marmentini. Uma nova equipe começará a ser formada a partir do dia 18.
Para o prefeito Nilson Bylaardt, o convênio é uma virada de página para o hospital. “Nosso objetivo é fazer do Santo Antônio um hospital público de fato. Buscamos a parceria para fazer uma gestão técnica e não política, como acontecia”, disse Bylaardt.
Além dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital sobreviverá com R$ 550 mil que serão repassados pela Prefeitura. Segundo o acordo, a Fundação São Camilo, de São Paulo, terá de cumprir um plano de metas de atendimentos – 70% por meio do SUS e 30% destinados a particulares e planos de saúde.
Visor
CIÁTICO EXEMPLAR
Raimundo Colombo gosta de lembrar uma experiência particular como exemplo de qualidade no serviço público. Ontem, em Ituporanga, ele voltou a contar que, durante as andanças da campanha, precisou procurar um posto de saúde no interior para medicar uma crise no... nervo ciático. Ficou impressionado com a atenção dedicada pela enfermeira.