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O São José
Na saúde, Joinville tem um dos mais altos índices de gasto proporcional entre os municípios do seu tamanho, como foi apontado aqui domingo passado. Poucas cidades não-capitais contam com um hospital do porte do São José. Ainda assim faltam leitos, e a cobertura do Saúde da Família não chega a 40%. Mas o atendimento é acima da média

 

VISOR | RAFAEL MARTINI

O CÂNCER DO DESCASO COM A SAÚDE
Parece o samba de uma nota só, quase um mantra quando o assunto são obras públicas em SC: prazos sem fim, estrutura inacabada e pires na mão para tocar o projeto. O detalhe é que não estamos falando de pontes ou rodovias, mas do Centro de Pesquisas Oncológicas, o Cepon da Capital, que trata pacientes com câncer de todo o Estado. São cerca de quatro mil atendimentos por mês.

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São mais de 12 anos de construção, onde já foram investidos R$ 25 milhões. Há seis anos em funcionamento, ainda falta 40% da estrutura para ser concluída. A direção fala em R$ 15 milhões para botar tudo nos trinques (salas e equipamentos). O governo do Estado diz que está atento ao problema, buscando soluções e tal e coisa. Mas o dinheiro que é bom para os investimentos, no hay...

Quem vê o belo prédio no Bairro Itacorubi, imagina ali um centro de referência. Verdade que os setores de radiologia e quimioterapia, no primeiro andar, são muito elogiados. O problema é que no segundo e terceiro pisos está tudo fechado, à espera dos recursos. Até mesmo o mosaico do mestre Rodrigo De Haro, a Árvore da Vida, está lá, escondidinho do público...

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Hoje são realizadas cerca de 500 cirurgias para retirada de tumores a cada 30 dias nos hospitais catarinenses. O número poderia ser quatro vezes maior, caso as quatro salas de cirurgia e a UTI do Cepon fossem concluídas. Faria toda a diferença pela vida. Os especialistas são unânimes ao afirmar que a doença, desde que diagnosticada precocemente, tem cura em 90% das vezes. Já o histórico descaso com a saúde pública é bem mais difícil de ser extirpado...

 

Geral


POLIOMIELITE
Blumenau prorroga vacinação

A Vigilância Epidemiológica de Blumenau decidiu estender a campanha de vacinação contra a poliomielite até a próxima sexta-feira, 8 de julho. A medida foi tomada por causa das baixas temperaturas dos últimos dias. Para o poder público, o frio pode ter inibido os pais de levar as crianças com até cinco anos aos postos de saúde para receber a vacina.

Até quinta-feira, 15.922 crianças foram imunizadas contra a poliomielite no município. O resultado equivale a 83,51% do total de 19.066 crianças que precisam ser vacinadas. A imunização é feita em todas as unidades de saúde, das 8h às 17h. É necessário levar a caderneta de saúde.

A poliomielite é uma doença viral que pode levar à paralisia. A incidência é maior em crianças, mas pode ser contraída em todas as idades. Os sintomas são parecidos com os de uma gripe. O paciente apresenta febre, mal-estar, dor de cabeça, náusea, vômito, diarreia e dor de garganta.

Desde 1989 não são registrados casos de poliomielite no Brasil. Em 1994, o país obteve o certificado internacional de erradicação da transmissão autóctone (dentro do território nacional) de poliovírus.

 

Blumenau

 


SAÚDE
No RS, sete morreram por gripe A

A secretaria estadual de Saúde confirmou nesta sexta-feira a sétima morte por gripe A no Rio Grande do Sul neste ano. Trata-se de uma mulher de 37 anos moradora de Hulha Negra, na Região da Campanha. Diabética, ela não foi imunizada contra a doença e morreu em um hospital de Bagé.

Outros 10 casos de influenza foram confirmado. Os quadros de saúde desses pacientes evoluíram satisfatoriamente, de acordo com o governo. Santa Cruz do Sul registrou quatro dos novos casos, seguida por Candelária, com três pacientes infectados. Vera Cruz, Rio Pardo e Pelotas contabilizam as demais contaminações.

Mesmo com o aumento no número de óbitos e casos, a chefe da Divisão de Vigilância Sanitária do Estado, Mirilina Bercini, afirma que a situação é de “normalidade”:

– Tudo está sob controle. A situação não se caracteriza como uma epidemia até o momento.

 

Porto Alegre