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DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA
Cadastro para salvar vidas
Hemocentro de Joinville faz hoje mutirão para recrutar voluntários


Pela primeira vez, o Hemocentro de Joinville vai realizar uma grande ação de captação de doadores de medula na cidade. Será neste sábado, no Shopping Cidade das Flores. “Normalmente, o Hemosc promove estas divulgações em empresas, mas esta é a primeira vez que a ação será voltada à população em geral”, explica a assistente social do Hemosc, Marlene de Andrade Tiltey.

Das 9 às 21 horas, funcionários do Hemosc e alunos da Escola de Enfermagem Advance estarão orientando a população e coletando amostras de sangue de interessados em se tornarem doadores. A expectativa é cadastrar pelo menos 300 novos doadores. Hoje, 13,5 mil pessoas são doadoras em todo o Estado.

“É colhida uma amostra de sangue, que é submetida a um exame que analisa as características genéticas da pessoa e esses dados vão para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome)”, explica. “Depois, os dados são cruzados com o cadastro de pessoas que aguardam pelo transplante, e havendo compatibilidade superior a 90%, o cadastrado é convidado a doar medula”, explica.

Atualmente, cerca de 1,2 mil pacientes aguardam por um doador compatível no Brasil, cem em SC. “E as chances para encontrar um doador compatível são pequenas. Por isso, a importância de ampliar o cadastro de doadores”, diz Marlene. Entre pessoas de uma mesma família, a chance é de 25%, mas entre os que não tem parentesco, a probabilidade cai para uma pessoa a cada cem mil.

Irineu Reichald, 48 anos, morador de Rio Negrinho, foi uma das pessoas que fez o cadastro e acabou salvando uma vida. Hoje, sempre que pode, ele ajuda o Hemosc nas campanhas, contando a experiência. E neste sábado ele deve vir a Joinville para falar das alegrias de ser um doador. “Fiz o cadastro há pouco mais de três anos e seis meses depois fui chamado”, conta. Ele relata que antes de doar, as pessoas falavam em uma série de restrições. “Diziam que eu ia nunca mais poder fazer esforço físico, mas não é nada disso”, garante. Ele comenta que até hoje não sabe de que lugar do Brasil ou a idade da pessoa que ele ajudou. Mas diz que valeu a pena.

Saiba mais

O Brasil já tem o terceiro maior banco de doadores de medula do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. São mais de um milhão de pessoas inscritas no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários