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ARAQUARI
Improviso nas emergências

Mais uma vez, os bombeiros voluntários de Araquari passam por dificuldades para atender à cidade e à região. No ano passado, eles ficaram cerca de oito meses sem caminhão de combate a incêndio. Agora, estão sem ambulância e, por isso, não atendem a casos graves.

Mas para não ficar sem oferecer o serviço totalmente, os bombeiros voluntários improvisaram e há 15 dias estão usando um Corsa. Segundo o comandante Cláudio Renato de Lima e Penha, a caixa de câmbio da ambulância quebrou e custa aproximadamente R$ 5 mil. “A gente atende pelo menos aos casos clínicos. Os de urgência, como acidentes nas rodovias, não podemos. Aí, é preciso acionar São Francisco do Sul ou Joinville”, conta o comandante. O socorrista Paulo Roberto Nascimento acrescenta que o Corsa tem giroflex, mas sem sirene.

O comandante informou que por 13 dias a Prefeitura de Araquari emprestou uma ambulância, mas ela também quebrou. Ao contrário do comandante, a titular adjunta da Secretaria Municipal de Saúde, Débora Patrícia S. Mendes, informou que o veículo foi emprestado para o dia todo.

De acordo com Débora, a Prefeitura tem três ambulâncias e duas estão quebradas. “A única que está funcionando está no pronto-atendimento”, completa. As outras já estão no conserto, mas não têm previsão de entrega. A secretária disse que mesmo depois de os veículos ficarem prontos, os bombeiros devem continuar sem transporte. “Acredito que a gente não vai voltar a emprestar a ambulância. Os bombeiros terão de buscar recursos”, afirma Débora. A Prefeitura informou que repassa mensalmente R$ 10 mil para a corporação.

Débora acrescenta que um outro problema que afeta Araquari é a falta de atendimento do Samu, porque a base fica em São Francisco do Sul. A Prefeitura deve buscar uma solução. Sem ambulância há 15 dias, bombeiros voluntários usam carro de passeio

 

GREVE DOS SERVIDORES
37 FILHO COM VACINAS ATRASADAS

A auxiliar de produção Andressa Quadros Monteiro, 18 anos, mora no Jativoca e diz que o posto de saúde do bairro está fechado desde o começo da greve. Por isso, o filho dela, de um ano, está com três vacinas atrasadas. “A gente precisa ir até o Nova Brasília ou então até o Centro, mas nem sempre dá.” Andressa diz que, antes da greve, o médico ia duas vezes por semana na unidade do bairro. “Quem tem plano de saúde tem alternativa, mas é muito difícil para quem depende do SUS”, reclama.

 


VÍTIMA DA GREVE
Finalmente, ele fez a cirurgia

Ademar Melin, 68 anos, teve que se despedir ontem dos 29 cachorros dos quais ainda cuidava em casa. Ele se dirigiu ao Hospital São José para fazer, enfim, a cirurgia que tinha sido cancelada por causa da greve dos servidores municipais de Joinville. A operação, segundo o hospital, ocorreu sem problemas e o paciente está em recuperação.

A cirurgia na língua estava prevista para maio, mas foi desmarcada por não ser considerada de urgência. Para suportar a dor, Ademir estava tomando remédios e se alimentando só com líquidos.

Com a operação, o problema dele foi parcialmente resolvido. Ademar ainda terá de continuar com o tratamento contra o câncer e, por isso, não poderá mais ter contato com os cachorros recolhidos na rua. Os animais ainda estão na casa dele, mas serão doados.

Amigos e vizinhos vão fazer uma feira no sábado, para oferecer os cães. Os bichinhos vão estar disponíveis na Agropecuária Jardim Pet, na rua Inácio Bastos, 805, no Bucarein, das 9 às 13 horas. Todos os cachorros estão vacinados e as fêmeas, castradas.

 

 

SAÚDE PÚBLICA
R$ 441 mil por mês para tratar traumas e derrames

O Hospital São José, em Joinville, irá receber R$ 441 mil por mês da Secretaria de Estado da Saúde para as especialidades de trauma e acidente vascular cerebral (AVC), áreas em que a unidade é referência. O contrato que garante a verba foi assinado ontem pelo secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, em reunião com secretários municipais da região.

 


VACINAÇÃO
Procura tímida pelas gotinhas
Dia D contra a pólio, no sábado, ainda é incógnita por causa da greve

Começou ontem a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite em Santa Catarina, que tem como meta vacinar 411.967 crianças de zero a menores de cinco anos em todo o Estado até dia 24 de junho. Em Joinville, 35.579 crianças devem ser vacinadas. A segunda etapa da vacina, ministrada em duas doses, está marcada para 13 de agosto.

Ontem, foi a vez de a pequena Heloísa Vieira, dez meses, tomar a vacina pela primeira vez na unidade de saúde do Bucarein. Na hora de receber as gotinhas, nem o colo da mãe conseguiu impedir o choro, que durou poucos minutos. Assim que saiu da sala de vacina e encontrou os olhos da avó, ela esboçou um sorriso. “Resolvi trazê-la já no primeiro dia porque achei que poderia ter fila”, explica a química industrial Jani Lucia Moser.

Segundo a técnica de enfermagem Amália Luíza Schossland, a procura no primeiro dia foi tímida. O Dia D da primeira etapa está marcado para sábado, dia 18, em todo o País, mas ainda é uma incógnita em Joinville devido à greve dos servidores municipais. “Não temos pessoal suficiente para suprir essa demanda”, diz. Dos 56 postos de saúde, só 27 estão funcionando e com pessoal reduzido.

Amália, que há 15 anos aplica as gotinhas, trabalha pela primeira vez no Bucarein. “Sempre trabalhei no São Marcos, mas com a greve estão remanejando o pessoal para conseguir suprir os buracos no quadro de funcionários”, explica.

A Secretaria de Saúde vai realizar uma reunião, hoje, para tentar solucionar o problema e definir estratégias para que a cidade atinja o mínimo de 95% de cobertura da vacinação contra a pólio.

 

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Governo confirma 15 casos de sarampo no País

Já foram confirmados 15 casos de sarampo em todo o País, informou ontem o Ministério da Saúde. Foram três casos em SP, quatro no RJ, cinco no RS, um na BA, outro no MS e mais um no DF. Quem tem até 39 anos e vai viajar para a Europa e Américas, tem de tomar a vacina até 15 dias antes do embarque. Todas as crianças até os 6 anos devem tomar uma dose extra contra o sarampo.

 

 

 

Visor

EDUCAR FAZ MAL À SAÚDE?
O número de consultas na perícia médica do Estado, que girava em torno de 50 atendimentos/dia, caiu em até 80% desde que os professores cruzaram os braços. Conclusão: dar aula faz mal à saúde

 


ARTIGOS
Aids, 30 anos de luta, por Alexandre Padilha*

No momento em que se completam três décadas de convívio com o HIV, a comunidade internacional reuniu-se em Nova York, debatendo os avanços e desafios da prevenção e do tratamento da Aids. Do pânico inicial deflagrado pela doença, cujas primeiras manifestações foram detectadas em 1981, percorremos um longo caminho ao momento atual, no qual os portadores do vírus com acesso a tratamentos adequados têm a sua qualidade de vida e longevidade preservadas. Esta caminhada contou, sem dúvida, com o pioneirismo do Brasil, que mostrou na Reunião de Alto Nível sobre Aids das Nações Unidas êxitos e disponibilidade para ajudar os demais países, sobretudo os mais pobres, a enfrentar a doença. Além das políticas de prevenção, diagnóstico precoce e acesso universal e gratuito ao tratamento antirretroviral, eixos da ação do Ministério da Saúde, levamos à conferência nossa parceria com a sociedade civil na elaboração das estratégias de combate à Aids e a outras doenças sexualmente transmissíveis. 

Há 20 anos, quando foram descobertas as primeiras drogas, iniciamos a oferta do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Há 15, o serviço é universal, beneficiando, hoje, 210 mil brasileiros. Atualmente, produzimos 10 dos 20 medicamentos do coquetel distribuído aos pacientes e asseguramos uma rede de monitoramento do HIV, como os exames da carga viral e do sistema imunológico. Outra grande conquista do SUS é a oferta do teste rápido de HIV produzido no Brasil.

Este conjunto de medidas tem resultados expressivos. Soropositivos diagnosticados na fase inicial da doença, por terem acesso ao tratamento, têm condições de vida e longevidade semelhantes a quem não tem o vírus. Entre as crianças, a chance de superação da barreira de cinco anos após o diagnóstico disparou de 24% para 86% entre 1983 e 2007. Já a transmissão da mãe para o bebê, durante a gestação, caiu 44,4% de 1999 a 2009. Por outro lado, realizamos esforços para a prevenção da infecção, estimulando, sobretudo, a prática do sexo seguro.

A experiência brasileira nos últimos 30 anos não nos isenta de reconhecer os desafios que a luta contra a Aids ainda impõe. Além de garantir a saúde, é fundamental continuarmos trabalhando pelo respeito à autoestima e à cidadania de todos.

 

*Ministro da Saúde

 

 

 


INAUGURAÇÃO

Santa Isabel tem nova emergência O Hospital Santa Isabel, de Blumenau, inaugurou ontem a reforma nas instalações do serviço de emergência. O governador do Estado, Raimundo Colombo, participou da solenidade. O serviço, que antes atendia em um espaço de 384 metros quadrados, funcionará em um local quatro vezes maior, com banheiros, farmácia, salas para atendimento de emergências, consultórios, espaço para guardar os materiais do Corpo de Bombeiros e do Samu, raio-X, salas de observação, entre outros. As melhorias começaram a ser executadas em maio de 2010, visando ao aprimoramento no atendimento à comunidade. O hospital e o governo do Estado investiram mais de R$ 3,1 milhões no serviço.

 

 

 

 

 

Servidores da saúde ameaçam paralisar


A negociação entre governo estadual e servidores da saúde continua. Nesta terça-feira, representantes do setor debatem com a Secretaria de Estado da Saúde uma nova proposta da reivindicação. Caso não haja negociação, os funcionários poderão entrar em greve.De acordo com a diretora do SindSaúde/SC, Rita Isabel Gonçalves, a categoria reivindica o cumprimento da data-base, a incorporação do abono salarial (16,76%) e 100% de auxílio alimentação.
Nesta terça, a SindSaúde se reunirá com o secretário estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, para dar seguimento à negociação da pauta da saúde. Caso não haja solução, amanhã a categoria volta a se reunir em assembleia geral, às 14 horas, no Clube Doze de Agosto, em Florianópolis, para debater a contraproposta.


Essa mobilização atinge servidores de cidades como Joinville, Mafra, Ibirama, Criciúma e Lages. Somente em Lages, são mais de 750 funcionários do Hospital Tereza Ramos e alguns do Hemocentro, disposto a aderir à mobilização.  

Rita afirma estar confiante. “Acredito que eles não irão negar o nosso pedido, mas por via das dúvidas, caso não haja negociação em nenhuma das reuniões, nós nos uniremos à paralisação dos professores e também entraremos em greve”, afirma.
 A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde confirmou a reunião de hoje, mas afirmou que não há por parte da secretaria nenhuma prévia sobre o posicionamento.

  

Mobilização da Saúde

 


Nos últimos dois anos, esta é a terceira vez que a categoria ameaça paralisar o atendimento e a primeira na gestão de Raimundo Colombo. Em 2009, cerca de 70% do funcionalismo da saúde em Santa Catarina paralisou os serviços. Na época eram mais de 14 mil funcionários em todo o Estado. O atendimento normal voltou no dia 14 de novembro de 2009 em função de uma liminar judicial que determinava ilegal a greve adotada pela categoria.A mobilização voltou a se repetir no ano passado, em maio, pelos mesmo motivos.Em Lages, a paralisação foi aderida por apenas uma hora, pelos funcionários do Hospital Tereza Ramos, com os servidores se revezando para que os serviços hospitalares não fossem prejudicados.

 

 

 

 

 


Nova emergência em 90 dias

Celso Ramos. Reforma começou em abril de 2010 e está sete meses atrasada

Florianópolis- Com sete meses de atraso, a Secretaria de estado da Saúde prevê entregar a nova emergência do hospital Governador Celso Ramos, na Capital, entre agosto e setembro deste ano. Hoje a obra está em fase de acabamento. Com as obras, o governo espera ampliar a capacidade de atendimento de 7.000 para dez mil por mês. A reforma começou em abril de 20101 e deveria ter sido concluída em janeiro deste ano. “O atraso segundo o superintendente de Hospitais Públicos da Secretaria de Estado da Saúde, Libório Soncini, foi resultado de uma infiltração no solo da emergência, que dificultou o trabalho e alterou os projetos.” Os engenheiros precisaram conter este problema para reiniciar a obra. Foi um fator imprevisível mas já está resolvido” explica.
No total, serão investidos R$ 2,9 milhões na reforma e ampliação da emergência, que ficará com espaço 30% superior ao atual.


Atendimento ao estilo inglês

Segundo o superintendente Soncini, ainda falta instalar as portas, aberturas, equipamentos, e mobiliário. Ao todo são 1.340 metros quadrados a serem preenchidos. A emergência também receberá equipamentos de raio x, ultrassonografia e respiradores.

Só casos graves são encaminhados
Até a entrega da nova emergência, o hospital Celso Ramos só recebe pacientes levados por ambulâncias e casos graves encaminhados por outras unidades de saúde. Para os pacientes que não correm risco de morte, a orientação é que busquem atendimento nas UPAS (Unidades de Pronto Atendimentos) Norte e Sul da Ilha
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