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MATERNIDADE DARCY VARGAS
Leito é conseguido na marra
Família aciona MPF para evitar que gestante de risco fizesse longa viagem

Desde a noite de quinta-feira, Rafaela Pacheco das Chagas, 21 anos, espera por um lugar para dar à luz. Grávida de 33 semanas, apenas no final da noite de ontem, após quase 24 horas de internação em jejum, ela recebeu uma decisão da diretoria da Maternidade Darcy Vargas. Rafaela vai ser encaminhada para o parto em um hospital particular da cidade.

Mas não foi fácil para a família conseguir o encaminhamento. Por falta de vagas na UTI neonatal da Darcy Vargas, a maternidade havia pedido a transferência da paciente para Concórdia. O namorado de Rafaela e pai da criança, Diego Barbosa, 25 anos, acionou o Ministério Público Federal. A gestante enfrenta uma gravidez de risco, segundo o pai do bebê, e precisa de uma cesária urgentemente. “A placenta dela está muito madura e precisa da cirurgia”, afirma Diego.

Segundo o procurador da República Davy Lincoln Rocha, que foi até a maternidade averiguar a situação, a transferência da paciente para Concórdia era inadmissível. “Seriam sete horas de viagem de ambulância. Chamo isso de tentativa de homicídio”, disse. Para tentar resolver a situação, ele chamou a Polícia Federal, que instaurou inquérito para apurar possível abandono de função e omissão de socorro por parte da direção da maternidade.

De acordo com o representante do Ministério Público, Joinville teria outros hospitais que poderiam dar suporte à gestante. “O mais viável era transferir para um hospital particular. É papel do Estado arcar com as despesas se não dispõe de leitos na rede pública”, alega o procurador.

Segundo a gerente administrativa da Maternidade Darcy Vargas, Heloisa Hoffmann, na tarde de ontem, nenhum hospital da região dispunha de vaga nas UTIs neonatais. Rafaela deve permanecer internada na maternidade, pois não se trata de uma emergência. “O bebê, sim, é emergência, mas só depois de nascer, pois é prematuro e está pesando cerca de 1,5kg”, explica. Segundo a gerente, há disponibilidade de um leito na rede privada, que atenderá a criança.


MATERNIDADE DARCY VARGAS
Pai questiona avaliação médica

Segundo Diego Barbosa, o problema começou na quinta-feira. Com dores, Rafaela foi levada à Maternidade para receber atendimento, o que só ocorreu depois de nove horas.

“Chegamos às 9 horas e ficamos até as18 horas. O que ouvimos do médico é que estava tudo bem”, conta. Segundo ele, foi feita uma ultrassonografia e não foi detectado problema algum. Apesar da gravidez de alto risco, o médico entregou uma requisição para retorno no dia 17.

Ele foi em busca de um médico particular, que encontrou um problema na placenta, que estaria muito madura. De acordo com este médico, Rafaela precisaria fazer uma cesária urgentemente. Com o diagnóstico em mãos, ela voltou para a maternidade, onde foi internada e ficou à espera de uma vaga na UTI neonatal.

Na tarde de ontem, Diego foi ao Ministério Público para tentar impedir que a namorada fosse transferida para Concórdia. “Tudo que estiver ao meu alcance para protegê-las eu vou fazer”, diz.

Existem 30 leitos de UTI neonatal em Joinville. Além dos oito na Darcy Vargas, há sete no Hospital Infantil, seis no Dona Helena e nove no Hospital Unimed

  

PARALISIA INFANTIL
Vacinação começa na segunda

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começa na segunda-feira. Em Joinville, 35.579 crianças devem ser imunizadas contra a paralisia infantil. A meta estadual é vacinar 411.967 crianças de zero a quatro anos, 11 meses e 29 dias até o dia 24. A segunda dose da vacina está programada para ocorrer no dia 13 de agosto.

Por causa da greve e do fechamento de várias unidades de saúde, a Secretaria de Saúde teme que a campanha seja prejudicada. Assim, marcou para terça-feira uma reunião para definir as estratégias para o município atingir o mínimo de 95% de cobertura da vacinação estipulado pelo Ministério da Saúde. Um dos assuntos será o trabalho no Dia D de Vacinação contra a Poliomielite, marcado para dia 18 (sábado).


BLUMENAU
Prefeitura suspende campanha contra polio

A Prefeitura de Blumenau anunciou que vai suspender a campanha de vacinação contra a poliomielite que começa na segunda. A decisão está tomada por causa da greve dos servidores públicos municipais que já dura cinco dias.

 

E. COLI
Bactéria foi disseminada por brotos

Parece que está esclarecido o mistério de saúde pública que tem assustado a Europa desde maio: autoridades sanitárias indicaram ontem que brotos de vegetais cultivados em uma área agrícola de Bienenbüttel, na Alemanha, são responsáveis pela disseminação da E. coli. A bactéria já matou 30 pessoas e infectou quase 3 mil.

As informações foram divulgadas pelo Instituto Robert Koch (RKI) e o Instituto Federal de Avaliação de Riscos. “O surto ocorreu por causa dos brotos. As pessoas que consumiram esses produtos tiveram nove vezes mais probabilidade de sofrer de diarreia com sangue do que aquelas que não consumiram. Não há nenhuma outra pista além dos brotos germinados”, disse Reinhard Burger, do RKI.

Os porta-vozes anunciaram também que, após a confirmação, foi suspenso no país o alerta contra o consumo de alfaces, pepinos e tomates crus, alimentos que estavam sob suspeição, pelo jeito, injusta. Reinhard Burger disse ainda que é possível que os brotos contaminados já tenham sido consumidos ou jogados fora. Mas deixou claro que a crise não acabou. Por isso, na dúvida, recomendou que as pessoas não ingiram os brotos.

A fazenda no Norte da Alemanha, indicada como foco da bactéria, foi fechada e os produtos apreendidos. Mas não é possível determinar se tais alimentos estão sendo servidos em restaurantes e cafés. A boa notícia é que o número de doentes pela infecção de E. coli vem caindo.

 

Visor

 VACINAÇÃO MAIS CEDO
Santa Catarina decidiu antecipar em uma semana e inicia já nesta segunda-feira, 13, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A meta é imunizar no mínimo 95% de um total de 411.967 crianças menores de cinco anos.

 


MISTÉRIO ESCLARECIDO
 

Bactéria estava em brotos

Agora, está esclarecido o mistério que tem assustado a Europa: autoridades sanitárias alemãs indicaram, ontem, que brotos de vegetais cultivados em uma área agrícola de Bienenbüttel, na Alemanha, disseminaram a bactéria E.coli.

A bactéria já matou pelo menos 30 pessoas – 29 na Alemanha e uma na Suécia – e infectou outras 3 mil. As informações foram divulgadas pelos porta-vozes do Instituto Robert Koch (RKI) e do Instituto Federal de Avaliação de Riscos.

– Foi possível determinar que a causa do surto foram os brotos. As pessoas que consumiram tiveram nove vezes mais probabilidade de sofrer de diarreia com sangue (um dos principais sintomas da infecção) do que aquelas que não consumiram – disse Reinhard Burger, do RKI.

Os porta-vozes anunciaram também que, após a confirmação, foi suspenso o alerta contra o consumo de alfaces, pepinos e tomates crus – alimentos que estavam sob uma suspeição, pelo jeito, injusta.

– Alfaces, tomates e pepinos já podem ser consumidos normalmente, são produtos saudáveis – disse Andreas Hensel, do Instituto Federal de Avaliação de Riscos.

Burger afirmou, ainda, que é possível que os brotos contaminados já tenham sido consumidos ou jogados fora, mas deixou claro que a crise não acabou. A fazenda indicada como foco de disseminação da bactéria foi fechada. Segundo os investigadores, não é possível determinar se tais alimentos estão sendo servidos em restaurantes e cafés. Além disso, há a possibilidade de que outras fazendas da região tenham sido afetadas.

 

Berlim

 

Vida e Saúde

 
ALIMENTAÇÃO
Tirando o sal do prato
Brasileiro consome quase três vezes a mais de sal do que deveria

Saleiro na mesa, perigo à vista. Aparentemente inofensiva, aquela pitadinha a mais na receita, dia a dia, pode trazer sérios danos à saúde. Num país acostumado a se esbaldar numa culinária na qual os ícones são o churrasco e a feijoada, a situação fica pior ainda. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o brasileiro ingere, em média, 13 gramas de sal por dia, quase três vezes a mais do que deveria (cinco gramas). O principal problema de abusar do ingrediente é o que está por trás de sua composição química: o sódio. Seu consumo em excesso traz doenças como insuficiência renal e cardíaca, hipertensão, problemas circulatórios, edemas pulmonares, entre outras complicações.

Mas, afinal, como saber se estou comendo a quantidade certa? Nutricionistas ensinam que a medida correta é uma colher rasa de chá. Um bom começo é reduzir ao máximo o consumo de produtos industrializados, já que eles já o têm naturalmente, como laticínios. O perigo maior está nos enlatados, embutidos, salgadinhos e macarrões instantâneos, por exemplo. Cada tablete de caldo de carne, por exemplo, tem o necessário de sódio para um dia inteiro.

Apesar de todos os contras, o sódio não é um vilão: o problema é seu consumo exagerado. Isto porque, com o potássio, ele é responsável pela manutenção da quantidade de água no organismo. A substância também ajuda a regular as passagens de líquido e de substâncias pela membrana das células, mantendo a sua pressão osmótica. Além disso, é importante para a transmissão de impulsos nervosos. Como tudo quando o assunto é nutrição, o bom senso é que deve prevalecer.

 

Controle nas prateleiras
Um acordo entre as associações que representam os produtores de alimentos processados e o Ministério da Saúde, firmado no início de abril, estabelece um plano de redução na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos.
Massas instantâneas, pães e outros itens terão de respeitar limites preestabelecidos. O pão de forma, por exemplo, poderá carregar, no máximo, 645mg da substância por 100g de produto. Outras metas, previstas para o mês de julho, abrangerão pão francês, bolos prontos, salgadinhos de milho e batatas fritas. Até o final do ano, será a vez dos biscoitos cream cracker, embutidos, salame, mortadela, caldos, temperos e refeições prontas.
Alternativas ao sal de cozinha
> Sal dietético
Composto de metade de cloreto de sódio (sal comum) e metade de cloreto de potássio, possui o mesmo sabor, mas é muito menos nocivo.
> Invista nos temperos alternativos
Use mais alho, cebola, orégano e misturas de ervas naturais – como o açafrão, sálvia, manjericão e o alecrim. Isso pode ajudar no processo de readaptação ao consumo de menos sal.
> Apimente as refeições
Além de não ter contraindicações, a pimenta substitui o condimento com a vantagem de aumentar a circulação sanguínea. É uma das boas alternativas.

 


PESQUISA MÉDICA 

Religião pode encolher cérebro

Pesquisadores da Universidade de Duke, nos EUA, observaram os cérebros de 268 homens e mulheres com mais de 58 anos e notaram que o hipocampo – região envolvida, principalmente, na formação de memórias – era significativamente menor naqueles que se identificavam com grupos religiosos específicos ou que tinham passado por experiências religiosas de mudança de vida. É o primeiro levantamento do gênero.

Segundo os cientistas, certos aspectos da religião podem causar um estado constante de estresse em algumas pessoas. Por exemplo: há quem faça parte de uma minoria religiosa e sofra preconceito, vivendo num estado de nervos mais delicado. Também pode acontecer com quem vive com o medo de ser “punido por Deus” ou que tem ideias conflitantes com certos dogmas da religião.

Ao longo do tempo, a liberação constante dos hormônios do estresse diminuiria o volume do hipocampo. Literalmente, faria o cérebro “encolher”. Amy Owen, coordenadora do estudo, disse ter ficado surpresa com o resultado porque várias pesquisas apontam para os benefícios da religião, como o alívio da ansiedade e da depressão.


Fumaça do mal


Estimativas apontam que o cigarro deve matar, somente em 2011, quase 6 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que 600 mil são fumantes passivos. O número representa uma morte a cada seis segundos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza que as doenças decorrentes do fumo são responsáveis por 63% de todas as mortes no mundo.

O problema piora para as grávidas: um único cigarro fumado por uma gestante pode causar danos irreversíveis, sobretudo ao coração do bebê.


Exercícios x queda capilar

Mais um bom motivo para praticar exercícios físicos regularmente. Segundo o pesquisador Ademir Jr., especialista em tricologia (medicina capilar) pela Internacional Association of Trichologists, pessoas que fazem atividade física têm menor índice de estresse (principal fator de queda de cabelos) devido à liberação de mediadores químicos, como a endorfina, que além de trazer a sensação de bem-estar, ajudam a relaxar. Além disto, elas se alimentam melhor, fator decisivo para a saúde dos fios.

 


SUS começa a vacinação contra a pólio no próximo sábado
A meta do Ministério da Saúde é vacinar 14 milhões de crianças de zero a cinco anos
 Saraga Schiestl

O Sistema Único de Saúde (SUS) inicia, no dia 18 de junho, próximo sábado, a primeira etapa de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2011. Todas as crianças menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) devem tomar as duas gotinhas para prevenir a paralisia infantil. A segunda fase começa no dia 13 de agosto. Nesta data, os pais ou responsáveis devem levar as crianças novamente aos postos de vacinação, para que elas recebam mais duas gotinhas contra a pólio.

A meta em cada etapa é vacinar 95% do público-alvo, que é de 14.148.182 crianças de zero a menores de cinco anos. Mais de 350 mil profissionais de saúde estarão envolvidos com a campanha em todo o país. Ao levar a criança ao posto de saúde, pais e responsáveis devem levar a carteira de vacinação dos pequenos.

 

Casos no Brasil


O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Porém, o Ministério da Saúde esclarece que é importante continuar vacinando as crianças porque o vírus da paralisia infantil circula em outros países. De acordo com a OMS, 26 países ainda registram casos da doença e quatro deles são endêmicos, ou seja, possuem transmissão constante: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão.

A pólio é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada e transmitida por um vírus (o poliovírus) e a infecção se dá principalmente por via oral.