GRIPE A
Rio Grande do Sul confirma segunda morte no Estado
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou ontem a segunda morte por influenza A H1N1 no Rio Grande do Sul em 2011. Até ontem, foram notificados 87 casos da doença, com quatro casos confirmados e dois óbitos. A segunda morte é de um homem de 71 anos, diabético, morador de Bagé, que faleceu ontem.
130% A MAIS NO REGIONAL
Com a greve na rede municipal, o movimento no pronto-socorro do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt mais que duplicou, atingindo impressionantes 130%. Em dados divulgados ontem, foram 6,6 mil pessoas atendidas nos últimos trinta dias. No período anterior, também de um mês, foram 2,8 mil. Para atender à demanda extra, foram deslocados médicos de outras áreas do hospital para o PS. “Não sei se podemos suportar tantos atendimentos por muito mais tempo”, diz o diretor Renato Castro.
O Regional apurou que os novos pacientes são usuários tradicionais dos PAs que vão direto ao hospital sem nem procurar as unidades da saúde municipal por causa da greve. A maioria dos casos não tinha urgência – os mais urgentes continuaram indo para o São José. Se o Regional está conseguindo atender a mais gente agora, então quer dizer que pode produzir mais? “Pode e vai produzir mais, mas não na área de pronto-socorro. Queremos mais internações, exames, cirurgias, e o secretário Dalmo Claro está ajudando nisso”, garante Castro.
Pouca urgência
Das 6,6 mil pessoas que procuraram o pronto-socorro do Regional, a maioria tinha pouca urgência ou urgência nenhuma. Quase 12% dos atendidos foram internados. Entre o pessoal que foi ao hospital, 1,3 mil tinham mal-estar geral e pouco mais de 600 tinham com trauma. O restante se divide entre outras causas.
De Joinville
Embora regional, o pronto-socorro do Hans Dieter Schmidt tem em Joinville 96% de seus pacientes. Depois da cidade-sede, Araquari e São Francisco do Sul são os municípios com maior número de atendidos no hospital mantido pelo governo do Estado.
Visor
E VERSÕES
A Unimed contesta as informações publicadas Visor, ontem, de que o plano de saúde para o funcionalismo do Estado terá validade até o final de janeiro. A cooperativa diz que o contrato com o Estado é somente até 31 de julho. O governo corre contra o relógio para colocar na rua uma licitação para contratar um novo fornecedor.
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A Unimed reclama do item que excluiria cooperativas de participarem do edital, o que a deixa de fora da disputa. Como já não há mais tempo para licitar um novo plano até o final do contrato, governo e cooperativa travam uma batalha nos bastidores em torno dos valores.
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Em jogo, um contrato de mais de R$ 20 milhões. A cooperativa quer reajuste. O Estado não pode nem ouvir falar em mais despesas. E os servidores, não abrem mão dos serviços da Unimed, apesar da recente queda na qualidade dos serviços. Como desatar este nó? Desafio para o secretário de Administração, Milton Martini
Alternativa
Para evitar a judicialização de ações onde são solicitadas a entrega de medicamentos de alto custo de forma gratuita pelo governo catarinense, a Procuradoria Geral do Estado quer implantar uma Câmara Técnica, que incluiria o Poder Judiciário, o Ministério Público e profissionais da Saúde. A câmara teria a função de analisar os pedidos e autorizar o fornecimento de medicamentos e serviços de saúde, sem precisar de uma ação judicial.A proposta da PGE está relacionada com o gasto de R$ 100 milhões, em 2010, para cumprir decisões do gênero.
Vírus ameaça saúde de crianças e idosos em Florianópolis
Crianças menores de 2 anos e idosos são mas suscetíveis, mas grupo de risco é que precisa de cuidados intensos
Está aberta a temporada anual de contaminação pelo VRS (Vírus Sincicial Respiratório), que provoca mais internações por infecções respiratórias que a dengue e a gripe H1N1. Até setembro, crianças menores de 2 anos e idosos, as faixas etárias com maior sensibilidade, devem se prevenir contra a doença. Os principais cuidados são lavar as mãos, higienizar utensílios, inclusive brinquedos, e evitar aglomerações de pessoas e locais fechados.
“O vírus é tão comum que estimamos que todas as crianças o peguem”, diz a chefe da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) Neonatal do HU (Hospital Universitário), Anelise Souto. Mas o grupo de risco, que pode ter complicações fatais, precisa de atenção especial. Fazem parte bebês prematuros nascidos antes de 28 semanas de gestação; menores de 1 ano que tenham patologias cardiológicas graves; e menores de 2 anos que sejam portadores de doenças pulmonares crônicas e tenham feito tratamento nos últimos seis meses.
Esses indivíduos têm direito a tomar, gratuitamente, uma espécie de vacina disponível na rede estadual de saúde de Santa Catarina, uma das poucas do Brasil que oferece o serviço. Quem se encaixa nas duas primeiras categorias recebe a imunização por uma estação, que vai de abril a agosto. Os outros conseguem por dois anos. “A limitação é tão grande porque cada ampola custa cerca de R$ 4 mil”, explica Anelise. Como a proteção dura apenas um mês, as doses do anticorpo Palivizumabe devem ser aplicadas mensalmente.
A orientação da médica para os pais de crianças que se encaixam nos critérios do grupo de risco é procurar o pediatra de costume, que vai encaminhá-los ao serviço de saúde adequado. “O processo não é fácil para conseguir a imunização”, alerta Anelise.
Sintomas iniciais parecem de gripe
No começo, a presença do VSR pode ser confundida com um resfriado, já que causa febre, tosse e coriza. Mas se revela com mais clareza quando passa a desencadear dificuldade para respirar, cansaço e falta de apetite. Essa, então, é a hora de ir a um médico.
Não há tratamento específico para o vírus. Os sintomas e as doenças decorrentes dele, no entanto, podem ser resolvidas. Uma delas é a bronquiolite, que mata aproximadamente 160 mil bebês por ano no mundo. O VSR é responsável por 90% das internações ligadas a essa patologia.
Se for confirmada a presença do vírus, a recomendação é que as crianças não frequentem a creche porque o período de transmissão é de 14 dias. “Não é bom deixar as crianças muito pequenas com as grandes, pois as mais velhas podem carregar o VSR, mas sem ser afetadas”, alerta o cardiologista do Hospital Infantil, Maurício Laerte.
O médico ressalta que evitar o vírus é também possibilitar a abertura de vagas em UTIs neonatais para meninos e meninas com outras doenças. “O VSR tem, sim, um grande impacto no sistema de saúde, até porque aumenta, em quatro vezes, a chance de a criança vir a desenvolver asma na adolescência”, afirma Laerte.
Audiência pública para discutir futuro do Hospital Florianópolis não tem participação do governo
Mônica Amanda Foltran
Lideranças comunitárias e representantes de várias entidades sindicais se reuniram na Assembleia Legislativa, na noite desta quarta-feira (08) , para discutir o futuro do Hospital Florianópolis. Em obras desde 2009, o atendimento da unidade de saúde é limitado, que atende em média 250 a 300 pessoas por dia. Funcionários e moradores dos bairros no entorno denunciam remanejamento de funcionários, a lentidão das obras e temem o fim do serviço público pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no local. Nenhum representante da Secretaria de Saúde do Estado esteve presente.
A transferência da administração do hospital para a para Ocisp (Organização Social Civil de Interesse Público), também preocupa funcionários e lideranças comunitárias. As denúncias e preocupações motivaram a realizações de pelo menos três audiências públicas.
O presidente da Comissão da Comissão de Saúde da Casa, o deputado Volnei Morastoni, que presidiu a sessão, disse que vai avaliar as manifestações feitas na audiência e deve nos próximos dias marcar uma visita para avaliar o andamento das obras no hospital. “Soube pela imprensa que a previsão para a conclusão das obras é em janeiro de 2012, vamos solicitar a conclusão antes deste prazo”, observa. Morastoni destacou a necessidade da presença de representantes do governo na audiência. “Se alguém da Secretaria da Saúde estivesse aqui hoje (quarta-feira), poderia repassar os principais pontos discutidos”, concluí. O deputado Amauri Soares, que propôs a sessão, e a deputada Angela Albino também participaram da audiência pública.
Comissão se depara com paralisia
Hospital Florianópolis- Desde 2009, obras estrangulam atendimento
Florianópolis- Obras emperradas por sucessivas alterações em projetos aerquitetônicos,inexistência de projetos complementares e destruição de partes prontas causadas por furto de material hidraulico e infiltrações na cobertura. estes problemas foram encontrados ontem, no Hospital Florianópolis, em visita surpresa que a comissão de saúde da Assembléia Legislativa fez nas obras de reforma e ampliação do prédio. As manutenção começou há dois anos e gradualmente vêm estrangulando os serviços do hospital.
A unidade é uma das mais importantes da reden de saúde pública na Grande Florianópolis, mas está com o quadro de funcionários deficientes e sem os serviços de internações, consultas ou cirurgias desde 2009, quando foi parcialmente fechada para reforma.
De acordo com o diretor fgeral do hospital Rui Toebe, se a secretaria de estado da saúde não reforçar o número de funcionários até o proxímo mês, a emergência será fechada.
O mentor da vistoria e representante da comissão de saúde, deputado Volnei Morastoni, diz que a ação faz parte de um ciclo de visistas qyue estão sendo realizadas em todo o Estado com o intuito de fiscalizar o andamento das obras dos hospitais públicos.
Ação de ladrões desmontou cobertura da emergência
Durante a vistoria a equipe observou que o setor de emergência, única parte finalizada reforma, teve sua cobertura comprometida por problemas de inundação no andar superior. Com isso, parte do teto de gesso da ala nova que já estava pronto precisara ser refeito. A inundação aconteceu há duas semanas, depois que ladrões visitaram a obra e furtaram equipamantos hidráulicos, entre registros de água.
Saúde confirma ocorrência, mas garante prazo para 2011
Em respostas aos problemas apontados pela empresa executora da obra, a assessoria do suprintendente de hospitais Públicos da Secretaria de Estado da Saúde, Libório Soncini, confirmou que três seguranças cuidam do prédio do hospital à noite. O furto ainda estaria sendo apurado. Sobre a alteração de projetos, a superitendência confirma que retirou do hospital uma ala de maternidade para priorizar a construção de dez leitos de UTI. Com essa mundança, uma nova aprovação arquitetônica precisa ser feita, com expectativa de ser entregue em até 20 dias para a continuidade das obras .