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OPINIÃO DE A NOTICIA
105 anos do São José

O tempo passa e nada muda o status do Hospital Municipal São José como uma das principais instituições de Joinville e de Santa Catarina. O estabelecimento chega hoje aos 105 anos como referência em vários setores, como é relatado na edição de hoje, e com crescentes necessidades. Parece que quanto mais pacientes atende, mais o Zequinha é cobrado.

Como é de conhecimento público, o hospital enfrenta sérios problemas que de forma alguma podem ser camuflados com a alegação de que “ninguém fica sem atendimento”. É inegável que o atendimento poderia ser melhor se o pronto-socorro, por exemplo, não tivesse de ser obrigado a conviver com a superlotação de forma recorrente. Também é inacreditável que uma cidade discuta a construção de um novo hospital e não consiga concluir a reforma do quarto andar, com capacidade para 30 leitos, capazes de ajudar bastante a desafogar o atendimento. Só que o São José não pode ser visto somente pelo ângulo da adversidade. Seria uma injustiça com seus servidores e com a excelência no atendimento em várias áreas.

O fato de o pronto-socorro viver superlotado não tira o mérito (embora demande ampliação) de uma instituição capaz de fazer transplantes de fígado e rim, de ser excelência em neurologia e traumatologia, de contar com equipamento moderno no atendimento do câncer. O São José precisa fazer mais, mas não quer dizer que já não venha fazendo muito pela saúde pública.

 


HOMENAGENS
105 anos do Hospital São José
Programação de aniversário começa na segunda-feira e vai até o dia 15O Hospital Municipal São José, em Joinville, completa hoje 105 anos de existência. A programação de comemorações começa oficialmente na segunda-feira e se estende até o dia 15. Os pontos altos são uma sessão solene na Câmara de Vereadores, solenidade e entrega da revitalização do jardim interno e programação cultural para pacientes e familiares.

Maior hospital municipal de Santa Catarina na atualidade, o São José começou sua história com a inauguração de seu primeiro prédio em 4 de junho de 1906. A estrutura ainda existe e faz parte da chamada ala antiga do hospital, com fachada característica – em processo de restauração –, mas que acabou escondida pelos prédios central e administrativo e pelo Complexo Emergencial Ulysses Guimarães.

Quando foi inaugurado, o pequeno hospital tinha três funcionários e três freiras que ajudavam no atendimento. As dependências tinham uma enfermaria para homens, uma para mulheres e crianças e dois quartos particulares. A filosofia era de atender a “colonos pobres”, como já era feito no Hospital de Caridade, existente nos tempos de colônia.

O modelo de gestão religiosa, mantido desde o começo, mudou em 1971. Mesmo assim, a presença de freiras prosseguiu até a década de 1980. Hoje, a parte religiosa sobrevive no grupo de assistência espiritual a doentes e familiares, com a participação de pessoas como o monsenhor Bertino Weber e as assistentes Maria Quirino e Sandra Schmidt.

A necessidade de mais leitos e mais funcionários aparece em diversos momentos da história do hospital. Depois da construção dos cinco andares, um avanço há mais de 40 anos, novas ampliações só vieram em 2003, com o início do complexo emergencial, ainda em obras.

Hoje, o Zequinha, como é apelidado, atende a mais de cem pacientes por dia só no pronto-socorro, faz uma média de 15 cirurgias diariamente e é referência em áreas de alta complexidade, como ortopedia e traumatologia, transplantes de rim e fígado.

Uma das conquistas mais recentes foi a instalação do acelerador linear, equipamento mais moderno no tratamento de pacientes com câncer por meio da radioterapia. KREIDLOWProgramação
SEGUNDA-FEIRA, 6
- 8h30 – Bênção à imagem de São José e apresentação do coral da Igreja Luterana para diretoria e servidores.
QUINTA-FEIRA, 9
- 15 horas – Missa com monsenhor Bertino, na capela do hospital, e café de confraternização para pacientes, acompanhantes, servidores e diretores.
- 19h30 – Sessão solene na Câmara de Vereadores, com homenagem a funcionários.
TERÇA-FEIRA, 14
- 10 horas – Entrega das obras de revitalização do jardim interno e de memorial, exposição de fotos e apresentação de dança, com presença do prefeito Carlito Merss e autoridades.
QUARTA-FEIRA, 15
- 15h30 e 16h30 – Tarde de apresentações culturais (música, danças, apresentações escolares) para pacientes, familiares, servidores e diretores.

rogerio.kreidlow@an.com.br

ROGÉRIO

 

HOMENAGENS
Testemunhas da história do Zequinha

O monsenho Bertino Weber, 73 anos, a assistente religiosa Maria Quirino, a Maricha, 65, e a ex-funcionária Sandra Regina Schmidt, 51, são testemunhas da história do hospital nas últimas décadas.

O monsenhor começou a celebrar missas e dar apoio religioso a doentes há 40 anos. Maricha foi auxiliar de enfermagem durante 18 anos e atua na assistência religiosa há outros 11. Sandra começou na antiga enfermaria infantil em 1978 e, nesta semana, ao completar 33 anos de serviço, se aposentou. Ela recebeu uma série de homenagens de colegas.

“O que mais me marcou foi acompanhar crianças por longos períodos e,no dia seguinte, elas terem recebido alta. A gente ficava com saudade das que deixavam o hospital”, diz Sandra.

Maricha diz que o segredo para levar fé aos pacientes e familiares é sempre falar de coisas boas e de recuperação.

O monsenhor lembra da mudança de perfil de atendimento. “Antes, as pessoas eram internadas por causa de doenças. Hoje, as consequências dos acidentes e da violência assustam”, afirma.

 

 

CIRURGIA ENDOVASCULAR
Procedimento menos invasivo

O Hospital Dona Helena de Joinville sediou, ontem, um workshop de cirurgia endovascular. Ministrada pelo cirurgião vascular Roberto Teodoro Beck, a demonstração reuniu profissionais do Brasil, do Chile e da Argentina. Os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar, ao vivo, a realização dos procedimentos.

A técnica endovascular permite tratar de doenças circulatórias de maneira menos invasiva. “Enquanto a cirurgia vascular exige incisões maiores na pele do paciente, a técnica endovascular é realizada com agulhas que penetram as veias ou artérias, sem a necessidade de expor demais o organismo”, explica Beck. Ele completa que, assim, o tempo de cirurgia diminui, possibilitando uma recuperação mais rápida e evitando riscos maiores.

 
 
MÉDICOS RESIDENTES
Governo reenviará proposta de lei para reajustar bolsas

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou ontem que o governo reenviará as propostas que foram barradas no Senado na quarta-feira, referentes ao funcionamento dos hospitais universitários. Uma das medidas reajustava o valor da bolsa paga aos médicos-residentes. Haddad afirmou que ela será reeditada com a correção do valor pela inflação acumulada no período.


 

 

ABORDAGEM - O secretário Dalmo de Oliveira esteve ontem em Balneário para falar sobre a Judicialização da Saúde, fenômeno que consome boa parte das verbas públicas. A mesa-redonda integrou o Fórum das Entidades Médicas.

 

 

 


GERAIS
Hospital de Joinville completa 105 anos

O Hospital Municipal São José, em Joinville, completa, hoje, 105 anos. A programação de comemorações começa oficialmente na segunda-feira e se estende até a outra quarta-feira, dia 15. Haverá sessão solene na Câmara de Vereadores, na terça-feira, entrega da revitalização do jardim interno e programação cultural para pacientes e familiares no dia 15.