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SAÚDE PÚBLICA
Greve respinga no Bethesda
Hospital recebe demanda da rede municipal e deve fechar as portas
O Hospital Bethesda, entidade filantrópica que atende pelo SUS em Pirabeiraba, tem amargado a greve dos servidores municipais e a paralisação de quinta-feira dos trabalhadores de saúde do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e da Maternidade Darcy Vargas. O resultado destas mobilizações foi a falta de medicamento e de material de trabalho na entidade, já que a procura por pessoas vindas de todos os bairros quase triplicou na última semana. O diretor Aristides Brüske anunciou que, se não houver aumento no repasse da Prefeitura ou diminuição do número de pacientes, o hospital irá fechar as portas na segunda-feira.
O dia mais complicado, segundo a gerente de enfermagem do PA, Michelle Schoelz Maurício, foi quinta, quando 190 pessoas procuraram atendimento das 10 às 18 horas, quando o normal não é passar de cem por dia. Para dar conta dos pacientes, a equipe está sendo remanejada. Funcionários da ala de internação e do centro cirúrgico estão atuando no pronto-atendimento. “Mas o hospital também está lotado”, lamenta Aristides.
A auxiliar de produção Tereza Loureiro de Almeida, 46 anos, levou ao PA, ontem de manhã, a cunhada que sofre com problemas na coluna. Mas o atendimento só ocorreu depois das 14 horas. “Tinha bastante gente aqui quando cheguei”, comenta. No meio da tarde de sexta-feira, quando o máximo de pessoas esperando num dia normal seriam duas ou três, a recepção tinha 21 pacientes que aguardavam para consultar com um médico.
O diretor do Bethesda chegou a entrar em contato com a Secretaria de Saúde. Mas a pessoa responsável pela área não estava para atendê-lo. O pedido que ele faz à comunidade, a partir de hoje, é que se procure o PA e o hospital somente em casos de urgência e emergência. Segundo a enfermeira Michelle, pessoas estavam procurando até para tirar pontos, serviço que é feito nos postos de saúde. “É complicado. Os pacientes ficam estressados com a demora e os funcionários estão sobrecarregados”, lamenta.

 

SAÚDE PÚBLICA

Greve respinga no BethesdaHospital recebe demanda da rede municipal e deve fechar as portas

 

O Hospital Bethesda, entidade filantrópica que atende pelo SUS em Pirabeiraba, tem amargado a greve dos servidores municipais e a paralisação de quinta-feira dos trabalhadores de saúde do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e da Maternidade Darcy Vargas. O resultado destas mobilizações foi a falta de medicamento e de material de trabalho na entidade, já que a procura por pessoas vindas de todos os bairros quase triplicou na última semana. O diretor Aristides Brüske anunciou que, se não houver aumento no repasse da Prefeitura ou diminuição do número de pacientes, o hospital irá fechar as portas na segunda-feira.
O dia mais complicado, segundo a gerente de enfermagem do PA, Michelle Schoelz Maurício, foi quinta, quando 190 pessoas procuraram atendimento das 10 às 18 horas, quando o normal não é passar de cem por dia. Para dar conta dos pacientes, a equipe está sendo remanejada. Funcionários da ala de internação e do centro cirúrgico estão atuando no pronto-atendimento. “Mas o hospital também está lotado”, lamenta Aristides.

A auxiliar de produção Tereza Loureiro de Almeida, 46 anos, levou ao PA, ontem de manhã, a cunhada que sofre com problemas na coluna. Mas o atendimento só ocorreu depois das 14 horas. “Tinha bastante gente aqui quando cheguei”, comenta. No meio da tarde de sexta-feira, quando o máximo de pessoas esperando num dia normal seriam duas ou três, a recepção tinha 21 pacientes que aguardavam para consultar com um médico.

O diretor do Bethesda chegou a entrar em contato com a Secretaria de Saúde. Mas a pessoa responsável pela área não estava para atendê-lo. O pedido que ele faz à comunidade, a partir de hoje, é que se procure o PA e o hospital somente em casos de urgência e emergência. Segundo a enfermeira Michelle, pessoas estavam procurando até para tirar pontos, serviço que é feito nos postos de saúde. “É complicado. Os pacientes ficam estressados com a demora e os funcionários estão sobrecarregados”, lamenta.

 


SAÚDE PÚBLICA

Três horas a mais para ser atendido

Cada paciente que chega no Bethesda leva quase cinco horas para ser atendido, quando em situação normal não passa de duas horas. Para piorar a situação, o Samu está encaminhando diretamente para a instituição casos urgentes, como acidentes de trânsito. Na quinta-feira, conforme Michelle, em um mesmo momento chegaram quatro ambulâncias e só havia um médico no plantão. “Nosso PA, que é o menor de Joinville e que deveria atender somente a região de Pirabeiraba, está suprindo todo o município”, lamenta o diretor.

Segundo a gerente da Unidade de Planejamento, Controle, Avaliação e Auditoria da Secretaria da Saúde, Michele de Souza Andrade, a lista de medicamentos faltantes no Bethesda foi repassada ontem à tarde. Parte do material desta lista será uma doação, já que o hospital faz atendimentos que competem aos postos de saúde, e outra parte será descontada do valor que é repassado pela Prefeitura.

 

SAÚDE PÚBLICA

Contratações no São José

O Hospital São José contratou, em regime temporário, sete novos técnicos de enfermagem para substituir servidores em greve. A medida é para diminuir o impacto da paralisação no atendimento. Eles vão trabalhar no pronto-socorro. A contratação está sendo feita pelo próprio hospital com base na seleção de currículos.

Ao fim da próxima semana, mais cinco técnicos devem ser chamados, o que fecharia o quadro de contratações. O salário inicial do técnico de enfermagem é de R$ 1.815,31. O período de contratação é de 30 dias com possibilidade de prorrogação do contrato.

Segundo a direção do hospital, 12% dos 1.120 funcionários aderiram à paralisação. E como 60% dos grevistas são técnicos de enfermagem, a contratação de temporários foi a solução encontrada para reduzir os impactos da greve sobre o atendimento.

A greve resultou no cancelamento das cirurgias eletivas e o primeiro andar foi fechado, o que exigiu que pacientes e funcionários fossem remanejados para outros setores.

 

JOINVILLE CONTRA A GRIPE

Sem meta, campanha continua

A campanha de vacinação contra as gripes A e comum continuará em Joinville, onde as metas de imunização não foram atingidas em virtude da greve dos funcionários públicos e da baixa procura. A cidade será a única do Estado onde a vacina continuará a ser oferecida, sem prazo pré-definido, a todos os grupos alvo da campanha este ano. “Como a de imunização das gestantes ficou abaixo da meta em todo o Estado, a vacinação para este grupo deve continuar em todos os municípios”, afirma a gerente estadual de Saúde, Luciana Amorim.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que as doses estarão disponíveis nos postos de saúde que estão atendendo, apesar da paralisação, para gestantes, idosos com 60 anos ou mais, e crianças de seis meses a um ano e 11 meses.

Além disso, pacientes imunobiológicos especiais (doentes crônicos que têm imunidade comprometida), também poderão começar a procurar os postos a partir da segunda-feira. Este grupo passará a ser atendido em todo o Estado a partir do mesmo dia. Estão incluidas nele pessoas com doenças como diabetes, hipertensão, doenças respiratórias, cardiopatias ou Aids.

O foco da vacinação continua sendo as gestantes, segundo a gerente de Vigilância em Saúde, Roselei Weiss Aade. “A estimativa é de que pelo menos metade das 6.246 gestantes do município não tenham sido vacinadas”, justifica. A gerente avalia que o déficit pode estar relacionado ao receio sobre possíveis reações à vacina. Mas ela ressalta que todas as grávidas podem tomar a vacina, desde o primeiro mês de gestação. A partir do terceiro mês, há outra vantagem: a chance de o bebê ser imunizado.

Ontem, último dia do prazo oficial da campanha, a procura chegou a gerar fila no posto volante montado no supermercado Angeloni da rua João Colin. Mas nos postos de saúde, o movimento, principalmente das gestantes, ficou bem abaixo das expectativas. Na Regional de Saúde do Costa e Silva, ontem, apenas seis gestantes tomaram a dose.

 

PLANOS DE SAÚDE

Justiça autoriza cobrança extra

Decisão permite a médicos aplicar taxa à parte para cobrir suposto déficit

Por decisão judicial, ontem passou a ser permitido aos médicos retomar a cobrança das taxas adicionais de R$ 60 no atendimento a conveniados de planos de saúde, além de fazerem boicotes e paralisações sem aviso prévio. O juiz Antônio Corrêa, da 9ª Vara Federal em Brasília, concedeu na quinta-feira liminar em favor do Conselho Federal de Medicina, suspendendo restrições impostas pela Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça, que tinham por objetivo proteger os consumidores de abusos e constrangimentos. O governo informou que ainda não foi intimado oficialmente, mas que vai acionar a Advocacia-Geral da União e recorrer, assim que for notificado.

Há pouco mais de uma semana, a secretaria determinou ao Conselho que adotasse uma série de medidas preventivas, para evitar a cobrança indevida de taxas complementares de filiados a planos de saúde, atitude considerada abusiva. O governo também proibiu o CFM de organizar paralisações de médicos e de incentivar o descredenciamento em massa dos profissionais em protesto contra as operadoras. Mas o juiz acolheu argumento do Conselho de que a secretaria não poderia determinar regras para o setor.

Segundo Corrêa, a decisão da secretaria “está viciada pelo abuso de poder, dada a ausência de competência para interferir nas relações dos médicos com seus pacientes ou com os planos de saúde”. Dessa forma, a liminar dá sinal verde a práticas que podem prejudicar pacientes que necessitam de atendimento. O magistrado disse ainda “estar convencido de que as expressões “mercado” e “empresa” não se confundem nem se aplicam à prática da atividade de medicina e as suas relações com os seus pacientes.”

O presidente do CFM, Roberto Luiz D´Avila, disse que ficou satisfeito com a decisão judicial. “O Judiciário acolheu todos os argumentos que defendemos há muito tempo. A saúde é mercado apenas para as empresas que trabalham no setor, não para os médicos”, afirmou. Ele acredita que o poder da SDE engloba apenas as companhias, e, por isso, não pode haver interferência do órgão na relação entre médicos e pacientes. “Medicina não é empresa.”

As principais reivindicações dos médicos são a revisão do valor pago pelos convênios aos médicos e a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos – tabela que definiria preços de procedimentos e consultas em todo o território nacional. O governo já declarou ser favorável à definição de uma referência para os preços cobrados pelos médicos, mas considera injusto que o mesmo valor seja vigente em todas as cidades do país, pois os pacientes de pequenas cidades não teriam condições de desembolsar o mesmo que pacientes das grandes capitais.

CORREIO BRAZILIENSE

 


 


EDITORIAIS

Saúde na UTI

O governo da União deve explicações aos catarinenses. Quais as razões que levaram o Ministério da Saúde a destinar ao Estado apenas R$ 689,3 mil do Fundo Nacional de Saúde para investimentos em novos leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS)? Foi a menor na verdade, ínfima, diante das necessidades prementes dotação entre os três estados da Região Sul, quaisquer que tenham sido os parâmetros de cálculo, o que leva a crer que esta tenha sido uma decisão inspirada por outros critérios que não os técnicos, como é desejável e impositivo.

Gritante a diferença entre os valores, eis que, para a mesma finalidade, ao Paraná foram destinados R$ 5,7 milhões, e ao Rio Grande do Sul, R$ 4 milhões. Do total nacional, o valor repassado a Santa Catarina correspondeu a apenas 0,71%. Evidencia-se o despropósito, legitima-se a cobrança de explicações. Com o valor do repasse, será possível habilitar apenas quatro novos leitos de UTI para atendimento de pacientes do SUS.

Enquanto eleva-se o clamor popular – tanto no Estado quanto país afora –, exigindo melhorias urgentes no atendimento à saúde pública, crescem as filas às portas dos hospitais e das emergências e, não raro, pacientes que precisariam de cuidados intensivos têm que ser atendidos em macas nos corredores dos estabelecimentos de saúde. Um descalabro, um quadro inaceitável. Sem exagero, trata-se de uma questão de vida e morte para a imensa maioria dos brasileiros, cujo atendimento médico e hospitalar depende exclusivamente do SUS. Santa Catarina, atualmente, dispõe de escassos 704 leitos de UTI.

A Federação dos Hospitais do Estado questiona, com justa indignação, o valor do repasse, e vai acionar a representação política catarinense para cobrar as explicações devidas e reparar o malfeito. Todos os discursos eleitorais sempre prometem tratar como prioridade o atendimento à saúde. Depois, é o que se vê. Há que se questionar, e cobrar. Chega de promessas traídas.


 



Procon pesquisa preços de medicamentos em Florianópolis

Foram constatadas diferenças de até 250% entre remédios genéricos e os de referência

Diretor do Procon aconselha consumir a pesquisar

 O Procon Municipal de Florianópolis realizou uma pesquisa de preços de alguns medicamentos genéricos e de referência. Foram pesquisados 10 tipos de medicamentos em seis farmácias diferentes da capital. O levantamento foi realizado com o objetivo de alertar os consumidores a praticarem o hábito da pesquisa.

O órgão constatou que os medicamentos genéricos chegam a ser 250% mais baratos que os de referência.

O medicamento genérico possui a mesma substância ativa, dosagem, forma farmacêutica e mesma indicação que o medicamento original, de marca e o de referência pode ser trocado pelo genérico. "Aconselho os consumidores a pesquisarem bem, pois existe diferenças significativas entre uma farmácia e outra", ressalta o diretor do Procon, Tiago Silva.


 

MP quer dignidade para pacientes do interior de SC

O Ministério Público de Santa Catarina ajuiza Ação Pública na 1ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital, requerendo dignidade para pacientes do interior que buscam atendimento nos hospitais da Grande Florianópolis.

Um local adequado com alimentação, acomodações para descanso, sanitários e demais instalações necessárias, fornecido pelo Estado, para acolhimento dos pacientes do interior de Santa Catarina que vêm à Grande Florianópolis, trazidos pelas prefeituras, para receberem atendimento em saúde especializados ou de grande complexidade.

  Este é o pleito do Ministério Público em ação civil pública ajuizada na 1ª Vara da Fazenda da Comarca da Capital. A ação foi ajuizada pela 33ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital na sexta-feira (13/5), após divulgação na mídia do sofrimento pelo qual passam as pessoas que, em busca de atendimento especializado ou de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), chegam diariamente aos Hospitais da Grande Florianópolis, vindos do interior do Estado devido à falta do serviço em suas cidades de origem.

  A 33ª Promotoria de Justiça explica na ação que as pessoas, trazidas em grupos pelas prefeituras, muitas vezes passam a noite viajando para chegarem no início da manhã em Florianópolis, quando não, ainda, de madrugada, e atravessam o dia na Capital, sem poder contar com o mínimo de conforto.

  “São crianças, idosos e pacientes com todo tipo de necessidade, que ficam perambulando pelas ruas, sem um local para descanso, banheiros, alimentação, que os abrigue do frio, chuva, calor excessivo, etc. , submetidos à condições sub-humanas de tratamento, com o agravante de, além de tudo, estarem doentes. A sala de espera acaba sendo as ruas”, escreveu.

 A Promotoria de Justiça ressaltou, ainda, que a situação merece solução imediata, e por isso o pedido é para uma decisão em caráter liminar, ou seja, antes mesmo do julgamento da ação. “Não há como negar que as más condições a que são submetidos tem interferência direta sob os estados clínicos dos pacientes, seja agravando o problema de saúde instalado ou prejudicando a eficácia do tratamento em curso, impedindo ou diminuindo sobremaneira as chances de recuperação”, justificou o Ministério Público.

  Só de Lages 480 pessoas/mês

  Em média, todos os meses cerca de 480 pesoas entre pacientes e acompanhantes viajam para outros centros em busca de tratamento médico.  Osmaldo Ferreira é o responsável pelo programa Tratamento Fora do Domicílio - TFD e comenta que as pessoas são enviadas para Florianópolis, Joinville, Rio do Sul e Blumenau.Depende da necessidade médica.