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HIGIENE HOSPITALAR
Campanha por mãos limpas

Uma blitz diferente movimentou o Centro Hospitalar da Unimed em Joinville ontem. Funcionários de todos os setores, alguns pacientes e familiares que foram fazer visitas passaram por uma espécie de teste para verificar se lavam corretamente as mãos.

Primeiro, os que participaram da blitz passaram um creme com uma substância fotoluminescente nas mãos. Depois, sob a orientação de voluntárias, lavaram as mãos e as estenderam dentro de uma caixa preta, onde uma câmera revelava se as mãos estavam realmente bem lavadas.

“Dentro da caixa, há uma luz negra, que ajuda a revelar se sobrou algum resquício do creme”, explica o funcionário do setor de engenharia clínica que desenvolveu o equipamento, Carlos Alberto Butzke.

Segundo a enfermeira do setor de controle de infecção hospitalar, Kenia Fujiwara, a blitz revelou que os funcionários da área administrativa, por exemplo, que não lidam diretamente com os pacientes, não estão acostumados a lavar adequadamente as mãos. Para eles foram ensinadas técnicas de higienização das mãos.

“É preciso ter cuidado com os pequenos detalhes. Há locais que imaginamos estarem bem limpos, como as pontas dos dedos, as unhas, os vãos entre os dedos e adereços, como anéis, mas às vezes é preciso mais cuidado”, explica a enfermeira.

A blitz foi realizada em homenagem ao Dia do Enfermeiro, mas a ação faz parte de uma campanha sobre higienização correta das mãos. “Desde que a campanha teve início, com a distribuição de panfletos e cartazes em todos os setores, o consumo de sabonete e álcool em gel triplicou, prova de que funcionários e visitas estão mais atentos”, diz Kenia.

 


GRIPE A
Esforço para atingir a meta de vacinação

A Secretaria da Saúde informou que por causa da greve dos funcionários públicos houve mudança na rotina da campanha de vacinação contra a gripe em Joinville. Nos postos volantes, montados nos supermercados da cidade, o atendimento será priorizado para idosos e gestantes. Hoje, a vacinação será das 8 às 13 horas no Angeloni e no BIG da Beira Rio. À tarde, a campanha prossegue das 16 às 18 horas apenas no Angeloni da rua Ministro Calógeras. Para vacinar crianças de seis meses a dois anos de idade, os pais devem procurar as sedes das regionais de saúde dos bairros.

 


BARRA VELHA
Secretária da Saúde é exonerada

A secretária de Saúde de Barra Velha, Eliana Bittencourt, foi exonerada do cargo ontem, dois dias após o Ministério Público estadual abrir investigação sobre o excesso de horas extras que estaria sendo pago a um médico do Programa Saúde da Família.

A denúncia, apurada e exibida na terça-feira pela RBS TV de Joinville, mostra que o médico Alessandro de Moura teria feito uma média de 515 horas extras de janeiro a abril. Só no mês passado, ele precisaria ter trabalhado mais do que 24 horas por dia para cumprir a carga horária.

O procurador jurídico da Prefeitura, Eurides dos Santos, afirmou que um processo administrativo foi aberto e que o médico teve o pagamento das horas extras suspenso. O médico não foi encontrado para comentar o caso. Eurides assume o cargo de sercretário da Saúde.

 

 


Idoso sofre derrame e não consegue atendimento especializado


Passar 24 horas por dia em uma cama, sem condições de higiene e comunicação. Essa é a realidade do aposentado Arides Alves Pereira, 74 anos, depois de sofrer um derrame cerebral na segunda-feira (2), passar sete dias no Pronto Atendimento Municipal e não receber os cuidados necessários de um especialista.

Na casa, localizada na Rua Edmundo Soldatelli, bairro Santa Helena, moram sete pessoas. O aposentado Arides, sua esposa Maria Cândida Pereira, a filha Simone Aparecida de Lima Pereira e os quatro netos. A família vive com dois salários mínimos da aposentadoria do casal e as duas diárias de R$ 45 que a filha recebe por semana.

Arides trabalhou como varredor de rua por 25 anos. Em dezembro do ano passado, se submeteu à uma cirurgia da prótese que deixou-o de cama a maior parte do dia, quando na manhã do dia 2 de maio, um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, atingiu o aposentado. Sua esposa, Maria Cândida, conseguiu auxílio de enfermeiros do posto de saúde do bairro, para transportar Arides ao Pronto Atendimento Municipal.


A esposa conta que o médico de plantão deu os atendimentos básicos e pediu o encaminhamento para o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, porém sem leitos disponíveis e sem médico especializado, o idoso não recebeu os cuidados necessários de um neurologista e permaneceu sob observação no pronto atendimento.


De acordo com o secretário de Saúde, Juliano Polese, durante toda a segunda-feira foi entrado em contato com o hospital, caso algum leito estivesse disponível o idoso seria transferido. À noite, ainda de acordo com o secretário, um dos médicos de plantão, acompanhou Arides para um exame de tomografia no hospital. Após isso, o idoso retornou para o pronto atendimento, onde permaneceu por sete dias.


Nesta terça-feira (10), segundo a esposa a família conseguiu uma consulta com um dos médicos que atende no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que sabendo da situação financeira da família não cobrou, e orientou que Arides retornasse para sua casa.
Atualmente o aposentado está em casa de cama. A esposa explica que o banho é dado todas as tardes com um pano. “Eu limpo ele com pano úmido, porque ele ficou com as pernas tortas e não pode caminhar”, conta.
 

A alimentação é dada na boca. “As mãos dele também ficaram sem movimento e a boca não mexe também, sou eu que alimento ele”. Arides ficou sem falar corretamente depois do derrame e quando pede alguma coisa, é necessário que a esposa se esforce para entender. Assim vive a família, desde o dia 10, aguardando pelo atendimento especializado para o idoso que há 25 anos levantou às 5h30min para limpar as ruas de Lages.
 

O que dizem a Secretaria de Saúde

O secretario da Saúde, Juliano Polese, afirma que no Pronto Atendimento Municipal o paciente deve ser atendido e permanecer até quatro horas. Ainda segundo ele, todo o atendimento necessário foi dado ao idoso. “Inclusive disponibilizamos um médico para acompanhar esse idoso para fazer a tomografia e entramos em contato com o HNSP de hora em hora, na segunda-feira (2) para saber sobre os leitos disponíveis”, afirma, ressaltando que o PAM fez mais que o necessário. “Ele permaneceu no PAM até a terça-feira (10). Depois a família saiu para uma consulta e não retornou mais”, afirma o secretário.
 

...a diretoria clínica do Nossa Senhora dos Prazeres
 

Para o diretor clínico do Hospital Nossa Senhora do Prazeres, Paulo Duarte, o primeiro atendimento pode ser feito por qualquer médico clínico geral. Ele afirma ainda que não é negligência do corpo clínico em sobreaviso, que permanece sem atender a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na emergência do hospital.
 “Ele não pôde ser internado por falta de leito e por isso, o Pronto Atendimento deveria ter entrado em contato com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que faria um rastreamento pelo Regulador Estadual à procura de leitos disponíveis em outras cidades", afirma.
 

...a Comissão de Direitos Humanos da OAB/Lages

 O presidente Comissão de Direitos Humanos da OAB, em Lages, Afrânio Camargo, afirma que a responsabilidade para o encaminhamento correto é do sistema de saúde do município. “Se o médico determinou que o paciente precisa de um encaminhamento, o nosso secretário da saúde é o responsável para encontrar um leito disponível em outro local.

 É o secretário da saúde que sabe da saúde de Lages. Até que se prove o contrário, é ele quem sabe de todas as condições da saúde da nossa população. Na verdade deveria ter um trabalho entre a Secretaria de Assistência Social e a Secretaria de Saúde, porque essa família não possui condições físicas e nem financeiras para um atendimento especializado para esse idoso”.

 
...a Secretaria de Assistência Social

 A Secretaria de Assistência Social não estava informada sobre o caso do aposentado Arides. Segundo a secretária Marli Nacif, não é responsabilidade desta secretaria encontrar um leito disponível para Arides em outra cidade, mas a Secretaria se responsabilizou de esta semana visitar e conhecer as condições que a família vive.

 “Depois entraremos em contato com a Secretaria da Saúde para auxiliar na procura de leitos disponíveis em hospitais da região para o internamento deste idoso”, prometeu a secretária.

 


Em função da greve, Hospital São José, de Joinville, contrata 12 técnicos de enfermagem
Requisitos para candidatos às vagas é ter curso técnico e experiência na área hospitalar. Salário é de R$ 1.815,31


O Hospital Municipal São José deve receber até esta sexta (13) os currículos para as 12 vagas de técnicos de enfermagem abertas para melhorar o atendimento na unidade durante a greve do funcionalismo público municipal. Os requisitos para quem quer se candidatar à vaga é ser formado em algum curso técnico em enfermagem, ter experiência na área hospitalar e comparecer ao setor de recursos humanos na rua Plácido Gomes, 488, Anita Garibaldi. O salário é de R$ 1.815,31.

De acordo com o diretor-presidente Tomio Tomita, muitos currículos estão chegando à unidade e a expectativa é  de que esses profissionais já comecem a trabalhar na segunda. “Temos problemas em todas as áreas, mas muitos desses novos funcionários devem ser direcionados ao pronto-socorro”, avaliou.

Por causa da ausência de qualquer previsão para o término da greve, Tomio afirma que técnicos de radiologia também poderão ser contratados de forma emergencial. Nesta quinta, 71 funcionários do turno matutino não trabalharam. Desses 71, 27 são técnicos de enfermagem.