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JOINVILLE
Postos de saúde sem fluoxetina

Há uma semana, os pacientes de Joinville que usam fluoxetina não encontram o remédio nos postos de saúde. E a espera pelo medicamento está sem data para acabar. Isso porque, segundo o laboratório que ganhou a licitação para fabricar o remédio, o problema está na distribuição da matéria-prima pelo fornecedor, que não tem previsão de quando vai regularizar a distribuição.

Enquanto isso, Meriane Janning da Silva procura saídas. Ela conseguiu uma receita e comprou o remédio. “Estou fazendo isso agora até chegar o remédio no posto, mas não posso comprar todo o mês, meu marido e filho estão desempregados”, diz. Ela toma fluoxetina há 12 anos para controlar a depressão e a síndrome do pânico. “Ligo todos os dias para saber quando vai ter medicamento e não tenho resposta”, reclama.

Segundo a Secretaria da Saúde, não há outro medicamento que substitua o efeito da fluoxetina. Por enquanto, Meriane e os demais pacientes aguardam a chegada da substância. A Secretaria de Saúde não soube informar quantos pacientes usam o medicamento na cidade.

 


SAÚDE PÚBLICA
Vacinação contra a gripe segue até dia 13 de maio

No sábado, dia de mobilização para a vacinação contra a gripe, agentes de saúde de São Francisco do Sul vacinaram 273 crianças, 124 gestantes e 1.678 idosos. A campanha segue até o dia 13 de maio. Crianças de seis meses e menores de dois anos, gestantes e idosos podem procurar as unidades de saúde do município para se vacinarem de graça, assim como profissionais de saúde e índios.

 

 

HOSPITAL SÃO JOSÉ
Quartos de ala oncológica ganham ar condicionado

 Hospital São José de Joinville recebe, hoje, dez aparelhos condicionadores de ar e dez refrigeradores de 98 litros para a unidade oncológica. Os aparelhos vão possibilitar a climatização do ambiente e a refrigeração de líquidos e sólidos oferecidos aos pacientes com câncer que ficam internados nos dez quartos do setor. Os equipamentos foram doados por uma empresa da cidade.

 


SAÚDE
Pedido por mais verba federal
Em debate na Acij, autoridades e empresários trocam ideias sobre o setor

Três autoridades da saúde em Santa Catarina e Joinville debateram ontem a situação do setor. O secretário estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira; o secretário municipal, Tarcísio Crócomo; e o presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina (Fehoesc), Tércio Kasten, ficaram por cerca de uma hora tratando, principalmente, da falta de recursos para a área.

O encontro fez parte do Painel da Saúde, uma iniciativa da Associação Empresarial de Joinville (Acij) que reúne autoridades e empresários para debater um tema. Entre dados e estatísticas apresentados pelos convidados, as reivindicações da comunidade empresarial. Todos concordaram que os hospitais e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) passam por problemas financeiros.

Para Tércio Kasten, da Fehoesc, a situação seria melhor se a emenda constitucional 20 já tivesse sido regulamentada pelo Congresso. “Parece que o governo (federal) tem mais interesse em voltar com a CPMF do que regulamentar a emenda”, comentou.

A emenda, que está com a tramitação parada no Congresso desde 2000, prevê que a União repasse 10% do orçamento para a saúde; o Estado, 12%; e o município, 15%. O governo federal mantem o SUS em funcionamento, mas não libera verbas do orçamento. Segundo o secretário municipal Tarcísio Crócomo, por causa dessa situação Joinville utiliza 35% do orçamento da cidade em saúde. “Mesmo assim, não é o suficiente. É preciso, sim, um financiamento da saúde, mas com gestão”, comenta.

Para Dalmo Claro de Oliveira, a situação é parecida em outras cidades catarinenses. “Todos os representantes com quem conversei até hoje me falaram que gastam de 20% a 25% do orçamento em saúde”, disse. De Tércio Kasten saiu um pedido aos integrantes da Acij: “Queremos que os empresários conversem com os políticos que nos representam para que intercedam por esta causa”.

O presidente da Fehoesc também apresentou dados dos leitos na região. Segundo ele, há um déficit. Hoje, são 2,15 leitos para cada mil habitantes em Joinville, quando o ideal seria entre 2,5 e 3. Se for levada em consideração a região da SDR de Joinville, o número cai para 1,79 leito por mil habitantes. O número ideal varia de acordo com cada região, dependendo do PIB de cada cidade. “Em Joinville, consideramos que 2,5 seria bom, mas em locais mais carentes este número passa de 3 por cada mil habitantes”, explica Kasten.

 

SAÚDE
Sugestão é investir na prevenção

Em sua apresentação, o secretário estadual da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, comentou as visitas que fez aos hospitais de Joinville. Da mesma forma que elogiou, apontou falhas. “O Regional tem as melhores UTIs do Estado. Por outro lado, tem as piores salas de internação”, comentou.

Outro tema abordado foi a tabela de preços do SUS. Tércio Kasten, da Fehoesc, disse que, em média, o sistema paga 40% do valor gasto em cada procedimento médico. Por exemplo: uma cirurgia do apêndice custa R$ 621,23 e o SUS repassa R$ 253,59. “Se fosse para dar uma sugestão, diria ao governo que investisse na prevenção, nos prontos-atendimentos e no Programa de Saúde da Família. Isso evitaria muita internação desnecessária”, acredita Kasten.

O presidente da Acij, Carlos Schneider, diz reconhecer os esforços de Joinville na saúde, mas acredita que o setor precise de mais investimentos. “Por isso organizamos um painel como este. Temos de unir esforços, porque juntos podemos conseguir as mudanças que a comunidade precisa.”

 


SAÚDE
Faltam UTIs pediátricas em SC
Rede hospitalar deveria ter 336 leitos, mas hoje há 215 disponíveis

No Oeste de SC, crianças em situação grave de saúde precisam disputar leitos com adultas, por falta de leitos nas UTIs pediátricas. Segundo o chefe do setor de Pediatria do Hospital Regional do Oeste, Ani Werlang, às vezes, é preciso esperar morrer um paciente para abrir vaga. “Quando não há leito, improvisamos em outro quarto ou sala”, diz o médico.

Mas a falta de leitos não é um problema só desta região. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda quatro leitos de UTI para cada mil bebês nascidos vivos. Em média, nascem 84 mil crianças por ano no Estado. A rede hospitalar deveria ter 336 vagas, mas hoje há 215 – dois terços do ideal. Se for levado em conta somente o número da rede pública, a oferta é de 156.

O secretário de Estado de Saúde, Dalmo de Oliveira, reconhece que a situação é crítica. Ele diz que projetos estão sendo feitos, mas não há data para a ampliação das UTIs. “Até o fim do mês, vamos encaminhar um pedido para o governador recomendando a contratação de profissionais em Florianópolis e em São José.”

Para Joinville, também há estudos para aumentar as vagas no Materno-infantil Dr. Jeser Faria e na Maternidade Darcy Vargas. No Oeste, há um projeto de ampliação da UTI no Hospital Regional elaborado no ano passado

 

 


SAÚDE PÚBLICA
UTIs neonatais são insuficientes em SC
Falta de unidades obriga pacientes a grandes deslocamentos no Estado

O Hospital Hélio Anjos Ortiz, em Curitibanos, foi a segunda casa do jornalista Paulo Afonso Silva, de Joaçaba, durante 15 dias, em fevereiro. A estada forçada serviu para tratar os problemas respiratórios do filho Vitor, nascido em 31 de janeiro. Isso porque o estabelecimento é o único com unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal no Meio-Oeste do Estado.

Mas a falta de leitos não é um problema só dessa região. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda quatro leitos de UTI para cada mil bebês nascidos vivos. Como nascem em média 84 mil crianças por ano no Estado, as redes pública e privada deveriam dispor de 336 vagas, mas os hospitais catarinenses contam com apenas 215, ou seja, dois terços do ideal. Se for levado em conta somente o número da rede pública, a oferta é de 156.

Além da falta de estrutura, há outro problema: os leitos desativados. No Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, dos 10 existentes, a metade não está funcionando. Um dos motivos é a falta de médicos.

O secretário de Estado de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, reconhece que a situação é crítica. Ele diz que a pasta tem o objetivo de aumentar o número de vagas e que projetos estão sendo feitos, mas não há data para a ampliação das UTIs.

– Até o fim do mês, vamos pedir ao governador para contratar mais profissionais para elevarmos a quantidade de leitos no Hospital Infantil de Florianópolis e no Regional de São José. Em Joinville, também estudamos aumentar as vagas no Hospital Jeser Faria e na Maternidade Darcy Vargas – diz Oliveira.

Para o Meio-Oeste, ainda não há previsão, e os recém-nascidos dos mais de 40 municípios da região continuarão tendo como única opção o Hospital Hélio Anjos Ortiz.

No caso de Vitor, para ele ser salvo, foi necessária uma viagem de 130 quilômetros de Joaçaba até Curitibanos. O maior risco foi logo após o nascimento, quando o pequeno precisou passar 12 horas em uma UTI improvisada, antes de ser transferido.

– De todos os traumas que tenho desde o nascimento do Vitor, o pior foi o transporte – lamenta Silva.

daisy.trombetta@diario.com.br roberta.kremer@diario.com.br

DAISY TROMBETTA E ROBERTA KREMER | Joaçaba

 

 

SAÚDE PÚBLICA
Santa Inês reabre unidade

Uma menina de oito dias foi o primeiro bebê a ocupar um dos 10 leitos da UTI neonatal do Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, após a reabertura, às 8h de ontem. O local ficou fechado por dois meses, depois que a equipe de neonatologistas optou por não renovar o contrato de trabalho com o hospital. A retomada do atendimento só foi possível por meio de um convênio com o Fundo Municipal de Saúde. A prefeitura repassará R$ 72 mil mensais para que o Santa Inês pague os oito novos médicos que atuam na unidade desde segunda-feira.

Para ser reaberta, a UTI neonatal precisou passar por uma reforma, com desinfecção total, nova iluminação, pintura e manutenção nos equipamentos. Nos próximos dias, uma nova sala será inaugurada. O objetivo da nova estrutura é aproximar as mães dos bebês. O lugar será exclusivo para a amamentação.

O hospital busca agora o entendimento com ginecologistas e obstetras, que também anunciaram o desligamento na semana passada. O administrador do Santa Inês, Eroni Foresti, explica a atual equipe, que sairia no sábado, fica até 20 de maio.

– Vamos negociar com a atual equipe. Se não der certo, já temos ginecologistas e obstetras interessados.

Foresti acredita que até o fim da semana tenha a solução definitiva.

patricia.auth@santa.com.br

PATRÍCIA AUTH | Balneário Camboriú

 

 


SAÚDE PÚBLICA
No Oeste, disputa por vagas

Além da falta de unidades de UTIs neonatais, SC também tem carência de UTIs para crianças e adolescentes. O recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para o Estado é uma média de 110 leitos. Só que o número está bem longe do ideal: apenas 79 vagas. A situação é complicada principalmente no Oeste, onde as crianças precisam disputar leitos com adultos na UTI, geralmente lotada, do Hospital Regional do Oeste.

O problema foi denunciado pelo chefe do setor de Pediatria, Ani Werlang, que vai relatar a situação ao Ministério Público. Segundo o médico, quando não há leito, é preciso improvisar em outro quarto ou sala. Werlang contou que há 10 anos foi solicitado ao governo do Estado a construção de uma UTI pediátrica separada da adulta. Severino Teixeira Filho, diretor da Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, responsável pela administração do hospital, disse que dois dos 11 leitos da UTI geral são reservados para crianças.

De acordo com Teixeira, dos 4.066 atendimentos em UTI no ano passado, 16 foram de crianças. Mas reconhece que o ideal seria o atendimento separado. No Hospital Materno-infantil de Chapecó, atualmente fechado, a solução estaria na administração por uma organização social. O Estado ajudaria a abrir 10 leitos de UTI infantil. Mas tudo ainda está em negociações.

 

DARCI DEBONA | Chapecó

 

 


  
  Saúde
Na audiência pública sobre a saúde, realizada em Chapecó, ontem, o deputado Dirceu Dresch, líder do PT na Assembleia, reconheceu que a tabela do SUS para o atendimento tem que ser reajustada na base e ainda que a Emenda 29, que obriga a União a ter percentual fixo para o setor – hoje somente estados e municípios o tem –, em discussão no Congresso, seja regulamentada pelo governo federal.

Dresch, que cobra soluções do Palácio do Planalto, quer que o Estado faça a sua parte. E enumera que, desde o início do ano, a destinação de recursos catarinenses não passou de 7,66%, longe dos 12% constitucionais, além das vantagens concedidas pela política de incentivo fiscais ou renúncia fiscal que têm reflexo no repasse à Saúde.

 

 

 

 

Médicos paralisam os serviços de emergência


Assim como prometido, os médicos de sobreaviso da emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP) deram início à paralisação dos serviços em função de exigências quanto ao aumento no pagamento por hora e solução definitiva do contrato.
 

O diretor clínico do hospital Paulo Duarte afirma que houve 100% de adesão à paralisação. De acordo com ele, no dia 4 de abril foi enviado um comunicado a todas as autoridades locais e regionais informando que no dia 30 de abril, caso não houvesse garantia de pagamento pela continuidade dos serviços de sobreaviso, haveria paralisação dos serviços oferecidos.

“Na semana passada foi encaminhado um documento para o hospital sobre essa garantia e o hospital encaminhou uma resposta através de um ofício que não haveria possibilidade de remuneração dos serviços de sobreaviso e dos plantões de especialidades”, afirma o médico.
Os médicos que fazem parte do corpo clínico e que aderiram à paralisação são: cardiologista, cirurgião vascular, neurocirurgião, cirurgião bucomaxilofacial, ortopedista e anestesista.

A reivindicação é pelo aumento de R$ 50 para R$ 80 por hora de serviço presencial e um terço do valor por hora de sobreaviso, além de mais três especialidades de sobreaviso.
De acordo com o promotor Wilson Paulo Mendonça essa ação pode acarretar multa diária de R$ 2 mil ao hospital.

O médico Paulo Duarte afirma que os serviços não serão retomados, até que uma proposta seja oferecida por parte das autoridades competentes. Por várias vezes, durante a tarde de ontem, a equipe do Correio Lageano, tentou entrar em contato com o diretor administrativo Canisio Winkelmann, mas foi informada de que ele estava em reunião. E mesmo sem informar de que maneira, o hospital afirma que a emergência está funcionando.